Resultado desce quadrado e ação da Ambev cai forte
Por Investing.com
As ações da Ambev (ABEV3) operam com forte queda de 3% a R$ 17,50, estando assim entre as maiores quedas do Ibovespa.
A companhia de bebidas encerrou os três primeiros meses do ano com lucro líquido de R$ 2,749 bilhões, o que representa um crescimento de 6,2% na comparação com os R$ 2,587 bilhões registrados no mesmo período de 2018. Com ajuste, o lucro líquido passa para R$ 2,762 bilhões.
Entre janeiro e março deste ano, a receita líquida da Ambev saltou de R$ 11,640 bilhões, para R$ 12,640 bilhões, na base anual, o que representa um crescimento reportado de 8,6% e orgânico de 13,7%. No período, o volume em litros teve avanço reportado de 6,1% e orgânico de 5,7%.
Desta forma, o Ebitda ajustado teve crescimento reportado de 7%, e orgânico de 16,4%, indo de R$ 4,786 bilhões para R$ 5,120 bilhões nos três primeiros meses do ano. Apesar disso, a margem Ebitda ajustada perdeu 0,6 ponto percentual, indo de 41,1% para 40,5%.
De acordo com a Ambev, a receita líquida de cerveja Brasil no primeiro trimestre cresceu 15,4%, impulsionada por um crescimento no volume de 11,3% e um crescimento na ROL/hl de 3,7%.
O resultado foi uma consequência de crescimento de um dígito baixo da indústria de cerveja, de acordo com a Nielsen, em conjunto com um menor peso do segmento value no trimestre; clima favorável e o carnaval tardio; e investimentos transformacionais em nas plataformas estratégicas nos últimos anos no Brasil.
Para o BTG Pactual (BPAC11), os números da Ambev mostram um impulso mais forte na venda, no entanto alguns problemas estruturais permanecem, o que leva à manutenção da recomendação neutra.
Para os analistas, a verdadeira sustentabilidade da recuperação de volume do primeiro trimestre é um pouco incerta, mas eles acreditam que o mercado deva oferecer o benefício da dúvida, o que deve significar que a ação poderá continuar a melhorar o desempenho no acumulado do ano por outro.
Além disso, a combinação de avaliações a 20,5xP/2019E e preocupações estruturais remanescentes sobre a qualidade de crescimento da receita deixa a posição do banco neutra em relação ao ativo.
Na visão da Mirae Asset, o resultado foi neutro, ligeiramente abaixo da expectativa e agora é esperado um cenário mais desafiador ao longo do ano, com a desaceleração da economia e maior pressão de custos. A recomendação segue neutra, com upside de 3%.
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