A energia luminosa utilizada na fotossíntese é absorvida graças a pigmentos armazenados em organelas conhecidas como plastos. Existem diferentes tipos de pigmentos, e cada um deles é capaz de absorver certos comprimentos de onda e refletir os demais comprimentos. O mais conhecido desses pigmentos é a clorofila, sendo a substância responsável por dar a cor verde a algumas algas e folhas de plantas.
A clorofila é um pigmento fotossintetizante que absorve a luz principalmente nos comprimentos de onda azul e violeta, além de vermelho. Devido a isso, ela reflete principalmente a luz verde, dando às plantas a coloração que conhecemos. Os plastos que armazenam a clorofila são então chamados de cloroplastos. A clorofila está inserida nas membranas internas do cloroplasto chamadas de tilacoides, como componentes de unidades chamadas de fotossistemas. Cada fotossistema inclui um conjunto de 250 a 400 moléculas de clorofila.
A absorção da energia luminosa ocorre quando esta excita os elétrons da clorofila fazendo-os alcançar um nível energético superior. Os elétrons liberam essa energia de três formas possíveis, retornando para seu estado de energia mais baixo. A primeira delas é a conversão total ou parcial da energia em calor. Na segunda forma, a energia é transferida da molécula de clorofila excitada para uma molécula de clorofila vizinha, excitando essa segunda, que por sua vez pode excitar uma terceira molécula de clorofila e daí em diante, no processo conhecido como transferência de energia por ressonância. Na terceira possibilidade também há transferência de energia, mas de uma forma distinta. Nesse caso, a energia é transmitida quando o próprio elétron excitado é passado a diante. Ele é recebido por um receptor de elétrons que compõe uma cadeia transportadora de elétrons.
As duas últimas formas liberam energia útil para a realização do processo de fotossíntese. Os fotossistemas formados por moléculas de clorofila se organizam em dois complexos: complexo antena e centro de reação. O complexo antena é formado por moléculas de clorofila que captam a energia da luz e a transfere por ressonância até chegar ao centro de reação. No centro de reação, a energia luminosa vai ser convertida em energia química pela perda de elétrons da clorofila. A perda do elétron pela molécula de clorofila resulta na sua oxidação e na consequente redução do receptor. No final, esta reação química acaba sendo a responsável pela produção do gás oxigênio (O2) na fotossíntese.
Quanto a sua estrutura molecular, a clorofila pode apresentar diferentes tipos, possuindo propriedades de absorção luminosa distintas. A forma chamada de clorofila a é a principal responsável pela coloração verde das plantas e pela realização da fotossíntese, estando presente em todos os eucariotos fotossintetizantes e nas cianobactérias. Já a forma chamada de clorofila b não possui um papel tão essencial no processo de fotossíntese quanto a clorofila a. Sua função consiste na ampliação da faixa de luz utilizada pela fotossíntese, sendo considerado um pigmento acessório. Ao absorver a luz, a clorofila b transfere a energia para uma molécula de clorofila a, que vai utilizá-la para a realização da fotossíntese. A clorofila b pode ser encontrada em algas verdes e euglenófitas juntamente com a clorofila a. Em algas como diatomáceas e algas pardas, um terceiro tipo de clorofila é encontrado substituindo a clorofila b. A essa forma dá-se o nome de clorofila c, sendo também considerada como um pigmento acessório.
A clorofila é um excelente revigorante para o organismo e atua eliminado toxinas, melhorando o metabolismo e o processo de emagrecimento. Além disso a clorofila é muito rica em ferro, sendo um ótimo suplemento natural para anemia ferropriva.
Para aumentar o consumo de clorofila, para emagrecer ou tratar anemia, uma das formas mais fáceis é adicionar clorofila no suco de fruta cítrico.
Receita de Suco rico em clorofila
Este suco pode ser tomado pela manhã em jejum, nos lanches da tarde ou antes do almoço, ao meio da manhã.
Ingredientes:
- Meio limão
- 2 folhas de couve
- 2 folhas de alface
- Meio pepino
- Meio copo de água
- 2 folhinhas de hortelã
- 1 colher de chá de mel
Modo de preparo: Bater todos os ingredientes no liquidificador.
Outros benefícios da clorofila
A Clorofila é responsável pela cor verde das plantas, por isso está presente em grande quantidade na couve, espinafre, alface, acelga, rúcula, pepino, chicória, salsa, coentros e algas, por exemplo e ajuda a:
- Reduzir a fome e a favorecer a perda de peso, pois está presente em alimentos ricos em fibras;
- Reduzir o inchaço do pâncreas em casos de pancreatite;
- Melhorar a cicatrização de feridas, como as causadas pela herpes;
- Prevenir câncer de cólon, por proteger o intestino de substâncias tóxicas que causam alterações nas células;
- Atuar como antioxidante, favorecendo a desintoxicação do fígado;
- Prevenir anemia, por conter ferro;
- Combater infecções, como gripes e candidíase
A quantidade recomendada de clorofila é de 100 mg, 3 vezes por dia que pode ser consumida em forma de Espirulina, clorela ou nas folhas de cevada ou trigo. No tratamento da herpes, os cremes devem conter entre 2 a 5 mg de clorofila por cada grama de creme, devendo serem aplicados de 3 a 6 vezes por dia na região afetada. Outra alternativa é consumir uma colher de sopa do suplemento de clorofila concentrado dissolvida em 100 ml de líquido, podendo-se utilizar água ou suco de frutas.
Onde encontrar a clorofila
A tabela a seguir traz a quantidade de clorofila presente em 1 xícara de chá de cada alimento.
Quantidade em 1 xícara de chá de cada alimento | |||
Alimento | Clorofila | Alimento | Clorofila |
Espinafre | 23,7 mg | Rúcula | 8,2 mg |
Salsa | 38 mg | Alho poró | 7,7 mg |
Vagem | 8,3 mg | Endívia | 5,2 mg |
Além dos alimentos naturais, a clorofila pode se comprar em farmácias ou lojas de produtos naturais na forma líquida ou como suplemento alimentar em cápsulas.
Fonte: Seleções
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