Petrobras irá vender Braskem e BR Distribuidora; veja apresentação feita em Nova York
A Petrobras (PETR3; PETR4) poderá adicionar vários bilhões de dólares em ativos ao seu ambicioso plano de desinvestimentos de cinco anos, disseram executivos nesta quarta-feira, evidenciando a pressa da estatal petroleira para reduzir sua pesada dívida e alavancar o retorno aos investidores.
No Plano Estratégico 2020-2024 da empresa, divulgado na semana passada, a Petrobras afirmou que buscaria vender de 20 bilhões a 30 bilhões de dólares em ativos durante esse período, incluindo oito refinarias no Brasil, responsáveis por metade da capacidade de refino da empresa.
Durante apresentação nesta quarta-feira em Nova York, a empresa disse que poderá adicionar ativos da Bolívia ao plano de vendas, bem como sua participação na petroquímica Braskem (BRKM5), campos de petróleo em águas profundas e sua participação restante na BR Distribuidora (BRDT3).
Ao conversar com analistas e jornalistas, os executivos disseram que poderão incluir fatia do campo de Marlim, um dos maiores do Brasil, bem como sua participação majoritária no menor campo do Papa-Terra, ambos na Bacia de Campos.
Os comentários indicam que a Petrobras ainda está bastante focada na venda de ativos, em uma tentativa de reduzir a dívida e aumentar o foco na área de pré-sal.
O maior volume de recursos do plano de desinvestimentos deverá vir das vendas de refinarias, afirmou mais cedo no Rio de Janeiro o diretor de Relações Institucionais da estatal brasileira, Roberto Ardenghy.
As primeiras quatro refinarias colocadas à venda já estão em fase vinculante no processo de desinvestimento, enquanto outras quatro deverão atingir essa etapa em cerca de dois meses, segundo a empresa.
O plano de negócios da companhia contém metas importantes para reduzir custos, reduzir dívidas e aumentar o retorno aos investidores.
Em 2021 a empresa planeja atingir 60 bilhões de dólares de dívida bruta, ante cerca de 90 bilhões de dólares registrados no último relatório trimestral, o que aumentará automaticamente a remuneração aos acionistas, em linha com a atual política de dividendos.
Como resultado dessas medidas, a empresa planeja aumentar seu valor de mercado em aproximadamente 45% até 2021, em grande parte por meio de cortes de custos e desinvestimento de ativos não essenciais, explicou Almeida.
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