terça-feira, 18 de maio de 2021

Geólogo faz análise sobre mineração em terras indígenas

 


A mineração nas áreas do rio Urariocoera e Mucajaí foi tema de entrevista no Agenda da Semana (Foto: Divulgação)

A mineração nas áreas do rio Urariocoera e Mucajaí foi tema de entrevista no Agenda da Semana. A prática ilegal é comum e acontece na maioria das vezes dentro de territórios indígenas.

“A mineração em terra indígena não é proibida, a constituição permite assim que os processos e requerimentos de exploração sejam encaminhados a Agencia Nacional de Mineração, e essa por sua vez, encaminha para o Congresso Nacional que autoriza ou não. O que a lei pede é regulamentação da participação do royalte para os indíos de onde essa terra está sendo explorada, e essa situação existe há muito tempo, são quase cinco mil pedidos de pesquisa de minérios que estão tramitando na agência” explicou o geólogo Salomão Cruz.



“O governo Bolsonaro quer regulamentar a lei do Garimpo, mas existe um fato concreto, tem ouro na região Yanomami, se não tivesse não haveria a exploração, mas não é garimpo, é uma colocação equivocada, o garimpo é uma atividade feita de forma rudimentar, o que existe na área Yanomami é lavra clandestina. “ disse

O pesquisador ressalta a preocupação com mais de 20 mil garimpeiros que não terão condições de entrarem no mercado de trabalho.

 “É um quantitativo de pessoas que é muito abrangente em estado de Roraima, essa mão de obra não será absorvida pelo mercado, mesmo para atuar na produção e na operação de máquinas. Falar que precisa acabar com o garimpo de forma simples é complicado, por que pode causar a falta de renda de milhares de pessoas. Uma cozinheira que atua na área de garimpo chega a ganhar cerca de 70 mil ao ano, um garimpeiro pode ganhar cerca de 100 mil, onde essas pessoas poderão se empregar para ter esse retorno financeiro?” questiona.



Fonte: FOLHA BV


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