O dólar voltou a ganhar tração no mercado à vista na manhã desta quarta-feira, 6, e a ser negociado acima dos R$ 5,50. Há pouco, o dólar à vista subia 0,45%, a R$ 5,5096.
O analista de câmbio Elson Gusmão, da corretora Ourominas, afirma que o mercado segue sob cautela com o exterior negativo em meio a avanço do juro da T-Note 2 anos a 0,293%, às 10h34, ante 0,285% no fim da tarde de ontem, embora as taxas dos Treasuries longos tenham passado a cair.
Segundo ele, diminuiu a pressão sobre os Treasuries longos pela desconfiança dos investidores sobre a leitura da ADP para a criação de empregos no setor privado dos Estados Unidos para setembro, uma vez que o mercado privado tem registrado números distantes dos resultados do payroll (dado de emprego amplo dos EUA) divulgado mensalmente pelo Departamento do Trabalho daquele país.
Gusmão acrescenta que há mal-estar ainda com a escassez de gás na Europa, que ajuda a deprimir as bolsas e as moedas da região frente o dólar, e também com as fracas vendas no varejo brasileiro em agosto.
Segundo o analista, os dados do varejo reforçam preocupações com a atividade interna, e há desconforto com a inflação alta e demora na tramitação das reformas e do orçamento de 2021, com persistentes dúvidas sobre as soluções que devem ser dadas para os precatórios, auxílio Brasil e extensão de auxílio emergencial. "O Copom perdeu uma grande chance, na última reunião, de aumentar um pouco mais os juros pra dar um melhor alívio ao mercado", comenta.
Fonte: ESTADÃO
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