quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Trump diz que China está "nos matando com acordos comerciais injustos"

Trump diz que China está "nos matando com acordos comerciais injustos"



Indicadores Econômicos4 minutos atrás (07.08.2019 13:36)
Trump diz que China está "nos matando com acordos comerciais injustos"Trump diz que China está "nos matando com acordos comerciais injustos"
Por Nandita Bose e Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que sua postura dura sobre o comportamento da China nos mercados globais beneficiará a economia norte-americana, mesmo quando a China sinalizou que poderá retaliar segurando as vendas de produtos químicos conhecidos como terras raras.
A guerra comercial entre EUA e China se intensificou acentuadamente nos últimos dias depois que os EUA rotulou a China como manipuladora cambial pela primeira vez desde 1994, e disse que vai impor tarifas de 10% sobre os 300 bilhões de dólares restantes das importações chinesas, a partir de 1º de setembro.
Os movimentos afetaram os mercados financeiros e alimentaram preocupações sobre uma recessão global.
Os rendimentos dos Treasuries caíram nesta quarta-feira, com as notas de 30 anos se aproximando das mínimas recordes, diante de temores crescentes de uma desaceleração global e apostas de que o Federal Reserve terá que reduzir ainda mais os juros para conter os crescentes riscos de recessão.
Trump disse a repórteres na Casa Branca que a reação do mercado era esperada, mas permaneceu confiante na força da economia norte-americana.
"Em última análise, vai subir muito mais do que nunca, porque a China era como uma âncora para nós. A China estava nos matando com acordo comerciais injustos", disse ele.
Autoridades da Casa Branca dizem que ainda esperam que os negociadores chineses viajem a Washington em setembro para negociações, e que as tarifas anunciadas recentemente ainda possam ser evitadas se as duas maiores economias do mundo avançarem em um acordo comercial.
Mas as esperanças de um acordo estão diminuindo. O Goldman Sachs (NYSE:GS) disse na terça-feira que não espera mais que os EUA e a China cheguem a um acordo antes da eleição presidencial de novembro de 2020, dada a "linha mais dura" que está sendo utilizada por ambos os lados.
Os mercados financeiros se acalmaram um pouco em meio a sinais de que a China não vai permitir que o iuan se desvalorize muito mais, depois de deixar que a moeda recuasse abaixo de 7 por dólar pela primeira vez em mais de uma década.
Mas a China ainda tem algumas cartas na manga.
A associação de terras raras da China disse nesta quarta-feira que vai apoiar contramedidas na crescente disputa comercial com os Estados Unidos e acusou Washington de usar o "comportamento de intimidar o comércio" para reprimir o desenvolvimento da China.
A Associação da Indústria de Terras Raras da China emitiu comunicado depois de uma reunião especial de trabalho na segunda-feira para discutir a "orientação" dada pelo presidente chinês, Xi Jinping, durante sua visita a uma instalação de terras raras em Jiangxi em maio.
A visita de Xi alimentou temores de que a China usará seu domínio sobre a produção de terras raras, um grupo de 17 elementos químicos valorizados por seu uso em equipamentos eletrônicos e militares, como arma na intensificação da guerra comercial, embora nenhuma restrição de oferta tenha sido anunciada até agora.

Fonte: Reuters

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