sábado, 19 de abril de 2014

Recomeçou a corrida do Ouro no Tapajós?

Recomeçou a corrida do Ouro no Tapajós?

Mentor intelectual do movimento que resultou na criação, em 1990, da Associação dos Mineradores de Ouro do Tapajós (Amot), que dirige até hoje, diretor da Associação Nacional do Ouro (Anouro) e atualmente dono de nove garimpos, três dos quais ativos, o empresário Dirceu Frederico, com escritório de compra de ouro na cidade de Itaituba, garante que está começando uma nova corrida do ouro no vale do Tapajós - região que já foi a maior produtora do Brasil em boa parte da segunda metade do século passado e cujo ápice ocorreu na década de 1990. E mais: mesmo com a decadência da garimpagem, hoje reduzida a menos de dez por cento do que foi no passado, a atividade ligada ao ouro injeta ainda hoje, na economia da região, entre 10 e 11 milhões de reais por mês.

Segundo Frederico, apontado em Itaituba como "um baú de memórias da garimpagem no Tapajós", o ciclo do ouro tem sua origem nos idos de 1948, data do primeiro relato de que se tem notícia da ocorrência do metal. Da chegada dos primeiros faiscadores, nessa época, até o início da década de 1980, a extração do ouro se processava exclusivamente pelo método manual.

Ele lembra que foi a partir de 1982 que teve início a mecanização dos garimpos, com a chegada dos primeiros motores, bico-jatos e "chupadeiras" ao rio Marupá, inaugurando em território paraense técnicas até então restritas ao rio Madeira, em Rondônia. Continuando a imitar os procedimentos adotados pelos produtores de ouro de Rondônia, os garimpeiros do Tapajós introduziram, pouco tempo depois, uma novidade: as dragas de rio, com as quais passaram a revolver os "baixões" (vales e drenagens naturais do Tapajós e de alguns de seus afluentes).

Dois fatores se combinaram nessa época para provocar o que ficou conhecido então como "a febre do ouro" no vale do Tapajós. Ainda que um tanto rudimentar, a mecanização da atividade garimpeira provocou, de imediato, um extraordinário crescimento na produção. "O volume produzido foi multiplicado por dez", garante Frederico.

Ao mesmo tempo em que as máquinas impulsionavam a produção, o mercado internacional, surpreendentemente aquecido, registrava um grande aumento na cotação do ouro, induzindo com isso novos investimentos nas atividades de exploração. Ou seja, os preços do ouro compensavam os gastos com a aquisição de máquinas, que, por sua vez, resultavam em mais crescimento na produção.

Para Frederico, o vale do Tapajós abriga em seu subsolo muitos minérios, o que a coloca como uma província polimetálica. A província aurífera, porém, está confinada a uma área de 98 mil quilômetros quadrados delimitada pelos rios Tapajós, Iriri (afluente do Xingu) e rio das Tropas. Nessa área chegaram a funcionar mais de dois mil pontos de garimpo, cuja produção na época pode ter superado a casa de 700 toneladas de ouro.

No auge da produção garimpeira, entre 1982 e 1990, a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, do Ministério de Minas e Energia) chegou a catalogar na região 432 pistas de pouso. "Provavelmente havia mais, já que não existiam os modernos recursos de hoje, como imagens de satélites", afirma Frederico. Em Itaituba, o que se diz é que o município chegou a ter perto de 700 campos de pouso em operação.


Descobertas Novas Jazidas

Dirceu Frederico observa que, historicamente, o ouro sempre valeu como ativo financeiro em torno de US$ 10 a 11 mil o quilo, o equivalente a cerca de US$ 340 a onça troy. Em 1983, coincidindo com um período de grande turbulência na economia mundial, o ouro chegou a valer US$ 800 a onça troy, o equivalente a perto de US$ 25 mil o quilo. Ou seja, quase duas vezes e meia a sua cotação histórica, o que resultou, aqui, numa febre de investimentos em abertura de pistas e compra de maquinário.

Mais de vinte anos depois, embora a época e as condições sejam diferentes, conforme o diagnóstico de Frederico, está se repetindo algo semelhante, com a cotação do ouro já atingindo um valor próximo à casa de US$ 30 mil o quilo. "O resultado disso é que já está ocorrendo uma nova corrida do ouro em Itaituba", garante.

Ele destaca que, até 1995, por dispositivo da Constituição Federal de 1988, a legislação brasileira não permitia a entrada direta de capital estrangeiro para investimento no setor mineral. A aprovação de uma emenda constitucional em 1995, no início do governo Fernando Henrique, eliminou essa restrição. A partir daí, a convite do governo brasileiro, através do Ministério de Minas e Energia, a Amot integrou comissões internacionais para tentar atrair, principalmente nos EUA, empresas dispostas a atuar em pesquisas no Brasil.

Dirceu Frederico calcula que cerca de trinta empresas americanas se interessaram pelo projeto e, delas, aproximadamente a metade se fixou na região para o desenvolvimento de projetos de pesquisa.

Do trabalho dessas poucas empresas já é possível concluir, segundo o diretor da Amot, que no vale do Tapajós existe ainda muito ouro. Ele confirma, inclusive, a descoberta de algumas jazidas de classe mundial.


"Restrições Ambientais engessam uso de riquezas"


Depois da morte de Irmã Dorothy Stang, em Anapu, em 2005, o governo brasileiro decidiu responder, da pior maneira possível, à intensa pressão da comunidade internacional: passou a criar unidades de conservação às pressas e sem o menor critério, que viram engessar perigosamente a Amazônia.

A opinião é de Dirceu Frederico, que, como diretor da Anouro, acompanhou as discussões em torno das restrições ambientais planejadas para a região. Representando os mineradores do Tapajós, ele chegou a participar de várias reuniões em Brasília e de audiências públicas realizadas na própria região oeste do Pará.

"A morte de Dorothy fez com que as unidades de conservação nascessem antes da hora", afirma. O resultado, segundo Frederico, somente hoje está sendo percebido. "As áreas onde existem grandes reservas minerais estão se transformado em reservas indígenas ou unidades de conservação".

O diretor da Amot observa que é assim na reserva Roosevelt, em Rondônia, área riquíssima em diamantes e que foi palco, no dia 7 de abril de 2004, de um massacre em que 29 garimpeiros foram trucidados por índios. Áreas ricas em minério estão hoje interditadas também em Mato Grosso, no Pará e em Roraima.

O grande problema, segundo Frederico, é que se tem hoje uma visão caolha da questão ambiental no Brasil. "O foco é única e exclusivamente na questão da biodiversidade. Não há a mesma preocupação com a população estabelecida nessas áreas, e muito menos com a geodiversidade, que tem para o futuro do Brasil importância estratégica".

As crescentes restrições ambientais impostas à região, segundo ele, ignoram o fato de que a riqueza mineral existente no subsolo é um patrimônio da nação e, como tal, deve ser aproveitada em benefício de toda a sociedade. "Não se leva em conta nem o fato de que uma empresa de mineração, para obter o alvará de lavra, tem que assumir o compromisso prévio de regeneração da área impactada".


o garimpo do abacaxi

o garimpo do abacaxi

Imagino que entre os garimpos espalhados pelo Brasil.,neste seculo e no passado(XX).,o lugar aonde as fofocas foram mais "prodigiosas".,foram no estado do Pará.La surgiram grandes garimpos com muitas histórias.,aventuras e bamburros e mais do que tudo.,sonho desmoronados e blefos.
Um dos garimpos que mais foi falado e com boas histórias foi o garimpo do Abacaxi.,no rio de mesmo nome na região de Itaituba.,no Pará. La foi extraido muito ouro. O dono deste garimpo foi o folclorico Zezão do abacaxi....não tem garimpeiro neste Brasil que nunca ouviu falar do Zezão; no inicio ele era apenas um vendedor de combustivel e viverés na região de Itaiutuba., e com muito esforço e uma dose maior ainda de sorte consegui descobrir muito ouro na região do rio Abacaxi. No auge chegou a ter mais de 100 dragas la dentro., e todas controladas por ele.Além de um grande garimpeiro., o Zezão era um grande comerciante.Todo o comercio.como bares.,boates e etc..era controlado por ele. Quando um garimpeiro queria ir a uma "zona".,pegava um vale na gerencia e "festava" a noite toda.,depois quando ia fazer o acerto o vale era descontado. O Zezão tinha alguns aviões(Cesna) de pequeno porte para levar os garimpeiros de Itaiutuba para o garimpo..mais ele ficou famoso quando comprou um avião Bandeirante da Embraer, e levava quem queria ir ate o Abaxaci naquele avião. Fora o garimpo ele tinha outras aplicações como um fazenda em Itaiutuba.,que ficou famosa no tempo em que Fernando Collor era presidente da Republica.Certa vez Collor foi a Itaiutuba e o avião oficial da presidencia pousou na pista de pouso da fazenda do Zezão.,pois a mesma era maior e melhor do que o aeroporto oficial da cidade. Mais entre as verdades e lendas do velho Zezão.,a que ficou mais famosa;.foi quando ele ja "poderoso" e cheio da grana.,não depositava seu dinheiro em nenhum banco....vendo aquilo o gerente do Banco do Brasil,foi ate o escritório que o Zezão mantinha em Itaiutuba,querendo fazer a cabeça do mesmo para ele depositar seu dinheiro no BB. Zezão recebeu-o com educação e perguntou:
- no que posso ser útil?...nisso o gerente repondeu
:seu Zezão.,queria que o senhor abrisse um conta com a gente... nisso o Zezão se levantou abriu a porta e repondeu,ja perdendo a calma:
-Quando eu era pobre.,nem um "fio da Egua" vinha me oferecer conta...agora voces estão igual a urubu na carniça.....vaza fora daqui seu ....e ja foi abrindo a gaveta aonde guardava "seu shimit ingles"...fala-se que ate hoje o gerente tá correndo sem olhar para tras!!!!...
grande pessoa o Zezão...e o cara era analfabeto........
por hoje é só......homenageio o grande policial civil da cidade de Alta Floresta do Oeste=Ro., MARIVALDO com esta singela história

RIO TAPAJÓS: UMA HISTÓRIA DE EXPLORAÇÃO

RIO TAPAJÓS: UMA HISTÓRIA DE EXPLORAÇÃO

Cachoeiras de São Luís do Tapajós em época de seca. Foto: Fabio de Novaes Filho
O trecho encachoeirado de São Luiz, de notável beleza cênica, foi escolhido para receber o maior empreendimento hidrelétrico planejado para o rio Tapajós, com um reservatório de 722,25 quilômetros quadrados que afetará diretamente o Parque Nacional da Amazônia.
Os primeiros estudos da bacia do rio Tapajós para definir seu potencial hidrelétrico foram realizados entre 1986 e 1991. O primeiro projeto para barrar o rio Tapajós foi elaborado na década de 1980 pela Eletronorte. Ele previa um reservatório gigantesco que alagaria um longo trecho até a confluência dos Rios Teles Pires e Juruena e deixaria submersa a cidade de Jacareacanga.
Telma Monteiro
A ocupação etno-histórica da bacia do rio Tapajós tem característica pluriétnica e de pluralidade de relações intersociais entre os indígenas Munduruku, Apiaká, Tupinambarana, Cumaruara Maytapu, Tapajó, Cara-Preta, Arapiun, Arara Vermelha e Jaraqui. Os conflitos entre as etnias com a sociedade brasileira e seus efeitos temporais nunca foram prioridade no processo de ocupação e execução de políticas públicas na Amazônia.
Os diversos grupos étnicos na região do rio Tapajós têm enfrentado muitos problemas e as reivindicações de direitos territoriais originários acontecem desde 1998. A ocupação pluriétnica criou dispersão familiar e mobilidade espacial entre os Munduruku, desde o alto curso até a foz do rio Tapajós. Apesar da ancestralidade étnica, atualmente muitos desses grupos vivem à margem da sociedade em busca do reconhecimento dos direitos indígenas à posse permanente das terras por eles ocupadas.
Os municípios da bacia do Tapajós, no estado do Pará são: Santarém, Itaituba, Belterra, Aveiro, Novo Progresso, Juruti, Jacareacanga, Rurópolis e Trairão. Apenas um município do estado do Amazonas, Maués, tem 11% do seu território na bacia do Tapajós.  Esses municípios integram as Mesoregiões do Baixo Amazonas e do Sudeste Paraense, são muito extensos e as localidades ficam distantes das respectivas sedes[1].
Todos os municípios da bacia do Tapajós são resultado do desmembramento do território de Santarém, criado em 1755. Primeiro surgiram Juruti, Itaituba e Aveiro e em seguida Itaituba foi subdividido em mais três novos municípios: Trairão, Novo Progresso e Jacareacanga; Aveiro deu origem a Rurópolis. O mais novo município da bacia é Belterra, criado em 1997 e desmembrado também de Santarém.
A ocupação histórica da bacia do Tapajós pelos portugueses se deu durante o período colonial como forma de garantir hegemonia. Só em 1639 foram fundadas as primeiras povoações às margens do rio Tapajós e seus afluentes. Portugal tratou de assegurar a posse dos territórios na Amazônia instalando fortes e missões nas margens dos rios, depois de expulsar os holandeses no século XVII.
A aldeia de Tapajós foi fundada em 1639, na sua foz no rio Amazonas, onde é hoje a cidade de Santarém.  A ocupação das margens por aldeias se deu a montante do rio Tapajós e atraiu  muita gente em busca de ouro nas minas da região.
No século XIX, com o aumento da demanda internacional de borracha, a ocupação da bacia do Tapajós se consolidou. A região passou a ser explorada por seringalistas – ciclo da borracha – que utilizavam os indígenas, no primeiro momento, como mão de obra semi-escrava que mais tarde foram substituídos por imigrantes nordestinos.
O baixo Tapajós tem cerca de 320 quilômetros no trecho que vai das cachoeiras de São Luiz – local em que está prevista a construção da primeira hidrelétrica – até sua foz, no rio Amazonas e é pontilhado de muitas ilhas cobertas por vegetação. Os últimos 100 quilômetros formam um grande estuário aonde a distância entre as margens chega a 20 quilômetros. Antes de chegar ao rio Amazonas, próximo à cidade de Santarém, no Pará, o Tapajós se afunila num canal de 1.100 metros de largura. Esse trecho sofre a influência da dinâmica do despejo das águas no rio Amazonas que provoca ondas de até quarenta centímetros.
A sazonalidade da bacia depende do regime de chuvas e da vegetação das sub-bacias dos rios Juruena, Teles Pires seus formadores e Jamanxim, o principal afluente. Se todas as hidrelétricas planejadas forem construídas nesses rios haverá alterações no regime e no clima da bacia do Tapajós. As consequências para a biodiversidade pode ser equivalente a uma hecatombe na Amazônia.
A parte da bacia localizada no estado de Mato Grosso está na transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica. Essa região é de exploração madeireira, pecuária extensiva de corte e monocultura de soja, com um fluxo migratório intenso.  A porção da bacia do Tapajós, no Pará, já sofre com a ampliação da fronteira agrícola e com o aumento da exploração madeireira.
A exploração mineral com o garimpo de ouro tem sido o maior problema ambiental na bacia do Tapajós. A pressão maior do desmatamento se dá na região de influência das rodovias BR-163 e Transamazônica. Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite – PRODES do INPE[2].
O governo criou em 13 de fevereiro de 2006 sete novas Unidades de Conservação (UCS) nessa região, ampliando em 173 mil hectares a área do Parque Nacional da Amazônia (PNA). Agora a presidente Dilma Rousseff está reduzindo o PNA, com uma canetada, para “encaixar” o reservatório da hidrelétrica São Luiz do Tapajós.
A maior reserva aurífera do mundo está na bacia do rio Tapájós e vem sendo explorada com garimpagem manual desde o final da década de 1950. Isso levou o Ministério das Minas e Energia (MME) a criar, em 1983, a Reserva Garimpeira do Tapajós[3], com uma área aproximada de 28.745 km²[4]. O ouro é o mineral mais cobiçado na bacia do rio Tapajós[5].
A cidade de Itaituba que tem 97.493 habitantes (Censo IBGE 2010) é o maior centro urbano da região estudada para a construção das hidrelétricas do Complexo Tapajós. O acesso por terra se dá pela rodovia Transamazônica (BR-230), não pavimentada, e pela rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163). Itaituba tem um aeroporto com pista pavimentada que é servido por linhas aéreas regionais.
Outro centro urbano importante é Jacareacanga, a montante de Itaituba pelo rio Tapajós, com 14.103 habitantes (Censo IBGE 2010) e aeroporto com pista pavimentada. O acesso principal é feito por via fluvial. A navegação pelo rio Tapajós, a montante de Jacareacanga, é quase impossível no trecho das cachoeiras do Chacorão.
A riqueza natural da Bacia do Tapajós
O Parque Nacional da Amazônia (PNA) fica no noroeste da bacia, à margem esquerda do rio Tapajós; a Floresta Nacional Itaituba I e II, Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós, Floresta Nacional do Crepori e Floresta Nacional do Jamanxim, no interflúvio dos rios Tapajós e Jamanxim; o Parque Nacional do Jamanxim ocupa as  duas margens, no trecho de maior declividade e  o Parque Nacional do Rio Novo está  no seu alto curso.
As Terras Indígenas Munduruku e Saí Cinza estão trecho sul, a montante da cidade de Jacareacanga. A TI Munduruku é contígua à TI Kaiabi no rio Teles Pires, por cerca de 280 km.

ICMBIO manda SEMA cancelar licenças de garimpos em Itaituba

ICMBIO manda SEMA cancelar licenças de garimpos em Itaituba

Garimpeiros Manoel Goiano e Paulo Carneiro mostram revolta

Every Aquino (DNPM) faz a denúncia
O DNPM fala em Grego, SEMA–PA em Araimaco e o IBMA e ICMBIO em Javanês e no final do enredo ninguém se entende quando a questão é Permissão de Lavra garimpeira e Licença Ambiental. E nessa briga do mar com o rochedo quem sofre as conseqüências são os garimpeiros que querem se regularizar, mas o próprio governo Federal com criação excessiva de áreas Ambientais e Flonas, não deixa.
Na reunião que ocorreu na manhã de quarta-feira, dia 06, o Superintendente do DNPM, Every Aquino, foi categórico: ”Os órgãos governamentais não se entendem, nós liberamos as Permissões de Lavras Garimpeiras, mas a SEMA, IBama e ICMBIO não liberam as licenças Ambientais e não iremos bater de frente com eles”, disse.
Every Aquino que esteve compondo a mesa dos trabalhos com o Diretor de Outorga, geólogo José Bastos Rodrigues; Secretário de Mineração e Meio Ambiente, Ivo Lubrina; vereadores Peninha e Eva Gomes, traçou em suas palavras um Raio-X sombrio que não reserva boas perspectivas aos proprietários de garimpos da região
José Rodrigues Bastos foi enfático ao dar o ultimato de que o DNPM vai dar mais uma oportunidade para quem ainda não se legalizou concedendo mais 60 dias de prazo, e quem não se enquadrar até lá, terá sua atividade proibida, tendo em vista que está na iminência de ser publicado no Diário Oficial da União as áreas a serem legalizadas para atividade Garimpeira.
Manoel Goiano (Garimpo do Marupá) e Paulo Carneiro (Garimpo do Canaã) estão revoltados
José Rodrigues Bastos disse que a maioria dos garimpeiros que exploram ouro no Tapajós está irregular, lembrando que foram entregues quinhentas PLGS, mas destas pouco menos de trezentas conseguiram sua Licença Ambiental.
Every Aquino e João Luiz Bastos Rodrigues estiveram presentes na Sala Verde, mas para ouvir as queixas dos garimpeiros que lotaram o auditório numa reunião que se transformou num verdadeiro muro das lamentações. Tanto Every quanto João Bastos admitiriam que não irão brigar com os outros órgãos do governo dentro do conflito já formado entre atividade garimpeira e política ambiental.
Dentre as previsões catastróficas na reunião, foi anunciado aos garimpeiros que todos os garimpos da Província Aurífera do Tapajós poderão ter suas atividades interrompidas, inclusive todos os que já conseguiram suas PLGS e Licenças Ambientais, num número exíguo já que 14 mil processos ainda estão tramitando  no DNPM.
Para o vereador Peninha, que chamou os ambientalistas do governo federal de Lunáticos, o governo é uma contradição já que ao mesmo tempo em que criou a nossa reserva garimpeira, criou sobre a reserva várias áreas de proteção ambiental. Engessando assim o crescimento e desenvolvimento econômico social da região.
Já na opinião do Produtor Mineral, empresário Dirceu Frederico, faltou ao longo dos anos uma consciência de produção para a região. Mas citou o exemplo da criação da reserva Raposa do Sol em Roraima onde a política ambiental do governo Federal inviabilizou o plantio de arroz e hoje em dia os índios que sobreviviam viraram indigentes estão mendigando no Estado. O empresário disse que o governo Brasileiro deveria imitar o exemplo de grandes produtores de Ouro, como Canadá, que antes de criar reservas promove estudos de viabilidade resguardando o direito de quem está nas áreas sobrevivendo dela.
No fechamento da reunião os garimpeiros, em sua maioria precursores, pioneiros na garimpagem do Tapajós, propuseram ao Secretário de Mineração e Meio Ambiente Ivo Lubrina de Castro que seja promovida uma Audiência Pública com todos os órgãos governamentais do governo Federal para que seja encontrada uma saída que possibilite  a liberação das Licenças Ambientais.
Mas o que causou insegurança e medo aos garimpeiros foi a notícia bombástica de que o ICMBIO de Itaituba requisitou, através de oficio, a SEMA do Estado, que todas as licenças ambientais e PLGs já concedidas sejam canceladas. As críticas foram muitas contra o órgão que incluiu também até o garimpo do Canaã, do garimpeiro Paulo Carneiro, que vem cumprindo rigorosamente todas as exigências ambientais e mesmo assim corre risco de ter suas atividades paralisadas. Paulo Carneiro disse que achou estranha essa medida, porque há uma lei que ampara a atividade garimpeira em Áreas de Proteção Ambiental desde que sejam respeitadas as leis ambientais, o que vem sendo feito no seu garimpo.
Estiveram presentes na reunião para tratar das questões de garimpagem, Rui Mendonça, Goiano do Marupá, Paulo Carneiro, Frederico Dirceu, representantes da Ourominas, que puderam dirimir suas dúvidas a respeito da exigência de legalização de seus garimpos.

Diamante azul 'impecável' vai a leilão avaliado em US$ 25 milhões




Diamante azul 'impecável' vai a leilão avaliado em US$ 25 milhões

Joia de 13 quilates foi apresentada nesta sexta-feira (11), em Nova York.
Pedra é considerada 'o maior diamante azul impecável do mundo'.


Diamante azul de 13 quilates não tem nenhuma imperfeição no seu interior (Foto: Carlo Allegri/Reuters)Diamante azul de 13 quilates não tem nenhuma imperfeição no seu interior (Foto: Carlo Allegri/Reuters)
Um diamante avaliado em US$ 25 milhões será colocado em leilão em 14 de maio, em Genebra, na Suíça. Conhecida como "The Blue", a joia foi exibida nesta sexta-feira (11) na casa de leilão Christie’s, em Nova York (EUA), tem 13 quilates de peso, e não apresenta nenhuma imperfeição no seu interior.
"É o maior diamante azul impecável do mundo", anuncia a casa de leilões. Também foi exposto o diamante “The Ocean Dream”, de 5,5 quilates, que será leiloado com valor estimado entre US$ 7,5 milhões e US$ 10 milhões.
Além do diamante azul, o "The Ocean Dream", estimado entre US$ 7,5 milhões e US$ 10 milhões será leiloado (Foto: Carlo Allegri/Reuters)Além do diamante azul, o "The Ocean Dream", estimado entre US$ 7,5 milhões e US$ 10 milhões será leiloado (Foto: Carlo Allegri/Reuters)