Joia rara localizada por um homem com detector de metais veio da cidade grega de Bizâncio ou do Egito, mas como ela foi parar no país escandinavo é um mistério
Um homem encontrou um brinco de ouro raro em um campo na Dinamarca enquanto utilizava um equipamento de detecção de metais. O impressionante achado datado do século 11 foi anunciado pelo Museu Nacional de Copenhaguen, no último dia 5 de dezembro.
O brinco de mil anos estava na região da Jutlândia Ocidental e foi desenterrado por Frants Fugl Vestergaard, de 54 anos. A joia dourada com formato de meia-lua é um provável presente de um imperador bizâncio a um chefe viking dinamarquês, que pode ter trabalhado como guarda-costas pessoal.
O objeto traz a representação de dois pássaros, cada um de um lado, em uma árvore da vida. Peter Pentz, especialista do Museu Nacional de Copenhaguen, conta ao site alemão Spiegel que o artefato é um exemplar entre apenas outros 12 no mundo, mas é o primeiro descoberto na Escandinávia.
Uma grande surpresa é o local da descoberta do brinco, que veio do Oriente Médio, provavelmente da antiga cidade grega de Bizâncio ou ainda do Egito. Segundo Pentz, os vikings traziam milhares de moedas de prata de suas incursões, viagens e expedições comerciais, mas quase nenhuma joia.
Ouro proveniente de Bizâncio, porém, já foi encontrado em túmulos vikings. Várias das preciosidades eram frutos de saques desses guerreiros. Em meados do século 7, os vikings chamados de varegues na Dinamarca, Noruega e Suécia, começaram a invadir as Ilhas Britânicas. No século 8, eles iniciaram roubos na Irlanda, Islândia, a Groenlândia e na Normandia, expandindo para a costa do Báltico, segundo o site Ancient Origins.
Nas proximidades do local onde o brinco foi achado, porém, não há indícios da passagem desses povos. Com isso, a história de como o adorno foi enterrado na Jutlândia Ocidental permanece um mistério. Os pesquisadores do museu ainda assim acreditam que o item enigmático possa representar um avanço arqueológico na nossa compreensão dos vikings e do Oriente Médio.
Fonte: GALILEU
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