sábado, 7 de junho de 2014

Garimpo invade bacia do Tapajós

Garimpo invade bacia do Tapajós

Os riscos apontados para a bacia do Tapajós deixam claro que a região amazônica, apesar do aumento nos índices de queda no desmatamento, continua a ser tratada como o grande almoxarifado de recursos naturais do planeta. As ações planejadas para a maior bacia hidrográfica do mundo não se restringem a planos de construção de uma sequência de usinas rios adentro. Bastou o governo informar que parte das terras que pertenciam às unidades de conservação da Amazônia havia sido desvinculada das áreas protegidas para que se tornassem alvo de ações de garimpo e extrativismo ilegal.


A pressão cresceu e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) tem procurado controlar a situação e deter a entrada de pessoas na região, mas seu poder de atuação ficou reduzido, porque está restrito às áreas legalmente protegidas. "Com a desafetação (redução) das áreas, muita gente está se mexendo para entrar nas terras. Recebemos pedidos de garimpeiros e de pesquisadores para acampar na região, também estamos recebendo ameaças de invasão. A situação está muito delicada", diz Maria Lucia Carvalho, chefe do Parque Nacional da Amazônia, ligada ao ICMBio.

Recentemente, o ICMBio autuou uma balsa que estava pronta para iniciar a garimpagem em área que, até dois meses atrás, pertencia à reserva. "Iam começar a tirar ouro da região. Quando informamos que não poderiam fazer aquilo, nos disseram que não tínhamos nada a ver com isso, que aquela área não pertencia mais ao parque e que iriam adiante", conta Maria Lucia.

A extração de areia é outro alvo. Com o período de seca, que atinge o pico em setembro, diversas praias surgem nas margens do rio, com dunas imensas de areia fina. "Já chegaram dois pedidos para retirada de areia na região do Buburé, dentro do parque nacional."

Dentro da floresta, também foram detectados focos de exploração de palmito e madeira. "Avisamos que isso poderia acontecer, mas não fomos ouvidos", diz Maria Lucia. "Não posso me calar sobre o que está acontecendo aqui. Minha crítica é técnica, não é política."

O Ministério de Minas e Energia está à frente de um programa para tentar regularizar a mineração na região, além de dar uma solução ao caos fundiário. A maior preocupação do ICMBio, segundo Roberto Vizentin, presidente do instituto, tem sido garantir a segurança das áreas protegidas. "É permitido fazer mineração em algumas unidades, desde que respeitado o zoneamento de exploração. O plano de manejo indica onde pode ser feita a garimpagem. No entanto, é preciso legalizar esses garimpos. Quase tudo é ilegal", diz Vizentin.

Na Floresta Nacional Crepori, por exemplo, que perdeu parte da área para permitir o licenciamento ambiental das usinas, há cerca de 3 mil pedidos de pesquisa e lavra minerais. "O garimpo é uma das questões que mais nos preocupa nessa região. As áreas que serão afetadas pelas barragens estão cheias de garimpeiros. Quando os empreendimentos forem construídos e o lago começar a ocupar as áreas, para onde vão esses garimpeiros? Eles vão ocupar o que puderem. Isso tem de ser controlado", alerta o presidente do ICMBio.

Com a proliferação dos garimpos, aumenta ainda mais a ocupação irregular em uma região já marcada por conflitos fundiários. Estima-se que só na região da BR-163 - entre a Serra do Cachimbo e Itaituba, no Pará - existam entre 5 mil e 6 mil famílias que demandam regularização de terras.

Há décadas, a região do Tapajós é alvo de milhares de garimpos ilegais em busca de ouro e diamante. Depois de sofrer uma intensa fase de exploração durante os anos 70 e 80, a exploração ficou quase estagnada nas duas décadas seguintes. Nos últimos cinco anos, porém, o garimpo voltou a florescer com força total, mas da pior maneira possível.

Estimativas locais apontam que atualmente há cerca de 60 mil homens trabalhando na extração de ouro e diamante na bacia do Tapajós. É mais da metade dos 110 mil garimpeiros que estão espalhados por toda a Amazônia. "Isso faz do Tapajós o maior garimpo do Brasil", afirma Seme Sefrian, ex-secretário de Mineração e de Meio Ambiente de Itaituba.

Quase todo esse batalhão atua de forma irregular, seja utilizando materiais ou máquinas proibidas, seja agindo em unidades protegidas ou sem qualquer tipo de autorização. O mercúrio, matéria-prima usada para separar o ouro da terra, segue direto para os afluentes do Tapajós. A terra, depois de lavada com mangueiras "bico-jato", não é recomposta, deixando para trás imensas crateras de lama.

Para complicar ainda mais a situação, os garimpeiros passaram a utilizar retroescavadeiras para atingir uma profundidade de solo ainda não explorada. Até cinco anos atrás, esse tipo de equipamento, conhecido como "PC", não existia na região. Hoje, segundo Sefrian, há cerca de 150 retroescavadeiras revirando terras todos os dias na bacia do Tapajós.

O Valor flagrou balsas carregando os equipamentos pelo rio. Apesar da ilegalidade total, tudo transcorre normalmente. O maquinário é caro. Uma "PC" nova, com todos os apetrechos, custa cerca de R$ 600 mil, diz o ex-secretário de Itaituba.

Para quem está no ramo, vale a pena o risco. O Tapajós transformou-se no novo eldorado. A região está produzindo meia tonelada de ouro por mês, o que representa US$ 26, 4 milhões, de acordo com o preço atual do metal. Há cinco anos, o volume mensal girava em torno de 200 quilos. "O preço disparou e o negócio voltou a atrair gente", conta Sefrain.

Em 2005, o preço da onça do ouro (31,10 gramas) teve média de US$ 445. Em 2009, a cotação dobrou e chegou a US$ 974 e não parou mais de subir. Hoje o preço da onça está em US$ 1.643. "O problema é que a exploração hoje está acontecendo de forma muito aleatória. Não existe muito controle do que é retirado, produzido ou vendido na região."

O negócio é tão bom que até Sefrain, o ex-secretário de Meio Ambiente, virou garimpeiro. Hoje, ele possui uma "PC" e uma pá carregadeira prontas para entrar em ação na unidade de conservação Crepori, entre o sul do Pará e o norte do Mato Grosso. Já contratou 34 homens e diz que tenta legalizar o início da extração.

"É uma situação difícil. Hoje, todo mundo trabalha sem autorização para lavra. Mas é preciso mostrar para a população que o garimpo é bom", diz. "Eu não consegui ainda a autorização, mas estamos prontos e vamos começar a trabalhar. Nossa dificuldade é a morosidade do Estado para regularizar a exploração."

Turmalina Paraíba é a mais cara do mundo

Turmalina Paraíba é a mais cara do mundo


Um grama da turmalina paraíba pode ultrapassar 100 mil dólares. Mais rara e mais cara do que a maioria dos diamantes, a pedra está entre as dez gemas mais caras do mundo. Cada quilate chega a valer US$ 50mil.
“Mas, afinal, o que significa a palavra paraíba?”, pergunta o Financial Times. Uma reportagem do diário financeiro britânico revela que o azul da turmalina retirada da mina da Batalha, no interior da Paraíba, virou moda na Europa. A coloração incandescente e única deve-se a uma combinação de traços de cobre e manganês dentro da pedra. Assim, paraíba tornou-se denominação de um tipo de azul, único no mineral encontrado por aqui.
A turmalina paraíba é utilizada pela grifes brasileiras Amsterdan Sauer e H. Stern, além das internacionais Dior e Tiffany & Co UK.

Anel da Amsterdam Sauer: 15,25 quilates em turmalina Paraíba e 2,59 quilates em diamantes. Montado em platina custa R$ 1,170 milhão.


Da joalheria Tiffany´s, o anel é feito só sob encomenda. Apesar da pedra ser brasileira, não esta disponível no Brasil. Seu custo é de U$$127 mil
Feita pela Tiffany´s, o pingente é a jóia mais cara da grife. Montada com 254 diamantes e com a turmalina Paraíba, equivalente a 3,5 quilates. O preço é de U$$ 248mil.

Ouro tem maior alta em três semanas após medidas do BCE

Ouro tem maior alta em três semanas após medidas do BCE

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para agosto, subiu US$ 9,00 (0,07%), fechando a US$ 1.253,30 a onça-troy


Barra de ouro
Ouro: o metal precioso fechou no patamar mais alto desde 29 de maio
São Paulo - Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), registraram nesta quinta-feira, 05, o maior ganho em três semanas, após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar uma série de novas medidas de relaxamento monetário.

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para agosto, subiu US$ 9,00 (0,07%), fechando a US$ 1.253,30 a onça-troy.
O ganho foi o maior desde 14 de maio e o metal precioso fechou no patamar mais alto desde 29 de maio.
Como esperado pela maioria dos analistas, o BCE cortou as taxas de juros básicas.
A principal delas, a taxa de refinanciamento, foi reduzida para a mínima histórica de 0,15%, de 0,25%, nível onde se encontrava desde novembro.
Além disso, a instituição diminuiu a taxa de juros de empréstimo marginal a 0,40%, de 0,75%, e reduziu a taxa para depósitos bancários, a -0,10%, de 0,0%. A taxa negativa de depósitos é inédita na zona do euro.
Em seguida, o presidente do BCE, Mario Draghi, anunciou um programa de operações de longo prazo direcionadas (TLTRO, na sigla em inglês), com valor estimado em 400 bilhões de euros, que será condicionado ao compromisso dos bancos de fazerem empréstimos para a economia real.
O BCE também suspendeu a esterilização das compras de seu programa de títulos dos mercados, num gesto que libera cerca de 175 bilhões de euros em liquidez adicional, e prometeu "intensificar o trabalho preparatório" relacionado a compras de títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês).
"Existe uma grande probabilidade de que, se o BCE seguir o Federal Reserve e o Banco do Japão com programas de relaxamento quantitativo, isso será um catalisador para ajudar o ouro a reverter seu atual viés negativo", afirmou Ken Ford, sócio-fundador da Warwick Valley Financial Advisors.

BHP Billiton expandiu produção de minério rápido demais

BHP Billiton expandiu produção de minério rápido demais

Empresa anglo-australiana se descuidou do crescimento de seus negócios globais de modo geral, disse o presidente-executivo

Mina e trator da BHP Billiton
BHP Billiton: há demanda suficiente vindo da China e de outros lugares para justificar o aumento
Pequim - A BHP Billiton expandiu a produção de minério de ferro rápido demais, fazendo com que a empresa anglo-australiana se descuidasse do crescimento de seus negócios globais de modo geral, disse o presidente-executivo da companhia nesta quinta-feira.

No entanto, Andrew Mackenzie disse que apesar do mercado de minério de ferro enfrentar um excesso de capacidade temporária, há demanda suficiente vindo da China e de outros lugares para justificar o aumento de capacidade da empresa.
"Nós não vemos motivos para investimento em escala que vimos nos últimos 10 anos ... Mas o negócio de base que construímos vai ser um forte alicerce para as próximas décadas", disse Mackenzie disse a repórteres em Pequim.
Mineradoras globais, incluindo a BHP e as rivais Rio Tinto e Vale, têm apostado em um aumento sustentado da demanda de minério de ferro pela China, aumentando a capacidade de produção e a oferta disponível no mercado internacional.
Contudo, uma desaceleração do crescimento econômico da China para seu mais fraco patamar em 23 anos, o que coincidiu com a entrada de novos suprimentos de minério de ferro, provocou alertas sobre um excesso de oferta global e preços deprimidos no longo prazo.
A BHP, terceira maior produtora de minério de ferro do mundo, atrás de Vale e Rio Tinto, está a caminho de elevar sua produção anual total para 260 milhões a 270 milhões de toneladas, ante uma produção planejada de 217 milhões de toneladas em 2014.
Embora o excedente tenha levado os preços do minério de ferro a cair quase 30 por cento este ano, para o seu nível mais baixo desde setembro de 2012, Mackenzie disse que os baixos custos de produção da BHP tornarão mais fácil para a empresa enfrentar qualquer crise.
"Somos muito fortemente competitivos a preços muito mais baixos do que os preços de hoje", disse ele.

Dilma cai nas pesquisas e Petrobras dispara

Dilma cai nas pesquisas e Petrobras dispara
A pesquisa do Datafolha, mostrando a queda de 8% da presidente Dilma, nas intenções de voto, fez os mercados reagirem positivamente. A Petrobras está em alta de quase 7% no momento mostrando que uma possível mudança de governo é benvinda pela maioria dos investidores. O índice Bovespa sobe acima de 3%, a maior alta em um mês.

Tudo isso graças a continuada queda de Dilma nas pesquisas o que prenuncia um novo governo, mais sério e transparente com  uma nova política econômica e menor intervenção.