terça-feira, 26 de novembro de 2013

Poluição: China em processo de modernização fecha plantas de ferro e aço

Poluição: China em processo de modernização fecha plantas de ferro e aço

A poluição na China mata milhares de pessoas. O nível de poluição do ar nas principais cidades chinesas está insuportável. O Governo decidiu iniciar um combate contra a poluição, fechando estabelecimentos, fábricas e até mesmo as cidades.
Foi o que aconteceu neste domingo quando a Província de Hebei, um dos centros de indústrias de ferro e aço, decidiu fechar as fábricas que estão poluindo a atmosfera em três cidades distintas.
Os chineses não estão mais brincando.
Segundo as autoridades de Hebei as plantas não serão só fechadas, mas demolidas. A estratégia é radical: destruir o sistema produtivo e cortar a fonte de energia permanentemente, de forma que essa produção não possa mais se restabelecer. A China, com isso, está paralisando uma série de novos projetos de aço e ferro até que um total de 80 milhões de toneladas por ano sejam completamente obliteradas. Metade desses projetos estará localizada em Tangshan.
A população agradece.
Por outro lado milhares ficarão desempregados e a receita do Estado irá diminuir.
As autoridades estarão instalando sensores de poluição do ar em todas as plantas e siderúrgicas de ferro, aço, vidro, cimento e termoelétricas de Hebei, em um ano.

Absurdo: Índia deve começar importações de minério de ferro em breve

Absurdo: Índia deve começar importações de minério de ferro em breve
Graças à paralisação das minas de Goa e Karanataka a Índia, o terceiro maior exportador de minério de ferro do mundo, poderá, agora, passar a importador, segundo o Ministro do Aço.
O objetivo da Índia é produzir 300 milhões de toneladas de aço por ano, em 2025. A atual produção, com as minas paralisadas, não é suficiente para atingir essa meta e, no momento, existe um déficit de 140 milhões de toneladas de minério de ferro. A produção que antes da paralisação era de 213 milhões de toneladas hoje não passa de 136Mt por ano.
O assunto das paralisações das minas já é antigo e, por total falta de solução negocial, o Governo e os Mineradores continuam o debate que parece não ter fim. É uma situação onde todos perdem.
Recentemente a Suprema Corte determinou que o minério já extraído e estocado pudesse ser vendido. Desta forma o prejuízo dos mineradores será mitigado, pois eles estavam com os seus estoques no pátio há 14 meses. Calcula-se que no primeiro momento serão liberadas 11 milhões de toneladas de minério de ferro que serão exportadas como material de baixo teor. O total de minério a ser liberado está próximo de 1,1 bilhão de toneladas.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Odebrecht entrando no gás do xisto dos Estados Unidos

Odebrecht entrando no gás do xisto dos Estados Unidos
Segundo informações de West Virginia a Odebrecht e a Braskem Americas já escolheram um local para a implantação de uma planta (cracker) petroquímica cuja matéria prima será o gás dos folhelhos (etano). O projeto da Braskem/Odebrecht chama-se Ascent - Appalachian Shale Cracker Enterprise e terá uma locação potencial em Parkersburg no Estado de West Virginia.  A Ascent usará o etano, derivado dos folhelhos, para a fabricação  das contas de plástico (foto) usadas como matéria-prima de copos e sacos plásticos em geral.
A preocupação de West Virginia é se haverá ou não uma interferência deste projeto com o da Shell localizado em Beaver, no mesmo Estado.
A Odebrecht já estava prospectando um local na Pennsylvania antes de escolher Parkersburg para a locação da planta.
A Odebrecht é a controladora da Braskem Americas com 51%. 

Brazil Resources fecha negócio e compra a Brazilian Gold

Brazil Resources fecha negócio e compra a Brazilian Gold
A crise  tornou várias empresas baratas e muito atrativas. Foi o caso da canadense  Brazilian Gold, que tem em seu portfólio mais de 2 milhões de onças de ouro  certificados. A empresa investiu principalmente no Tapajós, em projetos de alta  qualidade como São Jorge e Boa Vista, onde se associou à Octa Mineração.
Apesar  dos bons projetos as ações da Brazilian Gold estavam muito baratas e isso tornou  a junior canadense em uma presa apetitosa para aquelas mineradoras capitalizadas  como informamos no Portal do Geólogo em junho deste ano. A Brazilian Gold era  uma presa certa no agressivo mercado pós-crise. 
Somente  agora a Brazilian Gold foi comprada pela Brazil Resources, uma junior canadense  que vem investindo em projetos de ouro no Brasil. A Brazil Resources é  capitaneada por Amir Adnani, um jovem e bem sucedido investidor que fez fortuna  em sua empresa de urânio a Uranium Energy Corp e tem no seu Board personalidades  como o brasileiro e banqueiro Mário Garnero, do Brasilinvest.
Com essa  aquisição a Brazil Resources passa a ser a empresa de mineração, no Brasil, com  os maiores recursos de ouro em projetos ainda não desenvolvidos.
Tudo  leva a crer que a Brazil Resources  tem  potencial de se transformar em uma poderosa “mid-tier”.

Vai ser  interessante acompanhá-la em sua saga.

Controvérsia: a cratera de Popigai tem a maior reserva de diamantes do mundo?

Controvérsia: a cratera de Popigai tem a maior reserva de diamantes do  mundo?
   


Popigai é uma cratera de impacto de meteorito listada entre as mais famosas do  mundo. Ela se localiza a 880 km de Norilsk, outra estrutura de impacto famosa.  Popigai tem 100 km de diâmetro é a sétima maior cratera em tamanho.
O impacto ocorreu a 35 milhões de anos, no Eoceno, quando um meteorito  condrítico de 8km de diâmetro se chocou contra o solo causando uma enorme  devastação.
O mais interessante é que este astroblema é tido como o maior depósito de  diamantes do mundo.


Propigai cratera
Cratera de Popigai com 100km de diâmetro

Muitos cientistas Russos afirmam que lá existem trilhões de quilates de  diamantes um número quase inimaginável em se tratando de um mineral raro como o  diamante.
O diamante de Popigai já foi explorado no passado por prisioneiros dos Gulags  durante a época de Stalin e é cercado de mistérios e de controvérsias.
O diamante de Popigai foi formado no impacto do meteorito sobre um  granada-grafita-gnaisse Arqueano, rocha metamórfica que aflora regionalmente na  área e apresenta extensas evidências de impacto como shatter-cones, coesita,  stishovita e outras variedades de quartzo de altíssima pressão.



geologia Propigai
Geologia da cratera de  Popigai mostrando a área de influência dos tagamitos, brechas e ejectas

A pressão e temperatura geradas no impacto foram extraordinárias possivelmente  excedendo aquelas necessárias à formação do diamante, na zona do impacto.  Calcula-se que a energia liberada foi equivalente a milhões de artefatos  nucleares o que causou a fusão de 1.750 quilômetros cúbicos de rocha. Essa rocha  fundida é encontrada na área, 35 milhões de anos após o impacto, e é chamada de  tagamito.
O impacto, a uns doze quilômetros de distância do centro, transformou a grafita  dos gnaisses em diamantes. Esta transformação não ocorreu em toda a área  afetada, mas apenas na região cujas condições de P e T foram compatíveis com a  transformação da grafita em diamante. Mesmo com essas restrições um grande  volume de diamantes foi formado e, possivelmente, Popigai deve conter o maior  volume de diamantes do mundo como os Russos apregoam.
Infelizmente as condições para a formação do diamante não foram duradouras. Tudo  ocorreu em um tempo bastante pequeno o que não foi o suficiente para que o  diamante pudesse crescer e atingir tamanho e qualidade que caracterizam as gemas  de grande valor econômico. Estudos geoquímicos mostram que o agente controlador  da formação de diamantes nos tagamitos era a água e não necessariamente a  grafita. Quanto menor a quantidade de água na rocha maior a chance de formação  do diamante.
Os russos, ufanistas, imaginavam que Popigai iria mudar completamente o cenário  mundial do diamante e tentaram manter a informação sob segredo, desde as  primeiras expedições científicas em 1970.
A maioria dos diamantes ainda tem o formato dos flocos de grafita e são muito  pequenos, abaixo de dois milímetros de diâmetro, sendo classificados como micro  diamantes.
Bons para abrasivos, mas não para a joalheria.
Os diamantes de Popigai tem características distintas dos demais sendo mais  duros e com uma cristalografia própria como os hexagonais (lonsdaleita)  descritos em meteoritos