Uma área de garimpo irregular que chegava a movimentar até R$ 30 milhões por mês com a venda de diamantes para clientes da Europa e Ásia foi destruída nesta terça-feira durante uma operação da Polícia Federal (PF) às margens do rio Jequitinhonha, entre os municípios de Diamantina e Couto de Magalhães, na região do Vale do Jequitinhonha.
Duas pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no esquema de extração ilegal de pedras preciosas e outras oito estão foragidas.
Veja o vídeo:
A suspeita é de os donos dos garimpos conseguiam negociar os diamantes com a ajuda de produtores legalizados. Segundo a PF, a atividade provocou danos severos ao rio Jequitinhonha.
Um homem foi preso em casa suspeito de receber uma porcentagem dos lucros do garimpo para permitir a mineração dentroda propriedade dele. O outro detido é apontado como fornecedor de equipamentos para os garimpeiros.
Ainda são procurados seis donos de garimpos ou cavas e dois gerentes.
Além das prisões, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão com auxílio da Polícia Militar e Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Entre o material apreendido, estão notas fiscais de venda de diamantes, anotações sobre o garimpo, documentos e celulares.
As investigações começaram em 2016, com foco principalmente em uma região conhecida como Areinha. No entanto, segundo o delegado da Polícia Federal Luiz Augusto Pessoa, o que era uma atividade artesanal sem autorização, “cresceu de forma assustadora em 2018”.
“Aí já tinha trator, retroescavadeira, pá carregadeira, caminhões, e foram surgindo novos garimpos na mesma região”, detalhou Pessoa.
Balsas, dragas e bombas de sucção também foram localizadas ontem e destruídas pela PF com uso de explosivos.
A Polícia Federal estima que a atividade contava com a mão de obra de ao menos 900 garimpeiros. A corporação tenta, agora, localizar os foragidos e reunir provas que os vincule ao garimpo irregular.
Fonte: O TEMPO
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