terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Gurupi coloca Maranhão no mapa do ouro

Gurupi coloca Maranhão no mapa do ouro





A região tem longa história de exploração e produção de ouro e vive intenso movimento de transações nos últimos anos. As principais empresas que atuam na área tem projetos em fase pré-operacional são Luna Gold, Jaguar, Brazil Resources e Kinross.
A=Luna Gold; B=Jaguar; C=Brazil Resources. Fonte: Google MapsA historia do cinturão de ouro do Gurupi tem perto de 400 anos. O primeiro registro histórico sobre a região data de 1624 quando, em Lisboa, Estácio da Silveira publicou sua “Relação das Coisas do Maranhão”, na qual mencionou uma região rica em ouro e prata, na Amazônia Oriental. Desde essa época foi extraído muito ouro e propriedades trocam de mão constantemente nessa área que fica parte no Pará, parte no Maranhão.

Oficialmente, o Pará produz somente 3% do ouro no Brasil, enquanto o Maranhão sequer aparece nessa estatística. Quando se fala de ouro primário, o Pará aparece com 8,7%, em 2011, segundo o anuário estatístico do DNPM. Com o inicio da produção da mina Aurizona, da Luna Gold, o Maranhão deve fazer sua estreia nas estatísticas de ouro do DNPM.

Há muitas empresas operando na região. Além da gigante Kinross, quinta maior mineradora de ouro do mundo, estão presentes a Luna Gold, única com mina em produção na região, a Jaguar Mining, a Brazil Resources, e muitas empresas com pequenas propriedades como a Odebrecht, a Diamante Brasil, a Terraservice, a Mineração Impertinente entre outras.

A júnior Brazil Resources, com sede no Canadá, tem quatro áreas de exploração, sendo uma no Pará, a Cachoeira; e três no Maranhão, Montes Áureos, Trinta e Mauá. A empresa disse que poderia começar a produzir em 2016. Até o momento, seu principal ativo na região, o projeto Cachoeira, no Pará, com recursos totais de 17,4 Mt @1,40 g/t de ouro, o equivalente a 786.737 onças de ouro, mas a campanha de sondagem não foi iniciada. Entre os sócios dessa empresa está o banqueiro Mário Garnero.

No Brasil, a Kinross é a única dona da Rio Paracatu Mineração (RPM) e tem participação de 50% no controle acionário da Mineração Serra Grande, o que a torna a maior produtoras de ouro do País. No Maranhão e no Pará, dentro do cinturão de Gurupi, a Kinross detém diversos direitos.

Alguns deles foram vendidos, como aqueles onde opera a Jaguar Mining com o projeto Gurupi. Mas a empresa ainda detém diversas propriedades na região, onde atua diretamente ou através de empresas como a Companhia Nacional de Mineração, que teve como presidente, no início dos anos noventa o bilionário Eike Baptista.

A recente aquisição de fornecimento de energia da ordem de 56MW, da MPX, no Maranhão, em uma termoelétrica ainda a ser construída, reacenderam as expectativas de novas aquisições na região pela Kinross. O Brasil responde por mais de 20% da produção mundial de ouro da Kinross, o equivalente a 40 toneladas por ano.

No Cinturão de Ouro Gurupi, atua ainda a canadense Luna Gold que é proprietária da Mineração Aurizona e tem uma minacom o mesmo nome, situada na parte maranhense do Gurupi. Em 2007, a Luna Gold adquiriu o projeto Aurizona, que fica localizado no município de Godofredo Viana.

O projeto Aurizona consiste em aproximadamente 80 mil hectares de área, dividido em duas partes principais, o Aurizona Main e o Aurizona Regional. O Aurizona Main é composto pelos depósitos Piaba e Tatajuba e mais de 10 alvos satélites.

O projeto possui reservas medidas e indicadas de 81 milhões de toneladas @1.38 g/t, ou seja 3,63 milhões de onças. Os recursos inferidos são de 18,54 milhões de toneladas @1,74g/t, totalizando 1,036 milhão de onças.

A produção comercial na mina foi iniciada em 2011. Em 2012, o Aurizona produziu 74.269 onças de ouro.

Em abril deste ano, a empresa anunciou que a fase I de expansão do projeto Aurizona foi aprovado e iniciado. Em 2013, a Luna Gold espera que o projeto Aurizona produza entre 68.000 e 70.000 onças de ouro. A previsão é que a produção chegue a 125 mil onças por ano até a conclusão do projeto em 2015.

A Luna Gold era proprietária de outro projeto no Gurupi, o projeto de ouro Cachoeira, que fica na porção paraense do Gurupi. Contudo em julho de 2012 o projeto foi vendido para a Brazil Resources.

O projeto Cachoeira fica localizado a aproximadamente 220km sudeste de São Luis, no Maranhão. O projeto consiste de em dois blocos, que possuem duas licenças de mineração e três licenças de exploração, cobrindo cerca de 4.742 mil hectares de área total.

Projeto de ouro da Luna Gold no MaranhãoOutra empresa canadense que possui projetos no Gurupi é a Jaguar Mining.

A Jaguar é proprietária do projeto em construção Gurupi, no Maranhão. De acordo com a empresa, o projeto possui recursos indicados de 69,88 milhões de toneladas @1,12 g/t, totalizando 2,51 milhões de onças de ouro.

Os recursos inferidos foram de estimados em 18,67 milhões de toneladas @ 1,03 g/t, ou seja 616 mil onças de ouro. Reservas prováveis são estimas em 63,7 milhões de toneladas @ 1,14 g/t, totalizando 2,32 milhões de onças de ouro.

A Jaguar tem focado seus trabalhos de perfuração e exploração nos alvos Chega Tudo e Cipoeiro. Contudo o projeto possui 12 alvos a serem explorados e cujos recursos não foram incluídos em estudos de pré-viabilidade do projeto. De acordo com a empresa, os alvos possuem grande potencial de mineralização de ouro.

Em 2012, a Jaguar recebeu licença de instalação para o projeto Gurupi, que autoriza a construção da planta de processamento do projeto. A produção do metal pode ser iniciada no primeiro trimestre de 2014.

Brazil Minerals recebe ofertas para diamantes produzidos em Minas Gerais

A empresa recebeu ofertas para o primeiro lote de diamante bruto e ouro produzidos em sua mina Duas Barras, em Minas Gerais, e solicitou ao governo brasileiro licença para exportar sua produção de diamantes.
Diamantes brutos do mina Duas BarrasA Brazil Minerals, produtora de diamantes e de ouro com recursos identificados no Brasil, informou ter recebido várias ofertas de compra para seu primeiro lote de diamante bruto e ouro produzidos em sua mina Duas Barras, em Minas Gerais, no primeiro trimestre do ano. A venda foi feita no Brasil para compradores institucionais qualificados.

A empresa afirmou que, para ampliar seu alcance e conseguir preços mais altos para sua produção de diamantes brutos, foi solicitado ao governo brasileiro licença para a exportação dos produtos provenientes da mina Duas Barras. A empresa espera que a licença seja concedida em dois meses.

O projeto de diamante Duas Barras, localizado próximo à cidade de Montes Claros, possui recursos indicados de 1,84 milhão de toneladas @0,16 quilates/m³ e recursos inferidos de 856 mil toneladas @0,16 quilates/m³.

“É gratificante que alta qualidade do diamante produzido por nossa mina em Duas Barras, no rio Jequitinhonha, seja atraente para tantos compradores experientes. Nós recebemos não apenas várias ofertas, mas também fomos consultados por esses compradores para que reservássemos a produção do ano inteiro. Iremos manter nossas opções em aberto e não fizemos nenhum acordo, contudo nossa situação é realmente boa” afirmou Marc Fogassa, presidente do conselho e CEO da Brazil Minerals.

Recentemente, a Brazil Minerals levou duas pedras de diamante brutas, extraídas de seu projeto Duas Barras, para serem polidas no Brasil e montadas em um par de brincos. O valor econômico da atividade para agregar valor ao produto foi de aproximadamente US$ 175 por quilate do diamante bruto, polimento ao custo de US$ 50 por pedra, com o valor final do corte do diamante avaliado em aproximadamente US$ 2.000 por quilate.

"Acredito que o alto valor agregado das pedras polidas apresentadas pela Brazil Minerals apresentam alto potencial de rentabilidade" disse Fogassa.

A Brazil Minerals tem sede em Beverly Hills (EUA) e foca suas atividades em projetos de diamante e de ouro no Brasil. Além do projeto Duas Barras, a empresa é proprietária de direitos fundiários em Borba, área com potencial de ouro no Amazonas.

O projeto de ouro Borba fica localizado entre as cidades de Borba e Apuí, no Amazonas. A Brazil Minerals possui permissão de exploração em área de 9.999 hectares e ainda não realizou estudos geológicos no projeto. Contudo afirma que o alvo possui granitos contendo ouro, similares ao projeto Eldorado, da Eldorado Gold, que possui recursos estimados em 2 milhões de onças.

Orinoco inicia campanha de amostragem global no projeto de ouro Cascavel

Orinoco inicia campanha de amostragem global no projeto de ouro Cascavel


A Orinoco Gold iniciou a campanha de amostragem global para determinar os teores e os parâmetros que vão determinar o melhor método de mineração a ser adotado no projeto de mina subterrânea de ouro Cascavel, em Goiás. O programa será desenvolvido em três fases para testar a mineralização de ouro, segundo comuncado enviado hoje ao mercado.
Na primeira fase, serão processadas 20 toneladas de amostras para testes metalúrgicos em uma planta piloto, em outubro. Na fase 3, 500 toneladas em amostras servirão para avaliação do teor e e da taxa de recuperação. Essa amostra será processada em um moinho local e vai determinar o método de explorar a jazida.

Detalhe da mina de ouro Cascavel. Fonte: Orinoco GoldNa fase 3, será feita a maior mineração de toneladas e processamento. Essa fase tem o objetivo de determinar as condições ideais e técnicas de mineração a serem usadas no estudo de viabilidade.

Os resultados serão divulgados no último trimestre do ano.

Durante os 10 últimos meses, a Orinoco Gold terminou a sondagem adamantada, amostragem de canal e amostragem global das zonas de ouro, no projeto Cascavel.

Essa exploração confirmou a natureza de alto teor da mineralização mas não identificou pepitas de ouro na região, localizado em um ambiente de estruturalmente controlado de veios de quartzo empilhados. Isso significa que usar sondagem para verificar o teor é um desafio devido à variabilidade na distribuição do ouro.

A extração das amostras permanece o método mais acurado para estimar os teores num sistema de ouro grosseiro como Cascavel.

A campanha de amostragem tem o objetivo de permitir que a Onorico otimize a recuperação por gravidade para conhecer melhor o teor médio do minério de Cascavel, para ter uma indicação inicial de um teor de mineração diluído e das condições de mineração nessa zona e para acertar informações geológicas adicionais que serão usadas, entre outras coisas, no cálculo de recursos.

O projeto Cascavel faz parte do projeto Faina Goldfields, do qual a Orinoco detêm 70% de participação.

Cleveland terá aumento mais lento na produção de ouro em Goiás

Cleveland terá aumento mais lento na produção de ouro em Goiás




A Cleveland Mining apresentou hoje um novo plano de lavra que traz um ramp-up de produção mais conservador. Em julho, a mineradora australiana retomou as operações na mina de ouro Premier, em Goiás, depois de implementar uma série de medidas de redução de custos, incluindo a redução de 50% de pessoal.
Mina Premier da Cleveland em Crixás (GO).A meta da mineradora Cleveland era produzir cerca de 7.000 onças por trimestre em 2014, com base na taxa de produção mensal média de 25.000 toneladas de minério, com o teor médio de 3,2 gpt de ouro e taxa de recuperação de 90 %. Agora, essa meta foi revisada para menos de 3.000 onças.

Contudo, a empresa apresentou um novo plano de longo prazo no qual vai iniciar o processamento a uma taxa de 15.000 toneladas por mês e expandir esse número para 30.000 toneladas quando tiver instalado um novo moinho de bolas.

A Cleveland explicou que adotou um perfil mais conservador dos ramp-up perfis, devido aos investimentos adicionais necessários ao circuito de flotação para aumentar a taxa de recuperação de ouro de 75%, com o uso de separação por gravidade e do reator de lixiviação reator em linha (ILR), para até 90%.

Apesar de o investimento parecer acertado, a decisão de incluir o circuito de flotação gerou melhores resultados depois que foram feitas alterações no circuito de gravidade, que precisou ser melhor fixado e otimizado. Isso possibilitou, segundo o comunicado enviado hoje ao mercado, uma melhor compreensão do escopo e da escala necessária para o circuito de flotação.

Com o novo plano de lavra, a previsão é que a produção média trimestral seja de cerca de 2.870 onças oriundas, principalmente, das minas a céu aberto Metago e Pit 3.

A médio prazo, volumes adicionais de minério devem ser acrescentados àqueles que vão sair do Pit 3 e de Metago. A maiorfonte para essa produção adicional será a mina O Capitão, que tem minério com teores elevados.

A taxa atualizada de produtividade, considerando o teor máximo de 3 gramas de ouro por tonelada e uma taxa de recuperação de 90% com a adição de flotação, deve chegar a 7.000 onças no longo prazo.

O plano de lavra revisado baseou-se nos dados mais recentes dos recursos. A estimativa é que existem recursos de 950.000 toneladas, com 1,52 gpt de ouro capazes de gerar 46.400 onças, das quias 18.900 onças são classificadas como indicadas e 27.500 onças como inferidas.

Brazil Minerals registra aumento de 84% nas vendas de diamante

Brazil Minerals registra aumento de 84% nas vendas de diamante


As vendas de diamantes brutos, produzidos pela Brazil Minerals, aumentaram em 84%, na comparação trimestral. A mineradora anunciou hoje (1) o aumento contínuo da receita de sua subsidiária, Mineração Duas Barras, produtora de diamante e ouro localizada em Minas Gerais.
Projeto de diamante Duas Barras
Duas Barras vendeu 1.662,65 quilates de diamantes brutos, no terceiro trimestre de 2013. No trimestre anterior foram 902,10 quilates, um aumento de 84% na comparação.
A Brazil Minerals vai anunciar os resultados financeiros do terceiro trimestre deste ano como parte do relatório regular a ser entregue à comissão de valores mobiliários em 15 de novembro.
“Esse resultado é excelente e ressalta a qualidade de nossa concessão de mineração e planta de processamento. De fato, mais de 95% da nossa produção de diamante tem qualidade de gema e é destinada à joalheria. Nossa planta de processamento de diamante e ouro é a maior desse tipo na América Latina e nossa equipe operacional tem grande experiência. Duas Barras é lucrativa e acreditamos que apenas começamos a explorar o seu potencial,” disse Marc Fogassa, presidente e CEO da Brazil Minerals.
A mineradora começou a separar uma pequena parte de sua produção de diamante bruto para corte e polimento. A empresa construiu um estoque inicial de diamantes de alta qualidade para a venda.
Considerando o elevado padrão da indústria, algumas dessas gemas polidas e foram classificadas laboratório do Gemological Institute of America. Diamantes polidos, numa base por quilate, podem gerar receita e margens mais elevadas que diamantes brutos.
A Brazil Minerals é produtora de diamante e ouro e desenvolve projetos de vanádio, titânio e ferro pelo Brasil. Além da mina Duas Barras, a empresa é proprietária de direitos fundiários em Borba, área com potencial de ouro no Amazonas.
A mina Duas Barras tem capacidade de processamento de 80 toneladas por hora de cascalho, para extração de diamante e ouro. O custo de construção da planta foi de cerca de US$ 2,5 milhões.
No início de agosto, a Brazil Mineral adquiriu direitos de exploração de 75% do projeto de vanádio, titânio e ferro no Piauí. A propriedade foi adquirida de uma empresa local, a ICL.