Riqueza foi achada por um soldado americano - mas agora está perdida
RON LAYTNER
Abril de 1945 estava quase no fim quando Adolf Hitler, escondido em seu bunker em Berlim, na Alemanha, se matou com um tiro na têmpora direita. Cercado pelas tropas soviéticas, o Exército nazista se rendeu dias depois. Talvez você, leitor, nunca tenha se perguntado, mas, se Hitler tivesse escapado ou vencido a guerra, quais de seus bens ele guardaria? O que existia de mais precioso para ele?
Um anel com a suástica nazista de rubis, duas pistolas de ouro, antigas moedas alemãs de ouro e prata, um prato decorativo, uma condecoração, alguns diamantes, uma bandeira com o símbolo nazista, um livro com capa de couro, um relógio de ouro, talheres de prata com as iniciais AH e duas imagens de seus grandes amores, a mãe e a cadela Blondi. Isso é tudo o que Hitler guardaria – como, aliás, realmente o fez.
O tesouro foi encontrado por um militar americano dentro de um dos prédios nazistas em Munique, logo após a rendição da Alemanha. O sargento, que pertencia à 144ª Divisão do Exército americano, guardou parte do tesouro embaixo de sua cama, até vendê-lo para um milionário de Nevada. Agora, a preciosidade está novamente desaparecida.
A riqueza foi encontrada sem querer no subsolo do prédio abandonado e parcialmente saqueado. “O encanamento de água estava quebrado e havia cerca de 6 centímetros de água no chão”, narra o sargento numa fita que gravou, uma espécie de diário falado. “Tinha uma caixa na água que todos estavam usando como um degrau para não molhar os pés.” Curioso, o militar abriu a caixa e encontrou as várias peças embrulhadas em jornal. Dentro da caixa havia também um caderno de capa de couro vermelha com as iniciais do Führer. O sargento o abriu, viu páginas escritas em alemão e jogou de novo na água o que provavelmente era o diário de Hitler.
Parte do tesouro já começou a ser perdida naquele mesmo dia. Um superior do sargento quis uma das pistolas de ouro. E um tenente pegou uma caixa cheia de diamantes. De volta aos Estados Unidos, o sargento deu algumas coisas (como o anel e alguns talheres) de presente para amigos e parentes, perdeu o relógio de ouro num café e escondeu o restante de sua riqueza por 29 anos.
O milionário Ray Bily, dono de indústrias de queijo, ficou sabendo do tesouro por um parente do sargento, que trabalhava numa de suas empresas. Depois de várias tentativas, conseguiu comprar os bens – o preço nunca foi revelado. Por muitos anos, deixou os pertences no cofre de um banco de Nevada, de onde os tirou apenas para revelar a história do tesouro. Só que Ray morreu em 1994. E nunca disse a ninguém o que fez com os pertences de Hitler.
Álbum de família
A mulher de olhos azuis da foto é Klara, a mãe de Adolf Hitler, a quem ele era muito ligado. A imagem é a única em cores de que se tem notícia. Atrás da foto, ele escreveu Mutter (“mãe” em alemão).
Melhor amiga do homem
A cadela Blondi, um pastor-alemão, era a companhia favorita do Führer. Por isso, uma das peças que ele guardou como parte de seu tesouro era sua pintura. Atrás da imagem, ele escreveu “Blondi” – Hitler gostava tanto da cachorra que, momentos antes de se suicidar, matou-a com um comprimido de veneno.
Surrupiado de Mussolini
O livro de capa de couro com uma águia segurando uma suástica era para ser um presente ao ditador italiano Benito Mussolini, numa visita que ele fez a Munique em 1937. Mas Hitler aparentemente o pegou para ele. O livro continha detalhes da visita, hora a hora, e pinturas feitas a mão de lugares que Mussolini conheceu.
Anel nazista
Feito de ouro e platina, o anel tem uma suástica com rubis encravados e foi encontrado dentro de uma bola de prata enfeitada com pequenos símbolos nazistas. O sargento que encontrou o tesouro deu a jóia para sua namorada, que ficou por 11 anos usando-a como uma espécie de pingente em um colar.
Pistola de ouro
A pistola de ouro foi fabricada por uma empresa alemã e era levada por Hitler dentro de um bolso em sua calça onde quer que ele fosse. Todo trabalhado, o modelo tem calibre 7,65 milímetros e é a única peça de cujo paradeiro se tem notícia: foi vendida para a Academia de Polícia Americana.
Valor sentimental
A medalha com uma cruz e uma águia tinha valor sentimental para o líder nazista: ela era uma comemoração da vitória esmagadora que obteve num plebiscito na região do Saar – na eleição, para decidir se a região seria anexada à Alemanha, 90% dos votos foram a favor de Hitler.
Fonte: AH/UOL
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