sexta-feira, 30 de maio de 2014

Mineração de ouro é responsável por 50% da entrada de capital no Sudão

Mineração de ouro é responsável por 50% da entrada de capital no Sudão
O governo do Sudão informou que as exportações de ouro, nos últimos 3 anos, atingiram a cifra de quatro bilhões de dólares.
A mineração de ouro do país está sendo responsável por 50% das entradas de capital no país africano. O governo informou, também, que 10% da produção de ouro será adicionada à reserva do Banco Central do Sudão, juntamente com outras moedas.

A produção já ultrapassa, em maio deste ano, as 20 toneladas e está auxiliando a superar o déficit na balança de pagamentos. O governo estima que o total de ouro a ser produzido em 2014 supere as 70 toneladas, um crescimento estimado de 105%.

A produção de ouro do país provém de minas e garimpos. A maior mina tradicional de ouro do Sudão é a Hassai.
A Hassai saiu da bolsa de valores em 2013. A mina é uma operação a céu aberto, situada a 50km da Capital Cartum.

Segundo fontes especializadas a mina, fundada em 1992, já produziu mais de 2,3 milhões de onças de ouro. Trata-se de um depósito Proterozóico tipo VMS, com 35Mt de minério e teores médios em torno de 2,7g/t Au.

Foto: uma das cavas da mina de ouro Hassai

Bolívia fatura US$1.5 bilhões em vendas de gás ao Brasil e Argentina no trimestre

Bolívia fatura US$1.5 bilhões em vendas de gás ao Brasil e Argentina no trimestre
Enquanto o Brasil não investe, como deveria no gás do xisto, a Bolívia continua faturando alto. No trimestre as vendas aos vizinhos Brasil e Argentina, aumentaram 7%, totalizando US$1.5 bilhões.

Urânio em queda fecha minas e espanta investidores

Urânio em queda fecha minas e espanta investidores
O urânio, que era cotado a US$150/libra em 2007 atinge, agora, US$25/libra. Com esses preços baixíssimos os investidores fogem e minas começam a fechar. Segundo especialistas, 60% das minas em produção já estão no vermelho. Um bom exemplo é a Paladin Energy, uma mineradora australiana, que anunciou hoje o fechamento de sua mina em Malawi. Com a paralisação dessa mina o mercado deixará de receber quase 4 milhões de libras de urânio por ano.

Será que o fim do urânio como fonte de energia está próximo?

Depois da crise de 2008, de Fukushima, do desarmamento nuclear e da enorme rejeição de alguns países como a Alemanha e Suíça é possível que o urânio entre em dormência por algumas décadas. A não ser que os ambiciosos planos chineses de substituir o carvão façam a reversão desse processo de queda e os preços reajam até 2015.

Foto da mina de urânio de Rossing na Namíbia

Gahcho Kué a maior e mais rica mina de diamantes ainda não desenvolvida do mundo

Gahcho Kué a maior e mais rica mina de diamantes ainda não desenvolvida do mundo
A junior canadense  Mountain Province está em JV com a De Beers (51%) para desenvolver o que é considerado o maior e mais rico jazimento de diamantes ainda não lavrado do mundo: o Projeto Gahcho Kué.

O projeto já teve um estudo de viabilidade econômica  que mostra um NPV 10% de 1 bilhão de dólares canadenses para uma mina de 12 anos. Segundo esse estudo a mina produzirá 53,4 milhões de quilates ao longo de sua vida útil: uma produção média de 4,45 milhões de quilates ao ano. Os estudos de grande volume indicam que o diamante de Gahcho Kué tem um valor médio de US$150/ quilate.

O que faz Gahcho Kué se destacar das demais jazidas é o seu altíssimo teor médio de 1,57 quilates por tonelada. A mina será uma operação a céu aberto sobre um dos quatro pipes que compõem o Kennady Lake kimberlite cluster (imagem ao lado). Os pipes são pequenos e, pelo menos um é um hipoabissal de pequeno volume que será lavrado somente no final da operação. Os outros dois pipes não apresentaram teores econômicos. A operação deverá dividir e drenar a água da parte sul do Lago Kennady que cobre o kimberlito mineralizado.

As empresas esperam entrar em produção em 2016.

Empresas junior de mineração investem 20% a menos no Brasil em 2013

Empresas junior de mineração investem 20% a menos no Brasil em 2013
O efeito do novo Marco Regulatório da Mineração e da paralisação das emissões de concessões de pesquisa mineral no Brasil se faz sentir de uma forma cruel.

Os investimentos no setor estão em queda e devem diminuir, consideravelmente, em 2014.

  As junior companies canadenses, empresas de médio a pequeno porte, financiadas pela bolsa de Toronto, que são as maiores investidoras na pesquisa mineral brasileira,  estão se afastando do país e investiram no ano passado 20% a menos do que em 2012.

A imagem mostra que mesmo em uma profunda crise e com toda a pressão de uma política xenofóbica do MME, as junior canadenses (não estão computadas as demais juniors como as australianas e europeias) investiram no Brasil US$330 milhões de dólares em pesquisa mineral. Isso corresponde a 34% de tudo o que foi investido na América Latina.

É sempre conveniente lembrar que esses investimentos são feitos a fundo perdido, pois o risco é total. Trata-se, portanto de um megainvestimento em pesquisa que fica muito evidenciado quando comparado aos US$105 milhões que a CPRM, o Serviço Geológico do Brasil, investiu nesses últimos dez anos.

Esses números mostram de onde vem a esperança de um futuro melhor, com novas minas em produção gerando riquezas e empregos: das empresas junior da mineração.

Infelizmente a queda de 20% em 2013 será maior ainda em 2014.

 Um bom número dessas empresas já paralisou os seus projetos e teve que demitir seus funcionários. Esses números só serão contabilizados no ano que vem, quando veremos o tamanho do estrago, que hoje apenas intuímos, pelo número de desempregados do setor e pela quebra generalizada das empresas de prestação de serviços.
Para efeito de comparação colocamos o quadro de investimentos em 2012 onde vemos que houve, também, uma redução no número de empresas e de projetos no Brasil.