quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CPRM Estuda Rochas Portadoras de Diamantes Kimberlitos

CPRM Estuda Rochas Portadoras de Diamantes Kimberlitos e Garimpos em Todo o País

Com o intuito de desenvolver estudos abrangendo os principais aspectos da geologia do diamante no país, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) iniciou, em 2008, por meio do Projeto Diamante Brasil, um trabalho sistemático de pesquisas voltado para o estudo de rochas portadoras de diamantes kimberlitos e garimpos em todo o país. O projeto tem como meta integrar as características da geologia do diamante incluindo fontes primárias e secundárias. Outra vertente do projeto diz respeito à discussão geológica dos garimpos de diamante, que ainda desempenham um papel de destaque na economia brasileira e possuem importante valor histórico. Para o coordenador responsável pelo Diamante Brasil, geólogo Valdir Silveira, as pesquisas desenvolvidas dentro do projeto são importantes para todas as esferas da sociedade. “É fundamental gerar dados na área de diamantes para fomentar pesquisas por empresas do setor e também suprir o governo com informações sobre o tema”, diz. O processo de execução é desempenhado por técnicos da CPRM situados nas regiões diamantíferas. A equipe responsável pelo trabalho nessas áreas conta com técnicos capacitados e até mesmo consultores internacionais especializados no tema. O prazo de entrega está previsto para o final de 2010, porém, devido a algumas pesquisas específicas, poderá ter continuidade nos anos seguintes, estendendo- se até 2014. O projeto é uma ação da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, por meio do Departamento de Recursos Minerais (Derem), e entre o público alvo estão gestores, universidades, empresas com atuação na área de garimpo e órgãos governamentais como a Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação do Ministério de Minas e Energia (SGM-MME), o Departamento de Produção Mineral (DNPM) e o Ministério da Justiça. Segundo Silveira, em maior ou menor escala, diversos setores da sociedade serão beneficiados.
 Treinamento
Para dar continuidade à capacitação dos profissionais envolvidos no Projeto Diamante Brasil, no período de 07 a 11 de junho, ocorrerá, na sede da CPRM em Brasília, um treinamento para capacitação profissional que contará com a participação de técnicos canadenses e brasileiros com mais de 30 anos de experiência na área de diamantes. Outras informações sobre o treinamento serão divulgadas brevemente.
 Técnicos em missão de pesquisa na Provincia kimberlítica alto Apiaú-RR
Técnicos em missão de pesquisa na Provincia kimberlítica alto Apiaú-RR

Principais objetivos do Projeto Diamante Brasil
- Produzir mapas mineralógicos das áreas alvos com nota explicativa;
- Realizar guias contendo procedimentos técnicos para prospecção do diamante (amostragem; química mineral e estudo de diamante);
- Utilizar textos técnicos contendo o estado da arte da geologia do diamante no Brasil, em forma de livro;
- Desenvolver estudos mineralógicos, geoquímicos e isotópicos de minerais das áreas (estudos geodinâmicos);
- Caracterizar quimicamente kimberlitos
- Atualização e consistência da shape kimberlito no Mapa Geológico do Brasil na escala 1:1.000.000;
- Elaborar o projeto em Sistema de Informações Geográficas (SIG), contendo os dados geológicos e geoquímicos (mapas, fotos de afloramentos, imagens de satélite e tabelas);
- Sugerir alternativas para gestão, extração das matérias-primas e produtos derivados de forma sustentável, minimizando os danos ambientais;
- Produzir estudo morfológico das populações de diamantes brasileiros para subsidiar a certificação de diamantes através do Kimberley Process.

A importância do Projeto Diamante Brasil para o país
Iniciado em meados de 2008, o Projeto Diamante Brasil vem desempenhando um papel social, econômico e geológico fundamental para os diferentes setores da sociedade. Segundo o chefe do Departamento de Recursos Minerais da CPRM, Reinaldo Brito, os reflexos dos anos de estudo podem ser melhor sentidos agora, uma vez que os estudos executados pela CPRM são de grande importância para a soberania nacional. “O projeto faz com que o Estado assuma o papel de soberano sobre o real potencial diamantífero do Brasil, resgatando para a sociedade o direito de conhecimento sobre o seu solo”, disse. De acordo com Brito, antes do projeto apenas empresas privadas tinham conhecimento das áreas onde os diamantes estavam localizados, a quantidade e qualidade dos mesmos. Hoje, a CPRM possui todas essas informações. “Agora se sabe onde está o ouro, o urânio e até o diamante. Antes, ficava um vazio em relação aos diamantes, não havia informações precisas”, comenta Brito. “O projeto serviu até mesmo para dizimar conflitos oriundos do diamante”, lembrou. Por ser uma atividade com alto grau de informalidade, muitos garimpos eram ilegais, principalmente em áreas indígenas e de conservação ambiental. Com esse trabalho, foi possível identificar essas regiões e o governo pôde dar subsídio nessas localizações. 
Banco de Dados
Uma das metas do projeto é realizar um banco de dados de ocorrências diamantíferas no Brasil e vinculá-lo a pólos produtores, distritos e províncias diamantíferas. Haverá um banco físico com amostras de rochas e gemas que serão caracterizadas. Além disso, todos esses dados também estarão disponíveis no Geobank da CPRM para consulta pública.

Investimentos
O Projeto Diamante Brasil é executado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e até o ano de 2012 serão investidos cerca de R$ 2,7 milhões. Para este ano, R$ 740 mil estão previstos para dar continuidade ao projeto.

 Uma das equipes de campo recebendo treinamento sobre o kimberlito Redondão-PI
Uma das equipes de campo recebendo treinamento sobre o kimberlito Redondão-PI
 Técnicos da CPRM em trabalho de campo na Província kimberlítica Rosário-RS
Técnicos da CPRM em trabalho de campo na Província kimberlítica Rosário-RS
 Prospectores fazendo coleta de cascalhos em drenagens da Folha Pará de Minas-MG
Prospectores fazendo coleta de cascalhos em drenagens da Folha Pará de Minas-MG

Quem é quem na mineração do ouro? Ou quem vai sobreviver à próxima crise?

Quem é quem na mineração do ouro? Ou quem vai sobreviver à próxima crise?

 


Com tantas empresas produzindo ouro é muito difícil saber qual é a mais eficiente e lucrativa e qual é aquela que apresenta menos risco ao investidor.
É pensando em você que estamos escrevendo essa matéria. Existe um meio que distingue os amadores dos profissionais na mineração, não só de ouro, mas de todo o bem mineral: os custos totais para produzir uma unidade de produto.
No caso do ouro estamos falando do all-in sustaining cash costs per ounce que significa todos os custos embutidos ao longo da mina necessários para produzir uma onça de ouro.
Até poucos meses atrás as empresas apresentavam o cash cost per ounce ou o custo direto por onça de ouro.
  Com o conceito do all-in sustaining cash costs per ounce que vamos chamar de all-in cost as coisas mudam de figura, pois o investidor tem condições de ver o custo real ao longo do tempo de cada onça de ouro produzida.
Quando começamos a estudar os all-in costs per ounce das minas e das mineradoras tudo fica mais fácil. A primeira coisa que vem a tona é a eficiência ou ineficiência daquela mina ou empresa. Um bom exemplo são os números da Belo Sun, da Forbes & Manhattan,  que tem grandes recursos de ouro na Volta Grande no Xingu. No seu estudo de viabilidade econômica foi mencionado um custo direto de US$711.50 por onça de ouro produzida. Mas quando se estuda os gráficos da empresa percebe-se que o all-in sustaining cash costs per ounce deve ser muito mais elevado, em torno de $1.200/oz o que é simplesmente mortal. (veja mais)

Pois é, o all-in cost per ounce desmontou a história da Belo Sun que viu suas ações caírem significativamente em poucas semanas.
As empresas mineradoras, com certa razão, estão reticentes em publicar quais são os seus all-in sustaining cash costs per ounce pois eles podem mostrar a sua ineficiência. 
Outro bom exemplo é o da Ashanti Gold que já tem um cash cost por onça de US$1.009/oz para 2013. Imagine qual  deverá ser o seu all-in sustaining cash costs per ounce ? É por isso que as ações da Ashanti estão caindo desde novembro de 2012.
Por outro lado os all-in costs da Barrick Gold são muito menores  ficando entre $820-$870/oz demonstrando que a Barrick tem uma maior eficiência e que suas minas tem um OPEX  mais baixo. A Barrick cujos total cash cost por onça são de apenas $495-$545, pode aguentar uma forte crise e ainda estará lucrativa por muito tempo.
Simples não é? Quando investir em uma mineradora de ouro procure sempre saber qual o all-in sustaining cash costs per ounce e poderá separar o joio do trigo. Na tabela abaixo veja os cash costs por onça e alguns all-in sustaining cash  costs por onça de algumas das maiores mineradoras de ouro.
                                                                                                                                                           
MineradoraCash Cost 2012 US$tot/ozall-in sustaining costs US$/oz
Barrick Gold561919
Goldcorp6381050
Newmont Mining677 
Newcrest Mining973 
AngloGold Ashanti1.009 
Yamana Gold525 
Kinross Gold706 
Gold Fields784 
Eldorado Gold483 
Polyus Gold694 
Gran Colombia Gold 1.164
Endeavour Mining 1.083
Yamana 856
Goldrock Mines 703

Atlas Iron expande produção

Atlas Iron expande produção
A Australiana Atlas Iron está investindo em expansão e porto para atingir 10 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Em agosto a mineradora exportou em torno de 1 milhão de toneladas, um novo recorde. A Austrália luta com a falta de ferrovias para o transporte de seus minérios aos portos existentes. Existem, hoje, dezenas de depósitos economicamente importantes que não entram em produção pela falta de logística.

Novo mineral da família da fluorita é descoberto no Reino Unido

Novo mineral da família da fluorita é descoberto no Reino Unido
Um novo mineral foi descoberto em julho na mina de Rogerley, perto da cidade de Weardale, no Reino Unido. Descrito como “lustrosos cristais cúbicos de fluorita” que têm brilho azul sob a luz do dia – e que muda para verde-esmeralda sob luz artificial -, a rocha contendo o mineral foi batizada “Gigante de Weardale” por seus descobridores.

A mina Rogerley tem minérios depositados por atividade hidrotermal no período Permiano, cerca de 260 milhões de anos atrás. A mineração de chumbo foi explorada no projeto entre o século XIX e o início do século XX. Agora, Weardale Giant (que pesa 500 quilos) está sendo exibida em exposições minerais nos EUA, podendo depois ser exibida permanentemente no Museu de História Natural de Londres.

Minério de ferro a $135/t e estoques chineses em alta

Minério de ferro a $135/t e estoques chineses em alta
Os estoques de minério de ferro de 25 portos chineses estão aumentando. Segundo os últimos cálculos estão estocados 74,32 milhões de toneladas. Apesar disso os preços permanecem em %135/t para o minério 62%Fe e $125/t  para o minério de teor 58%Fe.