Vale e siderúrgicas caem forte com disputa EUA e China derrubando minério
A forte queda nos preços do minério de ferro em Dalian, e a disputa comercial entre Estados Unidos e China, fazem com que as ações da Vale (VALE3) e das principais siderúrgicas brasileiras operem com forte queda nesta segunda-feira, figurando entre as maiores baixas do Ibovespa.
No caso da Vale, as perdas são de 3,85% a R$ 46,00, com Bradespar (BRAP4) cedendo 4,53% a R$ 29,07. Entre as siderúrgicas, CSN (CSNA3) recua 5,26% a R$ 15,01 e lidera as quedas do Ibovespa, enquanto Usiminas (USIM5) cai 3,65% a R$ 8,20. Gerdau (GGBR4) cai 2,87% a R$ 13,18 e Met. Gerdau 2,90% a R$ 6,37.
Os futuros do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian e em Cingapura caíram abaixo de 100 dólares por tonelada nesta segunda-feira, em meio a uma elevação nos estoques enquanto há expectativa de enfraquecimento adicional na demanda na China, maior consumidora da commodity e responsável por mais da metade da oferta global de aço.
O enfraquecimento do yuan chinês seguindo-se à escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China somou-se ao sentimento já negativo dos investidores em geral.
O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de Dalian, com vencimento em janeiro de 2020, recuou 6%, limite diário imposto ao contrato, para 689,50 iuanes (98,09 dólares) por tonelada, nível mais fraco desde 5 de julho deste ano.
O contrato de referência teve a terceira sessão consecutiva de baixa, em meio a uma demanda sazonal fraca por aço, particularmente no setor chinês de construção, além de margens mais apertadas na produção de aço.
Os futuros do minério de ferro em Cingapura caíram 8,6%, para 94,32 dólares por tonelada.
A perspectiva de demanda por minério de ferro e outras matérias-primas do aço não tem sido animadora, disse Hui Heng Tan, analista da Marex Spectron. “As margens pioraram, dados os preços fracos do aço. Isso significa que a desaceleração nas cotações do aço deve provavelmente persistir”.
Ameaças do presidente norte-americano Donald Trump na semana passada, de impor tarifas de 10% sobre 300 bilhões de dólares em importações chinesas a partir de 1° de setembro, também ampliaram as preocupações sobre a demanda por aço.
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