Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2022
Este é o quarto de mais de 100 quilates retirado nesta mina somente este ano.
Foto: Endiama/DivulgaçãoA Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) anunciou nesta quarta-feira (21) ter descoberto um diamante branco de 131 quilates na mina do Lulo, na província da Lunda Norte. A peça é a 29º de mais de 100 quilates extraída naquela mina.
Segundo a Endiama, o diamante é do tipo 2-A e foi encontrado em um dos blocos da escavação no último dia 13. Este é o quarto de mais de 100 quilates retirado nesta mina somente este ano.
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, afirmou que a descoberta seria a prova do enorme potencial diamantífero do país.
“Estou absolutamente convencido de que com descobertas desta natureza estaremos, nos próximos tempos, entre os maiores produtores de diamantes do mundo. Da nossa parte, as empresas poderão sempre contar com todo o apoio institucional para garantir o bom desempenho das suas operações”, disse.
Este é o segundo diamante de grande dimensão extraído na mina do Lulo em setembro, depois da primeira descoberta de uma pedra de 160 quilates no dia 2 deste mês. A mina aluvionar do Lulo é operada pela Sociedade Mineira do Lulo, formada pelas empresas angolanas Endiama (32% das ações) e Rosas e Pétalas (28%) e pela australiana Lucapa Diamond (40%).
Contrabando
Um terço dos diamantes extraídos em países africanos é desviado para contrabando. O presidente do Conselho Africano de Diamantes (CAD), M’Zée Fula Ngenge, informa que entre 24% a 28% da produção de diamantes circula por meio de fluxos financeiros ilícitos. Mas, para o responsável do CAD, “o mais grave é que mais de 92% dos diamantes brutos confiscados em solo estrangeiro nunca são devolvidos aos seus países africanos de origem”, uma prática que reforça o argumento segundo o qual “o contrabando é encorajado por países que albergam grandes centros diamantíferos”, denuncia.
Zimbabué, Serra Leoa, República Democrática do Congo, República Centro-Africana e Angola são os países onde se regista a maior parte das atividades de contrabando de diamantes, denuncia Ngenge. Segundo dados apresentados pelo Conselho Africano de Diamantes, uma parte considerável de bens extraídos ilegalmente da República Democrática do Congo e de Angola, bem como uma quantidade incalculável proveniente do Zimbabué, Serra Leoa, Libéria e Guiné, têm surgido, de forma recorrente, nos principais centros diamantíferos de Ramat Gan (Israel), Dubai (Emirados Árabes Unidos), Surat (Índia) e Antuérpia (Bélgica) há bastante tempo.
Fonte: Redação O Sul
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