A opala sempre foi uma pedra preciosa importante na joalheria, mas quando a atriz Gwyneth Paltrow foi fotografada com broche de opala negra e Cate Blanchett apareceu como uma diva com as pedras preciosas, joalherias como a Cartier, Tifhany, Chanel e a Chopard passaram a oferecer peças da alta joalheria, desenhadas por grandes designers com o minério, que é encontrado em Pedro II, na região Norte do Piauí.
A designer e joalheira Áurea Brandão foi a pioneira em Pedro II em produzir joias de ouro com opala. Outros joalheiros da cidade passaram a segui-la e ela foi mais adiante, misturando opalas com brilhantes, esmeraldas, safiras e rubis. Anéis são vendidos por R$ 10,2 mil e pingentes atingem preços de R$ 8,2 mil. Certamente, há um mercado de luxo ávido por consumi-los.
“São pedras brasileiras tão caras como as opalas e misturamos para fazer um jogo de cores. Compramos em São Paulo, que é o grande centro de comercialização de pedras preciosas, e aproveitamos o momento em que compramos dos grandes atacadistas para também vendermos as nossas opalas de Pedro II”, afirmou Áurea Brandão.
Áurea Brandão está aproveitando a explosão da opala para atender a demanda de suas clientes em Teresina e São Paulo. Com a redução de feiras para vender produtos do Piauí, Áurea Brandão aciona as suas clientes e é chamada por elas em São Paulo para promover bazares fechados e exclusivos, na residência delas.
“Elas me chamam, promovem chá para as amigas e nós apresentamos as minhas joias. Se comprarem uma peça, já valeu a viagem”, conta Áurea Brandão.
O joalheiro Juscelino Araújo Souza afirma que sua empresa, a Opalas Pedro II, já tem a tradição de exportar opalas há 20 anos, onde há demanda por matéria-prima. Um dos principais destinos é a Europa. Segundo ele, suas joias ainda não entraram no mercado internacional da joalheria, mas conquistaram o mercado nacional com suas peças oferecidas em seus próprios canais de comercialização, como site, mala direta, conta nas redes sociais e nas feiras.
“A gente já está conseguindo um varejo razoável em São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente”, declarou Juscelino Souza.
Forte concorrência não desanima joalheiros
A ascensão da opala, que tradicionalmente era extraída em Pedro II e na Austrália, está relacionada com a chegada das pedras extraídas e comercializadas na Etiópia, na África, que reduziu, e muito, o valor do minério, ajudando sua popularização.
O joalheiro Juscelino Souza conta que encontraram uma reserva de opalas muito grande na África nos últimos cinco anos, o que alterou completamente o mercado mundial do minério.
“Para se ter uma ideia, a Austrália era a maior produtora de opalas, detendo 95% do mercado mundial; o Brasil representava 2,5% e o México representava 2,5%. Esse mercado se alterou abruptamente, após a produção de opalas na Etiópia. Agora, 95% da produção mundial das opalas já são da Etiópia. Nós nos tornamos um grão de areia no mercado, pois estamos demandando um quilo por ano, enquanto a Etiópia está produzindo mais de 30 toneladas por ano. As opalas da Etiópia já estão oferecendo forte concorrência no mercado internacional”, afirma Juscelino Souza.
A designer e joalheira Áurea Brandão foi a pioneira em Pedro II em produzir joias de ouro com opala. Outros joalheiros da cidade passaram a segui-la e ela foi mais adiante, misturando opalas com brilhantes, esmeraldas, safiras e rubis. Anéis são vendidos por R$ 10,2 mil e pingentes atingem preços de R$ 8,2 mil. Certamente, há um mercado de luxo ávido por consumi-los.
“São pedras brasileiras tão caras como as opalas e misturamos para fazer um jogo de cores. Compramos em São Paulo, que é o grande centro de comercialização de pedras preciosas, e aproveitamos o momento em que compramos dos grandes atacadistas para também vendermos as nossas opalas de Pedro II”, afirmou Áurea Brandão.
Áurea Brandão está aproveitando a explosão da opala para atender a demanda de suas clientes em Teresina e São Paulo. Com a redução de feiras para vender produtos do Piauí, Áurea Brandão aciona as suas clientes e é chamada por elas em São Paulo para promover bazares fechados e exclusivos, na residência delas.
“Elas me chamam, promovem chá para as amigas e nós apresentamos as minhas joias. Se comprarem uma peça, já valeu a viagem”, conta Áurea Brandão.
O joalheiro Juscelino Araújo Souza afirma que sua empresa, a Opalas Pedro II, já tem a tradição de exportar opalas há 20 anos, onde há demanda por matéria-prima. Um dos principais destinos é a Europa. Segundo ele, suas joias ainda não entraram no mercado internacional da joalheria, mas conquistaram o mercado nacional com suas peças oferecidas em seus próprios canais de comercialização, como site, mala direta, conta nas redes sociais e nas feiras.
“A gente já está conseguindo um varejo razoável em São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente”, declarou Juscelino Souza.
Forte concorrência não desanima joalheiros
A ascensão da opala, que tradicionalmente era extraída em Pedro II e na Austrália, está relacionada com a chegada das pedras extraídas e comercializadas na Etiópia, na África, que reduziu, e muito, o valor do minério, ajudando sua popularização.
O joalheiro Juscelino Souza conta que encontraram uma reserva de opalas muito grande na África nos últimos cinco anos, o que alterou completamente o mercado mundial do minério.
“Para se ter uma ideia, a Austrália era a maior produtora de opalas, detendo 95% do mercado mundial; o Brasil representava 2,5% e o México representava 2,5%. Esse mercado se alterou abruptamente, após a produção de opalas na Etiópia. Agora, 95% da produção mundial das opalas já são da Etiópia. Nós nos tornamos um grão de areia no mercado, pois estamos demandando um quilo por ano, enquanto a Etiópia está produzindo mais de 30 toneladas por ano. As opalas da Etiópia já estão oferecendo forte concorrência no mercado internacional”, afirma Juscelino Souza.
Ele considera que o consumo da pedra cresceu devido a maior oferta, mas embora o consumo das opalas brasileiras tenha diminuído em função do baixo custo das opalas africanas, há diferença de qualidade. “As nossas opalas, de Pedro II, são as melhores dentro de nossa variedade, as opalas brancas, mas perderam a competitividade em relação a preços”, justifica.
Áurea Brandão, porém, tem uma boa notícia para as opalas de Pedro II. Ela diz que após dois anos de domínio no mercado global, as opalas da Etiópia têm suas fragilidades descobertas.
“Não vale a pena comprar uma pedra que em alguns anos fica estilhaçada, ela não tem estabilidade. Eles vendem muito barato, mas com o tempo ficam estilhaçadas”, comenta Áurea Brandão.
UOL
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