quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ilmenita, Rutilo e Ziconita


A INB Buena é a responsável pela prospecção, lavra, beneficiamento e industrialização dos minerais pesados - conhecidos popularmente como areias monazíticas.

Dessas areias podemos obter importantes produtos, utilizados pela indústria, que são:
 
 
ILMENITA (titanato de ferro)

Matéria-prima para obtenção de:
» dióxido de titânio (pigmento branco)
» ligas de ferro titânio

Agente aditivo em:
» composição de abrasivos
» fabricação de esmaltes matizados
» cargas de altos fornos, para melhorar o fluxo metálico e proteger o revestimento refratário
» revestimento de eletrodos utilizados em solda elétrica.

Aspecto - grânulos de cor preta
RUTILO (dióxido de titânio)

Componentes de:
» revestimento de eletrodos utilizado em solda elétrica
» ligas de ferro titânio
» Agente aditivo na colorização e matização de materiais cerâmicos (vidros, ladrilhos e louças de mesa).

Aspecto - grânulos de cor preta-avermelhada
ZIRCONITA (silicato de zircônio)

Matéria-prima para a fabricação de:
» tintas de faceamento para fornos e moldes
» opacificante para cerâmica industrial e louças
» pigmentos para esmalte porcelanizado
» isoladores térmicos e elétricos
» refratários à base de zircônio
» cimento refratário

Aspecto - grânulos de cor bege








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Padre Paraíso é considerada a maior província gemológica do mundo


A região onde está localizada Padre Paraíso é considerada a maior província gemológica do mundo, tamanha a quantidade e a variedade de gemas daqui extraídas. O município ganhou este nome em homenagem ao seu fundador, o Padre Agostinho Francisco de Mendonça Paraíso, que chegou por estas terras na seguda metade do Século XIX, empenhado em catequizar os índios botocudos que haviam no local.

As pedras preciosas fazem pate do dia-a-dia de Padre Paraíso e influenciam de maneira edificante  os costumes, os modos, a arte, enfim, o modo de viver deste povo. O garimpeiro, atualmente figura em extinção por aqui, ajudou a formar o município, que até hoje concentra uma boa quantidade de minas para exploração.

Diz a “ ciência garimpeira”, que o local escolhido para fazer o túnel vem da experiência acumulada de gerações em gerações. Primeiro, estes aventureiros observam o “arroto” da terra, como a presença de cristais. Depois, cavam em busca da “linha”, como é conhecida a concentração de minerais propícia à formação dos cristais e que abriga o “caldeirão” onde então se escondem as pedras preciosas e, quem sabe, as desejadas águas-marinhas.

O turista que desejar conhecer de perto estas e outras técnicas de escavação, bem como as histórias e as lendas dos personagens marcantes desta atividade, basta procurar uma das agências de receptivo da região que organizam passeios de um dia para os garimpos. Nem é preciso dizer que para fazer este tipo de roteiro é preciso ter um espírito desbravador e um olhar especial para a natureza humana. Mas, se você quiser levar Padre Paraíso na memória (e na mala ) sem grandes expedições, então basta comprar um dos produtos típicos locais que são vendidos nas inúmeras banquinhas da Praça Águas Marinhas, localizada no centro da cidade. Para maiores informações sobre onde ficar, onde comer e sobre como fazer os passeios aos garimpos consulte o link abaixo:



©Todos os Direitos Reservados - Circuito Turístico das Pedras Preciosas

BRASIL . MINAS GERAIS . MARIANA

BRASIL . MINAS GERAIS . MARIANA
Garimpo do topázio imperial no Arraial de Antônio Pereira
Nas cercanias de Mariana, antiga capital de Minas Gerais, funciona um garimpo muito conhecido na região, o do topázio imperial, no arraial de Antônio Pereira. Chovia quando o visitámos, daí que os garimpeiros não estivessem a trabalhar. É perigoso o garimpo, as terras são pouco firmes, podem aluir, soterrando os mineiros. Nessa paisagem estranhamente desolada, como um grande buraco aberto na terra, sem vegetação, os homens acorrem, quando há visitas, para venderem o fruto do seu trabalho: além do topázio imperial, outras pedras, mais valiosas como o diamante, e menos valiosas como a hematite ou as ametistas. Enfim, decerto tudo o que contém o «Kit da sorte - os 7 chacras», recordação vendida aos turistas noutros locais de Minas: ametista, jaspe, citrino, quartzo rosa, quartzo branco, sodalita e quartzo verde. Cada uma tem as suas propriedades e produz os seus efeitos. Como trouxe o kit completo, vou rejuvenescer e enriquecer rapidamente. A ametista, por exemplo, «traz grande prosperidade para quem a possui». O garimpo tem proprietário, que recebe rendas. Os garimpeiros podem trabalhar livremente para eles, mas, acima de mil reais por venda, pagam uma percentagem à dona.
O termo «arraial» é muito antigo, em Portugal já não o usamos, a não ser com valor semântico de festa. Ali, diz respeito à implantação de um povoado, que depois pode crescer até cidade, como Ouro Preto, anteriormente arraial de Vila Rica. No Brasil conserva-se um léxico muito antigo, por vezes até medieval, perdido no nosso discurso atual, em Portugal. De outra parte, usam-se termos que nós nunca usámos na acepção brasileira, como «contos», na área semântica do dinheiro. Em vez de «dez escudos», no tempo do escudo, nós diríamos «dez paus». Em São Paulo e em Curitiba, ouvi dizer «dez contos, vinte contos», significando «dez, vinte reais».
Pois as pedras preciosas, compradas na origem, têm valor diferente consoante o tamanho, a pureza e o tipo das pedras, mas sempre poderei adiantar que comprei um punhado delas para presentear amigos. Terei gasto uns cinquenta «contos», no máximo. Digamos mesmo que cheguei aos cem. E anote, se quer um futuro na vida: em Diamantina, um comerciante de pedras preciosas contou que fez negócio com um português que lhe encomenda pedras para as vender em Portugal. Está rico, o português. A minha companheira de viagem comprou uma variedade de topázios que a irmã, em Portugal, vai engastar e vender na sua loja. Vou imaginar que as jóias serão compradas, na Rua de Santa Catarina, no Porto, supondo, dez vezes mais caras, se não for mais do que isso.
Serão ricos, os garimpeiros? Como acontece com qualquer atividade primária, haja em vista a de escritor, a exploração é muita. Os trabalhadores, neste nível da produção, ganham pouco ou nada. Quem ganha são os intermediários. Entre o preço do produto na origem e o preço na loja há um abismo tão grande como o das cavernas escavadas pelos mineiros, e que, quantas vezes, lhes caem em cima, soterrando-os.
Maria Estela Guedes
Britiande, 9 de Dezembro de 2010
 
O Arraial de Antônio Pereira é um povoado pequeno, pobre, cuja rua principal vemos à esquerda.
À esquerda, um velho garimpeiro que já teve melhores dias, pois, dizem eles, este trabalho é de sorte: ora se tem, ora se perde, como na roleta.
Estas pedras compram-se no garimpo ao preço da chuva, o seu valor real é o da loja, depois de transformadas em jóias,
e de preferência nas casas famosas.
 
O garimpo é um lugar de beleza assustadora,
e realmente oferece perigo para os mineiros.
Abaixo desta superfície, há galerias e subterrâneos,
que a máquina fotográfica, por sofrer de vertigens, não conseguiu captar.
 
 

Pedras Preciosas

Pedras Preciosas

Belas pedras preciosas brutas e manufaturadas, extraídas naturalmente, e que irão enfeitar jóias, acessórios e ornamentos de casa estão na Brazil Plus.
Ao falar em pedras preciosas faz-se alusão aos materiais naturais que são referência pela sua beleza, durabilidade e raridade. A diversidade de cores e formatos é muito grande na reunião dessas relíquias oferecidas em forma de pedras.
As cores são destaque principal na diferenciação dos minerais. Os tons claros, escuros, cítricos e marinhos trazem uma beleza etérea a cada pedra em particular, criando maravilhas na imaginação do artesão que produz peças genuínas e exclusivas.
Divididas em famílias, as pedras preciosas, também conhecidas como gemas, são únicas em sua categoria. Da família dos quartzos, a Ágata é a mais criativa e pode ser encontrada em diferentes tons de cores e texturas. A Granada é outra pedra preciosa interessante e facilmente reconhecida pelos tons rubros que vão desde o framboesa, até o vermelho sangue.
A Opala possui uma grande variedade de cores na mesma pedra, resultado de minúsculas esferas do cristal inclusas em uma massa de sílica.
Técnicas de extração e polimento ampliam o encanto das pedras preciosas, dando a elas um olhar singular e uma virtude exclusiva: chamar atenção de quem as vir. Suas cores são evidenciadas em produtos criados com estilo e glamour.
Pedras preciosas, acessórios e peças de decoração podem ser encontradas na Brazil Plus, empresa com sólida tradição na extração dos belos minerais e localizada na capital das pedras preciosas no Brasil, Soledade (RS).
Fique por dentro das curiosidades das pedras preciosas.

Pequenos tesouros verdes

Era o início dos anos 1990, época de incerteza política e financeira no Brasil. A fiscalização pegava leve e não era tão difícil entrar em outros países. Isso facilitava o trânsito de vendedores de pedras preciosas autônomos para o Leste Europeu, que simplesmente vendiam as pedras  para clientes de hotéis luxuosos.
Meu pai era um deles.
Ele possuía uma lapidação em Governador Valadares, um negócio quase inexplorado no Brasil, e ainda hoje diz que aquela foi uma época muito próspera, pois o dinheiro entrava em caixa com facilidade. As margens de lucro eram absolutamente imensas, por exemplo: 50 quilates de ametista (ou seja, 10 gramas) comprados em Minas Gerais por U$ 200 tinham margens de lucro de até U$ 2 mil. O resultado desta matemática foram centenas de histórias homéricas do meu velho pelo mundo, demonstrando que o mesmo se tornara um dia um bon vivant.
Essa é a história do meu pai. A minha nasceu por conta de um garimpo de esmeraldas.

Pequenos tesouros verdes

Eis uma riqueza adormecida no coração da terra
Estava concluindo os estudos do ensino médio e, diferentemente da maioria dos meus amigos que se preparavam para o vestibular, eu me preparava para ir a um garimpo de esmeraldas. Localizado em Nova Era (MG), o Garimpo de Capoeirana foi referência em qualidade de esmeraldas por mais de 20 anos. Dizia-se que, no inicio dos anos 1990, as pessoas não precisavam ir muito fundo para encontrar pedras de qualidade, e infelizmente o acesso a muito dinheiro para pessoas com pouco conhecimento trouxe um resultado bastante negativo.
Quando lá cheguei, comecei a ouvir diversas histórias sobre mortes por conta de roubos de pedras ou desacertos de sócios. Lembrava-me os bons filmes de Velho Oeste dos anos 1960, só que dessa vez as histórias eram reais. Nada disso me desanimou, muito pelo contrário: fui tomado pela curiosidade. Queria saber como funcionava todo o sistema, como o garimpeiro, apesar do pouco conhecimento teórico, lidava com o fato de poder se tornar milionário com apenas a detonação de algumas dinamites.
Compramos um bom shaft (o acesso ao nível subterrâneo) que funcionara alguns anos antes e que fora impedido judicialmente por conta de rixa de antigos sócios. Pegamos o serviço praticamente pronto, era só continuar. Imaginem o que é descer pela primeira vez em um buraco estreito (perto de 1,5m de largura) e profundo (por volta de 100m de extensão) pendurado!
Essa é só a primeira etapa.
Lá embaixo, na primeira galeria, havia um antigo troller (à la Indiana Jones) que foi reativado. Descemos através dele mais algumas dezenas de metros até chegarmos em um segundo guincho com cabo de aço e mais um cavalo para descer outros 150m. Foi uma viagem alucinante visitar aquelas galerias que foram trabalhadas havia dezenas de anos por homens em busca da gema verde, cheios de sonhos e projetos megalomaníacos.

O que acontece no subsolo fica no subsolo?

Do garimpo, eu trouxe boas histórias, como essas:
  • A luz acabou!
Já estávamos a quase 700m abaixo da terra. Para se chegar na linha de frente demorávamos cerca de 1 hora e 20 minutos. O processo de descida era extremamente cansativo, mas chegar naquele lugar, ver aquele veio de cristal e ter a possibilidade de tirar as esmeraldas me fazia esquecer um pouco do cansaço. A parte da detonação não era madeirada, ou seja, sustentada por um conjunto de vigas de madeira. Isso era preocupante.
De repente, a luz apaga.
Não víamos coisa alguma e estávamos na linha de frente! Eu comecei a ficar mais preocupado. Ficamos no breu por quase três horas, até que o eletricista do nosso serviço encontrou o local do corte da energia e consertou. Voltamos ao trabalho…

Link YouTube | Filmagem feita pelo autor em mina de Nova Era
  • “Saiba negociar. Sua vida depende disso”
Em certo dia, tiramos um lote de esmeraldas bom, avaliado em R$ 50 mil. Pegamos as pedras e fomos negociar com os judeus e indianos, que geralmente ficam no local comprando as mercadorias. Vocês pensam que quem pechincha é turco? Fale isso para os judeus e os indianos! Os caras choram preço o tempo inteiro!
Começaram ofertando R$ 5 mil, acreditem! Isso também se deve ao fato de que o garimpeiro é um homem humilde, que passa por muitas dificuldades durante o ano e, quando vê algumas pedras, as vende a preço de banana. Por isso, era importante manter uma ideologia fixa sobre valores, afinal eu tinha plena convicção de que os gringos venderiam as pedras com margens de lucro de, no mínimo, 100%.

Garimpeiro: profissão que exige culhões

Por meio destas aventuras, descobri que a profissão de garimpeiro é algo nobre. E que é preciso ter bolas para enfrentar os problemas e os dilemas com os quais esses profissionais lidam todos os dias. Afinal, não é para qualquer um descer 700m no subsolo e voltar com uma única pedra.
Mas o risco é altamente compensador. Esta única pedra pode definir o seu futuro financeiro.