Bitcoin (BTC) bate máxima histórica após rali da criptomoeda em 2024
Investing.com – O Bitcoin atingiu nesta terça-feira, 05, a máxima histórica pela primeira vez desde 2021, quando havia chegado ao patamar de US$68.990,60 em 10 de novembro daquele ano. A máxima foi rompida por volta do meio-dia e, às 13h48 (de Brasília), a cotação já estava próxima de US$65 mil novamente, com uma baixa em 24 horas em torno de 2%.
Fonte: Investing.com
O Bitcoin chegou a bater US$69.200 e ultrapassou o recorde histórico desde a criação da moeda, aponta André Franco, analista do MB (Mercado Bitcoin).
“A maior criptomoeda em valor de mercado ganhou 50% este ano e a maior parte do aumento veio nas últimas semanas, em que os fluxos de entrada para fundos de Bitcoin listados nos EUA aumentaram”, destaca o MB em nota, em que pontua que a alta era esperada devido ao halving em abril, com corte pela metade na emissão da criptomoeda.
Franco avalia que outros favores impulsionam a criptomoeda, como a expectativa de cortes na taxa de juros no mercado americano, assim como a entrada de fluxo de caixa em fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin. A expectativa é que o ano seja de outras ondas de alta do ativo digital. "É possível, tendo em vista a volatilidade do Bitcoin, que a moeda experimente uma queda mínima nos próximos dias, após ultrapassar esses US$ 69 mil. Ainda assim, é válido que o investidor se mantenha atento ao BTC, tendo por base que, após o halving, é esperado que o mercado se depare com ondas de altas nunca vistas anteriormente".
A recuperação do Bitcoin no acumulado do ano já passa de 50% em meio a um aperto iminente de oferta, lembra o Julius Baer, considerando que “o medo de perder começa a aparecer”. Segundo o Julius Baer, o evento mais importante para a principal criptomoeda do mercado continua a ser a próxima redução para metade e a medida pode “intensificar a diferença entre a oferta e a procura, exacerbando a contração da oferta”, destaca Manuel Villegas, analista de ativos digitais do Julius Baer, em nota.
Os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA continuam a ser o motor dominante por trás dos preços, completa o analista. “Focando na procura, a média móvel de 20 dias para fluxos líquidos para os 11 ETFs situa-se em cerca de 300 milhões de dólares. O problema é que o crescimento da oferta é de aproximadamente 925 Bitcoins por dia, o que, a preços atuais, está próximo de US$55 milhões. A restrição da oferta poderá agravar-se ainda mais caso a procura se mantenha nos níveis atuais, especialmente após a próxima redução para metade”, conclui Villegas.
Em comunicado ao mercado, em meio à animação com a alta, Hashdex reforça a importância de avaliar a alocação em criptoativos no portfólio do investidor. “Defendemos que, para a maioria dos perfis de risco, a percentagem atribuída seja de um dígito, geralmente baixa. É importante que o tamanho da alocação seja tal que, mesmo num cenário adverso de queda acentuada, o investidor se sinta confortável em mantê-la. Além disso, devido às suas flutuações muito diferentes dos ativos tradicionais, os criptoativos requerem reequilíbrios de carteira mais frequentes”, pondera a Hashdex.
Além disso, a Hashdex afirma que o horizonte de investimento deve ser mais longo. “Por mais tentador que seja procurar lucros rápidos quando o mercado sobe tão rapidamente, é extremamente difícil cronometrar isso”, aconselha, ao mencionar que quem investiu no BTC no final de 2017 só viu um retorno positivo três anos depois.
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