Descoberta de ouro no sertão do Ceará impulsiona corrida de garimpeiros
Além de ouro, o estudo da Residência de Fortaleza encontrou indícios de chumbo e prata em Irauçuba, a 160 quilômetros da capital, na região noroeste do Estado.
Diante da crise econômica no país e a falta de emprego para mais de 14 milhões de brasileiros, o anúncio de que há ouro em áreas dos municípios cearenses de Itapipoca, no norte, e Mombaça e Pedra Branca, no sertão, tem potencial para gerar uma corrida de garimpeiros à região. Os estudos iniciais apresentam indícios da presença de ouro no solo, segundo geólogos da Residência de Fortaleza do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
De acordo com o gerente de geologia e recursos minerais da Residência de Fortaleza, Edney Smith Palheta, um projeto anterior, feito por uma empresa privada na região de Mombaça, a 300 quilômetros da capital, Fortaleza, abrangendo Pedra Branca e também o município de Independência, já indicava a presença de ouro no local. Em linha com o estudo, disse Palheta, o dado apresentado pelo CPRM deixa esse indício mais forte.
Viabilidade
— Nosso estudo aumentou a expectativa para condições de, no futuro, haver uma mina na região que seja interessante economicamente. Fizemos um enfoque para estudar mais as ocorrências de ouro, e isso aumentou o leque de potencialidade para a área — acrescentou Palheta.
Além de ouro, o estudo da Residência de Fortaleza encontrou indícios de chumbo e prata em Irauçuba, a 160 quilômetros da capital, na região noroeste do Estado.
Palheta acrescentou que as informações são importantes para atrair investimentos para uma possível exploração comercial dos metais no Estado. Ele ressaltou, porém, que o trabalho do CPRM é apenas básico e mostra a potencialidade da área. Caberá às empresas interessadas continuar os estudos verificar a viabilidade econômica do negócio.
Água
O levantamento das áreas dos três municípios, chamada de folha pelos geólogos, faz parte da cartografia geológica básica, que está em processo de confecção há cerca de 10 anos e já mapeou 25 folhas, o que equivaleria à metade do território do Ceará. O documento, conforme o gerente da CPRM, é um instrumento que serve à gestão pública e à infraestrutura, pois dá suporte a qualquer tipo de exploração do solo.
— A água, por exemplo, é uma necessidade pública. Nem todo local que é perfurado tem água. O mapa geológico indica a presença de água subterrânea e dá condições para que essas áreas possam ser prospectadas — completou Palheta.
Fonte: ABr – de Fortaleza
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