É o material mais duro que, até hoje, se conhece e também dos mais valiosos. Pelas suas características indestrutíveis, foi-lhe dado o nome de diamante. Apesar de ser moldado para que adorne muito valiosas joias, a exploração dos diamantes em bruto é insustentável.
Assim, é nesse sentido que surge um milionário britânico que pretende que as pedras preciosas desenvolvidas em laboratório sejam os primeiros diamantes sem impacto do mundo.
Diamantes (sustentáveis) desenvolvidos em laboratório
Sendo os diamantes exportados do fundo da terra, a sua exploração torna-se insustentável. Aliás, os diamantes desenvolvidos em laboratório estão a ganhar popularidade à medida que a consciência sobre o impacto ambiental e socioeconómico da indústria aumenta. Além dos recursos naturais que envolvem a extração dos diamantes, também a mão de obra humana é transformada numa questão a ter em conta.
Assim sendo, o multimilionário e ambientalista britânico Dale Vince estabeleceu uma meta: criar, todos os anos, milhares de quilates de diamantes sem impacto. Para isso, desenvolvê-los-á em laboratório, de forma consciente.
O fundador da Ecotricity, uma empresa que fornece energia verde, afirma ter desenvolvido os únicos diamantes sem impacto do mundo, a partir de carbono, água e energia. Aliás, estes elementos, diz também, provêm diretamente do céu de Stroud, em Inglaterra.
Fazer diamantes a partir de nada mais do que o céu, do ar que respiramos, é uma ideia mágica, evocativa, é uma alquimia moderna. Não precisamos de extrair a terra para termos diamantes, podemos extrair o céu.
Disse Dale Vince.
Para os diamantes, o céu oferece o dióxido de carbono
Conforme explicou Dale Vince, o método utiliza dióxido de carbono capturado diretamente da atmosfera, a fim de formar os diamantes. Ademais, garante que são quimicamente idênticos aos que são extraídos da terra. Contudo, sendo mais sustentáveis, utilizam energia eólica e solar, bem como água recolhida da chuva.
Além de surgirem de um processo bem mais amigo do ambiente, a sua produção poderia ajudar a limpar o ar, removendo o dióxido de carbono da atmosfera. Para Vince, este seria um bom método para desafiar a indústria de extração mineral convencional. Isto, porque os danos ambientais causados por si são irreversíveis.
Diamante de Vince quimicamente idêntico a pedra extraída do subsolo
Então, o multimilionário abriu uma outra empresa chamada Sky Diamonds que será a responsável pela transformação do diamante em laboratório. De acordo com Vince, o objetivo é que a empresa produza cerca de 200 quilates de diamantes sem impacto, todos os meses. Contudo, esta previsão pode alterar-se, sendo que, dentro de um ano, as instalações poderão estar preparadas para produzir cerca de mil por mês.
Para isso, a Sky Diamonds utilizará um processo conhecido como deposição química de vapor. Isto é, colocar uma semente de diamante dentro de uma estrutura selada. Esta, aquecida a 800º C e cheia de gás metano rico em carbono, proporcionará a ligação dos elementos de carbono à semente, originando um diamante quimicamente idêntico a uma pedra extraída do subsolo.
Assim, este processo aparentemente complicado poderá significar um importante passo para a indústria dos diamantes.
Fonte: BBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário