segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Bolsonaro torna Bolsa brasileira “defensiva”, indica Goldman Sachs

Bolsonaro torna Bolsa brasileira “defensiva”, indica Goldman Sachs






Gustavo Kahil - 23/09/2019 - 

Mercados Ibovespa
A bolsa brasileira deve ganhar com a expectativa de melhora nos resultados das empresas e do crescimento do País, diz o banco (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Este é o momento de comprar ações no Brasil para ainda aproveitar o rali criado pelo ambiente de cortes de juros, argumenta o Goldman Sachs em um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (23) e obtido pelo Money Times.
Os analistas Ron Gray e Caesar Maasry explicam que há nos emergentes uma tendência de alta, mas ainda existe espaço para uma alta adicional. Além disso, algumas apostas podem trazer proteção contra a tensão comercial entre os EUA e a China.
“Uma tendência que esperamos continuar é o ciclo de corte de juros em andamento nos mercados emergentes e, para capturá-lo, iniciamos uma recomendação de longo prazo para o MSCI Brasil, MSCI Rússia e MSCI México e de curto prazo para o MSCI Chile e MSCI África do Sul“, indicam.
Os índices MSCI (Morgan Stanley Capital International) são bastante acompanhados por investidores internacionais.
Gray e Maasry calculam que as ações no Brasil, México e Rússia têm fortes correlações negativas com os movimentos nas taxas, sugerindo um cenário de proteção, pois espera-se que esses ciclos de cortes continuem até 2020 na Rússia e no México e até o final de 2019 no Brasil.
A bolsa brasileira deve ganhar com a expectativa de melhora nos resultados das empresas e do crescimento do País.

A eleição de Bolsonaro tornou o Brasil um país mais defensivo em comparação com os outros emergentes (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Perfil defensivo

O Goldman Sachs observa que, recentemente, se tornou mais positivo em relação ao Brasil devido ao seu perfil mais defensivo na comparação com os demais emergentes. A visão foi justificada pela eleição de Jair Bolsonaro no ano passado.
Este cenário mais positivo só mudaria com notícias negativas na frente fiscal, o que poderia levar a um desempenho inferior.
“As próximas eleições na Argentina apresentam riscos adicionais às perspectivas para o Brasil, mas esperamos que elas sejam secundárias aos desenvolvimentos domésticos”, revela o documento.

O posicionamento no Chile é visto como o melhor para se beneficiar dos cortes generalizados de juros (Imagem: Pixabay)

México e Chile

As manchetes políticas negativas são o principal risco de queda das ações mexicanas, argumenta o banco.
“No entanto, a desvalorização generalizada dos ativos mexicanos após as eleições de 2018 provavelmente forneceria alguma proteção. A exposição a ações russas invariavelmente envolve alguma sensibilidade ao petróleo e o risco de sanções adicionais dos EUA ou da Europa”, indicam.
Eles recomendam uma exposição de peso igual para os índices MSCI da Rússia, Brasil e México, alocação contrária na África do Sul.
O posicionamento no Chile é visto como o melhor para se beneficiar dos cortes generalizados de juros e também para proteção contra uma escalada na guerra comercial.
Fonte: MONEY  TIMES

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