sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Sem autorização, mais de 1.200 garimpeiros exploram ouro e diamantes no Rio Jequitinhonha

Sem autorização, mais de 1.200 garimpeiros exploram ouro e diamantes no Rio Jequitinhonha

outo Sem autorização, mais de 1.200 garimpeiros exploram ouro e diamantes no Rio JequitinhonhaA extração de diamante, que deu origem à cidade de Diamantina, no Alto Jequitinhonha, e gerou riquezas durante séculos, parecia quase adormecida em livros, museus e na memória de moradores da cidade.
Mas a descoberta de pedras preciosas em uma área conhecida como Areinha, às margens do rio Jequitinhonha, até pouco tempo explorada apenas por grandes empresas, vem fazendo reacender a mineraçãolocal pelas mãos de pequenos garimpeiros da região.
A atividade no território começou de forma discreta e clandestina, no fim de 2007, quando a Mineração Rio Novo – subsidiária da Andrade Gutierrez -, que tem até hoje o direito de exploração da lavra, encerrou os trabalhos por considerar que ali já não havia mais lucro.
Mas o que já não era rentável para uma empresa de grande porte, vem enchendo o bolso dos garimpeiros.
Hoje, a área já reúne aproximadamente 1.200 trabalhadores, que vivem ali de maneira irregular, sem autorização para extração ou permanência no local. Já são 300 bombas de sucção instaladas às margens do Jequitinhonha.
E é na areia e nos restos de cascalho deixados pelas companhias que os trabalhadores encontram diamante e ouro.
A maioria diz lucrar em torno de R$ 1.000 por mês. Mas quando a apuração – nome dado ao processo final da extração, na peneiração do minério – é boa, eles chegam a receber R$ 25 mil de uma só vez.
A reportagem passou três dias na cidade, acompanhando o trabalho dos exploradores.
Na última terça-feira, conheceu o garimpeiro Ademar Ribeiro Júnior, 23, assim que ele achou três pedrinhas de diamante, cada uma com cerca de 1 grama (que ele diz vender por R$ 85 cada). "Qualquer quantidade de diamante já deixa a gente feliz demais", diz, com um sorriso largo.
O ouro, subproduto do diamante, também tem gerado lucro. Ele conta que sua melhor apuração na Areinha rendeu R$ 10 mil para cada trabalhador.
Regularização.
A Cooperativa Regional Garimpeira de Diamantina (Coopergadi) tenta um acordo com a Mineração Rio Novo desde 2009 para regularizar a atividade. "A situação fugiu do controle. Tem gente ganhando R$ 1 milhão no mês e outros, nada. Queremos dividir os lucros", afirmou o presidente da Copergadi, Raimundo Luiz de Miranda.
Atividade movimenta economia
A exploração na Areinha está movimentando a economia da região.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Diamantina (Acid), Guilherme Coelho Neves, diz que o impacto do garimpo é inegável, principalmente nos setores de automóveis, combustíveis e manutenção de máquinas e equipamentos. "Hoje, a mineração voltou a ser fundamental para o comércio", diz.
O vendedor Sidimar Guedes, que trabalha em uma concessionária da cidade, comemora o aquecimento das vendas . Ele diz que as caminhonetes mais caras são as mais procuradas. "Tem garimpeiro que chega aqui com R$ 30 mil em dinheiro e paga à vista".
Satisfeito com o crescimento, o secretário Municipal de Meio Ambiente, Marcílio Almeida, que falou em nome da prefeitura, quer que a área da Mineração Rio Novo, que encerrou as atividades na cidade, mas ainda tem o direito à exploração, seja repassada aos garimpeiros.

Haiyan: a morte que vem do céu

Haiyan: a morte que vem do céu

Um dos maiores e mais devastadores tufões de toda a história moderna parece estar em formação e prestes a devastar Manila nas Filipinas. Com ventos de 320km/h o super-tufão Haiyan pode ser o pior da história e deve atingir Manila, uma cidade frágil com uma enorme população vivendo em casebres sem a menor chance de sobreviver aos ventos e a inundação que certamente irá ocorrer.
Haiyan, também chamado de Yolanda nas Filipinas pode ficar até 12 horas sobre as ilhas e, tudo leva a crer que Manila, uma cidade assolada por inundações no passado,  será atingida. Todos os voos foram cancelados e centenas de milhares de pessoas estão sendo evacuadas. Segundo o Presidente Benigno Aquino III nenhum tufão vai colocar as Filipinas de joelhos. 

Minério de ferro: quanto o Brasil perde ao exportar um produto sem valor agregado?

Minério de ferro: quanto o Brasil perde ao exportar um produto sem valor  agregado?




 O minério de ferro é um dos principais produtos da pauta de  exportação do Brasil.e a principal commodity.
principais exportações brasileiras
As exportações totalizaram 41,8 bilhões de dólares em 2011 após um  crescimento recorde de 367% desde 2006 conforme a tabela do Banco  Central acima.
Motivos para celebrar? Nem tanto.
Ao exportarmos minério bruto, sem valor agregado, estamos repassando  todo o lucro da cadeia produtiva ao país comprador que transformará o  minério de ferro em ferro gusa, aço e, depois , em produtos  industrializados que retornarão ao Brasil com lucros embutidos  simplesmente gigantescos. Lucros, é claro, que nós estamos deixando de  ganhar. Em suma essa é uma boa definição de país subdesenvolvido. Não há  muito a celebrar se almejamos crescer e aumentar a distribuição de  riquezas o que deve ser o principal objetivo dos nossos governantes.
Os preços praticados pelo mercado de minério bruto são baixíssimos  quando comparados com produtos de valor agregado como ferro gusa, na  parte mais baixa da escala ou do aço contido em produtos  industrializados, na parte mais alta e nobre da escala.
Um exemplo que ilustra o problema: para construirmos um automóvel  médio com 1.000kg de aço serão necessários em torno de 1,6  toneladas de concentrado de minério de ferro. Esse concentrado,  após a extração, beneficiamento e transporte será vendido em um porto  Brasileiro por apenas R$320 a tonelada ...O veículo  importado feito a partir desse minério de ferro chegará ao mesmo porto  com preço centenas de vezes mais alto.
O nosso minério de ferro bruto é a espinha dorsal de uma indústria  trilionária da qual nós pouco participamos.
Somos o terceiro maior produtor de minério de ferro mas o décimo na  produção de aço cujo preço por tonelada é 5 vezes maior do que o  do concentrado de minério de ferro que vendemos tão  alegremente. Ou seja: ainda somos meros exportadores de matéria prima e  continuamos longe de ser uma das maiores economias do mundo.

Rank Minério de ferro País  
1China
2Australia
3Brasil
4India
5Russian  Federation
6Ukraine
7South  Africa
8Iran,  Islamic Republic Of
9Canada
10United  States
RankPaísProdução de aço x 1000t
1China489,240
2Japan120,203
3United  States98,100
4Russian  Federation72,389
5India53,100
6Korea,  Republic Of51,517
7Germany48,550
8Ukraine42,830
9Italy31,990
10Brasil31,800
  Fonte:  IndexMundi
 Uma revolução que vise uma melhor distribuição de riquezas deve  começar com o foco bem definido nos pontos que irão fazer a diferença  nesta equação. A educação, infraestrutura e saúde devem  obrigatoriamente, ser focados. Mas agregar valor ao minério de ferro a  ser exportado é fundamental e deve ser, também, uma das nossas  prioridades.
Não podemos nos gabar de sermos grandes exportadores de commodities  em estado bruto, como o minério de ferro assim como não podemos nos  gabar de termos um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) só  perdendo, na América do Sul, para a Colômbia, Bolívia e a Guiana.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Você conhece o Olho do Saara?

Você conhece o Olho do Saara?

Esta magnífica estrutura circular, popularmente chamada de Olho do Sahara é  perfeitamente visível no Saara Ocidental dentro da Mauritânia.
Ela tem aproximadamente 40 km de diâmetro e, no mundo científico é chamada de  Richat Structure.


Olho do Saara

A   Richat Structure foi considerada por muitos, erroneamente, como  uma estrutura de impacto de meteorito.

Olho do Saara

Nada disso. Trata-se de um domo quase perfeito causado pela intrusão de um  complexo carbonatítico em rochas sedimentares sub-horizontais. Na porção central são encontrados carbonatitos, brechas hidrotermais e rochas kimberlíticas.
É possível observar que não se trata de apenas um evento mas de várias fases intrusivas superimpostas.


A intrusão arqueou as unidades sedimentares que, posteriormente, foram  erodidas causando essa estrutura tipo casca de cebola característica.

Chineses buscam investidores para as suas minas

Chineses buscam investidores para as suas minas
Segundo Jiang Daming o Ministro de Recursos e Terras da China o país acredita que a mineração terá uma contribuição decisiva no crescimento econômico da China. Ao contrário de  países como o Brasil onde os Governos estão criando novos códigos minerais com maiores impostos e maior controle sobre a mineração os chineses prometem exatamente o contrário. Segundo Jiang Daming o governo chinês vai simplificar as aprovações e concessões dos recursos minerais objetivando uma maior eficiência do setor.
A política chinesa está atraindo a atenção dos mineradores e das junior companies que anteriormente olhavam a China com cautela. Se a nova política governamental for realmente pro-mineração como o Ministro fala teremos um novo boom na exploração mineral. Esse boom iniciará na China,  que há poucas décadas era um dos países mais fechados aos investimentos estrangeiros. A mineração só foi aberta aos estrangeiros há 13 anos e hoje, apesar das restrições, mais de 200 empresas, a maioria junior companies, atuam na pesquisa e lavra de minerais.
As coisas mudam...