sexta-feira, 16 de maio de 2014

Granada biotita gnaisse/migmatito em Guarapari-ES

Granada biotita gnaisse/migmatito em Guarapari-ES

Gnaisse/migmatito com porfiroblastos de granada, Praia do Morro, Guarapari – ES
Compartilho com vocês este belo afloramento encontrado em uma viagem de folga à bela cidade de Guarapari, Espírito Santo. Durante a visita na região norte da Praia do Morro não pude deixar de registrar o incrível bandamento gnaissico que salta aos olhos no incrível lajedo, do qual muitos banhistas se utilizam para um banho de sol. Os belos porfiroblastos de granada gerados pelo alto grau metamórfico também se destacam, conferindo ainda mais beleza geológica ao local  -
Porfiroblastos de granada em gnaisse/migmatito na Praia do Morro, Guarapari – ES.

Biotita tonalito protomilonitizado – Canindé, CE

Biotita tonalito protomilonitizado – Canindé, CE

Biotita tonalito protomilonitizado no interior de Canindé, CE
Biotita tonalito protomilonitizado em Canindé, CE
Neste pequeno post quero compartilhar um belo afloramento encontrado em minhas andanças no interior do Ceará, mais precisamente nos arredores do município de Canindé. Trata-se de um biotita tonalito apresentando protomilonitização bem marcada pelo estiramento dos grãos de quartzo e planos de biotitas orientadas em N20W/30NE.
Os veios pegmatóides quartzo feldspáticos concordantes a foliação e uma pequena falha vertical destral com direção N10E conferem um aspecto ainda mais interessante para o afloramento. Lembre-se de clicar na imagem para visualizá-la em melhor resolução.
O contexto de rochas metamórficas (de baixo ou alto grau) não favorece a formação de solos espessos, portanto toda região tem afloramentos incríveis e talvez eu até repita uma postagem para Canindé!  (rsrsrs)
Como prometido, em breve continuarei as postagens continuadas sobre os Crátons do Brasil e provavelmente farei um post para cada um.

Depósitos Porfiríticos

Depósitos Porfiríticos

Modelo Pórfiro adaptado de Kirkham e Sinclair, 1996
Modelo Pórfiro adaptado de Kirkham e Sinclair, 1996
Neste post o GeodoMundo vai mais fundo na geologia, abordando sinteticamente sobre o modelo metalogenético de depósitos porfiríticos. Acredite, para abordar o assunto de modo respeitoso e com todo critério seriam necessárias várias páginas ou vários posts sobre o tema, porém, ao terminar de ler o post terá uma noção de como se formam, como se comportam e quais assinaturas podem exibir um depósito do tipo pórfiro.
Antes de mais nada é importante ressaltar que este tipo de depósito está relacionado a cerca de 60% do cobre mundial, com o nosso vizinho Chile como grande líder nesta produção. Agora vamos ao que interessa.
Depósitos tipo Pórfiro ou porfiríticos são grandes, em geral maiores que 100Mt, e podem ocorrer na forma de mineralização disseminada, em brechas e também hospedada em veios de quartzo, tudo isto hospedado e associado a corpos intrusivos geralmente granitóides (batólitos ou diques), que por sua vez estão associados a um ambiente tectônico de arco magmático em regime compressivo, porém, existem outros ambientes formadores de pórfiros. Em maioria estes depósitos estão encaixados em profundidades menores que 10km (até 5km em geral) e apresentam idades Arqueanas(?) até Quaternárias, com a maioria dos depósitos sendo Cenozóicos ou Mesozóicos.´
Tudo bem… Para ilustrar o que foi falado até aqui veja a imagem abaixo. Nela está ilustrada a formação do pórfiro no típico ambiente tectônico de arco magmático continental sobre uma zona de subdução, que será um pouco melhor explicado a seguir.
Ambientes tectônicos para formação de depósitos tipo pórfiro - Reprodução de Richards, 2009 (Fig.1A)
Ambientes tectônicos para formação de depósitos tipo pórfiro – Reprodução de Richards, 2009 (Fig.1A)
Em sua maioria os depósitos tipo pórfiro são formados neste ambiente tectônico, onde a intrusão porfirítica é produto normal de magmatismo de arco continental, porém, processos similares podem ocorrer em arcos de ilha mais antigos. Neste ambiente ilustado na figura acima ocorre fusão, assimilação, agregação e homogeneização da crosta, processo comumente apelidado pela sigla em inglês MASH (melting, assimilation, storage and homogenization). Com a fusão da crosta uma nova pluma mantélica se formará e buscará ascender pela crosta continental, onde também irá interagir com as rochas já resfriadas.
De forma sintética, como o post, segue uma lista dos tipos de depósitos que podem estar associados ao tipo pórfiro, bem como os elementos que usualmente precipitam em cada um:
- Skarns (Cu, Fe, Au e Zn);
- Polimetálicos (substituição) – (Ag, Pb, Zn, Cu e Au);
- Veios poolimetálicos (Au, Ag, Cu, Zn, Pb, Mn, As);
- Ouro-prata disseminados (Distal) – (Au, Ag);
- Veios epitermais de Ouro-Prata (intermediária a baixa sulfetação) – (Au, Ag, Pb e Zn);
- Epitermal de alta sulfetação (Au, Ag, Cu e As).
A presença de qualquer um destes depósitos não implica diretamente na existência de uma fonte do tipo pórfiro e vice-versa! Apenas podem estar associados ou relacionados.
Tipos de depósitos associados a modelo pórfiro - Modificado de Sillitoe e Bonham, 1990.
Tipos de depósitos associados a modelo pórfiro – Modificado de Sillitoe e Bonham, 1990.
Esta figura de Sillitoe (grande nome no que diz respeito a modelo pórfiro) exemplifica a associação de depósitos com o porfirítico.
No Brasil um depósito porfirítico bastante conhecido é o de Cu-Au Chapada, no Arco Magmético Goiás, noroeste do estado homônimo. A reserva do depósito é de 421 Mt (medida+indicada) com teores de 0,31% Cu e 0,225g/t Au. Sim, baixos teores, mas grande volume. Para saber mais sobre o depósito clique aqui para ter acesso ao e-book da CPRM (Serviço Geológico do Brasil) de título “Modelos de depósito de Cobre do Brasil e sua resposta ao intemperismo” e vá para a página 51.
Para finalizar segue uma figura para ilustrar uma característica importante para definição de modelos do tipo pórfiro, que é a ocorrência de veios de parede irregular, chamados de Quartz A-Type (veios tipo A). De forma simples, são os veios que ocorreram enquanto as rochas não estavam completamente resfriadas e por isso apresentam paredes irregulares, normalmente são os mineralizados. Os Quartz B-Type (veios tipo B) apresentam paredes regulares e mais rúpteis, usualmente estéreis, pois ocorreram em fase tardia em relação ao pórfiro.
Veios de quartzo Tipo-A - Depósito Oyu Tolgoi na Mongólia
Veios de quartzo Tipo-A com Pirita, Calcopirita e magnetita ocorrendo no centro ou paralelos aos veios – Depósito Oyu Tolgoi na Mongólia

LINDAS PEDRAS DE QUARTZO COM VEIOS DE OURO

LINDAS PEDRAS DE QUARTZO COM VEIOS DE OURO 

NA NOSSA ANTIGA MINERAÇÃO ALTEROSA NO RIO XINGÚ, ALTAMIRA PARÁ, HOJE PERTENCE AOS CANADENSES, MINERAÇÃO BELO SUN, CHEGAMOS A MOER 20 TONELADAS DIA COM TEOR DE 100 GRAMAS /TONELADA, TEOR ALTÍSSIMO, MÉDIA DE 2 A 4 KILOS OURO/DIA.

OURO NA PEDRA

OURO NA PEDRA

OURO NOQUARTZO



ouro em quartzo

OURO EM QUARTZO LEITOSO

LINDA PEDRA COM VEIOS DE OURO




PEDRA DE QUARTZO COM OURO


LINDA PEDRA DE QUARTZO COM VEIOS DE OURO




                               LINDAS PEDRAS DE QUARTZO VOM VEIOS DE OURO


Cobre

Cobre



Fórmula Química: Cu
Histórico: o cobre nativo era conhecido por algumas das mais antigas civilizações que se tem notícia e tem sido utilizado pelo menos há 10.000 anos. No norte do Iraque, por exemplo, encontrou-se um colar de cobre de 8700 a.C. Em 5000 a.C.,  já se realizava a fusão e refinação do cobre a partir de óxidos como a malaquita e azurita. Descobriram-se moedas, armas, utensílios domésticos sumérios de cobre e bronze de 3000 a.C., assim como egípcios da mesma época, inclusive tubos de cobre.
Aplicação: tubos de condensadores e encanamentos, eletroímãs, motores elétricos, interruptores e relés, tubos de vácuo e magnétons de fornos microondas, circuitos integrados em substituição do alumínio, cunhagem de moedas, sendo empregado na agricultura, na purificação da água e como conservante da madeira e, quando associado a outros metais, os óxidos de cobre formam materiais supercondutores.
Empresas Produtoras no Estado do Pará: VALE e Mineração Caraíba.
Exportação do Estado do Pará (US$FOB/Toneladas):


Cotação média:


Principais Destinos: China, Holanda, Estados Unidos, Itália, Alemanha, Coréia do Sul e Suíça.
O Cobre no Brasil e no mundo: o Brasil é o décimo sexto maior produtor de minério de cobre, com produção em 2008 de 214 mil toneladas. Este total representa um crescimento de 4,3% em relação a 2007. Espera-se um crescimento mais significativo na produção a partir das operações do projeto Salabo da Vale. O Chile é o maior produtor mundial com 36% do total, seguido por EUA com 8%, Peru 7,6% e China com 6%.