segunda-feira, 20 de abril de 2020

Amostras de diamante revelam tamanho de continente perdido no Canadá

  • REDAÇÃO GALILEU

Ilha Baffin, no Canadá, foi o local cujas amostras de diamante ajudaram os cientistas a identificar o antigo cráton do Norte do Atlântico (Foto: Jennifer Latuperisa-Andresen/Wikimedia Commons)
Ilha Baffin, no Canadá, foi o local cujas amostras de diamante ajudaram os cientistas a identificar o antigo cráton do Norte do Atlântico (Foto: Jennifer Latuperisa-Andresen/Wikimedia Commons)
Geólogos da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, identificaram uma nova porção do cráton do Atlântico Norte, uma antiga camada da crosta terrestre que foi fragmentada há 150 milhões de anos.
A descoberta foi feita através da análise de kimberlitos, rochas ígneas formadas há milhões de anos em profundidades de 150 a 400 quilômetros subterrâneos. Através de forças geológicas e químicas, os kimberlitos chegam à superfície terrestre associados, em geral, com diamentes, que carregam pistas e detalhes valiosos sobre as condições do subsolo terrestre.

Ao avaliar as amostras das rochas e pedras preciosas extraídas no sul da Ilha de Baffin, a maior do Canadá, a geóloga Maya Kopylova e sua equipe perceberam que os fragmentos compartilhavam sua assinatura mineral com outras porções de rochas identificadas como parte do cráton do Atlântico Norte. 
"A composição mineral de outras porções do cráton do Atlântico Norte é tão única que não havia como errar", disse Kopylova, professora da Universidade da Colúmbia Britânica. "Foi fácil juntar as peças.”
Para os geólogos, encontrar fragmentos de crátons é como achar peças de um quebra-cabeça, já que eles estão distribuídos entre as placas tectônicas que formam a crosta terrestre atual. Ao longo do tempo, com o movimento dessas placas, os fragmentos se rearranjam e se quebram em pedaços menores.

Fonte: REDAÇÃO GALILEU

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