RIO e NOVA YORK - Os preços do petróleo desabaram mais de 30% no mercado internacional, num tombo que só fica atrás daquele registrado durante a Guerra do Golfo, em 1991. A queda é consequência do aumento da tensão entre os países membros da Organização Mundial do Petróleo (Opep), que não chegaram a um acordo que visava diminuir a produção do óleo por conta dos impactos econômicos globais causados pela emergência global do novo coronavírus.
Os contratos futuros do barril de petróleo tipo Brent, negociados na Bolsa de Londres, operam com forte perda, tendo chegado a US$ 31,02. O Goldman Sachs alertou que o preço poderia chegar a próximo de US$ 20 por barril.
Na sessão da última sexta-feira, o preço estava em queda, na faixa dos US$ 45, com o mercado repercutindo a falta de acordo na Opep.
A causa do mergulho no preço do petróleo nesta sessão foi a decisão unilateral da Arábia Saudita de cortar os preços dos barris produzidos em seu território, dando início a uma "guerra de preço" em relação à commodity.
O cataclismo terá impacto em toda a indústria de energia, desde gigantes como a americana Exxon Mobil a pequenos produtores de petróleo. Nações com economias dependente do setor de óleo também devem ser afetadas, caso de Angola. Pode haver ainda um revés no combate às mudanças climáticas com os combustíveis fósseis se tornando mais competitivos que opções de fontes renováveis.
Fonte: O Globo
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