Maio foi um mês surpreendente, no qual a montanha russa da Bolsa levou o Ibovespa de 96 mil para 89 mil pontos e depois de volta aos 97 mil pontos. Entre os ruídos na política e as preocupações com a guerra comercial entre Estados Unidos e China, o noticiário corporativo também causou bastante movimento, principalmente com o fim da temporada de resultados.
Confira quais foram as maiores altas e baixas dentre as ações que compõem o índice Ibovespa e o que movimentou estes papéis.
Altas
CSN
A alta do minério de ferro, que foi de US$ 93,65 a tonelada no começo do mês para US$ 98,72 no final, animou muito os investidores da CSN (BOV:CSNA3), que focaram nisso e deixaram de lado o prejuízo de R$ 7,5 milhões que a companhia registrou no primeiro trimestre.
MRV
A construtora MRV (BOV:MRVE3) reagiu a resultado, lucrando R$ 189 milhões entre janeiro e março, superando em 18,2% o desempenho apurado um ano antes, mesmo com o contingenciamento do orçamento de recursos do programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV) nos primeiros meses do ano.
Gol
As ações da Gol (BOV:GOLL4) dispararam com a aprovação no Congresso da Medida Provisória 863/2018, que libera capital 100% de estrangeiro nas companhias aéreas. No entanto, os deputados vetaram a permissão para que as companhias cobrem por bagagens despachadas.
CCR
Os papéis da CCR (BOV:CCRO3) subiram forte a partir do dia 20 de maio. No dia 16, a empresa comunicou ao mercado por meio de fato relevante a eleição de Fabio Côrrea Russo para o cargo de diretor de negócios da companhia.
Ecorodovias
As ações da Ecorodovias (BOV:ECOR3) subiram forte com sua recomendação elevada de equalweight para overweight no dia 30 de maio pelo Morgan Stanley, com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 11,30 para R$ 10,70.
Baixas
Suzano
O papel da Suzano (BOV:SUZB3) caiu com a queda dos preços do celulose, um movimento parecido com o ocorrido no final do ano passado – e que corrobora a tese é de que não adianta tudo parecer a favor da companhia se a cotação da commodity não ajudar.
Uma combinação de fatores levou ao enfraquecimento do preço da celulose nos mercados internacionais, mas o mais importante foi o aumento da oferta com diversas companhias elevando a sua capacidade de produção sem que houvesse um aumento da demanda corresponde para tanto, uma vez que a procura pela commodity não apresenta grandes mudanças no curto prazo.
B2W
O principal driver do mês para a B2W (BTOW3) foi o seu resultado trimestral. A companhia teve prejuízo líquido consolidado de R$ 139,2 milhões no primeiro trimestre, cifra 19,1% superior a do mesmo período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado atingiu R$ 83,2 milhões, com alta de 2,8% em um ano e margem de 6,5% (+1,0 p.p.). A receita líquida caiu 13,1%, para R$ 1,282 bilhão.
O principal driver do mês para a B2W (BTOW3) foi o seu resultado trimestral. A companhia teve prejuízo líquido consolidado de R$ 139,2 milhões no primeiro trimestre, cifra 19,1% superior a do mesmo período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado atingiu R$ 83,2 milhões, com alta de 2,8% em um ano e margem de 6,5% (+1,0 p.p.). A receita líquida caiu 13,1%, para R$ 1,282 bilhão.
Cielo
A ação da Cielo (BOV:CIEL3) desabou após a empresa de meios de pagamento anunciar uma redução de dividendos de R$ 3,5 bilhões fixos em 2018, para 30% do lucro líquido nos próximos três trimestres de 2019.
Em comunicado ao mercado, a companhia também anunciou que não seguirá com seu guidance (projeção) de lucro de R$ 2,3 a R$ 2,6 bilhões este ano. “Tais decisões refletem o ambiente competitivo no qual a Cielo está inserida e que tem se tornado mais acirrado ao longo dos últimos meses em face de ações anunciadas e implementadas por outras companhias do setor”, justificou a empresa.
BRF
As ações da BRF (BOV:BRFS3) desabaram com o salto nos preços do milho, que elevaram a preocupação de que os produtores de carne enfrentem custos mais altos para a alimentação animal. “Estamos mais preocupados com o potencial impacto dos atrasos no plantio de milho nos EUA”, escreveram em relatório analistas do Bradesco BBI liderados por Leandro Fontanesi.
Braskem
Investigada na Operação Lava Jato, a Braskem (BOV:BRKM5) viu uma forte desvalorização nas suas ações no mês. Os papéis só foram subir no pregão desta sexta-feira (31) depois de firmar um acordo de leniência para pagar um total de R$ 2,87 bilhões até janeiro de 2025, sendo cerca de R$ 2 bilhões para a União e R$ 800 milhões para a Petrobras.
As 5 maiores altas do mês foram:
Empresa | Ticker | Variação | Preço |
CSN | CSNA3 | +19,35% | R$ 16,54 |
MRV | MRVE3 | +18,54% | R$ 17,20 |
Gol | GOLL4 | +18,44% | R$ 26,98 |
CCR | CCRO3 | +17,23% | R$ 13,37 |
Ecorodovias | ECOR3 | +16,65% | R$ 9,46 |
As 5 maiores quedas do mês foram:
Empresa | Ticker | Variação | Preço |
Suzano | SUZB3 | -21,24% | R$ 32,08 |
B2W | BTOW3 | -17,91% | R$ 31,40 |
Cielo | CIEL3 | -12,76% | R$ 6,70 |
BRF | BRFS3 | -10,79% | R$ 27,70 |
Braskem | BRKM5 | -10,46% | R$ 42,78 |
Com Infomoney
Nenhum comentário:
Postar um comentário