quarta-feira, 19 de junho de 2013

Notícia sobre pedra preciosa atrai centenas de garimpeiros em MG

Notícia sobre pedra preciosa atrai centenas de garimpeiros em MG

Região é conhecida como centro de exploração de esmeraldas.

A esperança ou a ilusão de encontrar uma fortuna no chão provocou uma nova corrida por esmeraldas no interior de Minas Gerais. A notícia de que uma pedra preciosa foi achada numa mina desativada em Nova Era atraiu centenas de garimpeiros ilegais.

Veja o site do Jornal da Globo

Na pequena cidade de Nova Era, há uma semana, só se ouve um assunto: “as pedras preciosas que começaram a aparecer em um garimpo”, diz o operador de bomba Rui Barbosa.

A região é conhecida historicamente como centro de exploração de esmeraldas. Depois de lapidada, a gema é uma das mais valorizadas no mercado de joias e pode custar até US$ 30 mil o quilate.

A fama da esmeralda e a notícia de que uma mina abandonada ainda estava cheia da pedra provocaram uma corrida a Nova Era.

“Está todo mundo invadindo lá”, afirma o frentista Antônio Ferreira Francisco.
 
Busca pelas esmeraldas
O caminho para quem sonha com as esmeraldas é longo. Homens, mulheres, idosos percorrem a pé 25 quilômetros até a mina.

A pedra é extraída com explosivos. Depois que a dinamite é estourada lá dentro, é preciso esperar um pouco até que fumaça se dissipe. Enquanto isso, os garimpeiros fazem fila na porta. Eles esperam. Quem entra primeiro, tem mais chance de encontrar a riqueza.

A comerciante Beth Braga fechou o bar na cidade para se arriscar em busca das esmeraldas. “No meu comércio, eu ganho em média R$ 100 por dia. Aqui, eu estou correndo o risco de ganhar R$ 1 milhão”, argumenta.

A área invadida pertence a uma mineradora, que já entrou com o pedido de reintegração de posse. Hoje, 50 policiais militares estiveram no garimpo e apreenderam armas e 25 bananas de dinamites usadas pelos garimpeiros para explodir a rocha.

Mas logo depois que os PMs deixaram a área, os invasores voltaram à atividade. O garimpeiro Pedro Ferreira dos Santos conhece bem cenas como essa. Diz que já tirou sacos de ouro de Serra Pelada, no Pará, na década de 80. Perdeu tudo o que ganhou, arriscando a sorte em outros garimpos pelo país. E, agora, espera tirar de novo a sorte grande. “Com certeza, com nova esperança de encontrar uma sorte”, diz.

Mineradores da PB acham turmalina de 800g em antigas escavações


11/06/2012 21h05 - Atualizado em 11/06/2012 21h05

Mineradores da PB acham turmalina de 800g em antigas escavações

Pedra preciosa foi vendida por quase R$ 1,5 milhão.
Achado aconteceu na cidade de Picuí, no Curimataú.

Do G1 PB
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Trabalhadores de uma mina da cidade de Picuí, no Curimataú paraibano, encontraram uma turmalina escondida em antigas escavações da região. A pedra preciosa tem mais de 800g.

E o achado foi valioso: a turmanina foi vendida por quase R$ 1,5 milhão a empresários de Minas Gerais.

Indústria mineral não explora suas riquezas

Indústria mineral não explora suas riquezas


A indústria de exploração mineral do Rio Grande do Norte se perdeu no caminho das pedras preciosas.
Os investimentos em qualificação de mão-de-obra e projetos para extrair do subsolo potiguar riquezas como as raras águas marinhas e turmalinas são quase inexistentes ou insuficientes, seja pelo poder público ou iniciativa privada. O Estado está entre os quatro maiores do país em número de ocorrências de gemas (pedras preciosas e semi preciosas), mas quase não explora. Riquezas como a água marinha - considerada a melhor do mundo - permanecem sem brilho e valor no subsolo.
Água marinha e turmalinas são maioria entre as quase 150 ocorrências catalogadas no Mapa Gemológico do Rio Grande do Norte. Lajes Pintadas, Parelhas e Tenente Ananias condensam o maior número dessas ocorrências. Em todo o Estado, apenas duas empresas são outorgadss pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) e exploram gemas de forma organizada: a Mineração Terra Branca Ltda e H & R Exportação e Importação de Minérios Ltda.
De acordo com o coordenador de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Sedec (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico), Otacílio Oziel de Carvalho, é difícil saber quanto se produz em termos de pedras preciosas no Rio Grande do Norte. A informalidade dos garimpos - de onde provém a produção estadual - dificulta o trabalho de obtenção de informações.
“As publicações bibliográficas sobre os bens minerais no subsolo potiguar não são precisas. Mas estamos trabalhando para obter informações mais precisas, inclusive montando parcerias”, disse Otacílio de Carvalho. Segundo ele, estão sendo elaboradas pesquisas para dar seqüência às publicações anuais da “Avaliação Preliminar do Setor Mineral do RN”. Os estados com o maior número de ocorrências de mineralizações de pedras preciosas são Minas Gerais, Bahia e Goiás. Mas é na região Sul e Sudeste quem mais comercializa o produto depois de transformado em jóias.
Segundo Otacílio de Carvalho, o Ministério das Minas e Energias têm R$ 1 milhão para investir nesse segmento. O dinheiro em fase de liberação na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e será usado para pesquisas. A falta de uma política prática afastou até mesmo os garimpeiros das áreas de exploração. Segundo dados da Coordenadoria de Desenvolvimento de Recursos Minerais, existem cerca de cem garimpos no Estado. Mas quase todos estão dasativados.
O fascínio que as gemas causam nas pessoas - seja pela raridade, beleza ou custo - começa por aqueles que investigam e extraem os cristais até chegar às mãos do consumidor final. E, segundo o economista e especialista em gemas, Quirino Maia Neto, ainda são as mulheres as maiores consumidoras desses artigos depois que se transformam em jóias.
Uma gema - segundo especialistas - pode valorizar-se em até cem vezes entre a fase que é extraída da rocha até compor uma jóia. Quem menos ganha nesse processo é a pessoa que encontra e retira da natureza a pedra preciosa, segundo Otacílio de Carvalho.
A água marinha e a turmalina ocorrem principalmente em rochas cristalinas - denominadas pegmatitos (rochas mais novas que chegam à superfície e ficam encaixadas entre outras rochas através de eventos geológicos) - e que é formado por um aglomerado de diferentes minerais. Nesse tipo de rocha, normalmente, se forma cristais com dimensões maiores.
Uma água marinha potiguar, quando de qualidade excepcional, custa bem mais que certos diamantes de qualidade atestada, garantem os especialistas. “O azul claro de uma água marinha é inconfundível”, disse Quirino Maia Neto. A unidade de medida para as gemas é o quilate (cada quilate eqüivale a 1/5 do grama). O quilate de uma boa água marinha lapidada, por exemplo custa em média US$ 250. Mas é somente a “pedra”, sem contra o custo quando transformada em jóia.
RN não lapida pedras preciosas
A falta de mão-de-obra especializada, treinamento e equipamentos deixa o Rio Grande do Norte quase sem produção de pedras preciosas com valor comercial na indústria de jóias. Pior. Mercados como China e Rússia - que segundo os empresários do segmento começam a abrir as portas comerciais - estão se abrindo para o mundo dos negócios e a indústria potiguar permanece inerte. “É inconcebível que, mesmo com a melhor água marinha do mundo, não produzimos praticamente nada e ainda compramos de outros estados o que temos em abundância”, criticou o proprietário da “Granada Gemstones & Minerals”, Quirino Maia Neto. Segundo ele, a maioria das pessoas que trabalham na extração de pedras preciosas no Estado são agricultores que, à época da estiagem, escavam o chão em busca de sustento.
Economista, mas há dez anos trabalhando com exploração e tratamento de gemas, Quirino Maia Neto revela que há quatro meses não consegue uma só água marinha produzida no Rio Grande do Norte. “Isso só revela que nossa exploração é feita de forma amadora e sem estrutura. Essas pessoas só produzem quando não têm outra coisa para ganhar a vida”.
Apesar de ter o mapa da mina em mãos, a indústria das pedras preciosas demanda recursos, treinamento e acompanhamento técnico. “Mas falta tudo, exceto a riqueza que permanece incrustada nas rochas”, afirmou Quirino.
Em meados da década de 1990, a produção da gema mais valiosa do RN, a água marinha, era de aproximadamente 20 quilos por mês. Desse total, apenas 1 quilo era considerado de qualidade excepcional e de grande valor comercial. Hoje, essa produção não ultrapassa os 200 gramas a cada dois anos. Famosas em qualquer parte do mundo, o quilate da água marinha do Rio Grade do Norte varia 2 dólares (pedra comum) até US$ 250. Cerca de 80% das ocorrências de pedras preciosas registradas no Estado são de água marinha. Uma outra raridade desperta o olhar dos apreciadores e investidores desse segmento: a turmalina azul (mineral que ocorre em várias cores na natureza). As mais importantes bibliografias que tratam de gemas apontam que, no planeta, só há registro de ocorrências de turmalinas azuis no município de São José da Batalha (PB) e em Parelhas (RN). Os cristais localizados na paraíba são os melhores.
Americanos influenciam exploração
A exploração de pedras preciosas ou semipreciosas, no Rio Grande do Norte, tem relação direta com a permanência dos norte-americanos em solo potiguar durante a Segunda Guerra Mundial. A necessidade de utilização de cristais nos sistemas de rádios e armas de guerra ensejou o que pode ter sido as primeiras pesquisas voltadas para exploração de gemas na região.
Depois da Guerra, o Rio Grande do Norte tornou-se um estado sem tradição na produção de pedras preciosas no cenário nacional. O reconhecimento à preciosidade que é a água marinha do RN veio em 1952, quando o governo brasileiro presenteou a rainha Elizabeth II com um conjunto de colar e brincos. A jóia é composta por 647 brilhantes e dez água-marinhas extraídas no município de Tenente Ananias (região Oeste). Idéia do jornalista, empresário e senador Assis Chateaubriant.

As montanhas que circundam Diamantina, recheadas de pedras

O último garimpeiro

Motorista do Centro de Geologia da UFMG em Diamantina, Geraldo Damaso, já viveu do garimpo e agora mantém uma coleção de mais de 300 pedras

Felipe Sáles


  • Geraldo Damaso exibe, orgulhoso, sua coleção de pedras preciosas ainda colhidas nas montanhas de Diamantina e expostas na sala de motorista do Centro de Geologia da UFMG. Fotos: Felipe SálesGeraldo Damaso exibe, orgulhoso, sua coleção de pedras preciosas ainda colhidas nas montanhas de Diamantina e expostas na sala de motorista do Centro de Geologia da UFMG. Fotos: Felipe Sáles
    As montanhas que circundam Diamantina, recheadas de pedras que reluzem à luz do sol, inevitavelmente remetem às abundantes muralhas de preciosidades de um tempo que se foi. Poucos imaginariam que um verdadeiro tesouro extraído dos antigos garimpos está hoje reunido na sala de motorista da Casa da Glória, onde funciona o Centro de Geologia Eschwege, órgão do Instituto de GeoCiências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). São mais de 300 pedras, algumas raríssimas, mantidas por Geraldo Vieira Damaso, de 53 anos. O motorista Geraldinho, como é conhecido, chegou a achar três diamantes – um deles verde, o mais valioso –, até um acidente de bicicleta mudar seu destino e transformá-lo num dos últimos garimpeiros diamantinenses a lucrar com os minerais da cidade e, de quebra, acumular conhecimentos geológicos de surpreender profissionais do ramo. Quando tinha 18 anos, Geraldinho sucumbiu à influência de um amigo que, para fugir do marasmo, sugeriu tentar a sorte da fortuna. Passava mais de 10 dias embrenhado nas montanhas diamantinas em busca do ouro perdido – aventura que, na década de 1980, ainda valia a esperança. Tanto que, um dia, encontrou seu primeiro diamante.
    “Na época, valia mais do que um ano inteiro de trabalho. Como Diamantina é uma cidade pequena e não tem muita coisa para fazer, fui convencido por amigos a tentar a sorte no garimpo. Valeu a pena, embora tudo tenha sido dividido com meu amigo de garimpo, como de costume, e com o dono da terra que cobrava de 10% a 15% por cada achado”, lembra.
    Logo vieram mais dois diamantes – um deles, o cobiçado verde. Graças ao garimpo, conseguiu comprar um lote de terra – onde, mais tarde, ergueria sua atual residência – e a famigerada bicicleta. Montado nela, Geraldo atropelou o filho de um vizinho, tentou fugir e, antes de dar a volta no quarteirão, deu de cara com o enfurecido pai do menino. O acidente lhe valeu uma surra memorável do seu pai e o fim das aventuras nas montanhas.


    Sua coleção fica exposta a estudantes e turistas que visitam a histórica Casa da Glória, onde funciona o Centro de Geologia da UFMGSua coleção fica exposta a estudantes e turistas que visitam a histórica Casa da Glória, onde funciona o Centro de Geologia da UFMG
    Revolta do garimpo De promissor homem de bens, Geraldo passou a ganhar a vida lavando peças de automóveis na oficina de um amigo. A revolta só não foi maior porque, logo depois, veio a proibição do garimpo – durante séculos, a principal atividade econômica da população e que levou, inclusive, à fundação da cidade. Até reencontrar os tempos de bonança no turismo histórico, o povo de Diamantina viveu à míngua de quaisquer perspectivas. Garimpeiros fecharam as ruas da cidade e chegaram a montar acampamento em frente à prefeitura durante mais de um mês, com direito a fogueira para a comida, como costumavam fazer no meio do mato.
    Geraldo até protestou junto com os colegas, sonhando em um dia voltar à atividade. Mas não teve jeito. Acabou passando no concurso para motorista da UFMG, artimanha do destino para mantê-lo novamente perto das preciosidades.


    Geraldo exibe a bateia com a qual já encontrou três diamantesGeraldo exibe a bateia com a qual já encontrou três diamantes
    Pesquisador autodidata Como motorista do instituto, ele acaba acompanhando – e ensinando a prática da garimpagem a – muitos estudantes e pesquisadores que visitam as montanhas. Entre idas e vindas, ainda encontra uma pedra mais valiosa. Transformou o antigo trabalho em hobby que, por sua vez, foi convertido em renda extra. Com as negociatas junto a colecionadores como ele, Geraldo tornou-se um dos últimos “garimpeiros” que ainda ganham dinheiro com as riquezas minerais de Diamantina.
    Todo o seu tesouro fica em exposição para os visitantes que veem, além de pedras preciosas, sua antiga bateia – a peneira usada por ele e com a qual encontrou os diamantes – que  herdou de um velho amigo garimpeiro. Mesmo sem ter concluído o Ensino Médio, Geraldo demonstra conhecimento de fazer inveja a muito especialista. Ouvindo um professor aqui, um estudante acolá, ele acabou aprendendo e contando com a ajuda de professores da universidade, que incentivam seu aprendizado doando livros sobre o assunto.
    “Entre os mais raros que tenho estão um quartzo com inclusão flúdica, uma turmalina preta, também conhecida como afrizita, que ainda tem feudispato e outros minerais...”, ensina, em tom professoral, até deixar escapar o mineirês tradicional. “Eu gosto desse negócio de pedra, moço, tem jeito não, sô...”

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Comentários (1)

  • Henrique Persequini

    4/11/2011
    Bela matéria!! conheço Geraldo de longa data e realmente ele é uma figura que vale e pena! Grande homem! Segue um pequena correção, a grafia correta é feldspato, ou mesmo feldespato. Mas sempre com "L". (penúltima linha).


Brasileiros avançam rumo às superligas de nióbio

Brasileiros avançam rumo às superligas de nióbio

Com informações da Agência USP - 18/02/2013
Brasileiros avançam rumo às superligas de nióbio
Cerca de 90% das reservas mundiais de nióbio economicamente viáveis estão localizadas no Brasil, principalmente na cidade de Araxá, em Minas Gerais, onde o metal ocorre em um minério terroso chamado pirocloro. [Imagem: Wikimedia]
Trio metálico
O desenvolvimento de novas superligas à base de nióbio poderá levar a uma maior eficiência energética em usinas termelétricas e em sistemas de propulsão de aviões e foguetes.
É o que pesquisadores brasileiros demonstraram ao desenvolver o diagrama de fases para os elementos nióbio (Nb), cromo (Cr) e boro (B).
O diagrama de fases é uma espécie de mapa sobre o que vai ocorrer com a estrutura microscópica da mistura desses três elementos em quaisquer proporções e em diferentes temperaturas.
"Podemos fazer uma analogia do diagrama de fases pensando nos elementos nióbio, cromo e boro como se eles fossem ingredientes de um bolo. A proporção correta de ingredientes, assim como a temperatura do forno, é fundamental para que o produto final [o bolo] esteja adequado para consumo", explica. o professor Gilberto Carvalho Coelho, do Departamento de Engenharia de Materiais (Demar) da USP.
Superligas
O grande interesse nesses metais está na fabricação das chamadas superligas, ou ligas de alto desempenho.
As superligas são compostos de vários metais que apresentam elevada resistência mecânica, estabilidade superficial e resistência à corrosão e oxidação, além de serem relativamente leves.
Para o desenvolvimento de uma nova superliga é necessário descobrir as proporções corretas de cada ingrediente, ou seja de cada metal.
"Então, o diagrama de fases desenvolvido [pela equipe], adicionado a outros diagramas de fases, de outros elementos, fornece os dados necessários para os engenheiros de materiais desenvolverem as novas superligas", destaca o pesquisador.
O professor Gilberto conta que os três elementos - nióbio, cromo e boro - foram escolhidos para compor o diagrama de fases exatamente pelas propriedades que conferem à liga final.
"O nióbio foi utilizado pensando na sua altíssima temperatura de fusão [2.468 °C], que o torna tão atraente para a indústria. Já o cromo confere resistência à oxidação a uma peça metálica através da formação de uma camada protetora, como uma pele, em sua superfície. No caso de uma turbina, por exemplo, o processo de aquecer e esfriar pode fazer essa camada trincar. O boro ajuda na regeneração dessa camada protetora da superfície da peça ", descreve o pesquisador.
Superliga de nióbio
Devido ao altíssimo ponto de fusão, o nióbio é utilizado na produção de materiais estruturais sólidos, na construção de turbinas de termelétricas e em sistemas de propulsão da indústria aeronáutica e aeroespacial, e em mais uma série de outras utilizações.
Outro exemplo é na fabricação de ligas supercondutoras - sem resistência à passagem de corrente elétrica - para peças de tomógrafos por ressonância magnética nuclear.
Cerca de 90% das reservas mundiais de nióbio economicamente viáveis de exploração estão localizadas no Brasil, principalmente na cidade de Araxá, em Minas Gerais. Recentemente ele foi listado na "lista de risco" dos metais mais raros da Terra.
Atualmente, grande parte da indústria utiliza as superligas de níquel para estas aplicações, cuja temperatura de trabalho é, no máximo, de aproximadamente 1.150°C.
"Porém, estas ligas já são aplicadas em ambientes cuja temperatura é próxima de seus pontos de fusão, em torno de 1.350°C, o que limita ganhos adicionais de eficiência das turbinas," comenta o pesquisador, lembrando que o preço das superligas de nióbio ainda é muito elevado.
Quanto maior for a temperatura com que uma turbina puder trabalhar, maior será sua eficiência energética.
No caso de uma termelétrica, por exemplo, a turbina converte o gás natural em energia elétrica. Nessa conversão, se for usado menos combustível, serão gerados menos poluentes. Por isso, os aspectos ecológico e econômico da proposta de se desenvolver novas superligas a base de nióbio são tão interessantes.