terça-feira, 3 de setembro de 2013

Japão: importações de minério de ferro sobem 20%

Japão: importações  de minério de ferro sobem 20%
As importações japonesas de minério e concentrados de ferro subiram 20% em julho quando comparados com julho de 2012. Os japoneses investiram 1,66 bilhões de dólares nestas importações que, graças aos preços mais altos do minério de ferro, foram 46% maiores do que em 2012.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Junior companies: o que é isso?

Junior companies: o que é isso?
Poucos sabem que as junior companies são empresas de pesquisa mineral que  mais acham jazidas minerais no mundo inteiro, adicionando trilhões de dólares à  economia dos países onde trabalham.
Essas empresas empregam e contratam a grande maioria dos profissionais  ligados à pesquisa mineral e subcontratam a maioria das empresas prestadoras de  serviços como sondagens e laboratórios de análises químicas. Foram as junior  companies que fizeram as descobertas minerais mais relevantes da década no  Brasil. Minas de ouro, ferro, cobre e outros metais e materiais que estarão  entrando em produção nos próximos anos.
E tudo com capital próprio sem ter que recorrer ao dinheiro dos  contribuintes.
Infelizmente o papel das junior companies é desconhecido por muitos e as  funestas consequências decorrentes dessa ignorância atinge, no Brasil, os mais  altos escalões do Governo.
Um exemplo assustador de que as Junior companies não tem a mínima importância  para muitos burocratas do alto escalão do Governo ocorreu há poucos dias em uma  reunião no Palácio do Planalto onde participavam a Ministra-Chefe da Casa Civil  Gleisi Hoffmann, o Secretário do MME, Carlos Nogueira e Roberto Ventura Santos,  entre outros. Em um dado momento alguém perguntou quanto as junior companies  gastam por ano em pesquisa mineral.  A resposta foi: quinhentos milhões de  dólares por ano. Foi quando o Roberto Ventura, de bate-pronto responde “dá esse dinheiro para a CPRM” e esquece as juniors.
Não foi um “zé-ninguém” que desprezou, com essa frase irresponsável, o trabalho  de milhares de profissionais que hoje tem o seu emprego ameaçado. Para podermos  entender a relevância desta frase, que pode condenar o setor de pesquisa mineral  do Brasil ao desaparecimento e aposentar centenas de empresas pequenas de  mineração e seus funcionários é importante dizer que o Sr. Roberto Ventura é  Diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, mestre em Geologia Econômica e  Prospecção e doutor em Geofísica.


Publicado em: 30/8/2013 12:10:00

A cada ano que passa o Brasil empobrece bilhões de dólares

A cada ano que passa o Brasil empobrece bilhões de dólares. Em algumas décadas serão trilhões de dólares que o País deixará de contabilizar por um simples motivo: falta de visão e de competência daqueles que governam o País.

Eu sei que você vai me dizer que já viu esse filme antes e que isso é comum na economia nacional. Ocorre que este enorme prejuízo pode ser evitado, no curtíssimo prazo, com investimentos mínimos, se os nossos Governantes quiserem, é lógico.
Estou falando da gigantesca transferência de dinheiro causada pela venda dos nossos direitos minerais, minérios e empresas de mineração aos investidores estrangeiros. Não pense que se trata de algum roubo feito pelos investidores. Nada disso! O que causa esse prejuízo é a incapacidade que o Brasil, e suas instituições, tem em poder financiar as empresas juniores de mineração. Aos investidores estrangeiros cabe aplaudir por investir na produção Brasileira e na conversão de um sonho mineral em realidade.
Aos nossos Governantes, que fazem vistas grossas à dilapidação do nosso patrimônio, cabe o nosso repúdio.

Veja abaixo como o Brasil perde imensas fortunas:

Tudo começa quando uma Junior Company descobre um depósito mineral econômico em território Brasileiro. A partir desta constatação o  Minerador  brasileiro de pequeno porte ou empresa junior descobre que a sua mina nunca irá decolar pela simples falta de financiamento. Todos sabemos que mineração é para experts com muito dinheiro: dinheiro de risco. Esse é o dinheiro mais difícil de encontrar. Somente os  Minerador es com liquidez ou os investidores das bolsas de valores costumam enfrentar este desafio.

Por mais que o  Minerador  lute a ele só restam as seguintes opções:

1. Financiar com capital próprio o empreendimento mineiro. Esse cenário é o que permite o maior lucro mas, para 99.99% das Juniores, é apenas um sonho. Empreendimentos em mineração são, frequentemente, superiores as centenas de milhões de dólares e poucas pessoas no mundo podem bancá-los. É por esse fato que as juniores do mundo todo recorrem às Bolsas de Valores e as vendas de ativos para financiar os seus projetos.

2. Venda dos ativos da Junior preferencialmente à empresas de mineração já capitalizadas. De uma forma geral essa opção é a mais simples mas também àquela que gera o menor retorno ao  Minerador  já que as empresas compradoras costumam depreciar terrivelmente os ativos minerais, reduzindo drasticamente os riscos. As grandes  Minerador as só cogitam na compra de ativos minerais que elas possam controlar de forma absoluta: elas querem nada menos do que 100%. Por isso elas geralmente pagam valores muito baixos alegando o risco e a baixa maturidade do projeto. Caso o  Minerador  junior queira vender apenas uma parte minoritária do seu projeto ele deve recorrer a outros  Minerador es e demais entidades como bancos e grandes investidores: é o private placement. Private placements são comuns quando o projeto já está em nível bastante avançado e com reservas calculadas e aceitas pelas bolsas de valores. Essa aceitação implica que os recursos minerais foram avaliados conforme parâmetros aceitos pelas bolsas. É o caso do 43101 no Canadá ou o Jorc na Austrália e Londres. No Brasil estamos nos aproximando de um padrão Jorc. Em geral o prejuízo comparativo é menor no caso dos private placements do que as vendas dos ativos totais. O private placement dá tempo de o projeto maturar e receber uma avaliação financeira maior.

3. IPO- Financiar o projeto vendendo ações de sua empresa nas bolsas estrangeiras. O motivo que obriga ao  Minerador  a buscar financiamento em bolsas do exterior é simples: a Bovespa não costuma fazer lançamento de ações (IPO) menor que trezentos milhões de Reais (veja a tabela abaixo). Ou seja, não existe no Brasil uma bolsa que possa financiar as empresas juniores que, na fase inicial precisam de financiamentos de poucos milhões a dezenas de milhões de dólares, raramente atingindo um IPO de centenas de milhões de dólares que a Bovespa exige. Neste caso ao  Minerador  junior resta apenas o financiamento via bolsa estrangeira. Ele irá passar por um longo processo de certificação e de auditagem técnica, financeira e legal da sua empresa e dos seus ativos.
O nível de detalhamento é enorme. Os custos legais ídem.
A Bolsa de Valores, seja de onde for, Toronto, Londres ou Sydney vai exigir inúmeras garantias, sempre com o intuito de proteger aos seus investidores que irão comprar a ação da junior brasileira. O  Minerador  após passar por um estressante processo de due diligence, de certificação e avaliação de si, da sua equipe e dos seus ativos. São poucos que conseguem passar pelo crivo das bolsas e dos investidores. Se o  Minerador  brasileiro é, realmente competente e o seu projeto e equipe são bem acima da média mundial ele terá a sua empresa aferida dentro da visão do mercado e dos investidores. Esse é o valuation, o número mágico que irá contar aos demais investidores o quanto a tua empresa ou projeto valem no momento do IPO. A partir desse valuation ele pode emitir ações na bolsa que, se forem compradas, irão financiar os programas futuros da empresa.
Esse resumo acima minimiza as milhares de horas de trabalho, as incontáveis reuniões no Brasil e fora dele, as incessantes conference calls, as viagens ao campo, as amostragens adicionais, as sondagens, os laudos geológicos e legais, os trabalhos de engenharia, metalurgia, logística e infraestrutura, as reuniões com mandatários, políticos, donos das terras e com os qualified geologists, advogados e engenheiros.
Um IPO bem sucedido custa milhões de dólares. Não há como evitar!!!
Após o IPO tudo parece lindo e maravilhoso. A empresa está listada e capitalizada podendo então investir confortavelmente nos seus projetos.
No entanto a realidade é um pouco diferente...
É aqui que o Brasil começa a perder bilhões pois quando o Minerador brasileiro faz um IPO, uma venda ou um private placement no exterior e não aqui no nosso País ele está vendendo ao investidor estrangeiro os direitos minerais e a jazida. Como a maioria dos  Mineradores, por questões financeiras e por não terem uma alternativa de financiamento no Brasil, vendem a maioria das ações de sua empresa no exterior equivale a dizer que a maioria das riquezas minerais encontradas no subsolo brasileiro passam a pertencer ao investidor estrangeiro. Desta maneira, a cada ano, vendemos nas bolsas de Toronto, Londres e Australia que são as principais bolsas que comercializam ações de junior companies no mundo, a maioria das novas descobertas minerais do Brasil. Como a maioria das ações destas empresas são vendidas no momento do lançamento destas ações, no IPO, quando os preços estão, teoricamente no mínimo, estamos vendendo a preço de banana o nosso patrimônio.

Simples não é?

Você pode estar se perguntando se isso é significativo ou não. A resposta é sim, muito significativo!!!  Estou falando de trilhões de dólares perdidos pelo Brasil somente nestas últimas décadas.

O que o Brasil está fazendo para evitar isso? Praticamente nada!
A solução para que esse patrimônio fique no Brasil é permitir ao Investidor Brasileiro, que atua na bolsa brasileira, comprar essas ações das juniores brasileiras que ora são vendidas no exterior. Para tal deve ser criada uma bolsa de valores que esteja equipada para trabalhar com esse modelo. Só como exemplo as ações das junior companies de mineração alavancaram de tal forma a TSX a Bolsa de Valores do Canadá, que ela se transformou em uma das maiores bolsas do mundo. Isso poderia também ocorrer no Brasil se tivéssemos uma bolsa preparada para o financiamento das juniores de mineração. Essa bolsa iria operar não somente com as Juniores do Brasil mas, também, com a maioria das empresas de mineração da América do Sul e África que hoje migram para o Canadá, Londres e Austrália em busca de financiamentos.

Muito já se falou sobre a Bovespa acomodar IPOs de Junior Companies mas , até o momento, tudo ficou em promessas. Foi criada o Bovespa Mais cujo objetivo era, exatamente, o de tornar o mercado de ações brasileiro acessível a um número maior de empresas, especialmente àquelas que desejam entrar no mercado aos poucos, como empresas de pequeno e médio porte.
Infelizmente o projeto não deu certo e, nos últimos 5 anos somente uma empresa, a Nutriplant, foi listada no Bovespa Mais (veja na tabela abaixo).
É preciso bem mais...muito mais!!!

Nos últimos anos as major companies ou grandes empresas de mineração como a Rio Tinto, Billiton, Vale e Anglo reduziram significativamente os seus investimentos em pesquisa mineral no mundo. A cada dia que passa estas gigantes da mineração preferem comprar os depósitos minerais recentemente descobertos do que investir em pesquisa mineral e nas descobertas. E quem descobre a maioria desses depósitos são, consequentemente, as juniores da mineração. Este vazio deixado pelas Major Companies configura, na realidade uma excelente oportunidade às juniores que agora podem dominar as principais jazidas minerais brasileiras que estão por ser descobertas. No entanto, se não houver uma bolsa preparada para estas mineradoras brasileiras, o ciclo de financiamentos no Canadá, Londres e Sydney que leva à transferência das nossas riquezas minerais à estes investidores, não vai acabar.
No Brasil, nesta última década, a maioria dos grandes depósitos de ferro, ouro, fosfato e potássio foram descobertos pelas junior companies. São jazimentos que irão gerar vários trilhões de dólares de receita como os descobertos pela O2iron, Rio Verde, Bahia Mineração, Magellan, Golden Tapajós, Aura Minerals, Brazauro, Octa-Majestic, Talon, Mirabella, Verena e várias outras mineradoras de pequeno porte. A grande maioria destes depósitos minerais foi vendido aos investidores estrangeiros em bolsas de valores do exterior porque nós, no Brasil, não temos um mercado de ações acessível às pequenas mineradoras.
Portanto, amigo minerador de pequeno/médio porte, se na sua empresa existe um belo depósito mineral ainda inexplorado e o seu caixa não é suficiente para transformá-lo em um empreendimento mineiro econômico não se desespere. Arregace as mangas, coloque na carteira um mínimo de um milhão de dólares para fazer frente às despesas, cerque-se do melhor pessoal, com experiência internacional, que o dinheiro pode comprar e vá em busca de financiamentos no exterior pois aqui no Brasil você não vai encontrar.

Cuidado! Como se proteger dos maus elementos da mineração que estão em busca do seu precioso dinheiro

Cuidado! Como se proteger dos maus elementos da mineração que estão em busca  do seu precioso dinheiro

Volta e meia o mundo mineral se vê de frente com os malfeitores da mineração.  Em geral são empresas comandadas por malfeitores que tentam burlar aos  investidores com os mais diversos golpes. Um dos maiores e mais famoso foi o  caso da Bre-X, empresa Canadense listada em Toronto que dizia ter enormes  jazimentos de ouro em Busang na Indonésia. As suas ações decolaram e mais de 6  bilhões de dólares foram negociados com os coitados dos investidores que  acreditaram nos relatórios técnicos publicados. Em 1997 descobriu-se que os  relatórios eram falsificados, as amostras estavam sendo salgadas e que as  jazidas, consequentemente, não existiam. Um caos!
Bre-X, desde então é sinônimo de fraude na mineração.
O caso mostrou sérios defeitos estruturais nas Bolsas de Valores que haviam  aprovado os relatórios fraudulentos. A consequência maior foi a criação do  instrumento 43-101 pela Bolsa Canadense que endurece, audita e normatiza as  informações técnicas publicadas pela mídia sobre empresas públicas listadas nas  bolsas do Canadá.
O 43-101 se assemelha ao código JORC que é usado nas bolsas da Austrália,  Londres e ao SAMREC da África do Sul. Quando um relatório técnico tem o formato  43-101 significa que ele foi auditado conforme o as regras 43-101 e validado por  um Geólogo competente especializado nos procedimentos 43-101.
Com essas validações ficou muito mais difícil mentir e fraudar as bolsas como  a Bre-X fez.
No entanto, outras fraudes ainda persistem. É o caso desta semana, onde um  ex-professor de música que criou uma empresa de mineração , também no Canadá,  chamado Kenneth Carlton. O referido cidadão atraiu mais de 16 milhões de dólares  de investimentos para a sua "mina" Nekekim em Nevada "avaliada" em US$1.7  bilhões. Nesta semana foi publicado que os resultados de ouro obtidos por meio  pouco convencionais em pequeno laboratório, não eram representativos. O  ex-professor usou um profissional qualquer, sem embasamento científico, para  desenvolver um "novo" método de análises de ouro. Tudo não passava de uma fraude  e Carlton está sendo investigado e foi proibido de vender ativos de suas  empresas.
Fraudes na mineração devem remontar aos primórdios da história humana. O  Brasil não é e nem será uma excessão. Infelizmente por aqui ainda não é usado,  oficialmente, um protocolo tipo JORC ou 43-101, que reduz as fraudes e  manipulações de relatórios técnicos protegendo os investidores. O DNPM deve, um  dia, adotar o protocolo JORC mas, esse processo se arrasta a décadas e nada foi  feito até o momento.
Se você não quiser ser mais um entre as centenas de milhares que perderam  dinheiro, abra o olho e estude com extremo detalhe, se o que estão lhe  oferecendo passa no crivo que é  listado abaixo:
  • cuidado com vendedores que falam sem ter relatórios técnicos assinados  por Geólogos certificados
  • desconfie de análises químicas de laboratórios sem certificação  internacional
  • desconfie de análises químicas muito elevadas que não podem ser refeitas  por falta de duplicatas ou das polpas laboratoriais
  • cuidado com relatórios técnicos sem auditagem de empresa ou Geólogo com  reputação ilibada que não tenha um procedimento QAQC auditável
  • extremo cuidado com a situação legal das áreas oferecidas.
  • use um Geólogo experiente para validar a situação legal.
  • cuidado com reservas medidas, indicadas e inferidas que não sejam  certificadas
  • Lembre-se que por trás de uma reserva existem inúmeros dados técnicos  que a embasam e que devem, TODOS, ser checados com o maior critério,  precisão e profissionalismo.
  • Busque, sempre as incoerências e explique-as.
  • Desconfie das inferências grosseiras tipo "todos esses morros que você  avista são de minério". "Daquele buraco sairam centenas de quilos de  ouro..". Elas são muito comuns a amadores tentando vender a sua propriedade  e quase nunca representam a realidade.
  • Desconfie de vendedor que não tenha uma equipe técnica composta por  Geólogos de excelente reputação e experiência
  • Lembre-se que será a sua ambição e vontade de ganhar fábulas de dinheiro  que irão lhe cegar no momento de fazer o negócio.
  •  Mantenha o auto-controle e procure, sempre, se cercar de  consultores técnicos de alto calibre
.Para terminar, quero lembrar a frase do Banqueiro Americano P.T. Barnun -" a sucker born every minute" ou em bom Português um otário nasce  a cada minuto.
Não seja mais um: procure um Geólogo!

Glencore vende minas no Peru, Chinalco interessada

Glencore vende minas no Peru, Chinalco interessada
A megamineradora Chinalco Mining está de olho nas minas de cobre peruanas da Glencore Xtrata. O que a chinesa quer é nada menos do que três minas de cobre cuja aquisição irá superar os 5 bilhões de dólares. A Chinalco é a empresa listada em Hong Kong da Estatal Minmetals.
Somente o projeto Las Bambas, uma das minas do pacote, deverá ter uma produção inicial de 400.000 t de cobre.