quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Diamantes sem garimpo? Sim, é possível! Conheça a marca brasileira que adotou a prática sustentável

 Garimpo ilegal, condições insalubres de trabalho, extrativismo violento. Estas são algumas sequelas deixadas pela mineração no mundo inteiro. Dentre os setores que mais colaboram com a perpetuação desta realidade, está o mercado de joias. Uma boa notícia? Produzir acessórios de luxo de forma mais sustentável é possível. Uma notícia melhor ainda? Isso já é uma realidade em solo nacional.

Desenvolvidas através de uma tecnologia revolucionária, as pedras possuem as mesmas propriedades óticas, químicas e físicas das que são extraídas da natureza (Foto: Getty Images)

Desenvolvidas através de uma tecnologia revolucionária, as pedras possuem as mesmas propriedades óticas, químicas e físicas das que são extraídas da natureza (Foto: Getty Images)

Fundada em agosto deste ano pelas designers Luna Nigro e Julia Blini, a Gaem é uma marca de joias feita com lab grown diamonds, ou seja, diamantes produzidos em laboratório. Desenvolvidas através de uma tecnologia revolucionária, as pedras possuem as mesmas propriedades óticas, químicas e físicas das que são extraídas da natureza. Isso significa que é impossível diferenciar um diamante natural de um diamante lab grown

Luna Nigro e Julia Blini, fundadoras da Gaem (Foto: Divulgação)

Luna Nigro e Julia Blini, fundadoras da Gaem (Foto: Divulgação)

˜Conhecemos cada etapa do caminho percorrido pelas nossas pedras. Do laboratório ao ateliê, são pouquíssimos intermediários. Além disso, atendemos seis das 17 resoluções de desenvolvimento sustentável da ONU, visando causar o menor impacto possível ao planeta e às comunidades que nos cercam,” diz Julia.

O processo de formação de um diamante de laboratório leva, em média, entre seis e oito semanas. Tudo começa com uma semente de carbono, que é colocada dentro de uma câmara vedada, sob alta pressão e temperatura. Após esse período, a pedra bruta está finalizada, pronta para ser lapidada e polida.

Acessórios da Gaem são leves e dão ótimas sobreposições (Foto: Reprodução/ @ shop.gaem)

Acessórios da Gaem são leves e dão ótimas sobreposições (Foto: Reprodução/ @ shop.gaem)

Um relatório recém-divulgado pelo Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi/Fatf), destacou que a mineração ilegal rende entre US$ 12 bilhões e US$ 48 bilhões por ano para os criminosos - e a América do Sul é a maior responsável por este dado. Só no Brasil, são cerca de US$ 120 milhões em 12 meses.

O número assustador também serviu de incentivo para a marca aprimorar o desenvolvimento do ouro, matéria-prima mais importante do mercado de joias.  Autenticado pelo selo Responsible Minerals Initiative, certificado que garante que o elemento seja livre de conflitos ambientais ou humanitários, e que os fornecedores sigam práticas responsáveis, o ouro da Gaem é totalmente rastreável e os seus fornecedores seguem práticas responsáveis.

Argola Billie, desenvolvida pela Gaem (Foto: Reprodução/ @ shop.gaem)

Argola Billie, desenvolvida pela Gaem (Foto: Reprodução/ @ shop.gaem)

"Isso garante que o nosso ouro não seja ligado a trabalho escravo ou infantil, lavagem de dinheiro e uso de mercúrio na extração, além de encorajar produtores que trabalham em escala artesanal", explicam as designers.

Trazendo peças leves e delicadas,  a marca oferece um vasto catálogo de joias pensadas para o  dia a dia, como solitários, pingentes, piercings, medalhas e anéis. Os acessórios podem ser encontrados no e-commerce da Gaem.


Fonte: G1


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