Atualizada às 13h05
(Reuters) - Ações de varejistas mostravam forte desempenho na bolsa paulista nesta terça-feira, após dados mostrando que as vendas no comércio brasileiro cresceram bem mais do que o esperado em abril e tiveram maior alta em 21 anos para o mês, mesmo em meio às restrições rigorosas ainda impostas pela Covid-19.
Em abril, as vendas no varejo apresentaram alta de 1,8% na comparação com o mês anterior, depois de queda de 1,1% em março, registrando o maior ganho para o mês desde 2000, segundo os dados do IBGE divulgados mais cedo, com o desempenho voltando a ficar acima do nível pré-pandemia.
O chefe de pesquisa econômica do Goldman Sachs (NYSE:GS) para a América Latina, Alberto Ramos, destacou que as vendas contraíram no primeiro trimestre por causa da pausa no auxílio emergencial, aceleração da inflação e novas restrições de mobilidade e atividade em razão da intensificação da pandemia de Covid.
"Com maior mobilidade e transferências fiscais renovadas, esperamos que o setor de varejo se recupere no segundo trimestre e se expanda ainda mais no segundo semestre, em conjunto com o progresso do programa de vacinação da Covid, a reabertura gradual da economia e o estímulo fiscal renovado."
Na B3 (SA:B3SA3), por volta de 13:04, Via Varejo (SA:VVAR3) ON e Magazine Luiza (SA:MGLU3) ON figuravam na ponta positiva do Ibovespa, com acréscimos de 2,87% e 1,01%, respectivamente. Lojas Americanas (SA:LAME4) e B2W (SA:BTOW3) também avançavam, contra queda de 0,24% do Ibovespa. Já Lojas Renner (SA:LREN3) recuava.
Entre os papéis que fazem parte do índice Small Caps, Lojas Marisa (SA:AMAR3) ON disparava 9,1%, enquanto Petz (SA:PETZ3) ON valorizava-se 2,83%, Arezzo (SA:ARZZ3) ON avançava 2,87%, Guararapes ON tinha alta de 1,64% e C&A (SA:CEAB3) ON subia 1,32%.
O estrategista-chefe do banco digital modalmais, Felipe Sichel, acrescentou que o mês de abril foi marcado pelo início da reabertura da economia após as restrições impostas em março e pelo retorno do auxílio emergencial, fatores determinantes para a recuperação.
"Após uma surpresa positiva com a atividade no primeiro trimestre, o volume de vendas no varejo indica uma retomada mais forte no segundo trimestre."
(Por Paula Arend Laier)
Fonte: Reuters
Nenhum comentário:
Postar um comentário