sexta-feira, 4 de outubro de 2013

CPRM Estuda Rochas Portadoras de Diamantes Kimberlitos e Garimpos em Todo o País

CPRM Estuda Rochas Portadoras de Diamantes Kimberlitos e Garimpos em Todo o País

Com o intuito de desenvolver estudos abrangendo os principais aspectos da geologia do diamante no país, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) iniciou, em 2008, por meio do Projeto Diamante Brasil, um trabalho sistemático de pesquisas voltado para o estudo de rochas portadoras de diamantes kimberlitos e garimpos em todo o país. O projeto tem como meta integrar as características da geologia do diamante incluindo fontes primárias e secundárias. Outra vertente do projeto diz respeito à discussão geológica dos garimpos de diamante, que ainda desempenham um papel de destaque na economia brasileira e possuem importante valor histórico. Para o coordenador responsável pelo Diamante Brasil, geólogo Valdir Silveira, as pesquisas desenvolvidas dentro do projeto são importantes para todas as esferas da sociedade. “É fundamental gerar dados na área de diamantes para fomentar pesquisas por empresas do setor e também suprir o governo com informações sobre o tema”, diz. O processo de execução é desempenhado por técnicos da CPRM situados nas regiões diamantíferas. A equipe responsável pelo trabalho nessas áreas conta com técnicos capacitados e até mesmo consultores internacionais especializados no tema. O prazo de entrega está previsto para o final de 2010, porém, devido a algumas pesquisas específicas, poderá ter continuidade nos anos seguintes, estendendo- se até 2014. O projeto é uma ação da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, por meio do Departamento de Recursos Minerais (Derem), e entre o público alvo estão gestores, universidades, empresas com atuação na área de garimpo e órgãos governamentais como a Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação do Ministério de Minas e Energia (SGM-MME), o Departamento de Produção Mineral (DNPM) e o Ministério da Justiça. Segundo Silveira, em maior ou menor escala, diversos setores da sociedade serão beneficiados.
 Treinamento
Para dar continuidade à capacitação dos profissionais envolvidos no Projeto Diamante Brasil, no período de 07 a 11 de junho, ocorrerá, na sede da CPRM em Brasília, um treinamento para capacitação profissional que contará com a participação de técnicos canadenses e brasileiros com mais de 30 anos de experiência na área de diamantes. Outras informações sobre o treinamento serão divulgadas brevemente.
 Técnicos em missão de pesquisa na Provincia kimberlítica alto Apiaú-RR
Técnicos em missão de pesquisa na Provincia kimberlítica alto Apiaú-RR

Principais objetivos do Projeto Diamante Brasil
- Produzir mapas mineralógicos das áreas alvos com nota explicativa;
- Realizar guias contendo procedimentos técnicos para prospecção do diamante (amostragem; química mineral e estudo de diamante);
- Utilizar textos técnicos contendo o estado da arte da geologia do diamante no Brasil, em forma de livro;
- Desenvolver estudos mineralógicos, geoquímicos e isotópicos de minerais das áreas (estudos geodinâmicos);
- Caracterizar quimicamente kimberlitos
- Atualização e consistência da shape kimberlito no Mapa Geológico do Brasil na escala 1:1.000.000;
- Elaborar o projeto em Sistema de Informações Geográficas (SIG), contendo os dados geológicos e geoquímicos (mapas, fotos de afloramentos, imagens de satélite e tabelas);
- Sugerir alternativas para gestão, extração das matérias-primas e produtos derivados de forma sustentável, minimizando os danos ambientais;
- Produzir estudo morfológico das populações de diamantes brasileiros para subsidiar a certificação de diamantes através do Kimberley Process.

A importância do Projeto Diamante Brasil para o país
Iniciado em meados de 2008, o Projeto Diamante Brasil vem desempenhando um papel social, econômico e geológico fundamental para os diferentes setores da sociedade. Segundo o chefe do Departamento de Recursos Minerais da CPRM, Reinaldo Brito, os reflexos dos anos de estudo podem ser melhor sentidos agora, uma vez que os estudos executados pela CPRM são de grande importância para a soberania nacional. “O projeto faz com que o Estado assuma o papel de soberano sobre o real potencial diamantífero do Brasil, resgatando para a sociedade o direito de conhecimento sobre o seu solo”, disse. De acordo com Brito, antes do projeto apenas empresas privadas tinham conhecimento das áreas onde os diamantes estavam localizados, a quantidade e qualidade dos mesmos. Hoje, a CPRM possui todas essas informações. “Agora se sabe onde está o ouro, o urânio e até o diamante. Antes, ficava um vazio em relação aos diamantes, não havia informações precisas”, comenta Brito. “O projeto serviu até mesmo para dizimar conflitos oriundos do diamante”, lembrou. Por ser uma atividade com alto grau de informalidade, muitos garimpos eram ilegais, principalmente em áreas indígenas e de conservação ambiental. Com esse trabalho, foi possível identificar essas regiões e o governo pôde dar subsídio nessas localizações. 
Banco de Dados
Uma das metas do projeto é realizar um banco de dados de ocorrências diamantíferas no Brasil e vinculá-lo a pólos produtores, distritos e províncias diamantíferas. Haverá um banco físico com amostras de rochas e gemas que serão caracterizadas. Além disso, todos esses dados também estarão disponíveis no Geobank da CPRM para consulta pública.

Investimentos
O Projeto Diamante Brasil é executado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e até o ano de 2012 serão investidos cerca de R$ 2,7 milhões. Para este ano, R$ 740 mil estão previstos para dar continuidade ao projeto.

 Uma das equipes de campo recebendo treinamento sobre o kimberlito Redondão-PI
Uma das equipes de campo recebendo treinamento sobre o kimberlito Redondão-PI
 Técnicos da CPRM em trabalho de campo na Província kimberlítica Rosário-RS
Técnicos da CPRM em trabalho de campo na Província kimberlítica Rosário-RS
 Prospectores fazendo coleta de cascalhos em drenagens da Folha Pará de Minas-MG
Prospectores fazendo coleta de cascalhos em drenagens da Folha Pará de Minas-MG

Ouro: vem aí o efeito Obamacare

Ouro: vem aí o efeito Obamacare

A maior economia do mundo está sendo paralisada enquanto líderes não chegam a um  acordo quanto ao teto da dívida e ao orçamento da nação. Mais de 800.000  funcionários foram colocados em férias sem remuneração e, aos poucos, o país  caminha para o anunciado caos.
Um dos subprodutos desta crise Americana será, naturalmente, a depreciação do  dólar em frente a outras moedas. A última vez que esse impasse ocorreu foi em  1996 quando o país ficou sem orçamento por 1 mês.
Se o mesmo ocorrer veremos uma subida forte do ouro, alavancada pelas incertezas  e pelo dólar fraco.

ouro x dólar
 
O gráfico acima mostra com enorme clareza a relação inversa que o dólar tem com  o ouro desde 1974. Sempre que o dólar enfraquece o ouro, imediatamente reage e  sobe. Não há mágica, o que veremos é uma alta do ouro: o efeito Obamacare.

Preço do metal provoca nova corrida

Preço do metal provoca nova corrida

A expectativa dos canadenses em transformar o rio Xingu no "maior projeto de mineração de ouro do Brasil", rótulo que a Belo Sun Mining destaca em sua página na internet, está diretamente associada às gordas previsões de receita feitas pela empresa. O faturamento com a lavra no Pará é estimado em R$ 538,6 milhões por ano, um resultado puxado pelo salto que o preço do ouro registra nos últimos anos. Em 2005, o preço da onça do metal (medida equivalente 31,10 gramas) teve média de US$ 445. Em 2009, a cotação dobrou e chegou a US$ 974. Hoje o preço da onça está em US$ 1.643.
O problema é que essa valorização explosiva arrastou consigo o reflorescimento do garimpo ilegal. Informações do Ibama encaminhadas ao Valor apontam que, de 2006 para cá, o órgão de fiscalização ambiental fez 153 autuações de operações ilegais tocadas na região da Amazônia Legal. Nesse período, a nova corrida do ouro já resultou em multas que somam R$ 75,8 milhões. No Estado do Amazonas foram feitas 31 autuações, que responderam por R$ 60,3 milhões em multas. As demais operações ilegais estão espalhadas pelos Estados do Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins.
O Departamento Nacional de Produção Mineral aponta que a produção de ouro no Brasil cresceu 19,61% no segundo semestre de 2011, em relação ao primeiro semestre do mesmo ano. A utilização média da capacidade instalada da indústria extrativa de ouro no país teve média de utilização de 82% no ano passado, quando as exportações do metal atingiram US$ 2,324 bilhões.
Em 2010, o Brasil produziu cerca de 62 toneladas de ouro, posicionando-se como 13º maior produtor mundial. As maiores empresas produtoras de ouro no país, segundo a autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia, foram Kinross, AngloGold, Yamana e Jaguar Mining. Minas Gerais foi destaque na produção nacional com 49%, seguido por Goiás (15%), Bahia (10%), Pará (7%) e Mato Grosso (6%).
Dada a ilegalidade de milhares de garimpos que atuam na Amazônia, não há números muito precisos sobre o comércio do metal na região. Estimativas apontam que, atualmente, há cerca de 110 mil espalhados por toda a região. No Pará, a lavra criminosa tem avançado para além do Xingu, atingindo toda a bacia do Complexo do rio Tapajós. 

Garimpo ilegal domina área de Belo Monte

Garimpo ilegal domina área de Belo Monte

Os canadenses da companhia Belo Sun poderão enfiar a mão num verdadeiro vespeiro se levarem a cabo seu projeto bilionário de mineração de ouro na região de Volta Grande do Xingu, mesmo endereço onde está sendo erguida a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. As polêmicas geradas pelo projeto de mineração não se restringem à utilização de explosivos para extrair toneladas de ouro a apenas 14 km de distância da futura barragem da usina. Antes disso, a Belo Sun terá de resolver a situação com aproximadamente 2 mil garimpeiros que, atualmente, já retiram ouro dessa mesma região, tudo de forma absolutamente irregular.
Há pelo menos três garimpos em plena atividade na Volta Grande do Xingu retirando ouro da região sem autorização, uma informalidade que foi confirmada ao Valor pela própria gerência de mineração da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) do Pará, órgão responsável pelo licenciamento ambiental desses empreendimentos. "Estão todos irregulares, não há hoje nenhuma lavra de ouro na Volta Grande que tenha licenciamento ambiental autorizado", disse Ronaldo Lima, gerente de mineração da Sema.
Segundo Lima, a Cooperativa dos Garimpeiros do Xingu, uma das que atuam na região, chegou a obter licença ambiental da secretaria para explorar o metal, mas o documento já venceu. "A verdade é que os garimpeiros não agem como cooperativa, mas sim individualmente. Dessa forma, eles não têm condições de fazer um pedido de licenciamento. Do nosso lado, não vamos autorizar nada sem o processo correto."
A Belo Sun, de uma maneira ou de outra, já tem convivido com os garimpeiros. Pessoas da região relatam que atualmente há atividade de lavra de garimpeiros, inclusive, dentro da área que está sob responsabilidade da companhia. Ela obteve autorização de pesquisa mineral junto ao Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM). Procurada, a Belo Sun informou que não iria se pronunciar sobre o assunto.
"Fizemos uma fiscalização na região no começo deste ano e não chegamos a encontrar atividade garimpeira, mas temos informações seguras de que realmente há atividades em operação. O ouro voltou a ser um bom investimento. Com isso, a procura sobe na hora", disse Ronaldo Lima, gerente da Sema.
O Valor tentou falar com representantes de cooperativas que atuam na Volta Grande do Xingu, mas não obteve retorno. A extração do ouro na região foi o que deu origem às comunidades de Vila da Ressaca, Garimpo do Galo e Garimpo do Ouro Verde, todas fundadas há décadas nas margens do rio Xingu, no município de Senador José Porfírio.
Em seu relatório de impacto ambiental, a Belo Sun reconhece que o garimpo é "o principal posto de trabalho para os indivíduos" dessas comunidades. Com o início da mineração industrial da companhia canadense, alerta o relatório, haverá "rompimentos dos laços afetivos, sociais, familiares e culturais que giram em torno do garimpo" e "o processo de deslocamento provocará interferências, principalmente, na atividade garimpeira, afetando os preços praticados na região e os postos de trabalho abertos pela exploração de ouro."
A Belo Sun não menciona números precisos sobre a população que vive nessas comunidades, mas estimativas locais apontam que pelo menos 2 mil pessoas vivem da extração de ouro e de agricultura familiar na região.
Os impactos na vida desses povoados já foram destacados nos estudos da hidrelétrica de Belo Monte, que pertence ao consórcio Norte Energia. Quando a usina entrar em operação a partir de 2015, aponta o relatório do consórcio, "a população desses povoados e aglomerados sofrerá diferentes impactos causados pela diminuição da quantidade de água do rio Xingu", uma situação que afetará "as condições de navegação no rio e a pesca, além do risco da chegada de garimpeiros em busca de ouro."
A Belo Sun, que tem capital aberto na bolsa de Toronto, pretende investir US$ 1,076 bilhão na extração e beneficiamento de ouro no Xingu. A produção média prevista pela empresa é de 4.684 quilos de ouro por ano. Para se aproximar do consórcio Norte Energia, a empresa quer oferecer a possibilidade de parceria com os donos de Belo Monte, pela qual dividiriam os custos de construção da linha de transmissão de energia.

Multinacional puxa alta na exploração de ouro no Brasil

Multinacional puxa alta na exploração de ouro no Brasil

Uma surra. Nada se compara à valorização que o ouro tem registrado nos últimos anos frente aos principais títulos de investimento. Tome-se como referência o ano de 2008, quando a crise das hipotecas arrastou os bancos americanos e contaminou toda a Europa. De lá para cá, o ouro já acumula uma valorização de 177%. É muito, principalmente se essa rentabilidade for confrontada aos papéis de renda fixa. Se a base de comparação for o Ibovespa, este teria de ser multiplicado por cinco para, ao menos, se aproximar do resultado alcançado pelo metal.
Essa valorização está refletida no ritmo que tomou conta da produção no Brasil nos últimos anos. Por meio da Lei de Acesso à Informação, o Valor obteve um panorama sobre a produção do metal, com base em informações do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão federal responsável pelas concessões de pesquisa e lavra.
Os dados apontam que o país atingiu, no ano passado, o maior volume de produção dos últimos 18 anos. Foram 65,2 toneladas de ouro extraídas legalmente do país, o melhor resultado desde 1994. Neste período, houve uma mudança radical no perfil de exploração. No início dos anos 90, 53% do ouro era retirado por grandes empresas, em processos industriais. Os demais 47% ficavam com os garimpos, considerando apenas aqueles legalmente autorizados. Duas décadas depois, a situação é outra. No ano passado, 87,4% das lavras de ouro ficaram com as indústrias, enquanto os garimpos viram sua participação encolher para 12,6%.
O que mais chama a atenção na mudança de perfil são as empresas que estão por trás dessa nova fronteira industrial. Os cinco maiores produtores de ouro no Brasil hoje, donos de praticamente 90% do que é retirado industrialmente do solo, são companhias estrangeiras. Do Canadá, estão presentes quatro grandes empresas de mineração: Kinross, Yamana, Jaguar Mining e Aura Gold. Completa o topo da lista a AngloGold Ashanti, da África do Sul. A maior parte do ouro produzido por essas empresas, consequentemente, tem como destino o mercado internacional.
Para o especialista Marcelo Ribeiro Tunes, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o oligopólio tem origem no próprio modelo de exploração que ainda predomina entre os empresários brasileiros: o garimpo de superfície, voltado para a camada inicial do solo e do leito dos rios, onde o mineral já está desagregado, in natura.
"O Brasil nunca teve uma tradição de mineração subterrânea de ouro muito forte, enquanto essas empresas internacionais têm tradição e experiência em mineração subterrânea, por isso são elas que puxam o desenvolvimento do setor", comenta Tunes. "Infelizmente só o brasileiro é que não acredita que dá para fazer minas de ouro no Brasil. Tem de vir gente de fora para fazer."
As três minas de ouro mais produtivas do país são exploradas por companhias estrangeiras. A Kinross retira ouro da mina Paracatu, em Minas Gerais. Na mina Cuiabá, localizada em Raposos (MG), a extração é feita pela AngloGold Ashanti. A companhia também explora a mina Serra Grande, em Crixás (GO), após adquirir 50% de participação na mina da Kinross.
Para Tunes, o principal obstáculo enfrentado pelo investidor brasileiro, que prefere se embrenhar em garimpos na Amazônia a perfurar minas subterrâneas, é a dificuldade de se obter financiamento para esses projetos. "Mineração é uma atividade de capital, não de Estado. E o preço é alto. Hoje nós não temos uma estrutura de financiamento que atenda a mineração. Essas empresas que estão aí são de fora porque, em países como o Canadá, há apoio para esse tipo de operação. Qualquer cidadão coloca seu dinheiro na bolsa para financiar esses empreendimentos."
As três minas de ouro mais produtivas do país são exploradas por companhias estrangeiras
Por conta dessa limitação, diz Tunes, a maioria dos projetos internacionais em atividade no país foi atraída por empreendedores brasileiros que não conseguiram encontrar capital nacional para bancar as explorações em minas, que são mais caras e complexas que o tradicional garimpo. "Se você não tem um sistema de financiamento no país, você vai buscar lá fora, não tem segredo."
Do Brasil, as empresas que se destacam são a Mineração Tabipora, que atua no Paraná; e a Mineradora Caraíba Metais-Paranapema, com exploração em Nova Xavantina (MT). Segundo o DNPM, a Vale está entre as produtoras de ouro, com o minério associado, como subproduto, à exploração de cobre, nas minas de Sossego e Salobo, no Pará.
No DNPM, há atualmente 9.227 alvarás de pesquisa de ouro em análise. Em 2008, o órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia concedeu 890 alvarás para estudos. Esse volume praticamente triplicou até o ano passado, chegando a 2.421 concessões. Atualmente, há 466 requerimentos de concessão de lavra industrial em análise. Quando se trata de lavra garimpeira, esse volume chega a 16.477 solicitações.
Pelos cálculos do DNPM, a lavra industrial em minas de ouro emprega cerca de 9.400 trabalhadores diretos e cerca de 2.700 terceirizados. O cálculo do pessoal que trabalha no garimpo, segundo a autarquia, é um dado precário e não estimado pelo departamento.
O aumento da produção formal do ouro refletiu nas arrecadações da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), o royalty que o minerador paga para extrair o ouro. A alíquota aplicada ao metal é de apenas 1%, índice que o governo pretende ampliar, a partir do novo código de mineração, que está em gestação no MME. Em 2008, o DNPM embolsou R$ 8,8 milhões com o royalty do ouro. A arrecadação mais que triplicou até o ano passado, chegando a R$ 27,5 milhões. Até 2020, estima o governo, a produção industrial de ouro poderá atingir entre 120 e 130 toneladas por ano, o dobro do volume atual.