quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Diamantes da Brazil Minerals são avaliados em US$ 5,4 mil por quilate

Diamantes da Brazil Minerals são avaliados em US$ 5,4 mil por quilate




A Brazil Minerals divulgou, hoje, a avaliação do primeiro lote de diamantes lapidados e polidos que produziu em Duas Barras, Estado de Minas Gerais. Os diamantes da empresa foram avaliados em US$ 5,4 mil por quilate, seguindo a Rapaport Diamond Price List, lista de preços que serve como fonte primária para o mercado de diamante.
Diamantes brutos do mina Duas Barras“Estamos lapidando e polindo os diamantes em um centro de alta habilidade no Brasil e os exportando para os Estados Unidos, onde eles têm seu teor avaliado e são certificados pelo Gemological Institute of America [GIA; em português, instituto gemológico da América]”, disse Marc Fogassa, presidente do conselho e CEO da Brazil Minerals.

Os diamantes da mineradora foram 100% aceitos pelo GIA em relação à classificação do teor e à certificação. Na escala decolorless, utilizada para ordenar os diamantes por cor, as pedras preciosas da Brazil Minerals ganharam “F”, um dos maiores teores da escala. No que diz respeito à clareza e limpidez, os diamantes da mineradora foram avaliados com “VVS1”, uma das melhores classificações para clareza.

Até o momento, as receitas da mineradora vieram da produção de ouro e de diamantes brutos de Duas Barras. A Brazil Minerals negociou seus diamantes brutos a um preço médio de US$ 140 por quilate. Agora, a empresa pretende vender parte de sua produção de diamantes polidos.

A mina Duas Barras tem capacidade de processamento de 80 toneladas por hora de cascalho, para extração de diamante e ouro. O custo de construção da planta foi de aproximadamente US$ 2,5 milhões.

A Brazil Minerals é uma produtora de diamante e ouro, que desenvolve projetos de vanádio, titânio e ferro pelo Brasil. Além da mina Duas Barras, a empresa é proprietária de direitos fundiários em Borba, área com potencial de ouro no Amazonas. No Brasil, a mineradora tem como subsidiária a Mineração Duas Barras, que fica em Minas Gerais.

Mineração no fundo oceânico e conservação ambiental podem coexistir?

Mineração no fundo oceânico e conservação ambiental podem coexistir?
Mais do que nunca se fala em vents hidrotermais e lamas metalíferas de alto teor de cobre, ouro, níquel,  zinco, manganês e outros metais. Grandes projetos já estão em andamento como o da Nautilus Minerals,  noticiado no Portal do Geólogo em outubro.

Alguns jazimentos minerais têm alto teor e baixíssimo custo operacional o que implica em elevados lucros: o sonho dos empreendedores. A consequência é uma nova corrida mineral que visa à descoberta e a lavra do fundo do mar e seus minérios.
As bases deste mundo novo ainda  estão sendo definidas. De um lado os mineradores prontos para iniciar as pesquisas e lavras, do outro lado do espectro os legisladores que tentam normatizar a lavra do fundo do mar, os ambientalistas que querem preservar os oceanos evitando que o fundo do mar possa ser lavrado e o Homem, o consumidor final, que poderá receber produtos de alta qualidade mais baratos e acessíveis. Conseguir o equilíbrio em uma equação complexa como essa não será fácil.
  No caso da lavra em fundo oceânico existe um agravante que é a localização desses depósitos em águas internacionais, consequentemente sujeitos a legislação própria ainda não totalmente acabada, sob responsabilidade da ISA (International Seabed Authority) que foi criada pela ONU em 1982 e que se preparou para a lavra dos nódulos de manganês o que se tornou inviável na economia atual.
No momento, a mineração está andando mais rapidamente do que a legislação e já existem dezenas de operações em andamento. Esta situação coloca em cheque a ISA que deve produzir leis e dispositivos que preservem ao mesmo tempo em que permitam a lavra inteligente desses depósitos.
Essa é a situação onde nos encontramos. Deixar de lado as riquezas do fundo do mar é penalizar toda a população do planeta. Por outro lado, poluir os oceanos e matar a fauna e flora marinha é inaceitável e deve ser evitado a todo o custo.
A solução deste impasse virá do conhecimento. É preciso entender para preservar. Enquanto o fundo oceânico for tratado pela ISA como a superfície terrestre e os novos jazimentos metálicos, associados aos vulcanismos recentes, como nódulos de manganês é pouco provável que veremos soluções duradouras. 


Mineração em águas profundas: uma nova corrida do ouro?

Mineração em águas profundas: uma nova corrida do ouro?


A empresa canadense Nautilus Minerals é a líder em exploração mineral em grandes  profundidades. A Nautilus deverá colocar a sua primeira mina, a Solwara 1, em  produção ainda em 2015. Solwara 1 será uma mina de ouro com subprodutos de  cobre, zinco e prata, localizada no Oceano Pacífico próximo a Nova Guiné. O que  torna Solwara 1 diferente das demais minas é que o ouro estará sendo lavrado em  profundidades de 1.600m. Os teores de cobre e ouro, segundo a Nautilus Minerals, (veja abaixo)  são muito elevados e isso está atraindo a atenção de vários países como a China,  Rússia, Japão, França e Índia e mineradoras que estão apenas aguardando os resultados da Nautilus para iniciar as pesquisas e lavras.
A mina de Solwara 1 é decorrente da lixiviação do ouro e metais básicos por  células de convecção das rochas adjacentes aos vents hidrotermais de um vulcão  submarino. A medida que as águas, transportadas pelas correntes vão ficando  saturadas em metais essa pluma metalífera é  precipitada, em ambientes mais  calmos, vindo a se depositar no fundo marinho a 1.600 metros de profundidade  como uma lama metalífera que forma um clássico sulfeto maciço pouco consolidado.
 Solwara - operação submarina 
 A lavra consiste em sucção da lama  metalífera depositada no fundo do mar 
Os recursos estimados em Solwara 1 são:
  • 1Mt @ 7,2%Cu e 5,0g/t Au indicados e 1,54Mt @ 8,1%Cu e 6,4g/t Au  inferidos
As espessuras variam  de zero a 18m de sulfeto maciço de alto teor.
A Nautilus está tomando uma série de providências para causar o menor impacto  possível na vida próxima ao hot spot. Na área não existem corais e os animais já  estão acostumados com as elevadas concentrações metalíferas.
Além dos problemas técnicos a lavra submarina implica em uma nova legislação  mineral internacional que ainda está sendo definida.
No momento a Nautilus espera que o Governo de Papua Nova Guiné se pronuncie  sobre o pagamento de seus 30%. O pagamento inicial deveria ter sido feito na  semana passada.

Fotos : Nautilus Minerals

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ministro manda e garimpeiros ficam em Periquitos

Só sairemos mortos. Quem sobreviver colocará os corpos dos companheiros em frente ao Palácio do Governo, para que Rondônia e o Brasil saibam do massacre de uma classe indefesa que só quer continuar ajudando o desenvolvimento do estado”. Era agosto de 1985 e a C.R. Almeida seguia pressionando por todos os lados possíveis: detentora de direitos de pesquisa queria áreas preferencialmente sem garimpeiros por perto.
 
Esse tom dramático de um nordestino simples, corajoso e que preferiu o anonimato, serviu também para chamar a atenção de Brasília aos acontecimentos em Periquitos, no Rio Madeira, a 70 quilômetros de Guajará-Mirim. Mais de 18 mil homens aguardavam o pronunciamento do ministro da Justiça, Fernando Lyra.
 
E lá veio Lyra, pondo em banho-maria uma liminar do juiz Sulaiman Miguel Neto, da Comarca de Guajará-Mirim, que determinou a retirada deles no prazo de 15 dias, a contar de 24 de agosto.
 
Cinco dias antes o governo estadual havia entrado com recurso no Tribunal de Justiça para sustar a medida que determinava à Secretaria de Segurança Pública ajudar no despejo dos garimpeiros. Assim, a secretaria acionou o comando da PM e pelo menos duzentos policiais militares foram deslocados para a região. Em vez de expulsarem os garimpeiros, os Pms fizeram uma operação de desarmamento, buscando prender traficantes de drogas.
 
No entanto, o alívio da classe pouco espanto causava à poderosa C.R. Almeida. A decisão de expulsar os garimpeiros concentrados ao longo de 50 km do rio partiu do Departamento Nacional de Produção Mineral, com a alegação de que a o garimpo produzia uma média de 80 a 100 quilos de ouro por semana. Era o que se chamava na época uma “grande fofoca.”
 
A C.R. Almeida se considerava a sublocatária maior das terras e das águas e não abria mão dos seus direitos legais. Desmentia na ocasião, à imprensa, a alardeada intenção de estudar uma proposta da Associação das Indústrias Extrativas de Minérios de Rondônia, no sentido de permitir a mineração, desde que recebesse a título de royaltie (compensação por área explorada) 10% da produção do ouro.
 
Exercia mesmo um poder. Seus advogados afirmavam nas entrevistas que a empresa “não tinha que negociar nada em cima dos seus direitos.”

Garimpeiros extraem 200 quilos de ouro por mês no rio Madeira

Em audiência pública em Rondônia, garimpeiros afirmam que são extraídos mensalmente 200 quilos de ouro. A cooperativa que representa a categoria pede que o governo crie uma forma de fiscalizar a atividade na região.
O presidente da Casa de Leis de Rondônia, Hermínio Coelho, marcou para o dia 13 de junho audiência pública para debater a atividade garimpeira de ouro no rio Madeira, no limite de Santo Antônio, até a divisa com o estado do Amazonas. As informações são do Portal de Rondônia.
A atividade continua acontecendo na região, mas de forma ilegal. Informações fornecidas pela Cooperativa dos Garimpeiros, Mineração e Agroflorestal (Minacoop), afirma que atualmente são retirados mensalmente 200 quilos de ouro do rio.
Segundo os garimpeiros, a atividade precisa ser monitorada, já que continua a crescer. Os garimpeiros ainda denunciaram as ações dos grupos que atuam na construção das usinas do rio Madeira.
De acordo com matéria publicada pelo site Tudo Rondônia, só no trecho entre Teotônio e a Vila de Vai Quem Quer, próximo ao antigo distrito de Mutum-Paraná, existe uma reserva de aproximadamente 700 toneladas de ouro, em uma área de cerca de 160 quilômetros.
O tema já foi debatido em uma outra audiência na Câmara de Porto Velho, na semana passada. Na ocasião foi debatida a necessidade do município de criar mecanismos de controle de cobrança de impostos para a lavra garimpeira no rio Madeira.
Os garimpeiros presentes à reunião e que falaram na audiência deixaram claro que os 200 quilos de ouro produzidos mensalmente não são o único produto extraído do rio. Eles alertam que a atividade da lavra envolve outras materiais como pedras preciosas, cascalho e areia que, em muitos casos, abastecem a construção civil do estado.
A audiência também contou com a presença de representantes de cooperativas que atuam no setor da lavra, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e do Governo do Estado.