Investing.com - O ouro superou a marca de US$ 2.400 nesta sexta-feira, 17, com previsão de atingir mais recordes nos próximos meses, segundo a análise de diversos especialistas.
Entre os motivos para essa valorização estão as compras realizadas pelos bancos centrais, a desvalorização de moedas afetadas pela inflação e preocupações geopolíticas, fazendo com que o metal precioso atue como um “porto seguro” para os investidores.
Entretanto, em "cenários extremos", o preço do ouro pode subir muito mais do que se imagina. O economista James Rickards explicou em um artigo recente para o DailyReckoning que o preço de uma onça de metal pode ultrapassar US$ 27.000.
Rickards destacou que, embora a última coisa que os bancos centrais desejem seja ver o ouro reassumir um papel central no sistema financeiro internacional, eles podem não ter escolha.
O economista prevê um cenário de crise de confiança que levaria ao colapso de moedas como o dólar, "devido a uma combinação de criação excessiva de dinheiro, níveis extremos de endividamento público, uma nova crise financeira, guerra ou desastre natural", forçando os bancos centrais a retornar ao padrão-ouro.
Com base na regra vigente entre 1913 e 1946, segundo a qual 40% da oferta monetária deve ser lastreada em ouro, e considerando que a oferta monetária M1 é atualmente de US$ 17.900 bilhões, Rickards calculou que seriam necessários US$ 7.200 bilhões em ouro, o que implica uma avaliação do metal em US$ 27.533 por onça.
O especialista admitiu, contudo, que a proporção de 40% é discutível e sugeriu uma avaliação de US$ 12.500 por onça de ouro se a proporção for reduzida para 20%..
Por fim, a ideia de atrelar moedas ao ouro novamente tem sido discutida recentemente, com rumores desde o ano passado sobre uma possível moeda eletrônica dos BRICS lastreada em ouro para competir com o dólar.
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