Turmalina Paraíba | |
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Turmalina Paraíba brasileira. | |
Categoria | Minerais Nativos |
Turmalina Paraíba é um tipo de turmalina de cor verde-azulada descoberta no sertão da Paraíba, na Região Metropolitana de Patos, no Brasil. [1]
Além do distrito de São José da Batalha (município de Salgadinho),[1] turmalinas parecidas foram encontradas depois também no estado do Rio Grande do Norte e subsequentemente na Nigeria e em Moçambique.[2]
Também chamada de turmalina azul, conquistou o mercado internacional virando modismo principalmente na Europa. A raridade, cor e brilho da pedra são os principais responsáveis por sua alta cotação, de acordo com a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CRDM). Casas de joalharia como Dior, Tiffany e H.Stern chegaram a vender joias de até R$3,07 milhões com apenas uma turmalina.[3]
Características
Pode ser encontrada em quase todas as cores do arco-íris e contém uma grande quantidade de cobre, ferro e manganês. É uma das pedras mais caras do planeta: 1 quilate (0,2 gramas), custa em média 30 mil dólares, contudo, dependendo da característica da gema, pode chegar à casa dos 100 mil dólares.[4]
A turmalina é tecnicamente uma elbaíta que contém cobre (0.37-2.38 % de CuO por peso) a de onde deriva sua cor verde-azulada brilhante. [2][1][5] Apesar de ocorrer naturalmente em vários tons distintos, após tratamento com calor as pedras adquirem tons mais verde-azulados pela redução dos íons de Mn3+ (que produzem coloração rosada) para Mn2+ (sem atividade corante notável), enqunato o conteúdo de cobre não se altera. [1] Ainda que o tratamento de calor seja prevalente, algumas pedras naturais tem as mesmas cores das tratadas. [1]
A identificação da origem da pedra pode ser feita por análise de elementos traço, como estrôncio, cobre, zinco, gálio, estanho e chumbo usando técnicas como espectrometria de massas por plasma acoplado indutivamente (ICP-MS). [2] A detecão de cobre é uma das técnicas usadas para avaliar a pedra em laboratórios de gemologia.[6]
História
Em 1982, Heitor Dimas Barbosa, que já havia trabalhado com turmalinas no estado de Minas Gerais, notou a presença de inclusões brilhantes em um minério de pegmatite trazido da região de Salgadinho (próximo a Taperoá e Juazeirinho) pelo garimpeiro paraibano Jose Pereira. [1] Após um tempo de procura, pedras semelhantes foram encontradas em rochas de manganotantalite na Serra da Frade, [1] e aumentaram a equipe de prospecção, achando entre 1985 e 1987 turmalinas de diversas colorações. Em 1987, então, foi encontrada a primeira amostra com a cor verde-azulada "elétrica" característica da turmalina paraíba.[1]
Em 1988, então, a mina foi registrada oficialmente junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral, que se tornou depois a Agência Nacional de Mineração (ANM).[1] As primeiras abordagens de mineração foram com ferramentas manuais e, ocasionalmente, com o uso de dinamite.[1]
O nome Paraíba vem do estado onde ela foi descoberta, a Paraíba. .[7]
Jazidas
Além da Paraíba, mais três lugares do mundo produzem esse tipo de turmalina: no Brasil, no Rio Grande do Norte; e na África, na Nigéria e em Moçambique.[2] As minas do Rio Grande do Norte ficam em Alto dos Quintos e Mulungu, proximas ao município de Parelhas,. [8]
A mina de São José da Batalha continua sendo considerada a que produz a pedra de maior qualidade.[9]
A maioria dos locais de mineração brasileiros são depósitos primários em pegmatita com instrusões de quartzitos ou metaconglomerados de há entre 530 a 480 milhões de anos. [10][2]
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