quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

ESMERALDA BRUTA💎💎


 

CPI ouve dono de mineradora de alexandrita em Antônio Dias

 A CPI do Garimpo ouviu, nesta quinta-feira ( o empresário Xisto

Andrade de  Oliveira, um  dos sócios  da Mineração  Itaitinga, no  distrito de
Hematita, município de Antônio Dias, que extrai alexandrita. Ele afirmou que a
produção, atualmente,  oscila muito  e  que  a  empresa  está  trabalhando  no
vermelho, ou  seja, não  cobre a  folha de  pagamento. "Vamos  trabalhar até a
exaustão da  lavra, porque  a produção dá para manter", disse. A mineração tem
entre 35  e 40  funcionários e  mais três  sócios. O direito de exploração foi
requerido em 1982 e a extração começou quatro anos depois.
     Questionado pelos  deputados Anivaldo  Coelho (PT) - presidente e relator
da CPI  - e  Raul Lima  Neto (PDT) - que solicitou a instalação da Comissão -,
Xisto Oliveira  concordou que  o Poder  Público não tem condições de avaliar o
preço dos  minérios extraídos.  Segundo ele,  se fosse  pago o  ICMS sobre  as
pedras que  são levadas  para o exterior nos bolsos das pessoas, o valor seria
igual ou maior do que os impostos pagos pela Companhia Vale do Rio Doce.
     O empresário  disse, ainda,  que não  acredita que  exista conivência  do
Departamento Nacional  de Produção  Mineral (DNPM) na concessão de direitos de
lavras porque os pedidos são numerados e protocolados de acordo com a ordem de
entrada. Xisto  Oliveira confirmou  ter entrado  com uma  ação  cautelar  para
desocupar a  área, há  alguns anos,  mas negou  que tenha  havido violência da
Polícia Militar  na ação.  Segundo ele,  havia cerca  de 2  mil garimpeiros na
região, vindos  do Brasil  todo e  até do  exterior. A  maior  parte  da  área
desocupada pertence, agora, ao empresário Chang.
     Xisto de  Oliveira assumiu  o compromisso  de enviar  à CPI dados sobre a
produção da  Mineração Itaitinga.  Afirmou, ainda,  que  a  Comissão  não  tem
necessidade de  pedir a  quebra de sigilo bancário dele porque está disposto a
dar uma  procuração aos  deputados com poderes totais e acesso a todas as suas
contas.




     A CPI  do Garimpo  ouviu, também,  a presidente  da Comissão  Nacional de
Apoio e  Defesa dos  Garimpeiros da Amazônia, Jane Rezende. Ela apresentou uma
série de denúncias a respeito da situação dos garimpeiros naquela região.
     A superintendente  da Associação  Mineira  de  Defesa  do  Meio  Ambiente
(Amda), Maria Dalce Ricas, disse que não há uma política mineral para o Estado
porque a autorização para exploração é dada por órgãos federais. Ela observou,
no entanto, que isso não impediria um intercâmbio de informações com o Governo
do Estado.
     Maria Dalce  defendeu, ainda,  uma política  estadual ambientalista  mais
coerente, com  atuação integrada  dos órgãos  fiscalizadores. Ela  sugeriu que
fosse feita  uma fiscalização  ambiental por  amostragem, mais  rigorosa,  nos
moldes  da  que  a  Receita  Federal  faz  sobre  o  Imposto  de  Renda.  Essa
fiscalização, feita  com rigor e transparência, teria, para ela, um importante
efeito educativo.
     A representante  da Amda  lembrou  que  está  acabando  a  exploração  de
diamantes em  Diamantina. Por isso, a extração está ficando cada vez mais cara
e exigindo  mais tecnologia.  Para ela, o potencial turístico deveria ser mais
desenvolvido em  Diamantina. Maria  Dalce Ricas defendeu, ainda, que os leitos
de rios sejam preservados da extração mineral. "Para mim, leito de rio deveria
ser sagrado", afirmou.
     A reunião  foi presidida  pelo deputado  Anivaldo Coelho (PT). O deputado
Wilson Pires (PFL) defendeu a criação de uma lei que evite distorções e evasão
de riquezas  e criticou  o "sherloquismo"  na CPI.  O deputado  Raul Lima Neto
(PDT) disse  que é  necessário apurar  os fatos  para evitar  a corrupção  e a
degradação do  meio ambiente.  A reunião  foi  acompanhada  pelo  promotor  de
Justiça Saulo de Tarso Paixão Maciel e pelo auditor fiscal do Tesouro Nacional
Leonardo Guimarães Martins.



terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Esmeralda pesando mais de 800 quilos é encontrada no Brasil

 

A enorme esmeralda, que pesa 794 libras e tem cerca de 4,3 pés de altura, foi desenterrada há um mês, a 200 metros de profundidade dentro da Mina de Carnaíba, no Brasil

Especialistas preveem que a enorme rocha esmeralda pode render cerca de £ 238 milhões

Uma enorme esmeralda de 360 ​​kg descoberta no Brasil no valor de US $ 308 milhões está vivendo com medo de sequestro, extorsão e assalto à mão armada.

O proprietário privado, que só pode ser identificado por suas iniciais FG, disse que a pedra gigante é extremamente rara devido ao seu "tamanho considerável e à qualidade de seus cristais gigantes".

Esmeralda pesando mais de 800 quilos é encontrada no Brasil
FOTOS DE Paulo Peixinho DPJ Filmes / Caters News
Ele revelou que, embora seja necessária uma empilhadeira para levantar o enorme aglomerado de joias, os riscos de um assalto são altos no Brasil, onde gangues criminosas usam explosivos para invadir bancos e portar armas de fogo poderosas.

A enorme esmeralda, que pesa 794 libras (360 kg) e tem cerca de 4,3 pés de altura (1,3 metros), foi desenterrada há um mês, a 200 metros de profundidade dentro da Mina de Carnaíba, uma área de exploração mineral rica em pedras preciosas na Bahia, nordeste do Brasil.

O proprietário cauteloso disse esta semana: 'Não posso revelar nada sobre o paradeiro da pedra, como ela está sendo mantida e quanto paguei por ela. 'Tudo o que posso dizer é que a pedra está sendo movida com frequência de um local seguro para outro local seguro sob guarda armada.

'Não posso correr riscos com a minha família'

Existem apenas duas pedras gigantes com essa densidade de cristais no mundo e, segundo FG, a outra, a esmeralda baiana, que foi objeto de uma disputa judicial de posse entre Brasil e América, 'não possui a mesma pureza qualidade como a nova esmeralda de Carnaíba'.
O guardião secreto, que atualmente está finalizando a papelada legal de propriedade, descreveu a descoberta como "um monumento majestoso e bonito".

Esmeralda pesando mais de 800 quilos é encontrada no Brasil
FOTOS DE Paulo Peixinho DPJ Filmes / Caters News
Ele disse: 'Esta pedra tem berilos esmeralda espalhados por toda parte. A qualidade deles é excelente e, de longe, a melhor que já vi e estou na indústria há quase 30 anos.' Especialistas preveem que a impressionante pedra preciosa, que contém cerca de 180.000 quilates de cristais de esmeralda, pode render cerca de £ 238 milhões.

O proprietário, um homem de 50 anos, casado e pai de um filho, revelou: “Já recebi ligações de interessados, incluindo potenciais compradores da Europa, Emirados Árabes, América, Índia e China, que estão ansiosos para abrir negociações.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

O que é berilo azul?

 O que é berilo azul?
O berilo azul (devido ao crómio e vanádio) é chamado de água-marinha,o berilo rosa (devido a manganês e Ferro) é a morganita, um berilo amarelo brilhante e límpido é chamado berilo dourado, um berilo incolor é chamado gochenita e o amarelo-esverdeado (devido a manganês, ferro e titânio), heliodoro.

domingo, 18 de dezembro de 2022

De onde vem, como surgiu e como é preparada uma Turmalina Paraíba?

 

Como todos devem imaginar, o nome Turmalina Paraíba vem pelo fato de que foram encontradas pela primeira vez na Paraíba, por Heitor Barbosa em 1989. Porém, apesar do nome e da raridade, esse tipo de  turmalina cuprífera, que traz uma cor azul neon exclusiva também pode ser encontrada no estado do Rio Grande do Norte e na Nigéria e Moçambique. A atual extração ainda é precária e difícil, o que torna o seu valor comercial maior ainda. Toda essa raridade e exclusividade torna a Turmalina Paraíba uma das gemas mais cobiçadas do mundo.
Turmalina Paraíba bruta de 26,5 cts da Mina da Batalha - PB. Preço: US$ 155.000,00.
Geologicamente falando, as turmalinas da região foram descobertas inicialmente no município de São José da Batalha, na variação de Elbaíta (turmalina litinífera que vai de vermelho rosado a verde e incolor), ocorre na forma de pequenos "cristais" na maioria das vezes irregulares dentro de corpos pegmatíticos que na localidade estão encaixados em quartzitos da Formação Equador (Grupo Seridó). A mineralogia básica da rocha é de quartzo, feldspato (comumente alterado pela infiltração de água), lepidolita (mica lilás) e schorlita (também conhecida como afrisita ou turmalina negra) e óxidos de nióbio e tântalo (sequência columbita-tantalita). Os índices de cobre podem ser associados à Província Metalogênica Cuprífera do Rio Grande do Norte
Província Cuprífera do RN-PB.
Análises comprovaram que as Turmalinas Paraíba contem expressivos teores de cobre, ferro e manganês, sendo atribuídos a estes elementos, em sua variação, o tom de cor do mineral. São designadas cores como azul-claro, azul-turquesa, azul-neon, azul esverdeado, azul safira, azul violáceo, verde azulado e verde esmeralda, na tentativa de descrever a rara e variável cor. 
Turmalina Paraíba lapidada de 50 cts que permaneceu no Brasil para exposição. Avaliada aqui no Brasil em R$ 500.000,00.
Uma característica que chama a atenção é o de uma turmalina paraíba devidademente tratada e lapidada poder brilhar em ambientes de pouquíssima luz, o que faz muitos atribui-la como fluorescente (no caso seria fosforescente).
Em fevereiro de 1990, durante a tradicional feira de Tucson, nos EUA, teve início a escalada de preços desta variedade de turmalina, que passaram de umas poucas centenas de dólares por quilate a mais de US$2.000/ct, em questão de apenas 4 dias. A mística em torno da turmalina da Paraíba havia começado e cresceu extraordinariamente ao longo dos anos 90, convertendo-a na mais valiosa variedade deste grupo de minerais. A máxima produção da Mina da Batalha ocorreu entre os anos de 1989 e 1991 e, a partir de 1992, passou a ser esporádica e limitada, agravada pela disputa por sua propriedade legal e por seus direitos minerários. Hoje em dia a turmalina paraíba no mercado japonês pode custar cerca de US$ 30.000/ct, porém dependendo de sua exclusividade pode chegar a custar cerca de US$ 100.000/ct.
Broche em ouro branco desenhado pelos designers da Chanel com mais de 1000 diamantes e com uma Turmalina Paraíba de 37,5 cts no centro. Peça única, foi vendida assim que anunciada. Não encontrei o preço.
A elevada demanda por turmalinas da Paraíba, aliada à escassez de sua produção, estimulou a busca de material de aspecto similar em outros pegmatitos da região, resultando na descoberta das minas Mulungu e Alto dos Quintos, situadas próximas à cidade de Parelhas, no vizinho estado do Rio Grande do Norte.
Broche de papagaio, com gemas de diversas cores e olho feito em Turmalina Paraíba.
Para alcançar tons mais limpos e mais exclusivos as empresas adotam um tratamento na turmalina para melhor mais ainda a sua cor.Embora as surpreendentes cores das turmalinas da Paraíba ocorram naturalmente, estima-se que aproximadamente 80% das gemas só as adquiram após tratamento térmico, a temperaturas entre 350°C e 550°C. O procedimento consiste, inicialmente, em selecionar os espécimes a serem tratados cuidadosamente, para evitar que a exposição ao calor danifique-os, especialmente aqueles com inclusões líquidas e fraturas pré-existentes. Em seguida, as gemas são colocadas sob pó de alumínio ou areia, no interior de uma estufa, em atmosfera oxidante. A temperatura ideal é alcançada, geralmente, após 2 horas e meia de aquecimento gradativo e, então, mantida por um período de cerca de 4 horas, sendo as gemas depois resfriadas a uma taxa de aproximadamente 50 oC por hora. As cores resultantes são a cobiçada azul-neon, a partir da azul esverdeada ou da azul violeta, e a verde esmeralda, a partir da púrpura avermelhada. Além do tratamento térmico, parte das turmalinas da Paraíba é submetida ao preenchimento de fissuras com óleo para minimizar a visibilidade das que alcancem a superfície.
Até 2001, as turmalinas cupríferas da Paraíba e do Rio Grande do Norte eram facilmente distinguíveis das turmalinas oriundas de quaisquer outras procedências mediante detecção da presença de cobre com teores anômalos através de análise química por fluorescência de raios X de energia dispersiva (EDXRF), um ensaio analítico não disponível em laboratórios gemológicos standard. No entanto, as recentes descobertas de turmalinas cupríferas na Nigéria e em Moçambique acenderam um acalorado debate envolvendo o mercado e os principais laboratórios gemológicos do mundo em torno da definição do termo “Turmalina da Paraíba”.


Turmalina paraíba bruta de boa qualidade.
Em fevereiro de 2006, o Comitê de Harmonização de Procedimentos de Laboratórios, que consiste de representantes dos principais laboratórios gemológicos do mundo, decidiu reconsiderar a nomenclatura de turmalina da “Paraíba”, definindo esta valiosa variedade como uma elbaíta de cores azul-néon, azul-violeta, azul esverdeada, verde azulada ou verde-esmeralda, que contenha cobre e manganês e aspecto similar ao material original proveniente da Paraíba, independentemente de sua origem geográfica. Nos certificados, deve ser descrita como pertencente à espécie “elbaíta”, variedade “turmalina da Paraíba”, citando, sob a forma de um comentário, que este último termo deriva-se da localidade onde foi originalmente lavrada no Brasil. A determinação de origem torna-se, portanto, opcional.
Mais fotos de turmalinas paraíba: pode custar cerca de US$ 30.000/ct, porém dependendo de sua exclusividade pode chegar a custar cerca de US$ 100.000/ct. Muitas pessoas ficaram e estão ficando ricos apenas com a Turmalina Paraíba. Mas aconselhamos fazer um curso de GEMOLOGIA ONLINE, pois tem muita pedra falsa no mercado e parecidas, como a APATITA.



                               
                                  
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Bolsa de Valores nos anos 90: gritaria, muvuca e calças bag

 Era uma bagunça, mas uma bagunça organizada”, lembra Alison Correia, analista e ex-operador

SÃO PAULO – Centenas de homens se reúnem em uma grande sala de pé direito alto. Em cima, uma tela mostra as cotações em tempo real. Um esbarra no outro, aquele ali é empurrado, baixinhos saem na desvantagem, mas o que vale é o grito. O que não pode é largar o telefone; vai que chega uma ordem? 

Era assim que funcionava a Bolsa de Valores na década de 90. Na era das pochetes, gravatas com estampas engraçadinhas e calças bag (modelo de corte mais largo e cintura alta), ganhava aquele que conseguia falar mais alto. Chamado de “pregão simultâneo”, os papéis eram negociados no “viva-voz” e no sistema eletrônico ao mesmo tempo.

“Era uma bagunça, mas uma bagunça organizada”, lembra Alison Correia, analista, ex-operador e autor do livro “O Sobe e Desce da Bolsa e da Vida”.

“Você tinha o chefe de posto, que era como se fosse o árbitro; ele ficava no meio de uma roda de, por exemplo, 500 pessoas, para ver se as coisas estavam acontecendo da forma correta para que ninguém negociasse fora de preço”, conta.

Correia diz que chegou a operar com 2 mil pessoas, estas organizadas em diversas rodas – cada uma para um ativo. “Tinha muita confusão, então às vezes você achava que tinha comprado por um preço, mas o cara tinha te vendido por outro. Quem resolvia isso era a Bolsa, através daquele que intermediava as operações. Então a gente subia para uma sala de vídeos, ele pegava a fita – tudo era gravado – e checava. Nessa situação, quem errava assumia o prejuízo”, lembra.

O “charme” da Bolsa, porém, foi aposentado em 1997, quando o sistema Mega Bolsa, plataforma tecnológica de processamento de informações, substituiu a necessidade do uso do “gogó”.

Já o famoso sistema Home Broker foi lançado em 1999. Com ele, o investidor passou a poder transmitir suas ordens de compra e venda diretamente ao Mega Bolsa, pela internet. Também naquele ano surgiu o After-Market, sessão noturna de negociação eletrônico.

Empresas que saíram de moda

Diversas empresas que estavam listadas na bolsa na década de 90 fecharam o capital ao longo dos anos. É o caso de Aquatec, White Martins, Sharp, Samitri, Santista Têxtil, Souza Cruz, e muitas outras.

Por outro lado, outras empresas foram incorporadas ou se transformaram, como aconteceu com Sadia SA (que hoje faz parte da BRF), Antarctica e Brahma (Ambev), Petroquisa (Petrobras), Telesp (Telefônica), Banespa (Santander) etc.

Uma das ‘blue chips’ da época, inclusive, era a Telebras, que chegou a ter participação de 50,47% do Ibovespa e deixou o índice em 2000.

Desafio dos 29 anos

Podia ser o desafio dos 10 anos do Facebook, mas neste caso vamos usar o desafio dos 29 anos (#29YearChallenge) – e muita coisa mudou nessas quase três décadas.

Foi nos anos 90, por exemplo, que o primeiro celular foi comercializado no Brasil. Chegando primeiro no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, o Motorola PT-550 era vendido nas cores cinza escuro ou claro. Conhecido como “tijolão”, o aparelho media 22,8 cm de altura e pesava 348 gramas. A bateria chegava a durar até duas horas de ligação e 15 horas em stand-by.

Nessa época, a tecnologia ainda não era determinante para o cotidiano na bolsa de valores. Na gritaria, ganhava aquele que falava mais alto e as negociações, menos assertivas, levavam mais tempo para serem concluídas.

“Para conseguirmos fechar um negócio no pregão levava de 10 a 15 segundos. Você gritava ‘compra’, para por exemplo, dólar, e tinha um pessoal lá do outro lado que estava querendo vender a esse preço, mas até a gente se encontrar, muitas vezes demorava alguns segundos”, lembra Correia.

comparacao-bolsa

“Foi por isso que essa transição para o eletrônico foi natural. Hoje em milésimos de segundos você clica com o mouse e executa uma operação; então era natural que acabasse”, diz.

Panela velha faz comida boa

Quem diz que o tempo não faz bem provavelmente não conhece essas empresas. É o caso de Petrobras (PETR4), Itaú Unibanco (ITUB4), Ambev (ABEV3), Bradesco (BBDC4) e Vale (VALE3), que tinham juntas um valor de mercado de cerca de US$ 7 bilhões em 1990 e hoje são as empresas com maior participação no Ibovespa. Juntas, valem US$ 403,7 bilhões.

Em 1990, por exemplo, a Petrobras possuía um valor de mercado de US$ 2,7 bilhões. O montante subiu para cerca de US$ 17,5 bilhões em 1997 e neste ano a estatal vale US$ 97,6 bilhões.

Também nessa época, as ações da Brahma e da Antarctica, que eram negociadas separadamente, deram origem à Ambev. A empresa valia US$ 386 milhões em 1990 e hoje possui um valor de mercado de US$ 76 bilhões.

Confira, na tabela abaixo, os valores de mercado dessas empresas no dia 30 de janeiro de 1990, 1997 e 2019 em dólar (US$):

Empresa199019972019
1. Petrobras2,7 bilhões17,5 bilhões97,6 bilhões
2. Itaú Unibanco538 milhões5,3 bilhões91,8 bilhões
3. Ambev*386 milhões4,4 bilhões76 bilhões
4. Bradesco1 bilhão7,2 bilhões73,6 bilhões
5. Vale2,8 bilhões**9,5 bilhões64,7 bilhões
* Ainda não era Ambev
** em 1995
Fonte: Economatica

sábado, 17 de dezembro de 2022

O AMBIENTE VAI FICAR PIOR. É CÂMBIO ACIMA DE R$6,00...

 


Acima, temos um comentário assustador vindo de Fábio Kanczuk, ex-diretor de política econômica do BC. Leitores destes Comentários talvez se lembrem que muitas vezes mencionei seu nome ao dizer que ele, assim como Mário Dragui fez no BCE em 2012, "mandou" um "whatever it takes" ao afirmar que faria o que fosse necessário para ancorar as expectativas inflacionárias aqui no Brasil. Fábio Kanczuk tem muita credibilidade e seus comentários não devem ser ignorados de forma alguma. 

Todavia, mercado é força e adora humilhar economistas! No início de 2016 -- no auge do pessimismo que dominava aquele início de ano -- escrevi a respeito de uma batalha entre Alexandre Schwartsman e Luiz Carlos Mendonça de Barros. Na ocasião, o economista Schwartsman argumentava contra o "trader" Mendonça de Barros em um cenário que, assim como o de hoje, também era assustador. Não demorou e vimos o nosso IBOV arrancar do temeroso patamar de 37.000 pontos para 50.000 pontos rapidamente. Uns diziam que o movimento ocorreu devido ao Acordo de Xangai, enquanto outros apontavam para um movimento chapa branca. 

Em meio a tudo isso, o melhor que eu tenho a contribuir neste momento é postar um vídeo com uma passagem do filme "Trillion Dollar Bet". O link está aqui (https://youtu.be/AIM5BKYrAV0). Este vídeo (em inglês) é somente um trecho de um dos melhores filmes sobre o mercado; ilustra a eterna luta entre acadêmicos e praticantes. 






sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

O Diamante da Paz de 709 quilates é vendido por US$ 6,5 milhões

 


A venda do histórico Diamante da Paz para a Graff Diamonds melhorará a vida em um dos países mais pobres do mundo.


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A Graff Diamonds de Londres  anunciou que comprou o diamante bruto de 709 quilates, conhecido como Sierra Leone Peace Diamond, por US$ 6,5 milhões. Este diamante excepcionalmente grande foi descoberto no país da África Ocidental em março de 2017 e é o 14º maior já descoberto e o terceiro maior a emergir da Serra Leoa. Foi nomeado Diamante da Paz porque sua venda em Nova York em 4 de dezembro de 2017 trará benefícios econômicos significativos para a região de Serra Leoa em que foi encontrado.

O pastor Emmanuel Momoh, ex-proprietário do Diamante da Paz encontrado em Serra Leoa, cuja integridade em levar a descoberta de uma vida ao governo fez com que o produto de sua venda beneficiasse a comunidade da região onde o diamante foi encontrado. 

Descoberto no sedimento do rio por cinco garimpeiros na aldeia de Koryardu, é graças à honestidade do Pastor Emmanuel Momoh acima, anteriormente proprietário legal da gema, que o Diamante da Paz beneficiará a região. Logo após sua descoberta, ele levou a descoberta de sua vida ao Dr. Ernest Bai Koroma, presidente de Serra Leoa, que se comprometeu a leiloar o diamante bruto por meio de canais oficiais do governo de maneira totalmente transparente e responsável. 

O Rapaport Group, com sede em Nova York, responsável pela comercialização e venda da gema, firmou parceria com o governo de Serra Leoa em caráter pro bono. Aproximadamente 41% da receita da venda do diamante irá para o governo, enquanto os 59% restantes, ou US$ 3,8 milhões, irão beneficiar a comunidade local no distrito de Kono, que tem uma população estimada em 250.000 habitantes.

O diamante bruto de 709 quilates descoberto em Serra Leoa em março deste ano, que foi renomeado como Diamante da Paz e comprado pela Graff Diamonds de Londres em 5 de dezembro por US$ 6,5 milhões. 

O pastor Emmanuel Momoh disse sobre a venda: “O Diamante da Paz melhorará muito a vida de nosso povo, pois trará água limpa, eletricidade, escolas, instalações médicas, pontes e estradas para nossas aldeias e o distrito de Kono. Este diamante representa nossa esperança de um futuro melhor, pois os recursos de Serra Leoa financiam crescimento, desenvolvimento e empregos”.

Tobias Korming, diretor administrativo da 77 Diamonds , o maior joalheiro on-line de diamantes da Europa, comenta: “Espero que vejamos muito mais dessa integridade e visão na indústria global de diamantes... A venda do Peace Diamond foi o processo mais transparente já realizado por um diamante vendido na Serra Leoa e encorajará os garimpeiros que descobrem diamantes na Serra Leoa a trazê-los ao governo, em vez de serem tentados a contrabandeá-los. Desta forma, a Serra Leoa segue o exemplo do Botswana, usando os seus preciosos recursos para o bem de centenas de milhares de pessoas.”

Muito grande para caber dentro do equipamento de digitalização HD usado para avaliar os diamantes, antes da venda, sua cor e clareza exatas eram desconhecidas, embora pareça ser amarelo e haja seções transparentes visíveis que indicam que é provável que produza vários diamantes grandes.

Comentando sobre a compra, Laurence Graff, presidente da Graff Diamonds disse: “É uma honra ter adquirido este magnífico diamante bruto - e que sua venda beneficiará diretamente um país em necessidade desesperada. É sempre especial poder retribuir aos lugares que nos fornecem essas lindas pedras.

Quem sabe a história que o Diamante da Paz contará nos próximos anos. Neste momento, a história deste diamante marca um capítulo importante para o povo de Serra Leoa”.

 

A equipe por trás do diamante da paz de Serra Leoa, incluindo Martin Rapaport, da Rapaport Diamonds (centro), que comercializou e leiloou o diamante pro bono. 

Martin Rapaport, presidente do Rapaport Group diz: “Sua beleza é seu papel como um diamante da paz. Não é apenas um diamante de 709 quilates, é muito mais do que isso. Pela primeira vez, estamos vendo a legitimação da distribuição de diamantes artesanais da Serra Leoa. Uma coisa é ter um lindo diamante D Impecável, mas o que é realmente especial é que aqui estamos falando de um diamante que vai criar comida, eletricidade, água limpa, educação, estradas e pontes... Este é um diamante com espiritualidade brilhar." 



Fonte: AH/UOL