Diamantes
Podem acreditar: o diamante percorre um longo caminho até chegar a vocês. Após sua extração das minas, as pedras brutas são enviadas para centros especializados em gemas, para serem selecionados e classificados. A seleção é feita à mão e requer muita experiência. Na primeira etapa, as pedras brutas são separadas em dois grupos: as de qualidade gema, para uso joalheiro, e as de qualidade industrial, para uso industrial. Do total que é garimpado em todas as minas do mundo, geralmente apenas 20% dos diamantes extraídos têm qualidade serem usados na joalheria. Mais de 250 toneladas de minério vasculhadas, para produzir um quilate de diamante lapidado de qualidade! Viram só como essa gema é verdadeiramente muuuito rara???
Após essa pré-seleção, os diamantes brutos com qualidade para serem lapidados e usados como gemas são separados pelo formato e tamanho de cristalização. A divisão dos brutos por tamanhos segue as seguintes classificações: acima de um quilate, quilate, duas por um (duas pedras para um quilate), três por uma (três pedras para um quilate), fazenda fina (pedras de dez a 15 pontos) e drill (pedras menores de dez pontos).
Na etapa seguinte, a seleção será feita pela cor. A separação é feita entre diamantes da “série amarela” e diamantes coloridos. Os diamantes coloridos (azul, rosa, amarelo, vermelho, verde, laranja, roxo, negro e marrom), que apresentam tonalidade e saturação fortes, são muito raros e valorizadíssimos pelos colecionadores (faremos um capítulo exclusivo para contar a vocês tudo sobre essas pedras, chamada Fancy Diamonds. Fiquem ligadinhas!!!).
Ao selecionar os cristais da série amarela, a classificação divide as gemas a partir do extra (gemas incolores, sem nenhum traço de cor) até pardo (gemas com forte tonalidade cinza, castanha ou amarela). A partir daí, as pedras brutas são vendidas para os principais centros de lapidação do mundo que são: Antuérpia na Bélgica, Tel Aviv em Israel, Bombaim na Índia, Johannesburgo na África do Sul e Nova Iorque nos Estados Unidos.
Depois de toda essa longa etapa, as pedras brutas ainda devem ser lapidadas, para serem classificados por cor, pureza e peso. Quando finalmente os diamantes lapidados estão prontinhos para serem cravados nas mais lindas joias, eles são negociados nos chamados Clubes de Diamantes e Bolsas de Diamantes, situados nos maiores centros de lapidação diamantífera, onde são determinados seus valores de venda final. Estas organizações são extremamente rigorosas e são elas que garantem a legitimidade dos diamantes em todo o mundo.
Para vocês terem uma ideia, para se tornar um associado dessas entidades, o comerciante deve estar no negócio de diamantes há pelo menos dois anos e ter uma reputação inquestionável. Após passar por rigorosos processos de seleção, se preencher todos os quesitos, o novo associado fica em período de “prova” por dois anos, onde é submetido as severas regras de conduta. Tudo isso para garantir a vocês que o diamante que adorna a sua joia dos sonhos seja absolutamente legítimo.
Miguel Alcade
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