No último dia 11/março, a TV ALERJ (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) através de sua apresentadora Cláudia Cataldi, entrevistou a colunista deste Jornal sobre a exploração do Diamante no mundo e suas consequências trágicas ao nosso ecosistema.
Assim, Claudia Cataldi explorou ao máximo o conhecimento da designer para que pudéssemos entender o real valor da beleza e da natureza.
Vamos, então, iniciar com os diamantes que são formados na base da crosta terrestre por pelo menos 150 quilômetros de profundidade. Então, para que se formem, é necessário que estejam em um ambiente estável, com temperaturas entre 1300 C a 1500º C e sob uma enorme pressão.
Dessa forma, existe uma afirmação de que o carvão e o diamante são semelhantes. Na verdade, a semelhança entre diamante e o carvão limita-se apenas ao fato de que o carvão é um mineral rico em carbono e os diamantes também são feitos de carbono. Então, a pergunta que não quer calar é por que o diamante possui valor tão alto, ao contrário do carvão, que é simplesmente queimado?
A saber, obtém-se os diamantes sob altíssimas pressões a partir do magma presente no interior da Terra (bem abaixo da crosta). Por isso, foram necessários milhões de anos para que camadas de magma fossem sendo depositadas umas sobre as outras, acarretando em forte pressão. Assim, este magma foi sendo comprimido até se petrificar e o resultado são os mais belos diamantes, duráveis e muito valiosos.
Porém, o carvão surge de um processo bem mais simples. É obtido a partir da decomposição de folhas, vegetação e árvores. Ficando embaixo da terra, onde as temperaturas se elevam em relativa pressão e sua formação se dá a partir das mudanças físicas e químicas propícias a essas condições, num tempo bem inferior ao que origina o diamante.
Portanto, não seria possível ambas substâncias possuírem o mesmo valor comercial, uma vez que o tempo de formação se difere nos dois processos, além do resultado final.
Diamantes Famosos
O diamante Cullinan é considerado o mais famoso do mundo pelo seu peso 3.106 quilates (0,6212 gramas) em seu estado bruto e ter sido o maior diamante já encontrado no mundo, sendo sua qualidade excepcional. Nesse sentido, 1 quilate equivale a 0,2 gramas. E, no ano de 1905, Mr Wells, funcionário da mina no Transvaal, África do Sul, encontrou num dos lados da parede da mina um ponto de luz. Cavando encontrou o diamante que pesava pouco mais de meio quilo! Logo, o dono da empresa de mineração, Sir Thomas Cullinan, foi informado e este diamante foi levado a Joanesburgo.
Diamante ou Brilhante
Sim, é muito comum confundirmos diamante com brilhante. Porém, diamante é uma gema/pedra, criada através da cristalização do Carbono Puro em altíssimas pressões e temperaturas durantes milhões de anos.
E o brilhante é a lapidação com 57 a 58 facetas, onde explora ao máximo as qualidades óticas do diamante, resultando em maior brilho. Ou seja, os cortes da lapidação abrilhantada – o BRILHANTE
As facetas ou cortes no diamante
Os cortes, também conhecidos como talhes e lapidação do diamante são o Brilhante Oval com, geralmente, 57 facetas, o Navette (tradução- pequeno barco), Gota e, por fim o Brilhante Coração.
Crateras
Para a captação do diamante é necessário profundas escavações que podem ser vistas através de satélites no espaço. Tal escavação prejudica a natureza enormemente e a Rússia possui a maior mina de diamante a céu aberto do mundo. A mina de diamantes a céu aberto de Mirny foi aberta em 1957. Isto é, foi a primeira e a maior mina da União Soviética, com 525 metros de profundidade e 1.200 metros de diâmetro. Nos anos 60, chegou a produzir 10 milhões de quilates de diamantes/ano (2 toneladas). Porém, com o tempo a produção caiu para 400 kg por ano. O fechamento desta mina ocorreu em 2011 e, atualmente, o espaço aéreo sobre a mina está fechado para helicópteros, pois há o risco de eles serem sugados para baixo.
Minas no Canadá
A mina Diavik foi descoberta em 1992 e a produção a céu aberto começou em 2003. Em março de 2010, iniciou-se a transação da mineração a céu aberto para a subterrânea, e o processo foi concluído em 2012. E, a mina Ekati, fica no nordeste do Canadá e aberta em 1998, sendo a primeira mina superficial e subterrânea de diamantes do Canadá. Localizada a 200 quilômetros ao sul do Círculo Polar Ártico, produziu mais de 8 toneladas de diamantes
Diamantes Coloridos
Os mais conhecidos são os transparentes, porém há diamantes AZUIS – LARANJAS -VERMELHOS – PÚRPURAS entre os mais raros. Os MARRONS e seus subtons são os comuns. Mas os INCOLORES são os mais desejados. O GIA Gemological Institute of America possui uma classificação de 4 C’s como método para designar as qualidades do diamante, e obviamente seu valor. Ou seja, COLOR (cor) – CARAT (quilate, peso) – CLARITY (clareza) – CUT (corte, lapidação).
Por fim, o valor de um diamante é de acordo com sua raridade. Ou seja, os vermelhos são os mais raros de todos, sendo encontrados apenas em minas na África, Austrália e Brasil.
Em síntese, deveríamos considerar o consumo desta pedra uma vez que o dano ao meio ambiente é irreversível.
Palavras chaves: diamantes, brilhantes, facetas, crateras, ecossistema, lapidação, natureza
Fonte: Divulgação
Que LEGAL...Bela e Preciosa GEMA MINERAL...!!!
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