sábado, 19 de abril de 2014

Maior jazida de esmeraldas já mapeada no país fica em MG

O grupo canadense Seahawk Minerals anunciou a descoberta de uma reserva de 740 mil toneladas de esmeraldas, numa área de 312 hectares dos municípios de Itabira e Nova Era, no Vale do Aço (MG). Segundo a Seahawk, é a maior jazida de esmeraldas já mapeada no Brasil e sua exploração comercial terá início em 2015. A multinacional está concluindo seu plano de desenvolvimento das minas, após três anos de pesquisas e investimento de US$ 500 milhões.
Com a descoberta, a subsidiária brasileira Piteiras Mineração Ltda. passa a ser o carro-chefe das atividades de pesquisa e desenvolvimento de minas do grupo Seahawk no mundo. Além da matriz em Montreal, a companhia mantém explorações de ouro nos Estados Unidos, Guiana Inglesa e Brasil (Rio Grande do Sul e Pará).
Segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos, o mercado internacional de pedras coradas, que não inclui o diamante, é de US$ 1,5 bilhão por ano. O Brasil participa oficialmente com 40% desse mercado, abastecido especialmente por pequenos e médios garimpos.
O grupo Seahawk é dono de 9.5 mil hectares de alvarás de pesquisas nas regiões Sudeste, Sul e Norte do país.

ESMERALDA DE CARNAÍBA E OUTROS

1 - CIANITA DE ANAGÉ

Características: Jazida com 188 mil toneladas de reserva medida, situada no município de Anagé, a cerca de 22km a oeste de Vitória da Conquista. Esta área, de titularidade da CBPM, também inclui a jazida de bentonita licitada e ganho pela empresa Companhia Brasileira de Bentonita – CBB cuja unidade mínero-industrial de produção de bentonita ativada está implantada e em fase pré-operação. São 352,5 hectares, onde ocorrem quatro corpos elúvio-coluviais de concentrações residuais principalmente de cianita, mas com participações subordinadas de granada, estaurolita e quartzo, em meio a material areno-argiloso inconsolidado, resultante da decomposição de xistos. Cinqüenta e seis por cento da reserva são formados por cristais de cianita maiores do que 5mm. Nos 44% restantes o comprimento dos cristais de cianita oscila entre 0,6 e 5mm. As concentrações de cianita apresentam a seguinte composição (%): SiO2 - 42,5 a 40,0; Al2O3 - 57,6 a 53,5; Fe2O3 - 2,5 a 0,93; MgO - 0,18 a 0,05; Na2O - 0,17 a 0,03; e K2O - 0,35 a 0,04. O minério é adequado para utilização como refratário, dentro das especificações da indústria nacional. A operação de lavra e beneficiamento da jazida poderá ser realizada com baixo custo, em razão da favorabilidade de suas características geológicas e da simplicidade das operações para a concentração do minério.

2 - ESMERALDA DE CARNAÍBA

CARACTERÍSTICAS: As zonas mineralizadas em esmeralda ocorrem em três áreas de pesquisa da CBPM, totalizando 1.512,49 hectares, situadas no Distrito de Esmeralda de Carnaíba, município de Pindobaçu, no norte da Bahia. A zona mineralizada mais importante, e já investigada com sondagem, situa-se na parte da reserva garimpeira numa área com 41,54 hectares. A esmeralda concentra-se na zona de interação metassomática de filões de pegmatitos, ou de mobilizados graníticos, com corpos ultramáficos serpentinizados. Esta interação resulta na formação de filões de biotita xistos, muitas vezes com um núcleo quartzo-feldspático. Esses filões são os hospedeiros das esmeraldas, que se apresentam como cristais hexagonais de berilo verde, em geral zonados (mais claros no interior) e de tamanhos variados (poucos milímetros a poucos decímetros de comprimento). Os fatores que controlam a concentração preferencial e a qualidade das gemas, como intensidade da cor, cristalinidade e inclusões, dentro dos filões, ainda não são bem compreendidos. A CBPM não só realiza trabalhos de pesquisa em suas áreas, principalmente através de sondagem, como também dá apoio técnico aos garimpeiros e micro-empresários da região. Em suas áreas de pesquisa, ela dimensionou, recentemente, uma reserva total de 18,3 milhões de toneladas de biotita xistos, das quais 6,3 milhões são de reserva medida e 12 milhões de reserva indicada. Em outras áreas de titularidade da CBPM, prevê-se um bom potencial de xistos hospedeiros de esmeralda-berilo. Dados históricos nos garimpos apontam para uma produtividade de 1,11kg de esmeralda total (gemológica e não gemológica) por tonelada de biotita xisto lavrado. Com base nesta relação, presumem-se, respectivamente, reservas da ordem de 7 mil e 13,4 mil toneladas de esmeraldas gemológica e não gemológica.

3 - AREIAS ILMENÍTICAS DE PRATIGI, MUNICÍPIO DE ITUBERÁ

CARACTERÍSTICAS: Compreende mineralizações de placers de ilmenita, com rutilo, cianita e zirconita associados, relacionadas com cordões litorâneos localizados na região de Valença a Itacaré. Dez áreas de pesquisa de titularidade da CBPM distribuem-se numa área de 8.697,12 hectares. Os trabalhos de pesquisa e avaliação mineral desenvolvidos pela CBPM nas áreas de pesquisa de sua titularidade localizadas na região de Pratigi, no litoral sul da Bahia, resultaram no dimensionamento de 8,2 milhões de toneladas de areias ilmeníticas (cut-off 1,5%), com teor médio de 3,09% de minerais pesados, predominantemente ilmenita, estaurolita e zirconita, em depósitos placers antigos relacionados a cordões litorâneos.
Com o objetivo de estudar em detalhe os aspectos ambientais envolvidos na futura explotação dos depósitos, a CBPM contratou um grupo multidisciplinar de consultores externos que desenvolveram estudos de zoneamento ambiental na área de ocorrência das areias ilmeníticas. Os resultados desses estudos demonstraram que é perfeitamente possível compatibilizar as operações de lavra com as normas ambientais em vigor, tanto mais quando se considera que o método de lavra proposto (dragagem por sucção, seguida de concentração gravimétrica) executa imediatamente, e de modo contínuo, a recomposição das áreas lavradas.
A área avaliada, com extensão de 21km por 11km, abrange depósitos de minerais pesados formados em extensos cordões litorâneos, de idade holocênica e pleistocênica (Figura 1), durante fases de avanço e recuo do mar (jazidas do tipo paleopraia). Os depósitos foram amostrados com furos de trado, em malha de pesquisa de 500m x 50m. As amostras, após concentração dos minerais pesados, foram submetidas a estudos mineralométricos para identificação dos minerais e determinações de teor. Os resultados subsidiaram a elaboração da modelagem do depósito, feita com o software Gemcom. As análises mineralométricas efetuadas em 50 amostras de concentrados têm os seus valores médios expressos na tabela 1:
TABELA 1 - COMPOSIÇÃO MINERAL MÉDIA DO CONCENTRADO
DE MINERAIS PESADOS DA REGIÃO DE PRATIGI, ITUBERÁ- BAHIA
MINERAL
PESO (%)
MINERAL
PESO (%)
Ilmenita
75,14
Rutilo
0,35
Estaurolita
9,31
Hiperstênio
0,23
Zirconita
4,83
Espinélio
0,07
Cianita
4,26
Epidoto
0,02
Silimanita
1,65
Monazita
0,02
Turmalina
1,33
Muscovita
Traços
Actinolita
1,22
Anatásio
Traços
Andaluzita
0,97
Clorita
Traços
Granada
0,59
Biotita
Traços
Para a modelagem do depósito foram considerados os dados das pesquisas realizadas pela CBPM nas áreas de Barra dos Carvalhos, Rio do Campo e Barra do Serinhaém e o contorno das áreas de preservação ambiental definidas nos estudos de zoneamento realizados por consultoria contratada pela CBPM (Figura 2).
Para o cálculo das reservas foram usados teores de corte (cut-off) de 1,5%, 1,8% e 2,0%, que normalmente são utilizados por empresas que explotam depósitos de minerais pesados similares. A distribuição das reservas por intervalo de teor de minerais pesados nos depósitos de Pratigi, para o cut-off 1,5%, é mostrada na Figura 3. A Tabela 2 sintetiza as reservas da região de Pratigi, discriminadas por zona ambiental e por diferentes teores de corte.
TABELA 2 - RESERVAS DE MINERAIS PESADOS NA REGIÃO DE PRATIGI (em toneladas)

Teor
de
Corte
(%)
ZONAS AMBIENTAIS DO DEPÓSITO

RESERVA TOTAL
Zona de
Mangue (ZM)
Zona de vida silvestre (ZVS)
Zona sem restrição ambiental (SRA)
Reserva (t)
Teor Médio (%)
Reserva (t)
Teor Médio (%)
Reserva
(t)
Teor Médio
(%)
Reserva
(t)
Teor Médio
(%)
1,5
510.003
2,36
187.528
2,35
7.520.509
3,18
8.218.040
3,09
1,8
386.029
2,74
142.549
2,71
6.647.654
3,62
7.176.233
3,54
2,0
319.486
3,02
119.675
2,71
6.139.055
3,93
6.578.216
3,54


A pesquisa foi desenvolvida pela CBPM em três etapas distintas (Valença-Itacaré, Ilmenita de Serinhaém e Rio do Campo) cujos resultados, conjugando informações geológicas, econômicas e ambientais, apontam para a viabilidade da explotação sustentável dos depósitos de areias ilmeníticas de Pratigi, em harmonia com as normas legais e princípios de preservação do meio ambiente.

4 - OURO E METAIS BASE DO RIO SALITRE

CARACTERÍSTICAS: Prospectos em estágio inicial de exploração - Anomalias geoquímicas e geofísicas, sondagens e registros de massas de sufetos maciços, essencialmente a pirita-pirrotita, rastreados por uma extensão de 1,5km ao longo do strike.

5 - OURO E METAIS BASE DE SOBRADINHO

CARACTERÍSTICAS: Prospectos em estágio inicial de exploração - Anomalias geoquímicas e geofísicas, e um furo de sonda rotativo com interseção de mais de 100m de um horizonte pelito-grafitoso com persistentes valores de Au entre 0,1 e 0,4 g/t Au;
6 - OUTROS PROSPECTOS DE METAIS EM ESTÁGIO INICIAL DE AVALIAÇÃO

CARACTERÍSTICAS: Além dos depósitos minerais já avaliados, a CBPM possui outros prospectos em diversos ambientes geológicos do Estado, ainda em estágio inicial de avaliação. Na maior parte, apresenta potencial para ouro, metais-base e ferro. A maioria dos indícios de mineralização está localizada em ambientes vulcanossedimentares do tipo greenstone belt, que ocorrem em várias partes do Estado. Esses prospectos foram selecionados a partir de dados de levantamentos geológicos e aerogeofísicos, realizados em áreas requeridas pela CBPM. As informações contidas nos prospectos, ainda em estágio preliminar de avaliação de dados, relacionam-se com registros isolados ou agrupados de ocorrências minerais e de anomalias geoquímicas e geofísicas. O acervo já reunido está disponível para análise e avaliação por parte dos investidores e empresas de mineração. Ainda assim, a CBPM planeja realizar progressivos trabalhos de pesquisa e avaliação nessas áreas, que apresentam perspectiva de sucesso na atração de novos investimentos para o setor mineral do Estado. Os prospectos mais destacados são aqueles com potencialidade para minérios de ferro, ouro e metais base (Ni, Cu, Pb e Zn). Incluem-se nesta situação os conjuntos de áreas situados na extensão do Vale do Rio Paramirim, no centro-oeste da Bahia, e na borda ocidental da Chapada Diamantina. Em alguns desses prospectos a CBPM já iniciou os trabalhos de pesquisa e avaliação.

7 - NEFELINASSIENITO DE ITARANTIM

CARACTERÍSTICAS: A nefelina é um insumo mineral de largo emprego industrial na fabricação de vidros e produtos cerâmicos. O Canadá e a Noruega são praticamente os únicos produtores mundiais, enquanto os Estados Unidos e a Europa Ocidental são os maiores consumidores. O depósito, situado no Município de Itarantim, no sudoeste do Estado da Bahia, em sete áreas de titularidade da CBPM, com 5.782,57 hectares, compreende um maciço de biotita-nefelina-sienito com 16km de comprimento, largura variando de 3 a 12km e elevação máxima de 300 metros em relação ao terreno circundante. Nos corpos pesquisados, que constituem apenas uma pequena parte do maciço sienítico, foram dimensionadas reservas da ordem de 55,15 milhões de toneladas, das quais 2,65 milhões são de reserva medida (Serra do Felícimo) e 52,5 milhões de reserva indicada. A parte central do maciço alcalino, ainda não pesquisada em detalhe, sugere um potencial superior a 200 milhões de toneladas. A composição mineralógica média dos corpos pesquisados é a seguinte: K-feldspato (30-36%); albita (27-35%); nefelina (23-24%); carbonato (2-3%); minerais contendo ferro, principalmente biotita, com menor quantidade de ferro-hastingsita e magnetita (8-10%) e traços de apatita, titanita e zirconita. O minério do depósito foi submetido com sucesso a testes de beneficiamento e ensaios tecnológicos. Como resultados foram obtidos produtos com valores médios de 61% de sílica, 22% de alumina, 13,6% de álcalis e menos de 0,1% de ferro total, que atendem, portanto, às especificações exigidas pelas indústrias de vidro e cerâmica. Por se tratar de uma jazida de classe mundial, o empreendimento mínero-industrial para produção de nefelina poderá suprir, além de uma indústria de vidros associada ao próprio empreendimento, todo o mercado nacional, seguindo a estratégia de promover a substituição do feldspato.
Os depósitos de Nefelina Sienito de Itarantim e da Areia de Alta Pureza de Santa Maria Eterna, são jazidas de classe mundial que distam entre si aproximadamente 120km, e constituem insumos minerais essenciais para a produção de vidros planos e vidros especiais. Ensaios industriais de produção de vidro plano utilizando a areia de alta pureza de Santa Maria Eterna, juntamente com a nefelina da jazida de Itarantim, resultaram em excelentes produtos, que superam em qualidade as mais rígidas especificações industriais.

8 - CALCÁRIO CALCÍTICO DA REGIÃO DE JACOBINA

CARACTERÍSTICAS: Depósitos aflorantes de calcário calcítico, identificados e investigados pela CBPM no âmbito das áreas de 7 direitos minerários de sua titularidade, totalizando 4.745,57 hectares, situadas nas localidades de Lages do Batata, Fazenda Bonsucesso, Fazenda Ouro Verde, Taquarandi e Caatinga do Moura, no município de Jacobina (seis áreas com 3.880,21 hectares) e Taquarandi, no município de Mirangaba (uma área com 865,36 hectares), distando cerca de 330km a NW de Salvador. O minério desses depósitos é de excepcional qualidade para uso nas indústrias de cal, de cimento portland e de carbonato de cálcio precipitado. Os valores médios, em percentagem (%), de seus principais componentes são os seguintes: CaO – 54,18; MgO – 0,72; SiO2 – 1,36; Al2O3 – 0,19; P2O5 < 0,02; S < 0,04, Fe Total< 0,05; e TiO2 < 0,03.
Nestes depósitos foram dimensionados reservas da ordem de 149,66 milhões de toneladas, das quais 106,24 milhões são medidas, 7,42 milhões são indicadas e 36 milhões são inferidas. Os depósitos da fazenda Bonsucesso e da fazenda Ouro Verde, com reservas medidas de 51,26 milhões e 49,86 milhões de toneladas, respectivamente, são os mais importantes. Os depósitos apresentam excelentes condições de lavra, em razão da baixa relação estéril/minério; incipiente cobertura de solo; inexistência de intercalações silicosas e de níveis dolomíticos checados através de sondagens; mergulho suave das camadas (5o); e grande largura aflorante. A área dispõe de excelente infra-estrutura (energia elétrica, estradas asfaltadas, ferrovia relativamente próxima, água, telecomunicações e serviços) para implantação de um empreendimento mínero-industrial.

9 - LITHOTHAMNE – DEPÓSITOS CALCÁRIOS BIODETRÍTICOS

CARACTERÍSTICAS: Corresponde a acumulações de sedimentos marinhos biodetríticos originados da fragmentação, desagregação e deposição de colônias de algas que foram naturalmente extintas e acumuladas o fundo do mar. Os depósitos estão situados na região litorânea de Belmonte, no extremo Sul da Bahia, no âmbito de áreas de pesquisa de titularidade da CBPM, que totalizam 11.207,21 hectares. As acumulações de calcários biodetríticos marinhos de Belmonte constituem um importante depósito, que apresenta condições econômicas de explotação numa profundidade entre 10 e 25m de lâmina d’água. A CBPM desenvolveu trabalhos de pesquisa e bloqueou uma reserva total de 84 milhões de toneladas, das quais 35,7 milhões são de reserva medida e 48,3 milhões de reserva indicada. O minério carbonático possui os seguintes teores médios: CaO - 36%, MgO - 4% e CaO+MgO - 40%. Estes teores definem o minério dos depósitos avaliados como um calcário calcítico a magnesiano, de acordo com as classificações oficiais de calcário agrícola. Além desses principais componentes, o minério contém trinta micronutrientes sob forma livre e não composta. Isto mostra que, quando dissolvidos, esses elementos tornam-se disponíveis no solo e perfeitamente assimiláveis, tanto pelos organismos animais como vegetais. Esse calcário poderá, então, ser utilizado em agricultura na fertilização de solo e na constituição de ração animal. Essas características físicas e químicas do minério calcário lhes dão aptidão para usos industriais, como um produto carbonatado, rico em micronutrientes, 100% natural e por conseqüência, perfeitamente ecológico, não ocasionando contaminação no meio ambiente marinho e terrestre. Os depósitos reúnem excelentes características que são amplamente favoráveis ao seu aproveitamento econômico.

10 - ROCHAS ORNAMENTAIS – GRANITOS

Buscando ampliar a produção de granitos ornamentais no Estado da Bahia, hoje o terceiro maior produtor do país, a CBPM vem realizando trabalhos de pesquisa visando identificar e avaliar novas jazidas de granito. O objetivo é colocá-las à disposição da iniciativa privada para implantação de novos empreendimentos no setor de rochas ornamentais do Estado. Na atualidade a CBPM detém direitos minerários sobre 41 áreas de pesquisa para rochas ornamentais, distribuídas em várias partes do território baiano, totalizando 9.366,38 hectares. Nestas áreas, a CBPM delimitou 21 jazimentos, dos quais 9 foram transferidos para a iniciativa privada, por meio de processos de concorrência pública. Os outros 12 jazimentos definidos, totalizando reservas superiores a 2,5 milhões de metros cúbicos, permanecem disponíveis ao interesse de empresas privadas.

11 - COBRE DE RIACHO SECO

CARACTERÍSTICAS: As mineralizações de cobre estão situadas no extremo norte do Estado, na região de Riacho Seco, em cinco áreas de titularidade da CBPM, equivalentes a 2.404,52 hectares, no município de Curaçá. As mineralizações são constituídas por disseminações de sulfetos de cobre em rochas gabróicas anfibolitizadas, bastante deformadas. Em superfície, as mineralizações mostram-se oxidadas, transformadas em malaquita. Os trabalhos de pesquisa e avaliação mineral desenvolvidos pela CBPM dimensionaram uma reserva total da ordem de 5 milhões de toneladas de minério, com teor médio de 0,8% de cobre. A reserva é de pequeno porte, mas permanece em aberto a possibilidade de existência de reservas de maior porte. O depósito necessita do desenvolvimento de trabalhos adicionais de avaliação, considerando-se que está situado numa região com alto potencial para mineralizações de cobre, a exemplo da mina da Caraíba.

Bahia vira novo polo de mineração do Brasil

Bahia vira novo polo de mineração do Brasil

Os investimentos já assegurados em novas minas para os próximos três anos chegam a R$ 10 bilhões no estado

Mineração
Investimentos na Bahia podem dobrar em três anos
Salvador - Ferro, níquel, ouro, bauxita e até o raríssimo tálio, hoje explorado comercialmente em apenas dois pontos do mundo (China e Casaquistão), entre outros 30 minerais, fazem da Bahia o local mais procurado do Brasil pelas mineradoras. Os investimentos já assegurados em novas minas para os próximos três anos chegam a R$ 10 bilhões, mas podem alcançar o dobro, com a conclusão de estudos de viabilidade que estão sendo realizados..
Nos últimos quatro anos (2007-2010), o número de requerimentos de área para pesquisa mineral no Estado, feitos ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), chegaram a 14,5 mil, desbancando Minas Gerais, com 13,2 mil. No mesmo período, a produção mineral comercializada pela Bahia dobrou, passando de R$ 850 milhões para R$ 1,7 bilhão por ano.
"É o melhor momento da história da mineração do Estado", diz o diretor técnico da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Rafael Avena Neto, há 36 anos na estatal. "Temos o maior potencial em termos de novas minas no País".
Investimentos
A Bahia Mineração (Bamin), responsável pelo maior investimento individual já confirmado no Estado (US$ 2,3 bilhões nos próximos três anos), prepara-se para extrair minério de ferro da região conhecida como Pedra de Ferro, do município de Caetité, a 757 quilômetros de Salvador.
Em 2008, a mina foi assumida pela Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC), empresa com sede em Londres e origem no Cazaquistão, controladora da Bamin. As primeiras análises apontaram um potencial produtivo de 398 milhões de toneladas de minério de ferro, mas já há indícios de que pode ser 50% maior. A estimativa inicial do Projeto Pedra de Ferro é produzir 19,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
As obras civis da mina, porém, ainda não começaram. Segundo o vice-presidente executivo da Bamin, Clóvis Torres, só serão iniciadas depois que começar a construção do controverso Porto Sul, nos arredores de Ilhéus. "A garantia de escoamento da produção é fundamental", diz. A previsão é que o início das operações ocorra em 2014.
Se o maior investimento em mineração no Estado ainda está na fase de projeto, o segundo maior, de US$ 800 milhões, feito pela Mirabela Mineração do Brasil, subsidiária do grupo australiano Mirabela Nickel, já está em funcionamento. A empresa opera, desde 2009, em Itagibá, a 370 quilômetros da capital, a Mina Santa Rita, a segunda maior de níquel a céu aberto do mundo. A Mirabela anunciou recentemente que as reservas são maiores do que as estimadas, devendo chegar a 159 milhões de toneladas (570 mil toneladas de níquel contido).
A descoberta aumentou a vida útil da mina em quatro anos, de 19 para 23. Toda a produção até 2014 já está vendida, metade para o mercado nacional (Votorantim Metais), metade para a finlandesa Norislk Nickel. Por processo semelhante de arrendamento, a canadense Yamana Gold vai explorar sua primeira mina de ouro a céu aberto no Estado, no município de Santa Luz, no centro-norte baiano. A empresa já opera duas minas em Jacobina e Barrocas, na mesma região. A construção da mina, que tem previsão de produção de 100 mil onças anuais de ouro, começou em 2009 e a exploração deve ser iniciada no ano que vem. O investimento é estimado em US$ 70 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OPINIÃO DE PRIMEIRA: OURO, DIAMANTE, MINÉRIOS

OPINIÃO DE PRIMEIRA: OURO, DIAMANTE, MINÉRIOS: SAI DE TUDO NO GARIMPO ILEGAL 

Fechando a BR 364 e ameaçando impedir o acesso ás obras das hidrelétricas, será que os sindicatos conseguirão modificar decisão do governo sobre a transposição

 
De vez em quando o tema volta ao noticiário, em função de operações específicas da Força Nacional de Segurança, da Polícia Federal, do Ibama ou até de todos juntos. A garimpagem ilegal campeia em toda a Amazônia, sem controle, sem que a União defina regras claras e sem que nossa região, Rondônia especificamente e o próprio país, recebam um só centavo de impostos de nossas riquezas que são levadas todos os dias para fora do país. Ouro, diamante, estanho e até nióbio, um metal utilizado em computadores e raro no  mundo, são contrabandeados. Na Reserva Roosevelt, dos índios Cinta Larga, os caciques se acertaram com garimpeiros ilegais. Alguns andam com carrões e celulares com GPS, enquanto a maioria da tribo vive em condições de penúria. Os contrabandistas enchem o bolso com diamantes, entre os de melhor qualidade do mundo, fazem fortuna ao levar nossos minérios embora e nós, brasileiros, que recebemos da natureza tanta riqueza, ficamos a ver navios. Em Roosevelt, de vez em quando se ouve falar sobre fechamento de garimpos ilegais dentro da reserva. Não há prisões, os atravessadores nunca aparecem e nem os chefões que comandam tudo. Quando índios e garimpeiros não se entendem, ocorrem tragédias como a de abril de 2004, quando 29 deles foram massacrados em Roosevelt.
 
Qualquer país que não vivesse no mundo dos sonhos, se tivesse as riquezas que temos, já teria criado leis de controle da produção, com exploração de órgãos oficiais, com cobrança de impostos e um percentual significativo para os índios, donos das terras, pelo menos no caso de Roosevelt. Mas isso não acontece, principalmente por pressões internacionais. Então, lapidam as riquezas que a terra nos dá e nosso governo só discursa. Quando for tomar alguma atitude, não haverá mais diamantes em Roosevelt.
 
NOSSA EDUCAÇÃO
 
A Escola de Ensino Fundamental Ruth Rocha, de Ji-Paraná, fez bonito na avaliação do Inep, feita em nível nacional. Foi considerada a melhor escola de Rondônia em termos de qualidade de ensino, com uma nota de 6,4, na escala que vai até dez. De Ji-Paraná, mais dois educandários se destacaram. Da Capital, a única escola que fez por merecer constar entre as melhores de Rondônia, foi o Colégio Tiradentes, pertencente à Polícia Militar. Na média nacional, estamos com a nota 4,7. Na região norte, a média foi de 4,2 e no país inteiro, nota 5. Estamos, portanto, ainda muito longe do ideal.
 
PESQUISA
 
Está no forno e será divulgada nesta próxima semana, a primeira pesquisa realmente confiável sobre a sucessão municipal em Porto Velho. Ela dará o retrato do momento e apontará se há, nestas alturas do campeonato, algum dos nomes que se destaquem.Várias pesquisas feitas pelos partidos são fajutas, porque sempre agradam quem as contrata Mas quando vem do Ibope, pode até ter erros, mas não números a serviço desse ou daquele.
 
E A BARBÁRIE?
 
Tem uma pergunta que não quer calar: porque as Comissões e representantes dos direitos humanos se calaram sobre a barbárie de três criminosos brasileiros queimados vivos na Bolívia? Não seria até correto os amigos do presidente Evo Morales – e os há em profusão, entre esse pessoal dos direitos humanos – irem até ele e protestar com toda a ênfase, exigindo punição dos que cometeram uma violência como essa? Fosse no Brasil e o pessoal estaria ameaçando ir até a ONU., porque aqui ganhar quem grita mais alto. Já na Bolívia, ninguém dá bola para direitos de bandidos.
 
PAROU DE NOVO
 
Empacou de novo a obra do viaduto do Roque, porque a Eletrobras Rondônia há semanas não emite uma simples ordem de serviço para a empresa terceirizada realizar uma obra simples, de transporte de fiação e colocação de postes. O projeto está pronto, mas sem a ordem não há trabalho. Dezenas de operários estão parados, esperando a ordem de comando para realizar o serviço que, se não feito, paralisa toda a obra. Espera-se bom senso e rapidez da Eletrobras. Não dá mais para perder tempo na construção dos viadutos em Porto Velho.
 
COMEÇA TERÇA
 
Mauro Nazif, Mário Português, Lindomar Garçon, Fátima Cleide, Mariana Carvalho e o médico José Augusto são, pelo menos até agora, os nomes mais ouvidos na disputa pela Prefeitura. Não necessariamente nessa ordem, é claro. Mário Sérgio teve dificuldades iniciais da campanha, mas ao que tudo indica agora engrenou e quer chegar no segundo turno. Os partidos nanicos PSOL e PSTU só participam para marcar posição. O momento mais quente da campanha começa nesta terça-feira, dia 21, com o início do horário eleitoral gratuito no rádio e TV.
 
DUAS DÉCADAS
 
Mais uma semana vai começar com quase metade do funcionalismo federal parado ou protestando contra o governo. Até policiais federais e policiais rodoviários fizeram manifestações por melhores salários e condições de trabalho. Em cada categoria de funcionários públicos da União, há queixas e protestos contra o governo. Dilma Rousseff é quem está pagando a conta, mas a defasagem salarial de grande parte dos servidores já vem há mais de 20 anos. Incluindo os oito anos do governo Lula.
 
PERGUNTA
 
Fechando a BR 364 e ameaçando impedir o acesso ás obras das hidrelétricas, será que os sindicatos conseguirão modificar decisão do governo sobre a transposição?

Garimpeiro acha diamante na porta de casa

Garimpeiro acha diamante na porta de casa



O garimpeiro André Martins Fontes, 70 anos, teve uma surpresa no dia 6 de dezembro do ano passado, em Estrela do Sul, a cerca de 100 quilômetros de Uberlândia. Ele estava sentado na calçada em frente à sua casa, na avenida Manoel Coelho de Resende, no bairro Mato Grosso, quando percebeu uma pequena pedra cair aos seus pés, devido ao vento formado por um caminhão que tinha acabado de passar. Como a pedra brilhou, o garimpeiro pegou-a e examinou-a. Para seu espanto, ele descobriu que se tratava de um diamante de quase quatro quilates, ainda sujo do asfalto da rua, e que vale cerca de R$ 2 mil, segundo a avaliação do próprio André Fontes.
A pedra foi lavada, pesada, e constatou-se que ela estava no cascalho da avenida Manoel Coelho de Resende, que foi retirado do rio Bagagem para fazer a base do asfaltamento da via. Satisfeito com o presente de Natal antecipado que ele tem guardado desde então, André Fontes disse que “não esperava que a sorte colocasse aos seus pés a pequena joia”, que ainda está in natura.
“No início, até desconfiei. Mas, depois, chamei meu vizinho, que também tem conhecimento sobre este tipo de pedra preciosa, e confirmei que aquela encontrada por mim era mesmo um diamante”, disse o garimpeiro, que somente agora revelou detalhes sobre a história.
André Fontes é garimpeiro em Estrela do Sul há mais de 40 anos. Ele é de uma família conhecida na cidade por fazer “viradas”, um processo de garimpagem existente há até pouco tempo, que desvia o rio de seu leito natural para a retirada e lavagem do cascalho onde são encontrados diamantes.

Avenida pode ter mais pedras

Por enquanto, o garimpeiro André Martins Fontes guarda o diamante que encontrou, por acaso, no fim do ano passado, no Picuá, um canudo de cipó imbé utilizado pelos trabalhadores para guardar os diamantes que eles pegam. Ele afirmou que não pretende vender a pedra preciosa tão cedo, apesar de já ter recebido diversas ofertas.
E, após a descoberta de André Fontes, não só ele e o diamante como também a avenida Manoel Coelho de Resende, onde foi encontrada a pedra, se tornaram populares em Estrela do Sul e na região. Afinal, o asfalto que cobre a avenida pode ter mais diamantes. É que a Cimcop, que asfaltou a via pública na década de 70, em vez de terraplenar o solo para asfaltá-lo, preferiu colocar o cascalho do rio Bagagem para servir de base, sem perceber que nele poderia ter diamantes.

Cidade já teve outra descoberta

Diamante foi achado por acaso
Estrela do Sul é uma cidade do Triângulo Mineiro reconhecida como patrimônio histórico. Ela ficou famosa mundialmente por ter sido o lugar onde foi encontrado, por uma escrava, em 1853, o famoso diamante Estrela do Sul, que dá nome à cidade, famosa também por ser onde está enterrada a personagem mineira Dona Beija.
Ele tem mais de 128 quilates e é o sexto maior do mundo. A pedra ficou desaparecida durante o século passado e foi reencontrada em 1999 nas mãos de um colecionador indiano.
O rio Bagagem, que corta o município, é o provedor de diamantes e de histórias como a do garimpeiro André Martins Fontes.