Garimpo ilegal, condições insalubres de trabalho, extrativismo violento. Estas são algumas sequelas deixadas pela mineração no mundo inteiro. Dentre os setores que mais colaboram com a perpetuação desta realidade, está o mercado de joias. Uma boa notícia? Produzir acessórios de luxo de forma mais sustentável é possível. Uma notícia melhor ainda? Isso já é uma realidade em solo nacional.
Fundada em agosto deste ano pelas designers Luna Nigro e Julia Blini, a Gaem é uma marca de joias feita com lab grown diamonds, ou seja, diamantes produzidos em laboratório. Desenvolvidas através de uma tecnologia revolucionária, as pedras possuem as mesmas propriedades óticas, químicas e físicas das que são extraídas da natureza. Isso significa que é impossível diferenciar um diamante natural de um diamante lab grown.
˜Conhecemos cada etapa do caminho percorrido pelas nossas pedras. Do laboratório ao ateliê, são pouquíssimos intermediários. Além disso, atendemos seis das 17 resoluções de desenvolvimento sustentável da ONU, visando causar o menor impacto possível ao planeta e às comunidades que nos cercam,” diz Julia.
O processo de formação de um diamante de laboratório leva, em média, entre seis e oito semanas. Tudo começa com uma semente de carbono, que é colocada dentro de uma câmara vedada, sob alta pressão e temperatura. Após esse período, a pedra bruta está finalizada, pronta para ser lapidada e polida.
Um relatório recém-divulgado pelo Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi/Fatf), destacou que a mineração ilegal rende entre US$ 12 bilhões e US$ 48 bilhões por ano para os criminosos - e a América do Sul é a maior responsável por este dado. Só no Brasil, são cerca de US$ 120 milhões em 12 meses.
O número assustador também serviu de incentivo para a marca aprimorar o desenvolvimento do ouro, matéria-prima mais importante do mercado de joias. Autenticado pelo selo Responsible Minerals Initiative, certificado que garante que o elemento seja livre de conflitos ambientais ou humanitários, e que os fornecedores sigam práticas responsáveis, o ouro da Gaem é totalmente rastreável e os seus fornecedores seguem práticas responsáveis.
"Isso garante que o nosso ouro não seja ligado a trabalho escravo ou infantil, lavagem de dinheiro e uso de mercúrio na extração, além de encorajar produtores que trabalham em escala artesanal", explicam as designers.
Trazendo peças leves e delicadas, a marca oferece um vasto catálogo de joias pensadas para o dia a dia, como solitários, pingentes, piercings, medalhas e anéis. Os acessórios podem ser encontrados no e-commerce da Gaem.
Fonte: G1
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