sábado, 6 de abril de 2019

Criador da sigla BRICs está preocupado com a China

Criador da sigla BRICs está preocupado com a China





Equipe Money Times - 06/04/2019 - 
Preocupação com crescimento chinês é a maior em 30 anos, diz Jim O´Neil (Pixabay)
Para o renomado economista Jim O’Neill, ex-chairman do Goldman Sachs e criador da sigla BRICs, os temores sobre o crescimento da China nunca estiveram tão elevados nos últimos 30 anos como agora, especialmente após a segunda maior economia do mundo registrar expansão “estelar” nas últimas décadas.
“Devo dizer que, no ano passado, pela primeira vez em 30 anos, fiquei um pouco mais preocupado com alguns aspectos sobre o crescimento da economia da China”, afirmou o ex-chairman do Goldman Sachs  em entrevista à rede americana CNBC.
Discursando durante workshop realizado nas proximidades de Milão (Itália), O’Neill explicou que a China se tornou parte integrante da economia global e que qualquer recessão no gigante asiático teria o potencial de arrastar outras grandes potências para o desaquecimento.
A China cresceu 6,6% em 2018, registrando o ritmo mais lento desde 1990. Além disso, dados recentes sobre o consumo também assustaram os observadores de mercado. Para piorar, analistas dizem que o setor de serviços continua resiliente, ao mesmo tempo em que governo chinês introduz diversas medidas – como corte de impostos e injeções de dinheiro parte do Banco do Povo (Banco Central).
“Espero que as iniciativas políticas – que as autoridades chinesas acabaram de realizar desde a virada do ano, voltadas especialmente para os consumidores – possam ajudar. Caso contrário, isso será preocupante”, destacou O’Neil.
“Cerca de 85% de todo o PIB global desta década veio apenas dos EUA e da China.  Metade do PIB global veio da China, parcela da qual tem sido representada pelo consumidor chinês. Neste sentido, se o consumo chinês está cada vez mais lento, isso deve preocupar a economia global como um todo, e não apenas aos chineses. Isso é crucial em minha opinião”, concluiu.
*Colaborou Marcel Salim 

Fonte: Money Times


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