segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Odebrecht entrando no gás do xisto dos Estados Unidos

Odebrecht entrando no gás do xisto dos Estados Unidos
Segundo informações de West Virginia a Odebrecht e a Braskem Americas já escolheram um local para a implantação de uma planta (cracker) petroquímica cuja matéria prima será o gás dos folhelhos (etano). O projeto da Braskem/Odebrecht chama-se Ascent - Appalachian Shale Cracker Enterprise e terá uma locação potencial em Parkersburg no Estado de West Virginia.  A Ascent usará o etano, derivado dos folhelhos, para a fabricação  das contas de plástico (foto) usadas como matéria-prima de copos e sacos plásticos em geral.
A preocupação de West Virginia é se haverá ou não uma interferência deste projeto com o da Shell localizado em Beaver, no mesmo Estado.
A Odebrecht já estava prospectando um local na Pennsylvania antes de escolher Parkersburg para a locação da planta.
A Odebrecht é a controladora da Braskem Americas com 51%. 

Brazil Resources fecha negócio e compra a Brazilian Gold

Brazil Resources fecha negócio e compra a Brazilian Gold
A crise  tornou várias empresas baratas e muito atrativas. Foi o caso da canadense  Brazilian Gold, que tem em seu portfólio mais de 2 milhões de onças de ouro  certificados. A empresa investiu principalmente no Tapajós, em projetos de alta  qualidade como São Jorge e Boa Vista, onde se associou à Octa Mineração.
Apesar  dos bons projetos as ações da Brazilian Gold estavam muito baratas e isso tornou  a junior canadense em uma presa apetitosa para aquelas mineradoras capitalizadas  como informamos no Portal do Geólogo em junho deste ano. A Brazilian Gold era  uma presa certa no agressivo mercado pós-crise. 
Somente  agora a Brazilian Gold foi comprada pela Brazil Resources, uma junior canadense  que vem investindo em projetos de ouro no Brasil. A Brazil Resources é  capitaneada por Amir Adnani, um jovem e bem sucedido investidor que fez fortuna  em sua empresa de urânio a Uranium Energy Corp e tem no seu Board personalidades  como o brasileiro e banqueiro Mário Garnero, do Brasilinvest.
Com essa  aquisição a Brazil Resources passa a ser a empresa de mineração, no Brasil, com  os maiores recursos de ouro em projetos ainda não desenvolvidos.
Tudo  leva a crer que a Brazil Resources  tem  potencial de se transformar em uma poderosa “mid-tier”.

Vai ser  interessante acompanhá-la em sua saga.

Controvérsia: a cratera de Popigai tem a maior reserva de diamantes do mundo?

Controvérsia: a cratera de Popigai tem a maior reserva de diamantes do  mundo?
   


Popigai é uma cratera de impacto de meteorito listada entre as mais famosas do  mundo. Ela se localiza a 880 km de Norilsk, outra estrutura de impacto famosa.  Popigai tem 100 km de diâmetro é a sétima maior cratera em tamanho.
O impacto ocorreu a 35 milhões de anos, no Eoceno, quando um meteorito  condrítico de 8km de diâmetro se chocou contra o solo causando uma enorme  devastação.
O mais interessante é que este astroblema é tido como o maior depósito de  diamantes do mundo.


Propigai cratera
Cratera de Popigai com 100km de diâmetro

Muitos cientistas Russos afirmam que lá existem trilhões de quilates de  diamantes um número quase inimaginável em se tratando de um mineral raro como o  diamante.
O diamante de Popigai já foi explorado no passado por prisioneiros dos Gulags  durante a época de Stalin e é cercado de mistérios e de controvérsias.
O diamante de Popigai foi formado no impacto do meteorito sobre um  granada-grafita-gnaisse Arqueano, rocha metamórfica que aflora regionalmente na  área e apresenta extensas evidências de impacto como shatter-cones, coesita,  stishovita e outras variedades de quartzo de altíssima pressão.



geologia Propigai
Geologia da cratera de  Popigai mostrando a área de influência dos tagamitos, brechas e ejectas

A pressão e temperatura geradas no impacto foram extraordinárias possivelmente  excedendo aquelas necessárias à formação do diamante, na zona do impacto.  Calcula-se que a energia liberada foi equivalente a milhões de artefatos  nucleares o que causou a fusão de 1.750 quilômetros cúbicos de rocha. Essa rocha  fundida é encontrada na área, 35 milhões de anos após o impacto, e é chamada de  tagamito.
O impacto, a uns doze quilômetros de distância do centro, transformou a grafita  dos gnaisses em diamantes. Esta transformação não ocorreu em toda a área  afetada, mas apenas na região cujas condições de P e T foram compatíveis com a  transformação da grafita em diamante. Mesmo com essas restrições um grande  volume de diamantes foi formado e, possivelmente, Popigai deve conter o maior  volume de diamantes do mundo como os Russos apregoam.
Infelizmente as condições para a formação do diamante não foram duradouras. Tudo  ocorreu em um tempo bastante pequeno o que não foi o suficiente para que o  diamante pudesse crescer e atingir tamanho e qualidade que caracterizam as gemas  de grande valor econômico. Estudos geoquímicos mostram que o agente controlador  da formação de diamantes nos tagamitos era a água e não necessariamente a  grafita. Quanto menor a quantidade de água na rocha maior a chance de formação  do diamante.
Os russos, ufanistas, imaginavam que Popigai iria mudar completamente o cenário  mundial do diamante e tentaram manter a informação sob segredo, desde as  primeiras expedições científicas em 1970.
A maioria dos diamantes ainda tem o formato dos flocos de grafita e são muito  pequenos, abaixo de dois milímetros de diâmetro, sendo classificados como micro  diamantes.
Bons para abrasivos, mas não para a joalheria.
Os diamantes de Popigai tem características distintas dos demais sendo mais  duros e com uma cristalografia própria como os hexagonais (lonsdaleita)  descritos em meteoritos

Bons prenúncios: FTSE 100 perto de recorde histórico

Bons prenúncios: FTSE 100 perto de recorde histórico
O índice FTSE 100 mede as 100 maiores empresas (valor de mercado) da bolsa de Londres. Esse é um dos mais importantes índices da Europa e mostra os sinais de desastre ou de prosperidade para os negócios europeus e no Reino Unido.
Este índice que foi inaugurado em 1984 atingiu a sua maior alta em dezembro de 1999, que foi de 6950,6. Depois disso, durante a crise, atingiu 3.500 em 2009. Desde então o índice vem se recuperando atingindo agora os níveis recordes de 1999.
Trata-se de um claro aquecimento da economia europeia que vinha claudicando, a beira do abismo, desde o início da crise de 2008.  O FTSE 100 está chegando ao recorde de 14 anos e isso quer dizer muito para todos que, como nós, trabalhamos no ramo de mineração. É o reaquecimento da União Europeia, com 600 milhões de habitantes e com um PIB de 15 trilhões de dólares, equivalente ao dos Estados Unidos. Com a União Europeia voltando a crescer ao mesmo tempo em que os Estados Unidos e a China crescem, veremos uma nova fase de aceleração da economia mundial que alavancará as commodities e a mineração como um todo. Os tempos ruins estão ficando na história. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Turmalina Paraíba, uma das gemas mais caras do mundo, pode estar se transferindo para a África

Turmalina Paraíba, uma das gemas mais caras do mundo, pode estar se transferindo para a África
Por Pedro Jacobi 
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Talvez você, como muitos, já deve ter se perguntado, em algum momento de sua vida - afinal, o que é essa tal de Turmalina Paraíba e por que ela é uma das gemas mais caras do mundo?

A resposta, é lógico, está na sua raridade e beleza. Uma das características dessa gema é a sua cor brilhante, vívida, quase um neon que só é salientada após a lapidação.

Do ponto de vista técnico ela é uma variedade cuprífera de elbaíta, uma variedade de turmalina cuja fórmula é Na(Li,Al)3Al6B3.Si6O27(OH,F)4. O nome Paraíba vem da primeira localidade onde essa turmalina foi descoberta.
Segundo a lenda a turmalina Paraíba foi descoberta por Heitor Dimas Barbosa em 1981. Heitor passou anos escavando um pegmatito próximo da Vila S. José da Batalha, acreditando que debaixo do morro chamado Paraíba existia algo diferente.
Somente em 1989, Heitor conseguiu o primeiro lote de pedras de qualidade. As cores eram extraordinárias nunca vistas antes em nenhuma outra turmalina: estava descoberta uma das gemas mais preciosas do mundo.
As cores são variadas, mas a clássica é o azul neon cor gerada pelo conteúdo de cobre do manganês na estrutura cristalina da turmalina.

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As brasileiras clássicas com seus tons de azulAcima Turmalinas Paraíba vindas da África com diversas colorações

A cor e seu brilho extraordinário são realçados após a lapidação e pelo aquecimento. O aquecimento da turmalina é feito para que a cor alcance o seus tons mais vívidos, a sua principal característica.
As Turmalinas Paraíba brasileiras são raras e, geralmente, pequenas. As estatísticas mostram que são necessárias 2.000 toneladas de material para produzir 40 quilates. O que é pior, aa minas brasileiras já estão praticamente exauridas.

O preço do quilate varia de acordo com a cor, tamanho, transparência, ausência de inclusões e lapidação. Em geral é comum ver preços acima de US$10.000 por quilate em pedras de bom tamanho.

No entanto uma nova descoberta está fazendo as Paraíbas mudarem de continente...

A Paraíba na África:

Mais recentemente, em 2001, foram descobertas turmalinas “Paraíba”na Nigéria e em Moçambique. Essas novas descobertas geraram muitas polêmicas sobre o termo Paraíba. Os gemólogos estavam propensos a chamar a gema de Elbaíta Cuprífera. Mas em 2006 foi decidido que todas as turmalinas tipo elbaita com cobre deveriam ser chamadas de Turmalinas Paraíba ou tipo Paraíba.
As turmalinas vindas da África não podem ser diferenciadas das brasileiras. Somente com estudos químicos foi possível identificar a “digital química” destas turmalinas que realmente tem alguns elementos traços um pouco diferentes.
O que, no entanto, preocupa é que as Paraíbas africanas são muito maiores do que as brasileiras e podem ser produzidas em maiores quantidades o que vai acabar afetando os preços do quilate. Aqui é raro uma Turmalina Paraíba com mais de cinco quilates enquanto que na África estão surgindo várias acima de dez quilates sendo que é de Moçambique a maior Paraíba lapidada do mundo (foto).

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Uma Turmalina Paraíba rara com 14,2 quilates de Moçambique57,19 quilates de Moçambique é a maior Turmalina Paraíba lapidada 
do mundo e pode valer mais de 25 milhões de dólares.