quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Lavra sem caminhão tem ganho adeptos, mas há sérias restrições

Lavra sem caminhão tem ganho adeptos, mas há sérias restrições


Embora a opção do IPCC exija mais consumo de energia elétrica, não há emissão de gases do efeito estufa

Cedida com exclusividade pela revista IM, esta matéria do editor Paul Moore analisa uma série de projetos que estão usando ou planejam empregar o IPCC (In-Pit Crusher Conveyor).
Mas esta tecnologia somente se aplica quando existem condições favoráveis — e ela precisa superar o conservadorismo das empresas mineradoras


Uma série de projetos em todo o mundo na sua fase de desenvolvimento inicial, ou em estudos de viabilidade, já incluíram o IPCC em seus planos, seja em termos de manuseio de rejeito, seja em termos de mineração. Isto inclui os maiores grupos do mundo, inclusive a Goldcorp, Cerrejon e Vale, além de empresas menores. O texto a seguir dá uma visão geral do progresso e dos planos de alguns dos projetos mais novos que vão empregar o IPCC.

Outras companhias considerando o IPCC incluem a StanmoreCoal, que está investigando seu potencial para transportar rejeitos, Marengo Mining para seu projeto Yandera em Papua Nova Guiné, como parte de um estudo de viabilidade definitivo em andamento; e Iron Road para seu projeto de minério de ferro Central Eyre, na Península Eyre no Sul da Austrália.

Em novembro de 2011, a Carpentaria Exploration da Austrália anunciou um aumento significativo no NPV (Net Present Value) estimado do seu projeto Hawsons de minério de ferro, atingindo A$3.2 bilhões, com base em custos operacionais projetados mais baixos. O NPV ampliado representou um aumento de 14% no estudo de pré-viabilidade, e baseou-se na modelagem de britagem na cava e transporte por correrias viaGHD, com custos significativamente reduzidos em comparação ao transporte por caminhão. O estudo de viabilidade definitivo estará concluído em 2012.

O presidente executivo da Carpentaria, Nick Sheard, afirma que “a britagem na cava e o transporte por correias é um método de mineração adequado para o depósito Hawsons. É importante dizer que o modelo ainda não foi otimizado e maior redução de custo é possível”. O projeto de minério de ferro está localizado 60 km a sudoeste de Broken Hill e inclui recursos de magnetita inferidos de 1,4 bilhão t. Um estudo de pré-viabilidade, avaliando uma opção de produção de concentrado de 20 milhões t/ano, com uma fase inicial de três anos a 5 milhões t/ano, foi feito em maio de 2011.

Em minas existentes, os desenvolvimentos incluem a escolha do IPCC pela Goldcorp para a mina Penasquito no México. A mina Penasquito mantém uma taxa de mineração diária de aproximadamente 500.000 t durante os 23 anos de vida do projeto. A frota de caminhões Komatsu 930 E seria ampliada das atuais 57 unidades em operação para 119 veículos durante os próximos 15 anos. A frota em operação atualmente fornece uma capacidade de transporte suficiente até o final de 2012.

Estudos confirmaram a viabilidade econômica de um sistema IPCC, que diminuiria a expansão da frota de caminhões. Um britador ficaria localizado em um local central e estratégico da mina, o que reduziria a necessidade de transportar a sobrecarga por distâncias longas até o bota-fora.

O IPCC já demonstrou que pode reduzir significativamente os gastos de capital e os custos operacionais, diminuindo as exigências de mão de obra treinada e reduzindo as emissões de gases no local. A proposta que está sendo considerada reduziria o número máximo de caminhões para 35. O consumo médio do caminhão Komatsu 930E em Penasquito é de 228 l/h. Isto gera por volta de 560 kg de CO2/h, ou 3,700t  CO2 por ano. Embora a opção do IPCC exija mais consumo de energia elétrica, estima-se que durante a vida da mina as emissões de gases de efeito estufa não produzidas seriam da ordem de 2,2 milhões t CO2. O IPCC de Penasquito foi aprovado, com a FLSmidth escolhida para fornecer um sistema semimóvel de classificação.

Projeto S11D da Vale

A construção do gigantesco projeto S11D da Vale já está em andamento. É uma instalação de processamento de minério de ferro de 90 milhões t/ano de classe mundial, localizada no complexo de mineração de Carajás, no Pará.

A Snowden anunciou recentemente que firmou contrato com a Vale para a implantação do planejamento a longo prazo e implantação do sistema IPCC nesse projeto. Os serviços incluirão, em uma primeira fase, o desenvolvimento de um plano de lavra adotando esse processo. A Snowden já mediou um workshop com as equipes de Prontidão Operacional e Planejamento de longo prazo da Vale. O sistema IPCC será implantado no bloco Serra Sul (S11D), uma crista de terra de 30 km de comprimento e com aproximadamente 1,8 km de largura. O equipamento chave é o sistema IPCC totalmente móvel PF200-9500 da Sandvik, dos quais quatro unidades serão empregadas na mina. Este projeto é uma variante do modelo PF300, e tem o mesmo conceito de quatro esteiras. A ThyssenKrupp também foi contratada para manuseio das rochas mais duras no projeto S11D (ver seção OEM).


Sistema IPCC completamente móvel da ThyssenKrupp durante comissionamento

A SKM também é um dos parceiros chave no projeto S11D. Ela recebeu um contrato de US$ 76 milhões no qual vai fornecer serviços de engenharia, apoio no processo de compras, planejamento da execução do projeto gerenciamento.

Indonésia e Austrália

A  Indominco, controlada pela Banpu, indicou que está considerando a instalação dos sistemas IPCC tanto no Bloco Leste quanto nas minas de carvão de Bharinto. A companhia afirma que “o IPCC proporciona custos mais baixos e maior velocidade na remoção da sobrecapa”.

O IPCC foi considerado ainda no estudo de viabilidade para o Projeto Carvão de East Kutai de 2,73 bilhões t, como uma opção de custos mais competitivos. Entretanto, as proprietárias da joint venture, Churchill Mining e Ridlatama, dependem de licenças de mineração que estão sendo julgadas na Suprema Corte da Indonésia.

A FLSmidth foi contratada pela Adaro Energy, uma das produtoras líderes de carvão térmico da Indonésia, para fornecer o sistema de manuseio de sobrecapa em sua mina de Tutupan. O projeto faz parte da expansão da Adaro e é o primeiro empreendimento que utiliza sistemas de lavra mecanizados.

O sistema proposto, com capacidade de 12.000 t/h, será responsável por aproximadamente 10% da remoçãoda sobrecapa. A estratégia de longo prazo da Adaro é aumentar o uso de sistemas mecanizados para 40%. O fornecimento inclui as correias transportadoras Rahco da FLSmidth (quatro unidades – comprimento total de 10 km – 12.000 t/h); correia transportadora empilhadeira (uma unidade – 411 m –12.000 t/h); correia transportadora espalhadora (uma unidade – lança de 50 m – 12.500 t/h); duas classificadoras por tamanho CCTD 13/300 Abon, com dois acionamentos de 335 kW – 6.000t/h cada. O sistema incorpora o despejo da sobrecapa transportado por caminhões nos britadores no perímetro da mina, e seu transporte pelas correias para um bota-fora a aproximadamente 6 km de distância. Isto reduzirá significativamente o transporte de sobrecapa na mina, economizando mão de obra e combustível, e reduzindo a frota de caminhões.

Entretanto, apesar dessa expansão recente no seu uso, ainda há uma relutância relativa por parte das mineradoras. No caso da Austrália, por exemplo, Scott  McEwing, um engenheiro de minas e consultor principal da SRK Consulting comenta: “Em resultado do ‘boom’ e do ciclo de expansão na indústria de mineração da Austrália, há uma frota disponível de caminhões e escavadeiras mecânicas que têm alta ênfase na flexibilidade de curto prazo de um projeto, em oposição à sua otimização a longo prazo. Muitas companhias de mineração têm uma operação tradicional porque elas procuram baixos riscos, retorno rápido do seu investimento e maior receita enquanto o mercado está em alta. Um dos problemas na indústria de mineração da Austrália é que durante muito tempo houve relutância em se fazer o investimento inicial correto em um projeto de forma que ele fosse mais estável financeiramente. Se observarmos outras partes do mundo, veremos que as companhias não têm medo de investir pesadamente na infraestrutura correta para o longo prazo. O benefício é que uma vez que as minas entram em produção, seus custos operacionais serão mais baixos, então elas podem continuar competitivas mesmo quando os preços das commodities caem.

O conceito do IPCC foi comprovado em todo o globo por grandes companhias de mineração. Estudos demonstraram que os custos operacionais podem ser significativamente reduzidos, o que significa que se você estiver disposto a desembolsar o dinheiro extra na frente, há potencial para obter economias sensíveis a longo prazo”, diz Scott, que acrescenta: “Nos primeiros tempos da FMG, recomendávamos o uso da mineradora contínua de superfície. Era uma tecnologia nova para a indústria do minério de ferro, e todos os outros estavam focados em perfuração e desmonte, caminhão e escavadeira. Era uma tecnologia inovadora, a Fortescue a implementou e ela funcionou. O sistema IPCC já é uma tecnologia bem estabelecida e deveria ser considerado nos novos projetos”, finaliza.

Projeto no Chile

A Exeter Resource anunciou em janeiro deste ano que o estudo de pré-viabilidade para o seu projeto Caspiche na região norte do Chile, prevê uma produção média anual durante os 19 anos de vida da mina de 696.000 onças de ouro, 244 milhões de libra de cobre e 844,000 onças de prata. A recuperação do cobre é de 85,6%, e a recuperação do ouro é de 67,6%. O estudo foi conduzido por Aker Solutions (hoje Jacobs Engineering), e avaliou três opções de processamento e mineração, todas elas incluindo uma mina a céu aberto seguido de lixiviação em pilha. A opção de desenvolvimento preferida é lavra a céu aberto processando 150.000 t/d de minério sulfetado e uma operação de lixiviação em pilha de taxa inicial de 72,000 t/d.

As reservas de minério comprovadas e prováveis somam 1,091 bilhão t contendo 19,3 M onças de ouro, 4,62 bilhões de libras de cobre, e 41,5 M onças de prata.

A implantação logo no início do IPCC permitiu que o desenvolvimento da cava fosse feita sob medida para as necessidades do sistema, e resultou em redução significativa nos custos de mineração projetados. A NCL atuou como consultora de mineração da Exeter, e estimou que as economias nos custos por tonelada de todo o material movimentado, usando o sistema IPCC em lugar de uma grande frota de caminhões, foi da ordem de US$0.25/t, ou aproximadamente US$0,80/t do minério extraído.

Além das economias operacionais, a Exeter estima uma economia inicial e sustentável de capital de aproximadamente US$1 bilhão na construção das barragens de rejeitos. O despejo dos rejeitos pelas correias formaria a coluna dorsal de uma face da barragem projetada, dando uma margem de segurança significativa no caso de terremoto.

Na implantação do IPCC em estudo de pré-viabilidade, a Exeter está seguindo o exemplo de diversas operações de cobre no Chile e no Peru, que estão usando ou desenvolvendo sistemas IPCC de alta tonelagem para a movimentação de rejeito e sobrecapa. Estes incluem as minas de Collahuasi, Escondida e Chuquicamata.

Canadá

O projeto da Ajax é uma mina de céu aberto de cobre/ouro localizada perto da cidade de Kamloops, na Columbia Britânica, no Canadá. A KGHM é uma joint venture entre a Abacus Mining (49%), sediada em Vancouver, e a KGMH Polska Miedz (51%), a produtora líder de cobre e prata da Polônia, através das suas três minas – Lubin, Rudna e Polkowice-Sierszowice. De acordo com o estudo de viabilidade da KGHM de 2011, realizado pela Knight Piesold, a mina Ajax deverá produzir 109 milhões de libras de cobre e 99.000 onças de ouro anualmente durante seus 23 anos de vida.


Solução de britagem in-pit semimóvel da Takraf com depósito de compensação externo

Depois do estudo de pré-viabilidade,o IPCC foi identificado como um elemento potencial de redução de custos para o projeto Ajax em comparação ao uso de caminhões.

O estudo de viabilidade prevê um sistema IPCC combinado com um sistema de britagem primário giratório fora da mina. Dois sítios em potencial para o sistema IPCC foram avaliados, e a parede sul foi selecionada. De maneira geral, o sistema IPCC consistirá de três britadores semimóveis e as correias transportadoras correspondentes. Os britadores serão montados sobre pontões de concreto, e poderão ser realocados de tempos em tempos, de acordo com o cronograma de desenvolvimento da mina.

A instalação dos britadores será dividida em três fases. Na Fase 1, um britador será montado no ponto de saída da mina (britador fora da mina). Este britador em particular inicialmente será usado para minério, e poderá vir a processar rejeito quando o sistema de britagem dentro da mina estiver pronto. O britador permanecerá em seu local até o final da vida da mina. Durante a Fase 2, dois britadores dentro da mina serão montados na elevação de 796m logo no início do ano 7. Os dois britadores lidarão com minério e material de rejeito. Durante a Fase 3, os dois britadores dentro da mina serão realocados da elevação de 796m para a cota de 700m. A realocação de ambos dentro da mina será feita no ano 13.


Minerador móvel e planta de processo (MUP) da RCR em plataforma móvel autopropelida

As correias transportadoras levarão o minério que vem dos britadores para a usina, e o rejeito será processado no respectivo britador para o depósito de rejeitos norte, equipado com um sistema de empilhamento. Foram escolhidas correias transportadoras convencionais para o IPCC. As correias transportadoras serão construídas no lado sul e oeste do último limite da cava. As correias transportadoras terão que cruzar uma parte rasa do lago, onde um dique será construído para evitar que a água invada a cava.

Cada planta de britagem pode ser usada para lidar tanto com minério quanto com rejeitos, dependendo das exigências operacionais. Deve-se notar que a capacidade de manuseio de rejeito será, aproximadamente, 34% mais alta do que o processamento de minério.

O sistema de empilhamento de rejeito consistirá de correias transportadoras deslocáveis, tripper e espalhador. Uma pilha inicial, que será executada por caminhão e localizada no lado leste da área do depósito de rocha residual norte, está prevista como o ponto inicial para o sistema de empilhamento. Para reduzir o tempo ocioso devido à realocação dos equipamentos, a altura da pilha inicial será a mesma da pilha final, e o empilhamento será desenvolvido usando o modo downcast. O modo do empilhamento será radial, girando a correia transportadora ao redor de um ponto pivô.

Carvão

O projeto Alpha da Hancock é o projeto de carvão mais adiantado na Bacia Galilee na Austrália. Ele tem um recurso compatível com normas JORC de 3,6 bilhões t, com reservas de 2 bilhões t nas categorias medido + indicado. O estudo de viabilidade propõe o desenvolvimento de uma mina de cava aberta que vai produzir mais de 30 milhões t/ano de carvão térmico, para exportação aos mercados da Ásia. A primeira produção de carvão é esperada até o final de 2014. Em setembro de 2011, a GVK Power, importante companhia de infraestrutura indiana, comprou a Hancock Coal por $ 1,26 bilhão, em uma das maiores aquisições internacionais feitas por uma companhia desse país. A GSK disse que o negócio de contratos de fornecimento de carvão, a longo prazo, para até 20 milhões t/ano. Isto será suficiente para gerar 7.500 MW de energia.

A SKW realizou um estudo para a Hancock sobre as aplicações em  potencial dos sistemas IPCC. O projeto Alpha envolve uma quantidade significativa de sobrecapa, com um sistema IPCC para remover o banco superior desse material. Ele vai operar em frente do sistema de dragagem, que vai extrair o carvão. Inicialmente os sistemas IPCC transportarão a sobrecarga para fora da mina até o bota-fora, mas, posteriormente durante a vida da mina, ela será disposta dentro da própria mina.

Dois sistemas IPCC operarão na mina – o sistema 1 nas cavas de mineração 2 e 3 Sul. O Sistema 2 operará nas cavas 3 e 4 Norte.A mina Alpha tem seis cavas separadas que vão funcionar do norte para o sul, cada uma separada por ponte e rampas de caminhões. Os horizontes da sobrecapa em questão têm de 15 a 30 m de espessura, quase uniformes e geometricamente simples.


Entrada da MMD na área de IPCC foi com uma instalação na operação Meirama, na Espanha, equipamento adquirido para complementar um britador giratório que acabou sendo substituído

Os dois sistemas IPCC serão idênticos em termos de equipamentos e função. Cada um utilizará escavadeira a cabo elétrico, bulldozer e peneira de classificação com britador de rolos gêmeos. O bulldozer empurra o material para a escavadeira, que alimentará o britador e este abastecerá a correia transportadora de face. A escavadeira removerá um banco de 18m com bullldozer  empurrando mais 12m de material, permitindo que bancadas de 30m de altura sejam removidas. Cada sistema terá duas correias relocavéis, avançando com a lavra no sentido norte.

Mina adota lavra mista

A mina de cava aberta está planejada como uma operação com caminhão e escavadeira, perfuratrizes elétricas para o desmonte e planta de britagem e correias dentro da cava.As fases da mina foram projetadas com uma série de sítios com britador de minério dentro da mina durante a vida da cava. Todo o minério lavrado é levado por um caminhão para o britador dentro da cava, seguindo depois para correia transportadora. Todo o rejeito é conduzido por caminhão para fora da cava e levado diretamente para o bota-fora.

As configurações de cava usadas no projeto de Pumpkin Hollowsse basearam em informações dos estudos da Golder Associates. Os taludes recomendados consideraram os dados de furos, análise de dados estruturais e testes de carga. O projeto utiliza curvas para manter o sistema de estrada e rampas no lado norte da Cava Norte, enquanto a Cava Sul mantém o sistema de estradas no lado sul da cava. Isto permite melhorar o fluxo do tráfego entre as fases da cava, e permite que o sistema IPCC seja instalado nas partes inativas ou menos ativas da lavra, sem áreas de cruzamento entre estradas e correias transportadoras. Os projetos da cava preveem uma bancada de 12 me bancada duplas de 24 m.
Combinações diferentes de caminhões e/ou correia transportadora foram exploradas nos estudos. As conclusões mostraram que os parâmetros que tinham o maior impacto sobre o NPV incluem uma frota reduzida de caminhões para o transporte de minério, combinada com investimento de escala média de um sistema IPCC.

Adicionalmente, o estudo mostrou que os maiores seriam ganhos obtidos na utilização do IPCC somente para transportar minério.

O desenvolvimento inicial do sistema de transporte dentro da cava é a construção da correia transportadora e empilhadeira de minério. Na usina ela se levantaria a uma altura de 32 m acima da pilha de estoque de 120.000t, e ficaria lá durante a vida útil das cavas Norte e Sul. O sistema de recuperação de minério faz parte do sistema do moinho da usina. As correias transportadoras da Cava Norte são desenvolvidas em três fases distintas. A primeira fase do desenvolvimento da correia transportadora inclui a empilhadeira de minério da usina e a correia transportadora da Fase 1 da Cava Norte, que conecta o sistema de britagem dentro da cava com a empilhadeira de minério da usina.

A correia transportadora da Fase 1 da Cava Norte fica na superfície da sua borda conforme a cava aberta se desenvolve. As operações da correia transportadora da Fase 2 da Cava Norte incluem a adição de novas correias transportadoras formando um desenho de dentes de serra, para remover o minério britado da cava economicamente e para evitar taludes mais íngremes.A fase final das operações da Cava Norte se chama Fase 3. Esta operação exige a construção de cinco correias transportadoras para minério, saindo da britagem dentro da cava para a correia transportadora empilhadeira da usina.

O sistema de correia transportadora na Cava Sul, Fase 1, tem duas correias. A correia1 ficaria instalada durante a vida útil da Cava Sul. A correia 2 seria a única correia transportadora comprada na Fase 1. Isto permite que as operações de lavra abram a cava. Pretende-se que o sistema de transporte da Fase 2 da Cava Sul reaproveite as correias transportadoras previamente usadas no Cava Norte e na Cava Sul.

Uma pilha de estocagem de minério removida durante o período inicial da pré-limpeza da Cava Norte seria localizada perto da pilha de estoque de minério bruto. Esta pilha inicialmente conteria aproximadamente 1,3 milhão t de minério transportado diretamente por caminhão. Aproximadamente 1 milhão t deste material seria alimentado para a usina de processamento como parte da produção inicial do moinho.




A perfuração para desmonte com explosivos tanto para minério quanto para rejeito deverá utilizar perfuratrizes elétricas Caterpillar 6540. A produção primária de é obtida usando-se escavadeiras elétricas a cabo, carregando caminhões 795.
A movimentação primária de minério será feita com escavadeiras hidráulicas Caterpillar 6060, carregando caminhões 795, que levarão o minério para o sistema de britagem dentro da cava.

Mina de diamante no Canadá

Star-Orion South representa um grande depósito de diamantes no centro de Saskatchewan, Canadá, para o qual o estudo de viabilidade foi terminado em agosto de 2011, prevendo uma vida da mina de 20 anos, produzindo 34.4 milhões de quilates de uma reserva de 279 milhões t de kimberlito, com um custo de produção de US$ 148,81 quilate. A mina de cava aberta empregará três métodos: caminhão e escavadeira para a remoção da areia e da argila da superfície, na preparação para empregar um sistema IPCC; para conduzir a maioria da sobrecapa e rejeito dentro da cava; e um caminhão e escavadeira com o IPCC para transportar o minério para a usina de processamento. A taxa de alimentação da usina de processamento deverá ser de 14,3 milhões t/ano, com uma taxa de produção total da mina de 105 milhões t/ano, e uma relação de 6,35:1 de rejeito para minério. O plano atual da mina mostra dois anos de remoção da sobrecapa em Star e Orion Sul, antes de se extrair o primeiro minério.



O sistema IPCC proposto será usado para escavar, classificar, transportar e empilhar a sobrecapa. Um sistema IPCC com capacidade de 20.000t/h será usado para remover o solo não estratificado de rochas de vários tamanhos e rochas sedimentares.

O sistema IPCC será operado e mantido pela empresa Shore com a ajuda de um subcontratado para a manutenção. As operações serão apoiadas por equipamentos de perfuração, bulldozers, escavadeiras e caminhões para as escavações pré-limpeza da areia e da argila superficial, motoniveladoras para estradas, inclusive guindastes todo terreno.

O sistema IPCC para a limpeza da área é um sistema de escavação / transporte / empilhamento de rejeito. Ele inicialmente incluirá três escavadeiras elétricas, cada uma com uma peneira classificadora móvel e uma correia transportadora de transferência também móvel; duas correias transportadoras que cruzam a bancada e duas correias inclinadas gêmeas na Fase 1 da Star; uma correia transportadora de longa distância com uma empilhadeira de rejeito na pilha da sobrecapa; e uma empilhadeira de rejeito auxiliar.

O sistema IPCCserá progressivamente expandido conforme a cava. Os equipamentos se movimentarão entre as cavas Star e Orion Sul conforme exigido pelo planejamento da mina. A correia transportadora entre a cava da Star e a pilha de sobrecapa será realocada para trabalhar na cava Orion Sul.


As primeiras unidades IPCC fornecidas pela MMD à mineradora tailandesa Pingshou foram duas estações de classificação de mais de 4.000 t/h

O sistema IPCC começará suas operações na Fase 1a da cava Star, até a fase 3 para em seguida operar na cava da Orion Sul nas fases 1a a 2. Terá capacidade de 117 milhões t/ano. Três classificadores móveis TMCS 8400 (8.400 t/h) da Takraf estão sendo considerados como as unidades centrais, juntamente com três escavadoras hidráulicas PC8000, seis correias transportadoras de ponte com capacidade de 8.400t/h; duas correias transportadoras de ponte inclinadas e duas correias transportadoras relocáveis na cava com capacidade de 16.800t/h. Cada correia transportadora relocável será equipada com dois carros silo para permitir que um ou dois classificadores móveis possam descarregarem uma correia transportadora móvel dentro da cava. As correias transportadoras descarregarão na correia transportadora da rampa, alimentado a correia transportadora longa de rejeito.

Evolução tecnológica do IPCC

AThyssenKrupp desenvolveu uma série modular de equipamentos que funcionam numa bancada única ou múltipla. O primeiro sistema de britagem totalmente móvel foi entregue à mina de carvão YiminHe na China em 2007. A usina de processamento produz carvão ROM a uma taxa de 3.500t/h. A ThyssenKrupp informa que “esta operação bem sucedida em YiminHe levou a outro pedido de quatro sistemas de britagem totalmente móveis para o campo de carvão de Baiyinhua, também na China. Três deles serão usados para remover sobrecapa, cada um com capacidade de 6.900t/h. Um sistema de 3.500t/h será usado para produzir o carvão”.

Em 2010 a ThyssenKrupp recebeu outro pedido de dois sistemas de britagem móveis para manuseio de sobrecapa em uma mina de cava aberta de minério de ferro no Brasil. Cada usina de britagem está equipada com um britador de rolo duplo, e opera na mina juntamente com uma escavadeira parasobrecapa a taxa de até 3.900t/h. Uma dificuldade em particular aqui foi o projeto do sistema para um tipo de mina que tipicamente se estende para baixo, com paredes da cava muito íngremes em comparação às minas de carvão, que tipicamente têm bancos relativamente largos.

Em 2011, a Inner Mongolia Datang International Xilinhot Mining encomendou um sistema IPCC para a sua mina de cava aberta Shengli Leste no. 2, na China. Estas usinas serão as primeiras deste tipo equipadas com uma ponte de correia transportadora integrada (patente pendente) para levar o material diretamente do sistema de britagem para a correia transportadora de face móvel. As três usinas de britagem de rolo duplo móveis serão usadas para remover a sobrecapa, cada uma produzindo 10.000t/h.

A ThyssenKrupp realça que uma recente inovação na área de britagem dentro da cava é o conjunto móvel equipada com um britador de mandíbula, neste caso, tipo EB 20 x 15.Este projeto desenvolvido recentemente permite processar material com força de compressão de até 250Mpa.

Em janeiro de 2012, a Vale encomendou para o projeto S11D no Brasil três usinas de britagem de 2.500t/h; cada usina trabalhará em combinação com dois módulos de correia transportadora móvel montadasobre rodas.

A entrada do MMD no mercado do IPCC foi na Espanha, com uma unidade de classificador semimóvel que introduziu o então novo carro silo na indústria, comissionado em 1989. Ele complementa um britador giratório, o qual acabou substituindo, uma vez que foi capaz de processar até 4.000t/h de sobrecapa contendo quantidades significativas tanto de argila quanto de granito. A capacidade do equipamento MMD de lidar com grandes volumes de material difícil, juntamente com sua capacidade de ser realocado rápido e facilmente, foram as características a destacar. Outro exemplo do sucesso da MMD foram três instalações semimóveis na mina de lignita Mae Moh, na Tailândia, que foram entregues em 1993, cujo desempenho levou à compra subsequente de outro conjunto de quatro unidades similares em 2001, todas elas ainda em operação.

A companhia aponta para as sinergias desenvolvidas entre a MMD e seus clientes, que tem como exemplo a Pingshou Coal da China, que está esperando a entrega de unidades LPMS totalmente móveis, que estão atualmente em construção na China (juntamente com três conjuntos semimóveis de 9.000t/h para Datang, neste ano).

As primeiras unidades IPCC fornecidas à Pingshou foram duas estações de classificação de mais de 4.000t/h, entregues à sua mina Na Tai Bao em 1992. Os resultados obtidos por essas unidades, que depois foram realocadas, levaram a companhia a fazer uma série de pedidos de unidades semimóveis, sendo a mais recente entregue em 2011, ao longo de 20 anos.

A FLSmidth é outro fabricante que tem introduzido melhorias contínuas. O classificador de grande porte e baixa velocidade da FLSmidth, ABON 16/350 CCTD, usado no sistema IPCC totalmente móvel da Takraf, está entrando no seu terceiro ano de operação na mina de carvão Clermont da Rio Tinto, na Austrália, e de acordo com a companhia, “já comprovou que é capaz de britartanto minérios extremamente duros quanto minérios pegajosos, difíceis de manusear, sustentando altas produções”.

A FLSmidth está mobilizada na entrega de importantes componentes do que ela acredita ser a maior estação de classificação do mundo, destinada à mina Penasquito, da Goldcorp, no México. Esta estação semimóvel também vai incorporar um classificador de baixa velocidade ABON 16/350 CCTD, bem como um alimentador de avental de ângulo baixo, D11, de 3,15m de largura, capaz de gerar até 12.500t/h.

A FLSmidth também está fabricando um dos maiores britadores giratórios do mundo para uma nova mina de cobre no Peru. O projeto compacto do novo britador giratório, de 63 polegadas x 118 polegadas é “ideal para ser instalado em nossas estações de britagem semimóveis”.

Na área de equipamentos totalmente móveis, a FLSmidth está desenvolvendo um novo sistema rodante baseado em conceitos de escavadeira hidráulica para suas estações de classificação, que oferece extrema robustez e possibilidade de manobras, bem como sobressalentes em comum com os equipamentos móveis das mineradoras. Finalmente, a companhia informa que o interesse da mineração globalna Estação de Classificação para Caminhão Dual foi extremamente positivo, e diversas companhias já expressaram interesse em testar a tecnologia para usá-la em futuros projetos.


Grupos como Goldcorp, Cerrejon e Vale, além de empresas menores, incluíram o IPCC em seus planos de projetos


Correias para rampas íngremes

Enquanto a tecnologia britagem/classificação é parte central do IPCC, alguns poderiam argumentar que as tecnologias de transporte por correias não avançaram de forma significativa.

Uma solução para otimizar os sistemas IPCC em cavas mais íngremes é o emprego de correias capazes de vencer taludes inclinados para levar a sobrecapa ou minério diretamente para fora da cava. Mas embora haja alguns exemplos, como em Chuquicamata, Cananea, Majdanpek e Kovdor, este método permanece subutilizado em geral. As companhias que oferecem soluções de transporte em rampas íngremes incluem o sistema HAC da P&H MinePro (antiga Continental Conveyor), FLSmidth, Takraf, ThyssenKrupp, Sandvik e outras, como a Dos Santos International com suas correntes transportadoras sanduíche de ângulo íngreme.

Com sua alta eficiência e baixos custos de manutenção, correias transportadorapara rampas íngremes podem trazer benefícios substanciais e abrir a possibilidade da utilização do IPCC em cavas mais profundas. Dos Santos, por seu lado, acredita quesuas correias tipo sanduíche, para rampas íngremes, podem cobrir um trajeto ao longo da parede da mina até a superfície, sem escavações adicionais improdutivas.

Segundo a companhia, muitos sistemas de correias transportadoras se tornam ineficientes mesmo quando o talude é suave. A correia transportadora compacta, para rampas íngremes, é a solução para superar as interferências causadas pelos sistemas convencionais. Isto permite não apenas um benefício econômico, mas também ambiental,porque o sistema ocupa menor espaço físico.

No início da década de 1990, a sua instalação na mina de cobre Majdanpek da RTBBor, na Sérvia, substituiu 12 caminhões de 200 t. Isto prolongou a vida da mina porque o espaço da cava final não acomodaria o tráfego destes caminhões. Projetada para elevar minério de cobre de menos de 250mm, a 4.000t/h, a correia transportadora de grande ângulo equipada com banda sanduíche de 2.000mm de largura, elevou o material a 93,5m até a borda da cava, ao longo das paredes a de 35,50, durante dez anos de serviço.

Exploração de ouro no Pará está “casada” com a construção de barragens

Exploração de ouro no Pará está “casada” com a construção de barragens


A produção mineral brasileira vem crescendo. Somente a extração de ouro aumentou 13% e atingiu 66 toneladas em 2011. Para este ano, a expectativa é que chegue 70 toneladas.
(6’56” / 1.60 Mb) - Uma nova “corrida do ouro”. Assim está sendo chamado o atual momento por que passa o estado do Pará. A iniciativa que mais vem chamando a atenção é a da companhia canadense Belo Sun Mining Corp., autodenominado como “o maior projeto de exploração de ouro do Brasil”. A previsão da mineradora é que o empreendimento seja implantado em 2013 e o minério comece a ser extraído em 2015.Com investimentos superiores a US$ 1 bilhão, a empresa pretende sacar uma média de 4,684 mil quilos de ouro por ano, em um período de 12 anos. Isso geraria uma receita anual de R$ 538 milhões – de acordo com valores atuais do metal.
A região onde incide o projeto é a de Volta Grande do Xingu, envolvendo os municípios de Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Altamira, no sudoeste paraense. O projeto fica a 14 quilômetros da não menos polêmica usina de Belo Monte, a maior hidrelétrica do Brasil.
Tanto a atividade de mineração quanto a de produção energética estão sob a responsabilidade do mesmo ministério, de Minas e Energia.
Para o educador popular do centro de estudos Cepasp, Raimundo Gomes, a construção de hidrelétricas na região amazônica está relacionada com a expansão da mineração pretendida pelo governo federal.
“Tanto Belo Monte, como os projetos do rio Tapajós – as cinco barragens que querem construir -, todos eles são para fornecer energia para os grandes projetos que estão se implantando, estão em fase de pesquisa, na região do Baixo Amazonas. Todos esses projetos que foram de garimpo, assim como Serra Pelada, eles tendem agora a ser um projeto de caráter industrial.”
A empresa canadense Belo Sun já sinalizou que fará propostas ao consórcio Norte Energia para dividirem os investimentos de construção de linhas de transmissão de energia para a cidade de Altamira.
Omissões
Em fase avançada de licenciamento ambiental, o projeto Belo Sun realizou uma audiência pública em setembro, no município de Senador José Porfírio, com o objetivo de legitimar o processo de licenciamento e dar publicidade a ele. Na ocasião, o Ministério Público Federal (MPF) apontou que havia omissões no projeto da mineradora, como relata a procuradora da República em Altamira, Thais Santi.
“A forma como eles [representantes da Belo Sun] apresentaram a negativa de impactos sobre terras indígenas não estava embasada em parecer da Funai [Fundação Nacional do Índio]. A antropóloga presente se posicionou de uma maneira contraditória. Naquele momento, eles não tinham condições de dizer que não haveria impacto sobre terra indígena.”
Outro ponto questionado pelo MPF se refere à sobreposição de impactos da atividade mineradora com os já causados pela construção da hidrelétrica de Belo Monte. Na mesma linha, o coordenador do Instituto Socioambiental (ISA), Raul do Valle, criticou as análises de impactos apresentadas pela Belo Sun.
“O Estudo de Impacto Ambiental que foi aceito pela Secretaria de Meio Ambiente do estado do Pará é absurdo, porque ele simplesmente ignora a existência da hidrelétrica de Belo Monte, a maior hidrelétrica do país. Ou seja, é um Estudo de Impacto Ambiental que parte do pressuposto que não haverá hidrelétrica ali, que não vai ter nenhuma outra alteração na região, a não ser aquela que a própria mineração vai causar. E, a partir daí, tira uma série de conclusões que, obviamente, são conclusões equivocadas.”
Enquanto o licenciamento ambiental da mineradora Belo Sun passa pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Sema), a obra de Belo Monte é analisada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O MPF e o ISA defendem que o Ibama seja o órgão que decida sobre a possibilidade e viabilidade de mais uma obra de grande porte no local, por já conhecer os impactos da hidrelétrica e por se tratar de obra que afeta territórios indígenas.
Oitivas
Após a primeira audiência pública de setembro, a próxima está marcada para outubro, também no município de Senador José Porfírio, na comunidade da Vila da Ressaca. Outra está prevista para Altamira, cidade por onde ocorrerá o acesso à mina e que também deverá receber uma migração de pessoas atraídas pelo grande projeto de extração de ouro.
Para a procuradora Thais Santi, a audiência já realizada não serve como legitimação da voz de todas as comunidades atingidas pela mineradora. Ela defende que devam ser realizadas oitivas (consultas às comunidades locais) nas diversas localidades afetadas pelo projeto.
“É uma questão bastante complicada, porque não basta dar um novo espaço de moradia a essas pessoas, porque elas são populações tradicionais e que viviam do garimpo. Então, é bastante delicado afirmar – que é o que a empresa afirma – que vai garantir o direito de posse dessas pessoas. Elas têm que ter garantidos o seu convívio e a sua sobrevivência, da própria forma com que vinham trabalhando em outra localidade. Se não, a gente sabe o que acontece: é um convite à miséria.”
Outros projetos
Além de Belo Sun, o educador popular e ativista político, Raimundo Gomes, enumera mais programas de extração de ouro no Pará. Um deles é o Projeto Andorinhas, pertencente à empresa Reinarda Mineração Ltda., com atuação nas cidades de Floresta do Araguaia e Rio Maria, no sul do Pará. A extração do minério no local é feita desde 2007 e ocorre em áreas de antigos garimpos, conhecidas como Mamão (subterrânea) e Lagoa Seca (a céu aberto).
Há ainda a reativação da extração de ouro por uma empresa canadense em Serra Pelada, município de Curionópolis. Em outro local próximo dali, no chamado “garimpo da Cotia”, também está sendo implantada uma infraestrutura para exploração de forma industrial do ouro. Gomes avalia que esse tipo de atividade leva a riscos ambientais e à saúde humana ainda maiores que no garimpo convencional.
“A extração de ouro na forma industrial é muito mais perversa do que na exploração garimpeira. Porque na exploração garimpeira se usa o mercúrio para a separação do ouro. No caso industrial, se usa o cianeto, e nisso, há uma contaminação muito freqüente da bacia hídrica, tanto das águas superficiais quanto das águas subterrâneas.”
Gomes pontua que o cianeto também é uma substância tóxica, assim como o mercúrio, que pode levar à mortandade de peixes e, inclusive, aos consumidores desses peixes.
De maneira geral, a produção mineral brasileira vem crescendo nos últimos anos. Somente a extração de ouro aumentou 13% e atingiu 66 toneladas em 2011. Para este ano, a expectativa é que chegue a 70 toneladas, segundo divulgou Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). No Plano Nacional de Mineração do governo federal está previsto um investimento no setor de US$ 350 bilhões até 2030.

Organizações se mobilizam contra licenciamento de mineradora no Xingu

Organizações se mobilizam contra licenciamento de mineradora no Xingu


A pouco mais de 10 km da usina de Belo Monte, o maior projeto de mineração de ouro do Brasil, da empresa canadense Belo Sun, está prestes a receber licença ambiental





Mais de 40 organizações do Brasil, Canadá, Estados Unidos e Europa que atuam na defesa do meio ambiente e dos direitos humanos iniciaram uma campanha pública na internet, nesta semana, para arrecadar assinaturas contra o licenciamento do projeto da Belo Sun. Para assinar, clique aqui.
As organizações também publicaram uma carta alertando para os riscos socioambientais e irregularidades do licenciamento. Um vídeo independente também circula na internet.
O chamado “Projeto Volta Grande” fica no Rio Xingu, em um trecho logo abaixo da barragem de Belo Monte. A Belo Sun pertence ao grupo canadense Forbes e Manhattan e aguarda a licença da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará (Sema-PA) para iniciar a obra. Veja no mapa abaixo:
O Instituto Socioambiental (ISA) assina a carta. Em janeiro, uma análise técnica do ISA foi enviada à Sema com um alerta sobre os impactos cumulativos de Belo Sun e Belo Monte, podendo gerar graves riscos socioambientais à região.
O Ministério Público Federal identificou várias irregularidades no licenciamento e recomendou à Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) em setembro de 2013 que não dê licença ao projeto.

Britânico garimpa ouro para aliança em rio em que conheceu a noiva

Britânico garimpa ouro para aliança em rio em que conheceu a noiva


O casal britânico George Maciver e Tina Lear.
O casal se conheceu garimpando ouro nas Terras Altas escocesas
Um homem britânico passou um ano garimpando ouro em um rio na região das Terras Altas escocesas, para fazer uma aliança para sua noiva.
George Maciver, de 53 anos, voltou à região montanhosa onde ele e sua noiva, Tina Lear, se conheceram há dois anos, para conseguir a matéria-prima do anel.
Na época em que se conheceram, os dois garimparam ouro no mesmo rio durante uma excursão em grupo.
Três vezes por semana, durante um ano, Maciver fazia uma trilha de duas horas, para chegar até o local, que já foi famoso pelo garimpo.
No total, foram 156 viagens até que ele conseguisse 6 gramas de ouro. Após o processo de derretimento, a aliança ficou com 4 gramas.
Paixão pelo garimpo
Tina Lear, de 31 anos, disse que o gesto de Maciver "simboliza o nosso relacionamento perfeitamente".
"Nós temos interesses parecidos e nos unimos mais por causa de nossa paixão pelo garimpo de ouro."
"Eu soube, assim que vi a aliança, que era ouro da Escócia", disse a mulher.
Maciver, que é escritor e fotógrafo, diz que o esforço das caminhadas até o rio - em que carregava uma mochila de 30 quilos em equipamento de garimpo - valeu a pena.
"Eu comecei a garimpar para me manter em forma, mas depois da primeira vez, me apaixonei tanto que se tornou quase um vício", disse.
George Maciver garimpa em rio na Escócia.
George Maciver conseguiu seis gramas de ouro para a aliança de noivado
Ele disse ainda que sua noiva chegou a ajudá-lo em algumas das viagens, sem saber que o ouro encontrado seria usado em sua aliança.
O casal ainda não definiu a data do casamento, mas decidiram fazer as alianças para a cerimônia também com o ouro que garimparem.
"Estou ficando melhor com o tempo. Posso encontrar os melhores lugares para garimpar, o que torna o processo mais rápido."
"Espero conseguir fazer a aliança do casamento em alguns meses, ao invés do ano que levei para a de noivado", diz.
A região das Highlands (Terras Altas) escocesas ficou famosa nos anos 1800, depois que uma pepita de ouro foi encontrada na área.
Em 1869, havia cerca de 600 garimpeiros de todo o mundo na região, tentando encontrar o metal.

JAZIDA DE MANGANES VENDA COM EXCLUSIVIDADE

JAZIDA DE MANGANES VENDA COM EXCLUSIVIDADE

R$  32.000.000,00

EMPRESA MINERADORA - Manganes: 
 Mineradora manganês, Empresa legalizada, 12 anos de fundacao, sem passivo, apta a captar recursos, detentora de uma das maiores reservas de manganês do Brasil, localizada em Ji-Paraná, estado de Rondônia. Área total: 7.000 há, trabalhos de prospecção, de cubagem,  resultaram em mais de U$ 10 bi em reservas comprovadas, , negócio direto.
 
ATIVO: 
1. Area Rural 674,00 ha (solo)  Litoral do Estado do Parana, escriturada e registrada em nome da empresa.
2. Direitos Minerarios em Area 7.000 ha  (sub-solo) - Ji-Parana RO, toda a documentacao atualizada junto ao DNPM e demais Orgaos.
 
PASSIVO:
Zero
 
A área em questao está localizada nos municípios de Urupá e Alvorada D’oeste, na região central do estado de Rondônia, totalizando 7.000 hectares distante aproximadamente 86 Km de Ji – Paraná e 370 km da capital do estado, Porto Velho.
 
Area total de  7.000 ha - Trabalhos de Prospecçao, Cubagem, Analises Laboratoriais e Avaliacao Financeira realizados em 20% da área resultaram em mais de US 10 bilhoes  em Reservas Minerais comprovadas.
 
 
Reservas MineraisO URUPÁ LTDA
 
 
Estado de Rondônia - Municípios de Urupá e Alvorada D'oeste.
 
 
 
Localização, Acesso e Escoamento
A área de estudo está situada a oeste das sedes municipais de Alvorada D’Oeste (porção sul) e Urupá (porção norte), sendo interceptada ao norte pelo Córrego do Índio e Rio Urupá, e na porção sul pelo Rio Muqui (Figura 1; Mapa 1). Dista aproximadamente 315 km da capital do estado, Porto Velho, 10 km de Alvorada D´Oeste e menos de 5 km de Urupá, conforme pode ser visualizado no mapa da Figura 01.
O acesso à área em tela, pode ser feito regionalmente, através da rodovia federal BR- 429/364 até a cidade de Alvorada D’Oeste, e a partir daí pela rodovia estadual RO-010/473 em trajeto de 15-20 km sentido Urupá, cruzando-se todo o lado leste da poligonal. Outra alternativa e por meio da BR-364 partindo-se de Ji-Paraná, sentido Ouro Preto do Oeste, em trajeto de cerca de 32 km até o trevo com a RO-473, tomando-se esta via de pista simples (asfaltada), sentido Urupá por mais 54 km. Durante os trabalhos de campo pôde-se reconhecer e identificar a densa malha viária interna, constituída de uma série de “linhas” ou “travessas” abertas durante a implantação dos assentamentos agrários pelo INCRA nas décadas de 80/90. No Mapa 1 todas as linhas identificadas foram lançadas para atualização do mapa planialtimétrico disponível, donde se observa a grande rede de estradas (de terra), que em geral apresenta boas condições de tráfego em quase todo o ano.
No que se refere ao escoamento de possíveis materiais, convém mencionar a distância entre Urupá e Porto Velho, em pistas asfaltadas, da ordem de 320-340km. Em Porto Velho, o Rio Madeira constitui a grande de transporte fluvial desta região, acessando o Amazonas e seus vários entrepostos, chegando até o Atlântico.
 
 
 
 
 
 
Estado de Rondônia - Municípios de Urupá e Alvorada D'oeste.
 
 
Limites:
 
Norte: Estado do Amazonas.
Leste e Sudeste: Estado de Mato Grosso.
Sudeste: Estado de Mato Grosso e Bolívia.
Oeste: Bolívia.
Noroeste: Estados do Amazonas e Acre.
 
 
Dados Geográficos:
Capital Porto Velho
Área (km²) 237.576,167
Número de Municípios 52
População Estimada 2007 1.453.756
 
 
Relevo:
O relevo do Estado é pouco acidentado, não apresentando grandes elevações ou depressões,
com variações de altitudes que vão de 70metros a pouco mais de 500 metros. A região norte e noroeste, pertencente à grande Planície Amazônica, situa-se no vale do rio Madeira e apresenta área de terras baixas e sedimentares. As áreas mais acidentadas encontram-se localizadas na região sul, onde ocorrem elevações e depressões, com altitudes que chegam a alcançar 800 metros na Serra dosPacaásNovos, que se dirige de noroeste para sudeste e é o divisor entre a bacia do rio Guaporé e as bacias dos afluentes do rio Madeira (Jaci-Paraná, Candeias e Jamari).
 
 
Solo:
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) identificou no Estado de Rondônia, 186.442 km² de solos aptos para lavouras, 8.626 km² para pastagem plantada e ainda 6.549 km² com possibilidades de utilização para silvicultura e pastagem natural.
 
Hidrografia
 
A rede hidrográfica do Estado de Rondônia é representada pelo rio Madeira e seus afluentes, que formam oito bacias significativas: Bacia do Guaporé, Bacia do Mamoré, Bacia do Abunã, Bacia do Mutum-Paraná, Bacia do Jacy-Paraná, Bacia do Jamari, Bacia do Ji-Paraná e Bacia do Aripuanã. Orio Madeira, principal afluente do rio Amazonas, tem1.700 km de extensão em território brasileiro e vazão média de 23.000 m3 por segundo. É formado pelos rios Guaporé, Mamoré e Beni, originários dos planaltos andinos, e apresenta dois trechos distintos em seu curso, denominados Alto e Baixo Madeira. O primeiro trecho, de 360 km, até as proximidades da cidade de Porto Velho, capital do Estado, não apresenta condições de navegabilidade devido à grande quantidade de cachoeiras existentes. São 18 cachoeiras ao todo, com desnível de cerca de 72 metros e índice de declividade da ordem de 20 cm a cada quilômetro. OBaixo Madeira, trecho em que o rio é francamente navegável, corre numa extensão de 1.340 km, a partir da Cachoeira de Santo Antonio até sua foz, no rio Amazonas. O trânsito fluvial entre Porto Velho e Belém, capital do Estado do Pará, é possível durante todo o ano nesta hidrovia de cerca de 3.750 km, formada pelos rios Madeira e Amazonas. Através do rio Madeira circula quase toda a carga entre Porto Velho e Manaus, capital do Estado do Amazonas, principalmente os produtos fabricados nas indústrias da Zona Franca de Manause destinados aos mercados consumidores de outras regiões. O rio Guaporé, em todo o seu percurso, forma a linha divisória entre o Brasil e a Bolívia, apresentando condições de navigabilidade para embarcações de pequeno e médio calados na época da vazante. A bacia do Mamoré ocupa área de 30.000 km² dentro de Rondônia e, juntamente com a bacia do Guaporé forma uma rede hidroviária de capital importância para o Estado, que utiliza a hidrovia como seu principal meio de transporte e comunicação. O rio Mamoré nasce na Bolívia e recebe o rio Beni, ocasião em que forma também a linha fronteiriça do Brasil com a Bolívia. Énavegável a embarcações de médio calado em qualquer época do ano. A bacia do rio Mutum-Paraná ocupa superfície de 8.840 km² e é de importância apenas relativa para o Estado, servindo principalmente como via de penetração para o interior. O rio Abunã é importante por ser responsável pela demarcação da linha divisória dos
limites internacionais entre Brasil e Bolívia no extremo oeste do Estado. A área de abrangência de sua bacia hidrográfica é de aproximadamente 4.600 km² numa região onde o grande número de cachoeiras e corredeiras dificulta a navegação. A bacia do rio Jaci-Paraná se estende por 12.000 km²e apresenta as mesmas características do rio Mutum-Paraná. Orio Jamari tem grande significação econômica para Rondônia, por ter sido represado para a formação da primeira usina hidrelétrica do Estado e servir como importante via de transporte de passageiros e cargas na região compreendida entre os municípios de Porto Velho e Ariquemes. Sua bacia ocupa área de 31.300 km² aproximadamente. Orio Ji-Paraná é o mais importante afluente do rio Madeira em Rondônia, dada a longa extensão de seu curso, que
corta todo o Estado no sentido sudeste/nordeste. Seu complexo hidrográfico abrange superfície de aproximadamente 92.500 km². Embora tenha 50 cachoeiras e corredeiras ao longo de seu percurso, em alguns trechos o rio apresenta-se navegável, atendendo ao escoamento dos produtos oriundos do extrativismo vegetal na região. A bacia do rio Aripuanã está localizada na região sudeste do Estado e ocupa área de aproximadamente 10.000 km². Seus rios são extremamente encachoeirados, oferecendo grande potencial hidrelétrico, mas se encontram, em sua maioria, dentro de áreas indígenas, não podendo, portanto, ser explorados.
 
 
Clima:
Oclima do Estado de Rondônia é equatorial e a variação da temperatura se dá em função das
chuvas e da altitude. As temperaturas médias anuais variam entre 24 e 26º C, podendo as
máximas oscilar entre 28 e 33º Ce as mínimas chegar a 18 ou 21º Cnas regiões de maior
altitude, no município de Vilhena. A precipitação anual varia de 1.800 a 2.400 mm. A menor
queda pluviométrica ocorre no trimestre de junho a agosto, sendo o período de dezembro a
maio o mais úmido.
 
 
Do Município de URUPÁ:
História: Omunicípio de Urupá, originou-se do Projeto de Assentamento Urupá criado em 07 de Junho de 1981 e implantado em 26 deMaio de 1982, posteriormente acoplado ao Projeto de Assentamento Tancredo Neves, situado na micro-região e Ji-Paraná, região central do Estado de Rondônia no paralelo 13º07’, distância de 404Km da capital do estado Porto Velho, 67KmdeOuro Preto do Oeste, 95Kmda cidade de Ji-Paraná e 57Km da rodovia BR – 364, com uma população de 17. 756 habitantes (estatística IBGE 2004). Sua emancipação política se deu através da lei nº 368 de 13 de Fevereiro de 1992, sendo desmembrado dos municípios de Ouro Preto do Oeste e Alvorada do Oeste, apresentando seguintes limites geográficos; ao
norte com município de Teixerópolis, ao sul com o município de Alvorada do Oeste, ao leste com o município de Ji-Paraná e Presidente Médici, ao oeste com o município Mirante da Serra e Nova União.
Gentílico: Urupense.
Significado do Nome: A conquista do rio Urupá, especialmente teria sido feita a custa de muitas vidas, devido à ferrenha oposição dos aguerridosUrupás tribo indígena que dominava as suas margens e lhe emprestara o nome. Os seringueiros das margens do rio Urupá vendiam seus produtos na localidade de Urupá (primeiro nome da atual cidade de Ji - Paraná) e daí seguiram curso pelo rio Machado até o rio Madeira e daí em diante para os portos de Manaus e Belém. A região do Urupá crescia economicamente, só que este crescimento era centralizado na localidade de Urupá (atual Ji - Paraná) que, depois da instalação da estação
telegráfica por Marechal Rondon, crescia em importância a estratégia de transporte rodoviário e fluvial.
Características: Sua economia está baseada na agropecuária, com destaque para criação de rebanhos bovinos.
Clima: Equatorial
Temperatura Média: 25º C
Localização: Microrregião IV - Ji-Paraná: Urupá, 
Limites: Ao Norte, Nova União e Teixeirópolis; ao Sul, Alvorada do Oeste; a Leste, Ji-Paraná; a Oeste, Mirante da Serra.
Distâncias: 313 km da Capital
Do Município de ALVORADA D’OESTE:
A Microrregião de Alvorada D'Oeste é uma dasoito microrregiões do estado de Rondônia e compõe a Mesorregião do Leste Rondoniense. É formada por quatro municípios. Alvorada d'Oeste é um município brasileiro do estado de Rondônia. Localiza-se a uma latitude 11º20'29" sul e a uma longitude 62º17'11" oeste, estando a uma altitude de 224 metros. Sua população estimada em 2006 era de 19.542 habitantes.
Possui uma área de 2.982 km². Hoje, o Município conta com uma população residente estimada em 19.832 habitantes, sendo que 11.286 residem na área rural e 8.546 na área urbana. Podemos considerar que atualmente temos uma população estabilizada. Nossos habitantes são proprietários de terras, comerciantes e funcionários públicos de todas as esferas. Os setores agrícola e pecuário são à base de sustentação econômica do município. O agrícola produzindo todos os gêneros alimentícios de primeira necessidade, arroz, feijão, milho, além da destacada produção de café. O setor pecuário atualmente tem o gado leiteiro com um rebanho estimado em 125.887 cabeças, isso devido ao laticínio instalado no município que consome grande parte do leite produzido, o gado de corte tem seu rebanho estimado em 108.894 cabeças.
 
 
Reservas Minerais de Manganes
Reservas de Manganês: O minério de manganês está entre os vinte elementos mais abundantes na crosta terrestre, no entanto, é raro encontrar um depósito do minério, estimativas dão conta que de cada 300 concentrações de manganês apenas uma pode ser considerada como depósito. Atualmente as principais reservas de manganês estão em países essencialmente situados no mundo ocidental, como a Austrália (160 milhões/ t), Gabão (160 milhões/ t) e África do Sul (4,0 bilhões/ t), que fornecem algo em torno de 90%do mercado internacional. Gana e Índia, que exportavam grandes quantidades de minério com alto teor de concentrado, neste momento estão exportando somente quantidades com médio ou baixo grau de concentração. Existem grandes reservas de manganês no fundo dos oceanos, no entanto o manganês está na forma de “polymetallic”, isto é, juntamente com outros minérios, as estimativas dessas reservas variam muito, e algumas apontam que os nódulos contêm em média 25% de manganês. A exploração necessitaria ser a uma profundidade de aproximadamente 5.000 metros, o que tornaria a operação difícil e muito cara. Estes nódulos são vistos agora como potencialmente exploráveis no longo prazo. As reservas brasileiras (medidas + indicadas) no ano de 2003 eram da ordem de 131 milhões de toneladas, contra 587milhões em 2008, o que importa dizer que houve um incremento de quase 350%, motivado pela reavaliação das reservas existentes no território nacional. O mesmo processo de reavaliação de reservas mostrou que no ano de 2006, as mesmas estavam superestimadas. O teor médio do manganês das reservas nacionais atinge 32,5%. As principais reservas nacionais estão localizadas nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia e Pará. A reserva existente no estado do Amapá, permanece inalterada em relação ao ano 2000, tendo em vista que as atividades de lavra foram encerradas no ano de 1997. O Estado de Minas Gerais continua sendo o que mais possui reservas, com valor estimado em mais de 511 milhões detoneladas, em seguida aparece o estado de Mato Grosso do Sul com quase 38 milhões de toneladas e o Pará com 25 milhões de toneladas. As reservas localizadas nos demais estados ainda não são utilizadas de forma expressiva, em virtude dos maiores produtores do manganês em território nacional serem as empresas pertencentes ao grupo VALE que localizam sua produção em sua maioria nos estados de Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul e Pará e a Mineração Buritirama, que concentra sua produção no município de Marabá, no estado do Pará. Denominação dada a um conjunto expressivo de corpos de rochas granitóides, com idade média de 1.400+-57Ma, com base em dados geocronológicos Rb/Sr. O Batólito Serra da Providência é o principal representante, incluindo ainda vários stocks que se distribuem pelos estados de Mato Grosso e Amazonas. Ainda segundo CPRM (op.cit) rochas básicas, mangeríticas e charnockíticas foram incluídas na suíte. Granitos e rochas associadas são intrusivos no Complexo Jamari e Complexo Gnáissico - Migmatítico Jaru, muito embora relações diretas de contato não sejam tão evidentes. No Batólito Serra da Providência são caracterizadas quatro fácies, mostrando variações texturais, mineralógicas e composicionais, com destaque para a textura rapakivi. Os fácies mais comuns são biotita granitos porfiríticos cinza rosados, anfibólio-biotita granitos (piterlitos), granitos pórfiros e sienogranitos gráficos equigranulares róseos; viborgitos ocorrem mais raramente, e exibem feições típicas de mistura de magmas. Dados geoquímicos indicam tratar-se de granitos subalcalinos, metaluminosos a fracamente peraluminosos, e os teores dos elementos maiores, menores, traços e terras raras são compatíveis com granitos rapakivi e tipo-A. Quando plotados em diagramas de compartimentação geotectônica, as rochas graníticas da suíte se posicionam no campo dos granitos tardi-orogênicos e também no campo dos pós-tectônicos. Os estados que possuem as reservas com maior percentual de teor de manganês são: Bahia (55,17%), Rondônia (53%) e Mato Grosso do Sul (51,49%). No período compreendido entre 1995 e 2003 as reservas mantiveram-se praticamente estáveis, somente a partir de 2004 após novas cubagens é que se observou um aumento significativo dos depósitos de manganês. Produção: A produção mundial de minério de manganês em 2008 atingiu 14 milhões de toneladas, mostrando assim um acréscimo de aproximadamente 11% em relação a 2007, quando a produção atingiu 12,6 milhões de toneladas. A produção brasileira em 2008 chegou a 2,4 milhões de toneladas, o que importa dizer que houve um incremento de 28%em relação a 2007, motivado principalmente pela demanda internacional, que estava aquecida antes da crise internacional. A produção brasileira em 2008, representou 17,1% da produção mundial, o que coloca o Brasil em 2 º lugar no ranking mundial. A maior parte da produção de manganês destina-se à produção de ferroligas, cerca de 90% da produção mundial tem essa destinação. No Brasil a produção de ferroligas foi de 536 mil toneladas em 2008, produção 28%maior do que 2007, quando atingiu 419 mil toneladas. A produção de ferroligas à base de manganês está dividida da seguinte forma: Fe Mn AC172 mil toneladas, Fe Si Mn 288 mil toneladas e outros 75 mil toneladas. Com a descoberta de uma reserva em Zâmbia, aquele país tem grandes chances de tornar-se um fornecedor mundial de manganês, pois o teor estimado para tal reserva atinge a casa de 44% a 52% de manganês contido no minério. No ano de 2005, a VALE produziu 3 milhões de toneladas de manganês e 563 mil toneladas de ligas. Cerca de 60%do volume produzido é consumido nas próprias usinas de ferro-ligas da VALE e 40% são exportados para o mercado asiático. Dentre os ativos de manganês da VALE, a mina do Azul, em Carajás, é o principal e está integrada na RDM com outrasminas no país. A RDM/VALEtem ainda a mina de manganês de Urucum, em Mato Grosso do Sul, integrada a uma usina de liga. Além disso, é controladora da RDME, produtora de ferro-ligas em Dunquerque (França) e da RDMN (Rio Doce Manganês Noruega), na Noruega. Consumo: O consumo de manganês pela indústria brasileira em 2008 manteve-se estável percentualmente, pois aponta a indústria siderúrgica como a grande consumidora deste minério, emseguida temosa fabricação de pilhas, indústria química e outros como a indústria farmacêutica. Comércio: Em 2008 as exportações de minério de manganês, segundo as informações da SECEX/MDIC, atingirama casa dosUS$ 693milhões, o que representou um acréscimo de mais 160% em relação a 2007, quando as exportações somaram US$ 263 milhões. Este fato deve-se em virtude do ano de 2008, ter tido um aquecimento muito forte da demanda pelo minério de manganês, mesmoo ano de 2008, tendo sido o da explosão da crise, isso não afetou de imediato a exportação do manganês, pois o auge da paralisação de
compras veio a ocorrer já no final do ano, quando muitos contratos de compra e venda já haviam sido firmados. A quantidade de minério também teve um incremento em 2008, se comparado com 2007, este incremento foi da ordem de 64%, pois a quantidade exportada em 2008 chegou a marca de 2,3 milhões de toneladas, contra 1,4 milhões de toneladas apuradas em 2007. O saldo da balança comercial de minério de manganês vem registrando sucessivos superávits no período compreendido entre 1995 e 2008, em virtude do Brasil ser um grande fornecedor mundial do minério. Pode-se verificar na tabela acima que o saldo da balança comercial brasileira para o minério de manganês também registrou superávit em2008, da ordemde US$ 565milhões, o que vem mostrando-se uma constante no período 1995/2008, com maiores ou menores saldos, mas sempre positivos. Outro produto que tembom desempenho na balança comercial brasileira, apesar de em 2008 ter tido uma pequena redução, são as ferroligas à base de manganês, pois no mencionado ano a venda deste produto ao mercado externo atingiu amarca de praticamente US$ 102 milhões de dólares, contra US$ 114 milhões registrados em 2007, apontando uma redução da ordem de 10%. O saldo da balança comercial das ferroligas à base de manganês mostra que este item vem tendo desempenho positivo no período 1995/2008, da mesma forma como o minério de manganês. O destino das exportações dos bens primários de minério de manganês está assim distribuído: França (35%), Chipre (21%), China (11%), Estados Unidos (10%) e outros (23%). As ferroligas à base de manganês tiveram como principal destino os países localizados na America do Sul.
 
Preços: Os preços do minério de manganês mantiveram-se estáveis no período 1995/2007, somente se comparado com o ano de 2008 é que podemos observar uma oscilação de mais de 75%, se analisarmos os números com as devidas atualizações monetárias. As ferroligas à base de manganês tiveram uma oscilação maior no período 1995/2007, fato motivado pela regra básica de mercado, a lei da oferta e demanda, contudo observa-se que no período 1995/1998, os preços mantêm-se praticamente estáveis. No qüinqüênio 1999/2003, os preços das ferroligas atingiram o patamar de menos de US$ 1.000,00. O mercado de ligas demanganês, depoisdo ‘boom’ de preçosem 2004, ajustou-se em 2005 e 2006 devido ao excesso de estoques internacionais. A partir de 2005, os preços das ferroligas começaram a ser impulsionados, chegando ao final de 2006, a estarem recuperados por conta do consumo dos estoques. Em 2008 o preço chegou a pouco mais de US$ 1.300,00, o que representa uma queda de aproximadamente 10% em relação ao preço praticado em 1995. A tendência de preços do minério de manganês e das ferroligas à base de manganês, após a crise internacional, é manterem-se no patamar atual em 2009 e 2010, e a partir de 2011 começar a apresentar um novo ‘boom’, segundo a projeção das principais empresas produtoras. Este fato justifica-se em virtude de cada vez mais a indústria necessitar do bem mineral para o desenvolvimento global, sobretudo a ‘locomotiva’ chinesa, que mesmo com previsão de crescimento menor, ainda assim deve apresentar índices entre 7% e 9% de crescimento anual. Perspectivas: Ominério de manganês não tem previsão de substituição no curto prazo, pois seu custo de produção é relativamente baixo e as reservas descobertas e exploradas cobrem perfeitamente a demanda mundial. A produção brasileira em especial, devido a paralisação de parte da produção da VALE, a maior produtora nacional e umas das maiores mundiais, deve ter também uma desaceleração, acompanhando a tendência mundial. Tal fato justifica-se em virtude da produção de manganês ser direcionada na sua maioria para o setor de ferroligas e diante da desaceleração na demanda do setor siderúrgico, a demanda por minério de manganês conseqüentemente será afetada. No âmbito das fusões a VALE e a BHP Billiton avaliam a compra da mexicana Compañía Minera Autlan, que detém depósitos de manganês na América do Norte.
 
 
Histórico Regional da Área
O histórico da região onde a poligonal da área está inserida, é muito promissor, poisas áreas vizinhas, oneradas tanto pela Vale do Rio Doce, quanto pela Mineração Santa Elina, ocupam a Formação Pimenta Bueno, visto que esta trata-se de uma formação rochosa que ocupa mais de 70 % da área, baseando-se nisso a Mineração Urupá Ltda, resolveu pesquisar a área, contratando a empresa Ambiogeo Consultoria na área de meio ambiente e geologia Ltda. para efetuar os levantamentos pertinentes Inseridas neste contexto situa-se a área em estudo, cujo potencial para manganês pôde ser confirmado preliminarmente pelos resultados analíticos das amostragens coletadas na área de estudo pela equipe técnica da Ambiogeo Consultoria, cujos percentuais variaram de 52,2 a 81,6 % de MnO contido. Cubagem da Jazida: O laudo da cubagem prévia desenvolvido pela equipe técnica da Ambiogeo Consultoria, foi elaborado de acordo com as normas técnicas da ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas), segundo a Lei Federal nº.5194 de 24/12/1996.
 
Para avaliação prévia das reservas foi levado em consideração os resultados analíticos das amostras coletadas pela equipe técnica durante campanha de campo ocorrida entre os dias 03/11/2009 e 09/11/2009.
 
A pré cubagem do bem mineral Mn encontra-se abaixo relacionada. A área pesquisada relativa ao DNPM 000.000/00 é equivalente a 20%da área. O que nos dá uma extensão areal de 4.624,50 m por 1000 m. Isso perfaz um total de 4.624.500 m². A profundidade média pesquisada foi de 8 (oito) metros, teremos então 36.996.000 m³. A ocorrência do minério Mn na referida faixa pesquisada é de aproximadamente 10%, o que nos dará3.699.600 m³ de material processável, que multiplicado pela sua densidade, que é de 7,72 ton/m³, teremos um total de 28.560.912 Ton de Mn. É importante ressaltar que nos cálculos apresentados acima, haverá uma perda em torno de 10% referente ao processo de beneficiamento, ficando então 25.704.820,8 Ton.
 
 
Avaliação da Jazida
A área pesquisada relativa ao DNPM 000.000/00 é equivalente a 20% da área. O que nos dá uma extensão areal de 4.308 m por 1000 m, dando um total de 4.308.000 m². Sendo a profundidade média pesquisada de 6 (seis) metros, temos então 25.848.000 m³. A ocorrência do minério Mn na referida faixa pesquisada é de aproximadamente 10%, o que nos dará 2.584.800m³ de material processável, que multiplicado pela sua densidade, que é de 7,72 ton/m³ nos dá um total de 19.954.656 Ton de Mn, com uma perda em torno de 10% referente ao processo de beneficiamento, ficando então 17.959.190,4 Ton de Mn.
 
A soma total de Mn relativo ao levantamento prévio para cubagem, em toneladas, da área da Mineração Urupá Ltda é de 43.664.011,2 ton. Considerando que o preço atual (15/12/2009) do manganês com teor de 53%, é de US$ 238,00/ton, teremos o valor total de US$ 10.392.034 (Dez bilhões, Trezentos e Noventa e Dois Milhões, Trinta e Quatro mil dólares americanos), cujo Laudo contem 16