quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ouro

Ouro

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Pix.gif Ouro Stylised Lithium Atom.svg
PlatinaOuroMercúrio
Ag
 

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79
Au

 
               
               
                                   
                                   
                                                               
                                                               
Au
Rg
Tabela completaTabela estendida
Aparência
amarelo metálico


Cristais de ouro feitos por reação química de transporte em gás cloro, de pureza >99,99%.
Informações gerais
Nome, símbolo, número Ouro, Au, 79
Série química metal de transição
Grupo, período, bloco 11(IB), 6, d
Densidade, dureza 19300 kg/m3, 2,5
Número CAS 7440-57-5
Propriedade atómicas
Massa atômica 196,966569(4) u
Raio atómico (calculado) 174 pm
Raio covalente 144 pm
Raio de Van der Waals 166 pm
Configuração electrónica [Xe] 4f14 5d10 6s1
Elétrons (por nível de energia) 2, 8, 18, 32, 18, 1 (ver imagem)
Estado(s) de oxidação 3, 1 (anfótero)
Estrutura cristalina cúbico de faces centradas
Propriedades físicas
Estado da matéria sólido
Ponto de fusão 1337,33 K
Ponto de ebulição 3129 K
Entalpia de fusão 12,55 kJ/mol
Entalpia de vaporização 334,4 kJ/mol
Pressão de vapor 0,000237 Pa a 1337 K
Velocidade do som 1740 m/s a 20 °C
Classe magnética diamagnético
Susceptibilidade magnética -3,4 x 10-5
Diversos
Eletronegatividade (Pauling) 2,54
Calor específico 128 J/(kg·K)
Condutividade elétrica 45,2×106 S/m
Condutividade térmica 317 W/(m·K)
Potencial de ionização 890,1 kJ/mol
2º Potencial de ionização 1980 kJ/mol
Isótopos mais estáveis
iso AN Meia-vida MD Ed PD
MeV
197Au 100% estável com 118 neutrões
Unidades do SI & CNTP, salvo indicação contrária.
O ouro (do latim aurum, "brilhante") é um elemento químico de número atómico 79 (79 prótons e 79 elétrons) que está situado no grupo onze (IB) da tabela periódica, e de massa atómica 197 u. O seu símbolo é Au (do latim aurum).
Conhecido desde a Antiguidade, o ouro é utilizado de forma generalizada em joalharia, indústria e eletrônica, bem como reserva de valor.

Índice

Características principais

É um metal de transição brilhante, amarelo, denso, maleável, dúctil (trivalente e univalente) que não reage com a maioria dos produtos químicos, mas é sensível ao cloro e ao bromo. À temperatura ambiente, apresenta-se no estado sólido. Este metal encontra-se normalmente em estado puro e em forma de pepitas e depósitos aluvionais e é um dos metais tradicionalmente usados para cunhar moeda. É facilmente manuseavel e maleável que, com apenas um grama de ouro, é possível obter um fio de 3 quilômetros de extensão e 0,005 milímetros de diâmetro, ou uma lâmina quadrada de 70 centímetros de largura e espessura de 0,1 micrômetro.1
O ouro puro é demasiadamente mole para ser utilizado. Por essa razão, geralmente é endurecido formando liga metálica com prata e cobre. O ouro e as suas diversas ligas metálicas são muito empregados em joalherias, fabricação de moedas e como padrão monetário em muitos países. Devido à sua boa condutividade elétrica, resistência à corrosão e uma boa combinação de propriedades físicas e químicas, apresenta diversas aplicações industriais.

História

Antiga moeda de ouro.
Arqueologistas sugerem que o primeiro uso do ouro começou com as primeiras civilizações no Oriente Médio. É possível que tenha sido o primeiro metal utilizado pela humanidade. O mais antigo artefato em outro foi encontrado na tumba da Rainha Egípcia Zer.2 3 Conhecido na Suméria, no Egito existem hieróglifos egípcios de 2600 a.C. que descrevem o metal, que é referido em várias passagens no Antigo Testamento. É considerado como um dos metais mais preciosos, tendo o seu valor sido empregue como padrão para muitas moedas ao longo da história.

Aplicações

  • O ouro exerce funções críticas em computadores, comunicações, naves espaciais, motores de reação na aviação, e em diversos outros produtos.
  • A sua elevada condutividade elétrica e resistência à oxidação têm permitido um amplo uso em eletrodeposição, ou seja, cobrir com uma camada de ouro por meio eletrolítico as superfícies de conexões elétricas, para assegurar uma conexão de baixa resistência elétrica e livre do ataque químico do meio. O mesmo processo pode ser utilizado para a douragem de peças, aumentando a sua beleza e valor.
  • Como a prata, o ouro pode formar amálgamas com o mercúrio que, algumas vezes, é empregado em restaurações dentárias.
  • O ouro coloidal (nano-partículas de ouro) é uma solução intensamente colorida que está sendo pesquisada para fins médicos e biológicos. Esta forma coloidal também é empregada para criar pinturas douradas em cerâmicas.
  • O ácido cloroáurico é empregado em fotografias.
  • O isótopo de ouro 198Au, com meia-vida de 2,7 dias, é usado em alguns tratamentos de câncer e em outras enfermidades.
  • É empregado para o recobrimento de materiais biológicos, permitindo a visualização através do microscópio eletrônico de varredura (SEM).
  • Utilizado como cobertura protetora em muitos satélites porque é um bom refletor de luz infravermelha.

Simbologia do ouro

O ouro é usado como símbolo de pureza, valor, realeza e ostentação. O principal objetivo dos alquimistas era produzir ouro a partir de outras substâncias, como o chumbo.
Muitas competições premiam o vencedor com medalha de ouro, o segundo colocado com medalha de prata , e o terceiro colocado com medalha de bronze = cobre (os três pertencentes ao mesmo grupo (11) da tabela periódica dos elementos).

Papel biológico

O ouro não é um elemento químico essencial para nenhum ser vivo. Alguns tiolatos (ou semelhantes) de ouro (I) são empregados como anti-inflamatórios no tratamento de artrites reumatoides e outras enfermidades reumáticas. O funcionamento destes sais de ouro não é bem conhecido. O uso do ouro em medicinal é conhecido como crisoterapia.
A maioria destes compostos são pouco solúveis, portanto devem ser injetados. Alguns são mais solúveis e podem ser administrados via oral, sendo melhor tolerados. Este tratamento pode apresentar efeitos secundários, geralmente leves, porém é a primeira causa do abandono do tratamento pelos pacientes.

Compostos

Apesar de ser um metal nobre ( devido a baixa reatividade ) forma diversos compostos, sendo o tricloreto de ouro ( AuCl3 ) e o ácido cloroáurico ( HAuCl4 ) os dois dos compostos mais comuns do ouro. Geralmente, nestes compostos, apresenta estados de oxidação +1 e +3.
Forma também óxido de ouro (III), Au2O3, halogenetos e complexos com estados de oxidação +1 e +3. Existem, ainda, alguns complexos raros de ouro com estados de oxidação +2 e +5. Estes apresentam baixos índices de coordenação e apresentam tendência a linearidade: L-Au-L.
Quando ocorrem ligações químicas entre os próprios átomos de ouro formam os chamados cúmulos de ouro ( compostos cluster ). Alguns deles são denominados ouro líquido.

Abundância e obtenção

Pepita de ouro.
Por ser relativamente inerte, pode-se encontrá-lo como metal, às vezes como pepitas grandes, mas geralmente se encontra em pequenas inclusões em alguns minerais, como quartzo, rochas metamórficas e depósitos aluviares originados dessas fontes. O ouro está amplamente distribuído, e amiúde encontra-se associado ao quartzo e pirite. É comum como impureza em muito minérios, de onde é extraído como subproduto. Como mineral é encontrado na forma de calaverita, um telureto de ouro. A África do Sul é o principal produtor de ouro, extraindo aproximadamente dois terços de toda a procura mundial deste metal.
O ouro é extraído por um processo denominado lixiviação com cianeto. O uso do cianeto facilita a oxidação do ouro formando-se (CN)22- em dissolução. Para separar o ouro da solução procede-se a redução empregando,por exemplo, o zinco. Tem-se tentado substituir o cianeto por outro ligante devido aos problemas ambientais que gera, porém não são rentáveis ou também são tóxicos.
Espalhado em toda a crosta terrestre numa baixíssima concentração média (5 gramas em 1000 toneladas), e mais baixa ainda nas águas dos oceanos (de 0,1 µg/kg a 2 µg/kg), onde se estima haver bilhões de toneladas de ouro mas de exploração economicamente inviável pelos métodos atuais (um trilhão de litros de água do mar contém 120 kg, ou 1 quilo em mais de 8,3 bilhões de litros, a água consumida por uma cidade como São Paulo em mais de 10 anos). As minas onde o ouro se encontra em teores econômicos têm geralmente acima de 3 gramas por tonelada; se o mesmo teor fosse encontrado no mar, 1 trilhão de litros poderia fornecer 3 mil toneladas de ouro.

Isótopos

Existe somente um isótopo estável do ouro ( Au-197 ), porém existem 18 radioisótopos, sendo o Au-195 o mais estável com uma meia-vida de 186 dias.

Precauções

O corpo humano não absorve bem este metal, e seus compostos não são muito tóxicos. Até 50% dos pacientes com artrose, tratados com medicamentos que contém ouro, têm sofrido danos hepáticos e renais.

Antídoto e tratamento de emergência

BAL (British antiLewisite, é o 2,3-dimercaptopropanol) é um agente quelante usado no tratamento do envenenamento pelo ouro. Doses adequadas de BAL devem ser dadas para assegurar um excesso de BAL livre. Uma concentração insuficiente de BAL pode permitir a dissociação do complexo BAL-Au. Este quelato dissocia-se mais rapidamente numa urina ácida; deve existir uma função renal adequada para permitir a eliminação completa do complexo.

O ouro como mercadoria

Evolução do preço do ouro (1334-1999).
O mercado de ouro, assim como o mercado de ações, integra o grupo dos chamados mercados de risco já que suas cotações variam segundo a lei da oferta e da procura. No mercado internacional, os principais centros que negociam ouro são Londres e Zurique onde o ouro é negociado no mercado de balcão e não via bolsas. Outro grande centro de negócios é a Bolsa de Mercadorias de Nova York (COMEX) onde só se opera em mercado futuro. Há também nesta praça um forte mercado de balcão para o ouro físico.

As operações com ouro no Brasil

No Brasil, o maior volume de comercialização de ouro se faz através da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), que é a única no mundo que comercializa ouro no mercado físico. As cotações do ouro, no exterior, são feitas em relação à onça troy, que equivale a 31,104g. No Brasil, a cotação é feita em reais por grama de ouro puro. O preço do ouro, no Brasil, vincula-se, historicamente, às cotações de Londres e Nova York, refletindo, portanto, as expectativas do mercado internacional. Sofre, entretanto, influência direta das perspectivas do mercado interno e, principalmente, das cotações do dólar flutuante. Assim o preço interno é calculado diretamente segundo as variações do preço do dólar no mercado flutuante e dos preços do metal na bolsa de Nova York. O preço do grama do ouro em reais, calculado a partir do preço da onça em dólares (pela cotação do dólar flutuante) fornece um referencial de preços. Tradicionalmente, a cotação da BM&F mantém a paridade com este valor referencial variando 2%, em média, para baixo ou para cima. Existem dois tipos de investidores no mercado de ouro no Brasil: o investidor tradicional - que utiliza o ouro como reserva de valor -, e o especulador - que está à procura de ganhos imediatos e de olho na relação ouro/dólar/ações procurando a melhor alternativa do momento. Atualmente há dois mercados no Brasil para o ouro:
  1. mercado de balcão - operações são fechadas via telefone; após o pagamento, o comprador tem duas opções deixar o ouro depositado em custódia em uma instituição financeira, levando consigo um certificado de custódia; retirar fisicamente a quantidade de ouro adquirida.
  2. mercado spot nas bolsas - a entrega do ouro se dá em 24 horas, os volumes negociados são transferidos automaticamente entre as contas dos clientes em diferentes bancos, sem que o metal passe pelas mãos de quem negocia.
No mercado de bolsas, trocam se certificados de propriedade. Em qualquer caso, a responsabilidade pela qualidade do metal é da fundidora e não do banco, que é apenas o depositário.

Provas de Ouro

São mundialmente reconhecidas as seguintes provas de ouro: 375, 500, 583, 585, 750, 958, 996, 999,9 (usada na indústria aeroespacial). Encontra-se com maior frequência a mistura (liga) de ouro com o nº 583. As ligas desta prova podem ter diferentes cores, dependendo da quantidade e composição dos metais. Por exemplo, se na liga de ouro da prova nº 583 (58,3% de ouro) contém cerca de 36% de prata e cobre 5,7%. Esta liga tem um tom de cor ligeiramente verde, se for 18,3% de prata e 23,4% de cobre - fica com cor de rosa, se for 8,3% de prata e 33,4% de cobre - uma cor avermelhada. Ouro com a prova nº 958 é de três componentes, para além de ouro contém prata e cobre e é usado, geralmente, para fazer alianças. Esta liga tem uma cor amarela-forte e é próxima de cor de ouro puro. Na liga nº 750 também existe cobre e prata, mas às vezes podem ser usados paládio, níquel ou zinco. Tem uma cor amarela-esverdeada, também tons avermelhados até a cor branca. Esta liga é facilmente difundida, mas se contém mais de 16% de cobre a cor perde gradualmente o seu brilho. A liga de prova nº 375 normalmente contém: ouro 37,5%, prata 10,0%, cobre 48,7%, paládio 3,8% e é usada para fazer alianças. Também existe uma vasta utilização de "ouro branco", que contém:

Referências

  1. Ernest Merian. Elements and Their Compounds in the Environment. [S.l.]: Wiley-VCH, 2004. ISBN 9783527304592
  2. Gold History. Bullion.nwtmint.com. Página visitada em 2008-09-12.
  3. The Turquoise Story. Indianvillage.com. Página visitada em 2008-09-12.

Ligações externas

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Ver também


terça-feira, 9 de julho de 2013

Os Garrinchas de Serra Pelada

Os Garrinchas de Serra Pelada

Eles ficaram milionários ao tirar ouro da mina, mas esbanjaram com mulheres, carros e bebida - e hoje vivem na miséria

Gustavo Poloni, enviado especial a Serra Pelada |
Depois de receber uma bolada em dinheiro, Índio fretou um avião da falida Transbrasil para encontrar uma namorada no Rio e passou dois meses hospedado no Copacabana Palace. Hoje, vive da aposentadoria de R$ 515 da atual mulher, sua 14ª companheira. Com Zé Sobrinho aconteceu algo parecido. Com os milhões que ganhou no trabalho, promoveu festas onde não faltavam bebidas importadas e mulheres bonitas. Aos 70 anos, dá expediente numa cooperativa para pagar as contas. As trajetórias de Índio e Zé Sobrinho lembram a história de muitos jogadores de futebol, como Garrincha, o gênio de pernas tortas que conquistou duas Copas do Mundo. Nascidos em famílias pobres, ficaram milionários da noite para o dia, não souberam administrar suas fortunas e agora vivem à beira da miséria. A diferença é que os dois não enriqueceram jogando bola, mas garimpando ouro em Serra Pelada na década de 1980. “Não gosto de falar dessa história”, disse Índio ao iG em sua casa de madeira e sem rede de esgoto no povoado que reúne cerca de 6 mil pessoas, a 55 quilômetros de Curionópolis (PA). “Às vezes parece até que foi um sonho”.

Salviano Machado
Em casa com a mulher, Índio vive uma nova realidade: depois de tirar mais de uma tonelada de ouro de Serra Pelada, o garimpeiro fretou um avião para ir ao Rio de Janeiro
A história de José Mariano dos Santos, o Índio, cuja mãe ascendia a tribos locais, ganhou contornos de lenda em Serra Pelada. Nascido em 1953 em Penalva, município a 250 quilômetros de São Luís do Maranhão, largou a escola para ajudar a pagar as contas de casa. Trabalhava numa oficina de motosserras no município paraense de Jacundá quando ouviu falar de Serra Pelada pela primeira vez. Não pensou duas vezes e, aos 27 anos, resolveu tentar a sorte na mina de ouro. Durante os dois primeiros anos só conseguiu o suficiente para sua subsistência. Não imaginava o que estava por vir. Entre 1982 e 1986, Índio “bamburrou” (enriqueceu, na gíria dos garimpeiros) ao garimpar 1.183 quilos de ouro – R$ 81,5 milhões em valores atualizados. Com os descontos de impostos e pagamentos de empregados, sócios e fornecedores, ficou com um lucro de 411 quilos (cerca de R$ 28 milhões). “Com esse dinheiro o cabra analfabeto quer ir logo atrás de mulher, boate e carro novo”, contou.


Em Belém, capital do Pará, Índio tentou comprar uma passagem de avião para ir ao Rio encontrar uma mulher por quem se apaixonara. Vestido de garimpeiro (camiseta, bermuda e chinelos), foi menosprezado por uma balconista da antiga Transbrasil. Quando ela foi atender um cliente engravatado que pedia informações sobre o mesmo voo, Índio não se conteve. Começou a gritar que não queria comprar uma passagem, mas fretar um avião. Com a confusão armada, o garimpeiro foi chamado pelo gerente da companhia para conversar. Ali, soube que poderia fretar o avião, mas que isso custaria muito caro. “Disse que não queria saber o preço, só quando o avião decolaria”, disse Índio. Logo ele embarcaria para o Rio acompanhado do piloto, co-piloto e uma comissária de bordo. E só. O arroubo de novo rico custou o equivalente a quase cinco quilos de ouro, ou R$ 345 mil em valores atualizados. No auge de Serra Pelada, Índio guardava sua fortuna em sacos de dinheiro escondidos em guarda-roupas, tinha 13 casas em sua maioria em Belém e Serra Pelada e 11 carros zero quilômetro na garagem. Mas a gastança desenfreada fez com que o sonho virasse um pesadelo. Índio vive com Raimunda, a 14ª mulher, com quem está casado há oito anos. Não tem renda e suas contas são pagas com a aposentadoria da mulher, de R$ 515. Até para comprar a carteira de cigarro de R$ 2 o garimpeiro precisa pedir dinheiro emprestado. Boa parte da comida que vai à mesa vem do quintal de casa, onde eles criam galinhas, cultivam um pomar e uma pequena horta. Aos 57 anos, Índio voltou a estudar e sonha em fazer faculdade – Geologia ou Direito estão entre suas opções. “Se pudesse, faria tudo diferente”, disse ele. “Nunca achei que fosse envelhecer ou que o ouro fosse acabar."
“Aproveitei a vida”

Salviano Machado
o garimpeiro Zé Sobrinho com uma foto dos tempos áureos de Serra Pelada: responsável por tirar quase uma tonelada de ouro da mina
Entre os moradores de Serra Pelada não é difícil encontrar exemplos de garimpeiros que tiveram história de ascensão e queda como a de Índio. No auge do garimpo, quando cerca de 100 mil pessoas exploravam a mina artesanalmente e carregavam nas costas sacos de lama de até 35 quilos, transformando a cava num verdadeiro formigueiro humano, estima-se que foram extraídas 42 toneladas de ouro da região. Os feitos dos garimpeiros eram contados ao final do dia na principal avenida do vilarejo, ao pé de uma árvore que ficou conhecida como “Pau da Mentira“. O apelido tem fundamento. Apesar do volume expressivo, poucos ficaram ricos com o ouro de Serra Pelada. Os moradores costumam repetir que apenas 1% dos que exploraram a mina encontraram ouro em grande quantidade. Destes, apenas 10 enriqueceram de fato. O restante “blefou” – ou perdeu tudo, na gíria dos garimpeiros. José Sobrinho da Silva, 70 anos, é um dos “blefados”. Natural de Barra de São Francisco, no Espírito Santo, chegou a Serra Pelada em 1980 e encontrou milhares de homens cavando a terra em busca de riqueza. Logo seria recompensado: tirou quase uma tonelada de ouro da mina e estima que tenha ficado com 50% desse valor. “A primeira coisa que garimpeiro faz quando ganha dinheiro é investir no ‘banco rachado’ (mulheres, na gíria local)”, disse ao iG. Zé Sobrinho gostava de beber e promovia festas de arromba para os amigos e familiares. Em meio a bebedeiras, ficava generoso. “Dei um carro semi-novo para um amigo só porque tinha raspado a lateral”, afirmou. O resto do dinheiro ele reinvestiu na mina. No auge do garimpo teve 27 barrancos (área em que se explorava o ouro) e mais de 100 funcionários. O sonho de encontrar mais ouro acabou em 1992, com o fechamento da mina pelo então presidente Fernando Collor.
Dá época áurea, restou apenas uma coleção de fotos amareladas guardadas num envelope. Em uma delas, Zé Sobrinho posa com 12 quilos de ouro em uma bateia - espécie de peneira sem furo. Hoje, trabalha como vice-presidente da Coomigasp, a cooperativa que se associou à mineradora canadense Colossus para retomar a exploração de Serra Pelada, e tem renda de R$ 5 mil. Apesar disso, vive com a família numa casa modesta, feita de madeira, em Serra Pelada. O garimpeiro está animado com a mecanização. Primeiro, por causa dos empregos que serão gerados na região. E depois por causa dos lucros gerados pelo ouro – a jazida comprovada está avaliada em R$ 2,3 bilhões. Ele sabe que nenhum garimpeiro vai “bamburrar”, mas acredita que o lucro do negócio vai gerar uma renda para os moradores da região. “Perdi tudo o que tinha, mas aproveitei a vida”, disse Zé Sobrinho. “Não adianta nada ter uma tonelada de ouro guardada no banco”.

Córindon em metassedimentos

Córindon em metassedimentos
CORUNDUM IN ALUMINA-RICH METASEDIMENTS
by G.J. Simandl1 and S. Paradis2
1 British Columbia Geological Survey, Victoria, B.C., Canada
2 Geological Survey of Canada, Sydney, B.C., Canada

Ref: córindon, sedimentos, metabauxitas, gneisses
  Simandl, G.J. and Paradis, S. (1999): Corundum in Alumina-rich Metasediments; in Selected British Columbia Mineral Deposit Profiles, Volume 3, Industrial Minerals, G.J. Simandl, Z.D. Hora and D.V. Lefebure, Editors, British Columbia Ministry of Energy and Mines, Open File 1999-10.
IDENTIFICATION
SYNONYMS: Corundum-bearing schists and paragneisses; corundum in metapelites and metabauxites are covered by this model.
COMMODITIES (BYPRODUCTS): Industrial-grade corundum (gem corundum) and emery.
EXAMPLES: (British Columbia - Canada/International): Blu Star (082FNW259); Elk Creek, Bozeman and Bear Trap deposits (Montana, USA), Gangoda and Tannahena occurrences (Sri Lanka).
GEOLOGICAL CHARACTERISTICS
CAPSULE DESCRIPTION: Corundum occurs as porphyroblasts or idiomorphic, xenomorphic or skeletal crystals within high grade, regionally metamorphosed belts. It is confined to specific metamorphic layers and concordant lenses of alumina-rich gneisses and schists. It is rarely of gem quality. Emery is a fine-grained, black, granular rock composed of intergrowths of corundum, magnetite, hercinite or hematite that commonly forms in medium to high grade metamorphic environments.
TECTONIC SETTINGS: Corundum in gneisses occurs mostly in fold belts or deep cratonic (catazonal) environments exhumed in thrust belts or by erosion. Emery and related meta-bauxites may be found in wide variety of tectonic environments.
DEPOSITIONAL ENVIRONMENT / GEOLOGICAL SETTING: Most of these deposits form in high-grade, mainly granulite facies, dynamothermal metamorphic (catazonal) environments. Metasedimentary belts containing aluminous strata or lenses, in some cases intruded by igneous rocks, are particularly favourable. Emery deposits are also known to occur in similar and lower grade metamorphic environments.
AGE OF MINERALIZATION: Corundum is considered syn-metamorphic. The protolith may be Precambrian or younger. Rocks that were exposed at the surface during periods of extreme chemical weathering are particularly favourable.
HOST/ASSOCIATED ROCK TYPES: Corundum-bearing gneisses and schists are associated with sillimanite-garnet-biotite gneisses, kyanite-mica schists, quartzites, clinopyroxenites, pegmatites, syenites or alkaline intrusions, anorthosites, charnockites, migmatites, granitic and intermediate intrusive rocks, quartz-mica schists, granulites, aplites, marbles, cordierite-bearing gneisses, amphibolites and wollastonite-scapolite rocks. The lithologies hosting metasedimentary emery lenses are commonly lower metamorphic grade equivalents of above listed rocks.
DEPOSIT FORM: Corundum-bearing, stratabound and discontinuous layers and lenses in gneisses are from 20 centimetres to a few metres in thickness and may be traced for tens to hundreds of metres along strike. These layers are commonly strongly deformed, with coarse-grained "sweat outs" which may cut across the gneissic texture. Emery may form lenses from 5 to more than 50 metres thick and more than 100 metres in length.
 

TEXTURE/STRUCTURE: Gneissosity and schistosity is generally parallel to the compositional layering and corundum mineralization; however, if migmatization or granitization was involved, corundum zones may be irregular or vein-like. The texture of corundum-bearing rocks varies from fine-grained, equigranular to coarse-grained (approaching pegmatitic), locally displaying pseudo-orbicular texture. Corundum crystals may be idiomorphic, xenomorphic or skeletal and may vary from near gem quality to those with abundant solid inclusions. Emery deposits in the low metamorphic grade areas, may contain corundum pseudomorphs after diaspore.
ORE MINERALOGY (Principal and subordinate): Industrial grade corundum is a dominant constituent of corundum-bearing gneiss. Same gneiss may also contain specimen quality materials and exceptionally near gem quality stones. Corundum is also the essential constituent of emery ores.
GANGUE MINERALOGY (Principal and subordinate): In corundum-bearing schists and gneisses: feldspar, quartz, ± sillimanite, ± muscovite, ± biotite, ± rutile, ± titanite, ± zircon, ± apatite, ± tourmaline, ± magnetite, ± kyanite, ± calcite, ± dolomite, ± chlorite, ± prehnite, ± amphibole, ± pleonaste, ± cordierite, ± sapphirine, ± chloritoid.
In emery-type deposits: magnetite, spinel (typically hercinite), ± hematite are the most common impurities. Diaspore, staurolite, kyanite ± hydrargite, ± garnet, ± mica, ± chloritoid, ± chlorite, ± calcite, ± epidote may be also present.

ALTERATION MINERALOGY: Corundum crystals commonly alter to muscovite along fractures and twinning planes. Retrograde corundum alteration to diaspore and margarite is also known. Vermiculite-rich layers may form at the contact between corundum-bearing and mafic rocks or marbles.
WEATHERING: Post-depositional exposure of rocks to intense weathering produces high-alumina protolith required to form isochemical metamorphic emery and corundum deposits. Corundum is resistant to chemical and mechanical weathering. Weathering facilitates crystal recovery from the hardrock deposits. Corundum may be enriched in residual soils or eroded and deposited as placer-type deposits. A large proportion of alluvial gem corundum is sometimes interpreted to be derived from corundum layers within garnet-sillimanite-biotite gneisses (Dahanayake and Ranasinghe, 1981).
ORE CONTROLS: The principal controls are the chemical composition (high alumina and low silica content) of the protolith and a high regional metamorphic grade, typically granulite facies. On the other hand, emery deposits may form at temperatures as low as 420°C.
ASSOCIATED DEPOSIT TYPES: Sillimanite deposits (P02). Corundum and garnet placer deposits (C01 and C02) are sometimes derived from these corundum deposits. Crystalline flake graphite (P04), vein graphite deposits (P05), and muscovite (Q03) and quartz feldspar pegmatites (Q04) may occur in the same geological settings.
GENETIC MODELS: In most cases, coarse corundum-bearing metasediments are believed to form by the isochemical metamorphism of alumina-rich regoliths, including bauxite protoliths formed under conditions of tropical weathering. Hydrothermal alteration zones containing clays, alunite and diaspore and igneous rocks, such as nepheline syenites and anorthosites, are also considered as favourable, premetamorphic protoliths. Alternatively, some of the deposits are interpreted to have formed by preferential concentration of alumina in restites associated with extreme metamorphism, migmatization and granitization.
COMMENTS: Corundum occurrences formed in shallow, low pressure hydrothermal environments, such as the Empress porphyry deposit, British Columbia and the Semiz-Buru deposit in Kazakhstan, are not covered by this model. In most of geological environments, corundum occurs in silica-undersaturated rocks. Corundum may coexist with quartz at unusually high pressures (Shaw and Arima, 1988).
EXPLORATION GUIDES
GEOCHEMICAL SIGNATURE: Corundum and associated minerals, such as sillimanite, ± garnet, ± sapphirine and ± pyroxene in heavy mineral concentrates from stream, lake, till and residual soils. Emery may be also detected in heavy mineral concentrates.
GEOPHYSICAL SIGNATURE: Magnetite-bearing emery deposits may be detected by magnetometer surveys.
OTHER EXPLORATION GUIDES: Aluminous lithologies within metasedimentary sequences in high grade metamorphic belts. These aluminous lithologies commonly contain high alumina silicate assemblages. Contacts between silica-deficient intrusions and alumina-rich metasediments.
ECONOMIC FACTORS
TYPICAL GRADE AND TONNAGE: Typical, individual corundum-bearing lenses and layers contain 5 to 28% corundum and most contain less than 7 500 tonnes of ore. In emery rock, the corundum content may reach 70%. The emery is crushed, but in most cases the corundum is not separated from gangue minerals.
ECONOMIC LIMITATIONS: Most of the gneiss-hosted corundum deposits contain industrial grade corundum with little or no high quality gem-quality stones. Mining is typically by open cast, because of relatively low prices of industrial grade corundum (U.S.$ 150.00 to 275.00 per tonne). Residual and placer deposits are not only less expensive to exploit, but typically contain a higher proportion of gem-quality material due to the break-up of micro-fractured stones during stream transport. Synthetic corundum competes with natural corundum in gem applications and has replaced it in most high technology industrial applications.
END USES: Corundum materials are used as abrasives, in refractory applications, as hardener for heavy-duty concrete floors and as anti-skid material on bridges and entrances to toll booths.
IMPORTANCE: In industrial applications both emery and corundum have to compete with a number of higher-performance synthetics, such as silicon carbide and fused alumina, or lower priced natural materials, such as garnet. Natural and synthetic diamond are also competing for the same market. As a result, combined consumption of corundum and emery in the USA is estimated in order of 10 000 tonnes per year. The U.S. Bureau of Mines considers corundum deposits as a possible substitute for bauxite in high-alumina refractories. The United States imports over 90% of refractory grade bauxite. Unlike bauxite, corundum does not require thermal processing. Preliminary flotation studies of corundum-bearing gneisses were successful in producing refractory grade materials (Smith and Liewellyn, 1987).

Emerald

Emerald

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Emerald
Emerald crystal muzo colombia.jpg
Emerald crystal from Muzo, Colombia
General
Category Beryl variety
Formula
(repeating unit)
Be3Al2(SiO3)6
Crystal symmetry (6/m 2/m 2/m) – Dihexagonal Dipyramidal
Unit cell a = 9.21 Å, c = 9.19 Å; Z = 2
Identification
Formula mass 537.50
Color Green shades to colorless
Crystal habit Massive to well Crystalline
Crystal system Hexagonal (6/m 2/m 2/m) Space group: P6/mсc
Cleavage Imperfect on the [0001]
Fracture Conchoidal
Mohs scale hardness 7.5–8
Luster Vitreous
Streak White
Diaphaneity Transparent to opaque
Specific gravity Average 2.76
Optical properties Uniaxial (-)
Refractive index nω = 1.564–1.595,
nε = 1.568–1.602
Birefringence δ = 0.0040–0.0070
Ultraviolet fluorescence None (some fracture filling materials used to improve emerald's clarity do fluoresce, but the stone itself does not)
References [1]
Emerald is a gemstone, and a variety of the mineral beryl (Be3Al2(SiO3)6) colored green by trace amounts of chromium and sometimes vanadium.[2] Beryl has a hardness of 7.5–8 on the 10-point Mohs scale of mineral hardness.[2] Most emeralds are highly included, so their toughness (resistance to breakage) is classified as generally poor.

Contents

Etymology

The word "Emerald" is derived (via Old French: Esmeraude and Middle English: Emeraude), from Vulgar Latin: Esmaralda/Esmaraldus, a variant of Latin Smaragdus, which originated in Greek: σμάραγδος (smaragdos; "green gem").

Properties determining value

Cut emeralds
Emeralds, like all colored gemstones, are graded using four basic parameters–the four Cs of Connoisseurship: Color, Cut, Clarity and Crystal. The last C, crystal, is simply a synonym for transparency, or what gemologists call diaphaneity. Before the 20th century, jewelers used the term water, as in "a gem of the finest water",[3] to express the combination of two qualities: color and crystal. Normally, in the grading of colored gemstones, color is by far the most important criterion. However, in the grading of emeralds, crystal is considered a close second. Both are necessary conditions. A fine emerald must possess not only a pure verdant green hue as described below, but also a high degree of transparency to be considered a top gem.[4]
In the 1960s, the American jewelry industry changed the definition of "emerald" to include the green vanadium-bearing beryl as emerald. As a result, vanadium emeralds purchased as emeralds in the United States are not recognized as such in the UK and Europe. In America, the distinction between traditional emeralds and the new vanadium kind is often reflected in the use of terms such as "Colombian Emerald".[5]

Color

Scientifically speaking, color is divided into three components: hue, saturation and tone. Emeralds occur in hues ranging from yellow-green to blue-green, with the primary hue necessarily being green. Yellow and blue are the normal secondary hues found in emeralds. Only gems that are medium to dark in tone are considered emerald; light-toned gems are known instead by the species name green beryl. The finest emerald are approximately 75% tone on a scale where 0% tone would be colorless and 100% would be opaque black. In addition, a fine stone should be well saturated; the hue of an emerald should be bright (vivid). Gray is the normal saturation modifier or mask found in emerald; a grayish-green hue is a dull green hue.[4]
Emeralds are green by definition (the name is derived from the Greek word "smaragdus", meaning green).[6] Emeralds are the green variety of beryl, a mineral which comes in many other colors that are sometimes also used as gems, such as blue aquamarine, yellow heliodor, pink morganite and colorless goshenite.[7]

Clarity

Emerald tends to have numerous inclusions and surface breaking fissures. Unlike diamond, where the loupe standard, i.e. 10× magnification, is used to grade clarity, emerald is graded by eye. Thus, if an emerald has no visible inclusions to the eye (assuming normal visual acuity) it is considered flawless. Stones that lack surface breaking fissures are extremely rare and therefore almost all emeralds are treated ("oiled", see below) to enhance the apparent clarity. Eye-clean stones of a vivid primary green hue (as described above) with no more than 15% of any secondary hue or combination (either blue or yellow) of a medium-dark tone command the highest prices.[4] This relative crystal non-uniformity makes emeralds more likely than other gemstones to be cut into cabochons, rather than faceted shapes.

Treatments

Most emeralds are oiled as part of the post-lapidary process, in order to improve their clarity. Cedar oil, having a similar refractive index, is often used in this generally accepted practice. Other liquids, including synthetic oils and polymers with refractive indexes close to that of emerald such as Opticon are also used. The U.S. Federal Trade Commission requires the disclosure of this treatment when a treated emerald is sold.[8] The use of oil is traditional and largely accepted by the gem trade. Other treatments, for example the use of green-tinted oil, are not acceptable in the trade. The laboratory community has recently standardized the language for grading the clarity of emeralds. Gems are graded on a four step scale; none, minor, moderate and highly enhanced. Note that these categories reflect levels of enhancement, not clarity. A gem graded none on the enhancement scale may still exhibit visible inclusions. Laboratories tend to apply these criteria differently. Some gem labs consider the mere presence of oil or polymers to constitute enhancement. Others may ignore traces of oil if the presence of the material does not materially improve the look of the gemstone.
Given that the vast majority of all emeralds are treated as described above, and the fact that two stones that appear visually similar may actually be quite far apart in treatment level and therefore in value, a consumer considering a purchase of an expensive emerald is well advised to insist upon a treatment report from a reputable gemological laboratory. All other factors being equal, a high quality emerald with moderate enhancement should cost half the price of an identical stone graded none.[4]

Emerald localities

Spanish emerald and gold pendant exhibited at Victoria and Albert Museum.
Emeralds in antiquity[when?] were mined in Egypt, India, and Austria.[9]
Colombia is by far the world's largest producer of emeralds, constituting 50–95% of the world production, with the number depending on the year, source and grade.[10][11][12][13] Emerald production in Colombia has increased drastically in the last decade, increasing by 78% from 2000 to 2010.[14] The three main emerald mining areas in Colombia are Muzo, Coscuez, and Chivor.[15] Rare 'trapiche' emeralds are found in Colombia, distinguished by a six-pointed radial pattern made of ray-like spokes of dark carbon impurities.[citation needed]
Zambia is the world's second biggest producer, with its Kafubu River area deposits (Kagem Mines) about 45 km southwest of Kitwe responsible for 20% of the world's production of gem quality stones in 2004.[16] In the first half of 2011 the Kagem mines produced 3.74 tons of emeralds.[17] Zambian emeralds are of very high quality, being less porous and brittle than Colombian emeralds, with more even color.
Emeralds are found all over the world in countries such as Afghanistan, Australia, Austria, Brazil,[18] Bulgaria, Cambodia, Canada, China, Egypt, Ethiopia, France, Germany, India, Italy, Kazakhstan, Madagascar, Mozambique, Namibia, Nigeria, Norway, Pakistan, Russia, Somalia, South Africa, Spain, Switzerland, Tanzania, United States, Zambia, and Zimbabwe.[1] In the US, emeralds have been found in Connecticut, Montana, Nevada, North Carolina, and South Carolina.[1] In 1997 emeralds were discovered in the Yukon.[19]

Synthetic emerald

Emerald showing its hexagonal structure
Both hydrothermal and flux-growth synthetics have been produced, and a method has been developed for producing an emerald overgrowth on colorless beryl. The first commercially successful emerald synthesis process was that of Carroll Chatham, likely involving a lithium vanadate flux process, as Chatham's emeralds do not have any water and contain traces of vanadate, molybdenum and vanadium.[verification needed] The other large producer of flux emeralds was Pierre Gilson Sr., whose products have been on the market since 1964. Gilson's emeralds are usually grown on natural colorless beryl seeds, which are coated on both sides. Growth occurs at the rate of 1 mm per month, a typical seven-month growth run producing emerald crystals of 7 mm of thickness.[20] Gilson sold his production laboratory to a Japanese firm in the 1980s, but production has since ceased; so has Chatham's, after the 1989 San Francisco earthquake.
Hydrothermal synthetic emeralds have been attributed to IG Farben, Nacken, Tairus, and others, but the first satisfactory commercial product was that of Johann Lechleitner of Innsbruck, Austria, which appeared on the market in the 1960s. These stones were initially sold under the names "Emerita" and "Symeralds", and they were grown as a thin layer of emerald on top of natural colorless beryl stones. Although not much is known about the original process, it is assumed that Leichleitner emeralds were grown in acid conditions.[citation needed] Later, from 1965 to 1970, the Linde Division of Union Carbide produced completely synthetic emeralds by hydrothermal synthesis. According to their patents,[21][22] acidic conditions are essential to prevent the chromium (which is used as the colorant) from precipitating. Also, it is important that the silicon-containing nutrient be kept away from the other ingredients to prevent nucleation and confine growth to the seed crystals. Growth occurs by a diffusion-reaction process, assisted by convection. The largest producer of hydrothermal emeralds today is Tairus in Russia, which has succeeded in synthesizing emeralds with chemical composition similar to emeralds in alkaline deposits in Colombia, and whose products are thus known as “Colombian Created Emeralds” or “Tairus Created Emeralds”.[23] Luminescence in ultraviolet light is considered a supplementary test when making a natural vs. synthetic determination, as many, but not all, natural emeralds are inert to ultraviolet light. Many synthetics are also UV inert.[24]
Synthetic emeralds are often referred to as "created", as their chemical and gemological composition is the same as their natural counterparts. The U.S. Federal Trade Commission (FTC) has very strict regulations as to what can and what cannot be called "synthetic" stone. The FTC says: "§ 23.23(c) It is unfair or deceptive to use the word "laboratory-grown," "laboratory-created," "[manufacturer name]-created," or "synthetic" with the name of any natural stone to describe any industry product unless such industry product has essentially the same optical, physical, and chemical properties as the stone named."[25]

Emerald in different cultures, and emerald lore

The Gachala Emerald is one of the largest gem emeralds in the world, at 858 carats (172 g). This stone was found in 1967 at La Vega de San Juan mine in Gachalá, Colombia. It is housed at the National Museum of Natural History of the Smithsonian Institution in Washington, D.C.
Emerald is regarded as the traditional birthstone for May, as well as the traditional gemstone for the astrological signs of Taurus, Gemini and sometimes Cancer. One of the quainter anecdotes on emeralds was by the 16th-century historian Brantôme, who referred to the many impressive emeralds the Spanish under Cortez had brought back to Europe from Latin America. On one of Cortez's most notable emeralds he had the text engraved Inter Natos Mulierum non sur-rexit mayor ("Among those born of woman there hath not arisen a greater," Matthew 11:11) which referred to John the Baptist. Brantôme considered engraving such a beautiful and simple product of nature sacrilegious and considered this act the cause for Cortez's loss of an extremely precious pearl (to which he dedicated a work, A beautiful and incomparable pearl), and even for the death of King Charles IX of France, who died soon after.[26]

Notable emeralds

Emerald Origin
Chalk Emerald Colombia
Duke of Devonshire Emerald
Gachala Emerald
Mogul Mughal Emerald
Bahia Emerald Brazil

Gallery

OURO NO PARÁ VOLTA GRANDE DO XINGÚ


TSX: BSX

The LARGEST developing
GOLD PROJECT in BRAZIL

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Projects
Projects

Overview

The 100% owned Volta Grande Project is located approximately 60 kilometres southwest of the town of Altamira (pop. 100,000) in the northern region of Para State. The geological setting (Tres Palmeiras greenstone belt) at the project area is part of the same sequences present in the Carajas "World Class" mineral province. The Company currently controls the mining and exploration rights over an area covering 130,541 hectares(1,305 sq. km) of the area known for artisanal gold mining. Read more

Exploration Activities

In order to prepare the Volta Grande Project for a Definitive Feasibility Study which will commence in Q4 of 2013, Belo Sun launched a large diamond drill program in mid 2010 with the aim of upgrading and expanding the projects resources. Since drilling commenced in 2010, Belo Sun has increased the Measured & Indicated Resources to 4.7M oz/Au with an average grade of 1.68 g/t Au, Inferred Resources to 2.4M oz/Au with an average grade of 1.93 g/t Au. Additionally, drill results continue to confirm the potential for further increasing the resources at Volta Grande. Read more

NI 43-101 Resources

The table below presents the mineral resource estimate:
Volta Grande Project Resources Measured Indicated Measured &
Indicated
Inferred
Ouro Verde Pit Constrained
Tonnes ('000s)
24,479
18,091
42,570
18,196
  Grade (g/t Au)
 1.79 1.65
1.73 1.68
  Ounces ('000s)
 1,409 960
2,368
983
Ouro Verde Underground Tonnes ('000s)
  54
54
909
  Grade (g/t Au)
  3.88
3.88
3.16
  Ounces ('000s)
  7
7
92
Grota Seca Pit Constrained
Tonnes ('000s)
31,346
14,065
45,411
13,987
  Grade (g/t Au)
1.60
1.68  1.62 1.74
  Ounces ('000s)
 1,612 760
 2,372 782
Grota Seca Underground Tonnes ('000s)

97
97
765
  Grade (g/t Au)
3.03
3.03
3.44
  Ounces ('000s)

9
9
85
South Block Pit Constrained
Tonnes ('000s)



5,368

Grade (g/t Au)



2.73

Ounces ('000s)



471
South Block Underground
Tonnes ('000's)



408

Grade (g/t Au)



3.89

Ounces ('000s)



51
Total Volta Grande Tonnes ('000s)
55,825
32,307
88,132
39,633
  Grade (g/t Au)
1.68 1.67
1.68 1.93
  Ounces ('000s)
3,021
1,736 4,757 2,464
Notes:
       The effective date of the audited mineral resource statement is April 15, 2013. Mineral resources are not mineral reserves and do not have demonstrated economic viability. All figures have been rounded to reflect the relative accuracy of the estimates.
Open pit mineral resources are reported at a cut-off grade of 0.5 g/t gold, and underground mineral resources are reported at a cut-off grade of 2.0 g/t gold. Cut-off grades are based on a number of parameters and assumptions including gold price of US$1,400 per troy ounce, 94% metallurgical gold recovery for weathered and unweathered rock, open pit mining costs of US$1.41/tonne, process costs of US$11.98/ tonne, General & Administrative costs of US$2.89/tonne and selling costs (refining, transport, insurance and environment) of US$ 13.82 per troy ounce. 
The quantity and grade of the reported inferred mineral resources are uncertain in nature and there has been insufficient exploration to define the inferred mineral resources as indicated or measured mineral resources and it is uncertain if further exploration will result in upgrading them to an indicated or measured mineral resource category.
The mineral resources have been classified according to the Canadian Institute of Mining, Metallurgy and Petroleum Definition Standards for Mineral Resources and Mineral Reserves (November 2010).



Volta Grande Infrastructure

The Volta Grande Project is endowed with excellent access to established infrastructure. The project is located 60 kilometers from the city of Altamira which has a population of approximately 95,000 and an airport with regularly scheduled commercial flights. The project can be accessed from Altamira either by river or by road - both options are suitable for the transport of necessary equipment. The city of Altamira is also equipped with a 230 kilowatt transmission line from which the project will draw its power for the first years of production. Volta Grande itself is situated alongside the Xingu river's "Big Bend" (or the "Volta Grande") upon which the Brazilian government has begun construction the world's third largest hydro-damming facility - the Belo Monte Hydro Dam Read More

Property History

Exploration for gold deposits in the Volta Grande area of the eastern Amazon region of Brazil dates back to the Portuguese Conquests of the 16th century and has since continued sporadically to the present. Initial discovery of gold at the Volta Grande (Big Bend) site is believed to have been made in the early 1900s.

Mining by Garimpeiros (Artisanal Miners)

Many parts of the Volta Grande Property have been mined in the past by garimpeiros (artisanal miners). From the 1960s to late 1990s, the average grade of material extracted from numerous small alluvial gold deposits of the area is reported to be up to 3 oz/ton gold (anecdotal reports from local garimpeiros). These included the Ouro Verde, Gaúcho, Canela, Serrinha, Grota Sêca, Galo, Japão, Nobelino, and other workings by garimpeiros near the village of Itatá. Some of these garimpeiro workings are still active. Read More

Property Geology

Regional Geology

The Volta Grande Project area is situated along the northern boundary of the Carajas-Iricoumé Block of the Eastern Amazonian Craton. In this part of the Amazonian Craton, the regional structures have a northwesterly trend. In the area west of Belém, the southern segment of the Amazonian Craton is underlain by east-northeasttrending Phanerozoic cover rocks of the Amazon Basin. Read more

Local Geology

The Volta Grande property is situated along a major ductile deformation zone within the west-northwest trending Três Palmeiras greenstone belt. It is underlain by west northwest trending and steeply south dipping gneisses of metasedimentary and/or metavolcanic origin and syntectonic diorite. Read more