1- O topázio Azul
O topázio é uma das mais lindas pedras azuis que existem na natureza. O topázio é uma pedra semi-preciosa. Ele vale pela versatilidade. Tem de diversas cores. Seu nome real é nesossilicato de flúor e alumínio.
O Topázio azul é a pedra preciosa estado do estado americano do Texas. A ocorrência natural do topázio azul é bastante raro. Tipicamente, o material incolor, cinzento ou amarelo pálido é tratado com calor e irradiado para produzir uma pedra com tom de azul mais escuro.
O azul é o preferido de muitos designers de jóias. Sua coloração intensa e transparência dão ao Topázio uma chance efetiva de ser a mais linda pedra azul que existe. Mas sabemos que não será uma disputa fácil, e você perceberá isso no decorrer deste post!
2- Labradorite
Esse é maneiro, olha só:A Labradorite é um mineral do grupo dos feldspatos, sendo um dos membros cálcicos intermédios da série da plagioclase. São frequentes os cristais maclados. Tal como todos os membros da série da plagioclase, cristaliza no sistema triclínico e possui três direções de clivagem duas das quais formam prismas quase retos.
Se você não entendeu nada, tudo bem. O que você precisa saber mesmo é que esta pedra é lindamente azul e iridescente, isso é, seu brilho muda de acordo com o ângulo da luz que atinge a pedra. Isso a torna tão legal que seria uma boa pedra para ganhar de presente de um Elfo na terra Média.
Essa pedra ocorre em sob a forma de grãos de cor branca a cinza em rochas ígneas máficas, sendo um feldspato comum em basaltos, gabros e anortositos. A sua característica mais facilmente reconhecível são as sua reflexões superficiais com aspecto de mancha de óleo.
3-Azurita azul
Pensa só numa pedra de alto teor de cor azul. Ela tem uma cristalização belíssima até em estado bruto. Uma coisa interessante deste mineral é que ele está entre os raros minerais que você vai achar nas pinturas antigas! Sim, porque antigamente, não rolava ir comprar uma tinta azul na loja. O cara que precisasse de azul para pintar, necessitava obter a tinta em forma de pó, que era o corante, no qual ele iria misturar um líquido qualquer (geralmente clara de ovo) para gerar uma tinta. O nome azurita tem origem na palavra árabe para azul. Desde há muito tempo usada como pigmento mineral azul. Usada também em jóias; os melhores espécimes são apreciados por colecionadores de minerais.
Muitas vezes, a azurita está misturada com a malaquita, e isso nos dá duas cores azuis pelo preço de uma!
4- Água-Marinha
Falar em pedra azul sem citar a fabulosa água-marinha é praticamente um crime hediondo! A pedra tem este nome porque ela parece uma água magicamente endurecida. Sua transparência e tonalidade de azul claro contrasta com as rochas adjacentes, como nesta acachapante cristalização com turmalina negra e albita branca.A água-marinha é uma variedade do berilo, com uma composição química de silicato de alumínio e berílio. A cor da água-marinha varia do verde-azul a azul-claro. O Brasil é o maior produtor do mundo, mas esta gema é encontrada um pouco por todo o mundo. No Brasil existem cerca 10000 variedades de águas-marinhas que assim como os animais também estão entrando em extinção nas minas de Rondônia e Rio Grande do Norte onde são encontradas as melhores pedras do país. A Rainha da Inglaterra possui várias gemas daqui, que lhe foram dadas de presente quando ela esteve em visita no Brasil.
A pedra da morte:
Na década 50 foi encontrada em Resplendor, Minas Gerais, a maior água-marinha do mundo que, devido à sua beleza, foi denominada “Martha Rocha”, a Miss Universo da época. Foi também motivo de muitas brigas e mortes na região. A mais pesada tinha 110 kg, e suas dimensões eram de 48,5 cm de comprimento e 42 cm de diâmetro. Tem fractura desigual e clivagem imperfeita. A sua cor varia desde o azul-claro ao azul-esverdeado ou até mesmo tende aos tons escuros. São raros os exemplares com um azul intenso e sem tons esverdeados, uma vez que a maioria das águas-marinhas com um azul perfeito foram sujeitas a tratamentos especiais, o sendo o principal o aquecimento da gema. Este tratamento elimina os tons esverdeados fazendo com que a gema fique com um aspecto mais impressionante. Contudo, nem sempre as pessoas preferiram assim, algumas pessoas preferem os tons naturais por ser mais parecido com o “azul do mar” que lhe deu o nome.
5-Cristais de Clinoclase
Muitas vezes, a grandiosidade de uma pedra azul não está exatamente em sua cor ou transparência, mas em sua sensacional cristalização. Com cristais que lembram belos ouriços azuis, a Clinoclase garante seu lugar nesta lista. Clinoclase, é um mineral, composto de arsenato de cobre.
6-Kianite Água Aura
É quase um nome de filme. Com um titulo pomposo desses, não podemos esperar nada menos que um espetáculo natural de colar nosso queixo no chão. E o melhor: éééééé do Brasiiiiil!A cianite ou cianita cujo nome deriva do grego kyanos, que significa azul, é um silicato tipicamente azul, mas que pode ser também incolor, verde ou castanho. É geralmente encontrada em pegmatitos metamórficos ourochas sedimentares ricos em alumínio.
É também chamada de distênio (ou distena) , que significa duas forças (do gr. sthenos) , porque tem durezas bem diferentes conforme a face considerada.
A cianite é um polimorfo da andaluzita e da sillimanita. É um mineral fortemente anisotrópico, ou seja, muda de cor de acordo com o ângulo da luz.
7-Chacantita
Outra pedra de incrível azul e cristalização impressionante chama-se chacantita, que por sua vez é a versão pura do sulfato de cobre encontrada na natureza.
A cor é de tirar o fôlego! E graças a sua composição química, essa pedra causa irritação na pele e mucosas. Se não estou enganado, dá pra fazer essa pedra em laboratório!
Muitas vezes, ela pode aparecer dando aquele toque de genialidade que torna um cristal “Ok” numa pura obra de arte da natureza:
8-Cavansite
Na foto acima podemos ver cristais pequenos de cavansite impregnando cristais maiores de Stilbite, encontrada na Índia.
A Cavansite , cujo nome é derivado de sua composição química, (ca lcium van adium si lica te) , é uma pedra de um azul profundo, mineral de cálcio hidratado, e filosilicato de vanádio. Foi descoberta em 1967 em Malheur County , Oregon. Ele é um mineral relativamente raro. É polimórfico com o mineral mais raro ainda, pentagonite . É mais freqüentemente encontrado em Poona , Índia e nas armadilhas de Deccan , uma grande província ígnea .
9-Conichalcite
Outro que está aqui por sua cristalização que parece mais um pequeno milagre. Olha que coisa linda e delicada:Com tom de azul piscina, o Conichalcite está aflorando de uma grande pedra de Agardite. Esta forma de cristalização é comum e áreas de oxido de cobre e em jazidas de cobre. Conichalcite é frequentemente encontrada incrustada em pedras de cores que vão do amarelo às cores vermelhas.
10- Tanzanita
A Tanzanita deve ser o cristal mais “azulaço” que tem. Esse mineral é tão azul que dependendo da luz do ambiente pode parecer preto. Na luz do sol ele revela seu esplendor:A Tanzanita é uma variedade do mineral zoisite descoberta nos Montes Meralani no norte da Tanzânia em 1967 próximo de Arusha, afirma-se que por um natural de Goa de nome Manuel de Sousa. Desde então, a gema causou grande popularidade,principalmente nos EUA, onde a Tiffany & Co. teve um papel fundamental tanto no seu batismo, como na sua apresentação ao mercado e subsequente promoção.
Trata-se de uma gema popular e valiosa, sobretudo por sua cor e raridade (Ela é só 10.000 vezes mais rara que o Diamante!). Digno de realce é o forte tricroísmo que apresenta (azul safira, violeta e verde dependendo da orientação do cristal). No entanto, a maior parte da tanzanite recebe tratamento térmico artificial para melhorar a sua cor, o que reduz significativamente esse tricroísmo.
A pedra tem cor azul-safira, devida ao vanádio. A Tanzânia é ainda a única fonte conhecida dessa pedra no mundo!
E pensar que essas magníficas obras de arte da natureza já estavam aqui quando o nosso planeta nem vida possuía!
11= Turmalina paraíba
Serra da Borborema, região do cariri paraibano. A imensa cordilheira que corta a caatinga tem muito mais do que beleza. Na região foi descoberta a mais especial e rara das pedras preciosas: a turmalina paraíba. De um azul único, brilho incomparável, alcançou valores nunca imaginados. Um recorde: a turmalina brasileira superou a cotação dos diamantes.
Um caminho de terra e poeira é a ligação da cidade do tesouro com o resto do mundo. Em São José da Batalha, o berço das turmalinas, nada mudou com a descoberta das pedras tão valiosas. O povoado segue a rotina sem pressa e sem novidades. Os moradores
apenas assistiram a riqueza ser levada para bem longe do local. As turmalinas permanecem nas histórias que alimentam muitos sonhos na região.
"Muita gente teve pedras valiosas na mão", conta o ex-garimpeiro Antônio Carlos Costa.
"Uma pedrinha dessas custa de R$ 80 a R$ 100 mil. Não me desfaço dela. Fica como lembrança, para as pessoas verem o que eu faço na vida. Pelo menos fica para os netos, bisnetos, tataranetos. E a história continua", diz o ex-garimpeiro Gerlado Oliveira.
Os moradores guardam mágoa de um passado em que a riqueza esteve bem perto, ao alcance das mãos deles. Mas naquele tempo a turmalina paraíba não tinha o valor que tem hoje, milhares de dólares o quilate.
"Ninguém sabia o valor, entoa, trocava por moto, carro. E assim mandaram tudo para fora", conta Geraldo Oliveira.
E é atrás da história de persistência e obstinação que se vai ao encontro do garimpeiro José de Souza, conhecido por Deda. Dá para imaginar que o homem que ocupa uma casa tão modesta já morou na melhor casa da cidade? Ele já foi dono de caminhões, de um bom carro, de minas de garimpo. Tudo comprado com o dinheiro das turmalinas que achou. Mas hoje a cobiçada pedra azul não passa de um retrato na parede.
"Não tenho ideia de quanto a pedra valeria hoje, mas eu não entregaria a ninguém por menos de R$ 2 milhões. Tenho esperança de que vou conseguir outra", diz Deda, que vai em busca da pedra da fortuna. A caminhada é longa. São seis quilômetros até a mina. Basta seguir por um túnel.
O garimpeiro não teve dinheiro para pagar a energia e tem que trabalhar no escuro, à luz de velas. A mina tem 150 metros de extensão.
"Na realidade, dá para ver o mínimo. Mas não tem outro jeito", conta o garimpeiro, que não tem medo de perder a turmalina no meio da escuridão. "Trabalhamos de olho nela".
Não importa se é dia ou noite, o caçador solitário de turmalinas cava sem parar. A maratona continua empurrando o carrinho.
De carregamento em carregamento, todo o material é retirado de dentro da mina. São toneladas de cascalho. O rejeito da mina cobriu toda a encosta do morro. Deda conta que são oito anos de suor no local. "Meu pensamento fica em Deus", diz.
Caulim é uma argila branca, onde os garimpeiros encontram as turmalinas. Na primeira mina de turmalina da região, uma galeria gigantesca está desativada. Exploração agora, só com máquinas.
"É impossível calcular, mas, pela experiência que temos, ainda não foram explorados 10% dessa mina", conta o minerador Sérgio Barbosa.
As galerias têm passagens para todos os lados e chegam a 60 metros de altura.
E pensar que a mais rara das pedras preciosas foi encontrada em uma região marcada pela aridez, em uma terra considerada pobre, que não serve para plantar. A primeira turmalina paraíba foi descoberta a sete metros de profundidade, 20 anos atrás, graças à obstinação de um homem: Heitor Barbosa, que o Globo Repórter foi conhecer em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Heitor Dimas Barbosa é o dono da mina de São José da Batalha. Todas as pedras que ele guarda vieram de lá. Com orgulho, mostra revistas estrangeiras onde é citado como o homem que descobriu a raríssima turmalina paraíba, em 1982. Era tão bonita e diferente que até comerciantes de joias achavam que não era verdadeira.
"Falavam que era sintética", lembra Heitor Barbosa, que não desistiu. Enviou amostras do mineral ao Gemological Institut of America, nos Estados Unidos, que comprovou: era uma turmalina com cobre e manganês na composição, o que dá o azul especial. Heitor Barbosa diz que não ficou rico porque vendeu as pedras por valor muito baixo e aplicou todo o dinheiro na mina de São José da Batalha, mas garante que ainda vai enriquecer. "Eu tenho uma convicção muito forte de que ainda vou encontrar uma pedra acima de três quilos", diz.
A mina do tesouro, em São José da Batalha, fica em uma região onde não existem empregos. Homens arriscam a vida diariamente nas profundezas da terra.
O local de trabalho do garimpeiro José Tadeu Taveira fica a 60 metros de profundidade. O jeito é colocar o capacete e encarar uma escada. "Não tem perigo", garante Tadeu, que enfrenta esse expediente todo dia.
Os garimpeiros trabalham sempre em dupla: um retira o caulim com a picareta e o outro recolhe com a pá. É também uma medida de segurança. Em caso de desmoronamento, um pode socorrer o outro.
"O perigo está sempre por perto", diz José Tadeu.
Mais perto do que se imagina. Durante a entrevista, uma barreira desabou.
"Na época da chuva é perigoso porque dá infiltração e começa a desabar", explica José Tadeu.
O desmoronamento foi em uma parede. Por precaução, as escavações estão suspensas nas galerias mais profundas.
O professor José Adelino Freire, do Departamento de Minas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), alerta: o garimpo de São José da Batalha é uma atividade arriscadíssima. "Quem trabalha lá corre risco de morte. Acho que a universidade deve atuar nessas áreas e orientar os garimpeiros para que eles façam uma exploração mais racional", diz o professor.
O garimpeiro Geone de Sousa escapou de morrer graças ao colega que estava com ele e foi buscar socorro. "Caiu uma barreira quando eu estava embaixo, suspendendo a bomba. Quando escutei o barulho, não deu tempo de correr. Caiu por cima de mim. Eu quebrei o fêmur em dois lugares", conta Geone, que retornou ao trabalho com oito pinos na perna e contando com a proteção divina.
Um caminho de terra e poeira é a ligação da cidade do tesouro com o resto do mundo. Em São José da Batalha, o berço das turmalinas, nada mudou com a descoberta das pedras tão valiosas. O povoado segue a rotina sem pressa e sem novidades. Os moradores
apenas assistiram a riqueza ser levada para bem longe do local. As turmalinas permanecem nas histórias que alimentam muitos sonhos na região.
"Muita gente teve pedras valiosas na mão", conta o ex-garimpeiro Antônio Carlos Costa.
"Uma pedrinha dessas custa de R$ 80 a R$ 100 mil. Não me desfaço dela. Fica como lembrança, para as pessoas verem o que eu faço na vida. Pelo menos fica para os netos, bisnetos, tataranetos. E a história continua", diz o ex-garimpeiro Gerlado Oliveira.
Os moradores guardam mágoa de um passado em que a riqueza esteve bem perto, ao alcance das mãos deles. Mas naquele tempo a turmalina paraíba não tinha o valor que tem hoje, milhares de dólares o quilate.
"Ninguém sabia o valor, entoa, trocava por moto, carro. E assim mandaram tudo para fora", conta Geraldo Oliveira.
E é atrás da história de persistência e obstinação que se vai ao encontro do garimpeiro José de Souza, conhecido por Deda. Dá para imaginar que o homem que ocupa uma casa tão modesta já morou na melhor casa da cidade? Ele já foi dono de caminhões, de um bom carro, de minas de garimpo. Tudo comprado com o dinheiro das turmalinas que achou. Mas hoje a cobiçada pedra azul não passa de um retrato na parede.
"Não tenho ideia de quanto a pedra valeria hoje, mas eu não entregaria a ninguém por menos de R$ 2 milhões. Tenho esperança de que vou conseguir outra", diz Deda, que vai em busca da pedra da fortuna. A caminhada é longa. São seis quilômetros até a mina. Basta seguir por um túnel.
O garimpeiro não teve dinheiro para pagar a energia e tem que trabalhar no escuro, à luz de velas. A mina tem 150 metros de extensão.
"Na realidade, dá para ver o mínimo. Mas não tem outro jeito", conta o garimpeiro, que não tem medo de perder a turmalina no meio da escuridão. "Trabalhamos de olho nela".
Não importa se é dia ou noite, o caçador solitário de turmalinas cava sem parar. A maratona continua empurrando o carrinho.
De carregamento em carregamento, todo o material é retirado de dentro da mina. São toneladas de cascalho. O rejeito da mina cobriu toda a encosta do morro. Deda conta que são oito anos de suor no local. "Meu pensamento fica em Deus", diz.
Caulim é uma argila branca, onde os garimpeiros encontram as turmalinas. Na primeira mina de turmalina da região, uma galeria gigantesca está desativada. Exploração agora, só com máquinas.
"É impossível calcular, mas, pela experiência que temos, ainda não foram explorados 10% dessa mina", conta o minerador Sérgio Barbosa.
As galerias têm passagens para todos os lados e chegam a 60 metros de altura.
E pensar que a mais rara das pedras preciosas foi encontrada em uma região marcada pela aridez, em uma terra considerada pobre, que não serve para plantar. A primeira turmalina paraíba foi descoberta a sete metros de profundidade, 20 anos atrás, graças à obstinação de um homem: Heitor Barbosa, que o Globo Repórter foi conhecer em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Heitor Dimas Barbosa é o dono da mina de São José da Batalha. Todas as pedras que ele guarda vieram de lá. Com orgulho, mostra revistas estrangeiras onde é citado como o homem que descobriu a raríssima turmalina paraíba, em 1982. Era tão bonita e diferente que até comerciantes de joias achavam que não era verdadeira.
"Falavam que era sintética", lembra Heitor Barbosa, que não desistiu. Enviou amostras do mineral ao Gemological Institut of America, nos Estados Unidos, que comprovou: era uma turmalina com cobre e manganês na composição, o que dá o azul especial. Heitor Barbosa diz que não ficou rico porque vendeu as pedras por valor muito baixo e aplicou todo o dinheiro na mina de São José da Batalha, mas garante que ainda vai enriquecer. "Eu tenho uma convicção muito forte de que ainda vou encontrar uma pedra acima de três quilos", diz.
A mina do tesouro, em São José da Batalha, fica em uma região onde não existem empregos. Homens arriscam a vida diariamente nas profundezas da terra.
O local de trabalho do garimpeiro José Tadeu Taveira fica a 60 metros de profundidade. O jeito é colocar o capacete e encarar uma escada. "Não tem perigo", garante Tadeu, que enfrenta esse expediente todo dia.
Os garimpeiros trabalham sempre em dupla: um retira o caulim com a picareta e o outro recolhe com a pá. É também uma medida de segurança. Em caso de desmoronamento, um pode socorrer o outro.
"O perigo está sempre por perto", diz José Tadeu.
Mais perto do que se imagina. Durante a entrevista, uma barreira desabou.
"Na época da chuva é perigoso porque dá infiltração e começa a desabar", explica José Tadeu.
O desmoronamento foi em uma parede. Por precaução, as escavações estão suspensas nas galerias mais profundas.
O professor José Adelino Freire, do Departamento de Minas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), alerta: o garimpo de São José da Batalha é uma atividade arriscadíssima. "Quem trabalha lá corre risco de morte. Acho que a universidade deve atuar nessas áreas e orientar os garimpeiros para que eles façam uma exploração mais racional", diz o professor.
O garimpeiro Geone de Sousa escapou de morrer graças ao colega que estava com ele e foi buscar socorro. "Caiu uma barreira quando eu estava embaixo, suspendendo a bomba. Quando escutei o barulho, não deu tempo de correr. Caiu por cima de mim. Eu quebrei o fêmur em dois lugares", conta Geone, que retornou ao trabalho com oito pinos na perna e contando com a proteção divina.
Fonte: G1
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