sábado, 15 de junho de 2013

Diamante rosa é leiloado por quase US$ 40 milhões em NY

Diamante rosa é leiloado por quase US$ 40 milhões em NY

A pedra preciosa foi encontrada em uma antiga mina de diamantes do sul da Índia e pertenceu a vários membros da realeza

AFP
Diamante rosa
Diamante rosa: a gema também é chamada de "Diamante Princie"
Nova York - Um diamante rosa de 34,64 quilates foi vendido em um leilão em Nova York por 39.232.750 dólares, um novo recorde para a casa Christie's.


A gema, também chamada "Diamante Princie", é um dos "maiores diamantes rosa e de melhor qualidade do mundo com uma procedência fabulosa", declarou antes da venda François Curiel, diretor do departamento de joalheria da Christie's.
Um comprador anônimo que participou no leilão por telefone pagou 39.232.750 dólares, ou seja, mais de um milhão de dólares por quilate, por esta pedra preciosa encontrada em uma antiga mina de diamantes do sul da Índia, segundo a casa de leilões.
Este diamante rosa pertenceu em um período à família real de Hyderabad, e desde 1960 era propriedade da sucursal londrina da Van Cleef & Arpels.
A exclusiva empresa de joias havia pago inicialmente 46.000 libras esterlinas pelo diamante, o equivalente a 1,3 milhão de dólares atuais, segundo a Christie's.
No total, os compradores pagaram mais de 80 milhões de dólares pelas joias leiloadas em Nova York, incluindo quase 4,5 milhões de dólares por um diamante de 30,32 quilates de cor D e corte retangular, além de 3,3 milhões por um anel de diamante elaborado pela casa Harry Winston.
O recorde da Christie's por um diamante era de 24,3 milhões de dólares, por uma peça de 31 quilates Wittelsbach em 2008.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Joia que vale ouro

Joia que vale ouro

Metais e diamantes são negociados em bolsa e mostram-se bons investimentos

Ana Brandão, da
VOCÊ S/A
Mercado de diamentes
São Paulo - Sinônimo de glamour e status, as verdadeiras joias também têm a missão de preservar o patrimônio das famílias. Feitas de pedras e metais preciosos, essas peças atravessam séculos sendo exibidas por homens e, principalmente, por mulheres, sempre com a garantia de que alguém vai se interessar em negociá-las. As joias também ganham valor afetivo e fazem parte da sua história.
As joias subvertem a lógica da maioria dos investimentos, pois ganham ainda mais liquidez e preço durante crises profundas e as guerras. Por isso, deixando a aura de glamour e o sentimentalismo de lado, vários especialistas e investidores consideram que elas devem fazer parte de uma carteira diversificada de investimentos.
“O ouro resiste à história. Tem liquidez e é fácil de transportar. Pode ganhar um pouco mais ou um pouco menos de valor dependendo do momento, mas sempre será uma reserva de dinheiro e uma forma segura de preservar o patrimônio”, diz Renato Castro, diretor de promoção e merchandising da Associação dos Joalheiros do Estado de São Paulo.
Quem quer fazer um bom investimento deve preferir as joias de ouro e diamantes porque elas são fáceis de avaliar e esses materiais têm um mercado de negociação bastante organizado.
A cotação do metal amarelo é estampada em todos os centros financeiros do mundo e amplamente difundida. Nos últimos cinco anos, a onça troy (padrão internacional de negociação) pulou da faixa de 500 dólares para o preço atual de aproximadamente 1 200 dólares. Mas o ouro da joia não é puro. Ele é misturado a outros metais, formando uma liga para poder ser trabalhado.
No Brasil, o tipo de ouro mais comum é o 18 quilates, que tem uma mistura de 75% de ouro e 25% de liga. A classificação do metal puro é de 24 quilates. O mais puro é o ouro português, que tem 22 quilates. Já nos Estados Unidos, o mais comum é o ouro de 14 quilates e, na Inglaterra, de 9 quilates.
“O ouro 18 quilates é o de maior mercado no mundo, pois é o padrão de toda a América Latina”, diz Écio Moraes, diretor do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos.
Os diamantes também são negociados em bolsa e têm uma classificação padronizada para determinar seu preço. Entre os mercados mais fortes estão os de Antuérpia, na Bélgica, e Tel Aviv, em Israel. A lista das pedras de primeira linha, no entanto, é mais extensa e inclui ainda o rubi, a safira e a esmeralda. Mas a joia vai além do material.
Seu preço agrega também o design. Em média, um bom design encarece a peça entre 25% e 30%. O problema é que, quando chega o momento de vender, ele raramente é considerado. Para quem visa só investimento a dica é: quanto menos pedras melhor.
Se a intenção, no entanto, é apenas manter o patrimônio indefinidamente, passando a joia aos filhos como herança, é bom saber, pelo menos, qual o seu valor real. Para avaliar uma joia, a recomendação dos especialistas é procurar a joalheria na qual ela foi comprada. Se isso não for possível, o IBGM tem o Laboratório Gemológico que faz a avaliação para seguro ou venda, mediante o pagamento de uma taxa.

Rutilo, o minério da moda

Rutilo, o minério da moda



Barracos de plástico, de papelão. No meio do nada, pequenos abrigos acolhem famílias inteiras. A vontade de ficar rico da noite para o dia impõe sacrifícios, improviso. A Vila da Esperança, construída por exploradores de um minério pouco conhecido, deve ser a mais nova vila de garimpeiros do Brasil.  
Quem já ouviu falar em rutilo ou quartzo rutilado? Segundo os geólogos, é o minério da moda no mundo das pedras preciosas. Um cristal amarelado com fios dourados dentro. As minas foram descobertas há pouco tempo, em Novo Horizonte, sudoeste baiano. São as únicas no Brasil.
A maneira de extrair é o que há mais precário em mineração. Os aventureiros entram e saem de buracos sem nenhuma segurança, como se fossem exímios equilibristas. Os menos corajosos dependem de quem controla o carretel, uma espécie de elevador manual.
Os buracos mais rasos têm 15 metros de profundidade. Embaixo do chão, o trabalho, além de pesado, é extremamente perigoso. É preciso muita sorte, não só para encontrar o rutilo, mas para não morrer também, porque não há nada que sustente o teto. O otimismo e o sonho de ganhar muito dinheiro fazem com que eles esqueçam o medo.
Os garimpeiros Gilson e Giorlando Moraes começaram a abrir a galeria, e as pedras foram aparecendo. "A parte mais escura é o rutilo. Talvez tenha toneladas", comenta Gilson.
Um comprador pagou R$ 70 por 70 quilos de pedra – R$ 1 por quilo. Os preços do rutilo variam de acordo com a qualidade das pedras. Em três lotes selecionados, considerados bons, um vale R$ 100 reais o quilo, outro vale R$ 150 e o outro, R$ 300. O garimpeiro que encontrar uma peça especial ganha muito mais dinheiro. Os exportadores chegam a pagar até R$ 2 mil por quilo.
Antes de seguir para o exterior, o minério passa por uma limpeza. Os chineses compram tudo o que os garimpeiros produzem. Todo mês, a região exporta cerca de 60 toneladas. Só uma empresa vende quase mil tonéis de rutilo por ano para indústrias de Hong-Kong.
"O quilo de uma pedra especial custa de US$ 90 a US$ 150, mais de R$ 400", conta a gerente Leila Catarine Fernandes.
Enormes, bonitas e caras. As pedras que saíram do garimpo de Luiz Antônio dos Santos, só colecionadores ricos conseguem comprar. Chegam a custar R$ 70 mil.
"As pessoas compram para fazer bolas de pedras", diz o garimpeiro.
Molhado e no reflexo da luz do sol, dá para ver melhor a beleza do rutilo.
"Cinqüenta quilos custam cerca de R$ 30 mil. É fácil achar comprador", afirma Luiz Antônio.

Região serrana do ES tem histórico de garimpo de pedras preciosas

Região serrana do ES tem histórico de garimpo de pedras preciosas

Em Santa Teresa, a atividade garimpeira já trouxe muitas riquezas.
Até pedra de 250 kg já foi encontrada no local.

Do G1 ES
Já conhecida como "Serra Pelada" capixaba, a comunidade de Várzea Alegre, no interior de Santa Teresa, região serrana do Espírito Santo, tem um histórico de garimpo e busca por pedras preciosas.
A região já trouxe riquezas para muitos garimpeiros. Em vez de ouro, o que despertava interesse na região eram as pedras preciosas.
"Tudo começou com um caçador que, atrás de um tatu, achou uma pedra brilhante perto de sua toca", diz o comerciante da região Antônio Lopes.
A corrida das pedras começou na década de 40 do século passado. O produtor rural Vandacir Roncon conta que já encontraram até pedra de 250 kg na área. "Teve que descer um varão, carregada nas costas", lembra.
Antônio Lopes ressalta que a atividade garimpeira trouxe muitas riquezas, mas que nem todos souberam desfrutar dela. "Muita gente ficou rica, mas perderam tudo, nem eles existem mais. Aqui na pedra da onça dava águas marinhas e outros cristais também", diz Antônio.
Hoje a área está abandonada, mas antigamente era bem movimentada, vivia repleta de garimpeiros em busca do sonho de ficar rico. A última descoberta foi em 2004, quando o produtor rural Alonso Possatti encontrou uma água marinha pura. "Com o dinheiro, deu pra quitar dívidas, comprar casa e terreno para os filhos", diz.

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Conheça a Rota das Esmeraldas na Bahia

Conheça a Rota das Esmeraldas na Bahia

A pedra preciosa embala o sonho de alguns brasileiros. O trabalho exige sacrifício. Tem gente que abandona tudo para tentar vencer.
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A esmeralda embala o sonho de alguns brasileiros. O trabalho exige sacrifício. Tem gente que abandona tudo para tentar vencer. Conheça a Rota das Esmeraldas, uma história que os repórteres José Raimundo e Carlitos Chagas descobriram no sertão da Bahia.

Carnaíba, município de Pindobaçu, na Bahia, é um vilarejo que atrai garimpeiros do Brasil inteiro e endereço de uma das maiores reservas do país da mais cobiçada pedra verde. É a terra das esmeraldas.

São cerca de 70 garimpos nas terras de Carnaíba. Os mais rasos têm 50 metros de profundidade. Alguns já chegaram a 300 metros.

“Esse tem 200 metros, mas ninguém despencou daqui. Tem 20 garimpeiros lá embaixo”, comenta Noel Almeida, dono de um garimpo.

A vida por um fio, um cabo de aço e um cinto de borracha. Este é o único transporte para se chegar ao esconderijo das esmeraldas. É tão profundo que não dá para ver onde acaba. São cinco minutos descendo o abismo e uma eternidade para quem não está acostumado.

Nesse estranho mundo subterrâneo, o homem desconhece o medo e se entrega ao exaustivo trabalho braçal. O sonho desses aventureiros é, num piscar de olhos, encontrar a sorte.

Já são 47 anos de exploração, e as pesquisas indicam que os garimpeiros ainda não extraíram 10% de todo o volume de esmeraldas concentrados na região. Lá embaixo, não há estudo geológico. É pela experiência que eles descobrem o caminho das pedras.

“A gente descobre que está rumo às esmeraldas quando pega um material preto, que é o cromo. Ele indica que tem esmeralda, que ela está perto”, comenta um garimpeiro.

Perto e muito arriscado – eles furam a rocha e enchem os buracos com dinamite.

“São cem detonações por dia”, calcula um garimpeiro.

Nem na hora do fogo, eles sentem medo. Ficam a 10 ou 15 metros, no máximo, do local da explosão. É assustador. A impressão é de que as galerias vão desabar.

Cerca de 50 garimpeiros já morreram em Carnaíba, mas nenhuma estatística é capaz de abalar o desejo de ficar rico de repente. Muita pedra vem abaixo. Pelas evidências, os garimpeiros estão diante de um futuro milionário.

“Não falei? Abaixo do material preto, tem esmeralda. É muita alegria. Sinal de que estou ficando rico”, comenta um garimpeiro.

Tem garimpeiro que abusa da sorte. Francisco José Campo não pode se queixar. Já achou esmeralda suficiente para nunca mais voltar ao garimpo.

“Achei que estava rico, mas voltei porque gastei tudo”, diz Francisco.

O que é lixo para uns é dinheiro para muitas famílias. No cascalho jogado fora ou nos arriscados porões das jazidas, o mundo das pedras preciosas é um labirinto de incertezas. Uma aventura que desafia a coragem do homem.

“Isso tudo é esmeralda. Dá para ganhar um dinheiro”, comenta a dona-de-casa Maria de Lourdes de Jesus.