domingo, 8 de junho de 2014

História de Tocantins

História de Tocantins

Brasão do Estado de Tocantins
Titulo História de Tocantins 1500-1730

Os pioneiros e a força de sua raça

Segundo estudiosos, o homem está na América há mais de 12 mil anos, vindo da Ásia para o Alasca através do estreito das eras glaciais, quando o nível do mar foi rebaixado, unindo a Sibéria ao Alasca, pelo estreito de Bering. Por isso, acredita-se que foram os grupos humanos de origem asiática que começaram o povoamento das Américas.

Esses nativos, chamados de “índios” pelos descobridores europeus, que pensavam ter chegado à Índia, formam povos com diferenças tanto na raça quanto na língua. Vivendo da caça e coleta, depois passaram a dominar a agricultura (milho, mandioca, fumo), usar cerâmica, ferramentas e armas (arco e flecha). No trabalho, o homem caça, pesca, faz guerra; a mulher planta, cozinha. A coivara, queimada da mata antes do plantio, ainda hoje uma prática da agricultura brasileira herdada dos primeiros habitantes do Brasil.

Indíos do Tocantins
Quatro séculos após o descobrimento do Brasil, no ano de 1910, Cândido Mariano da Silva Rondon fundou o Serviço de Proteção ao índio (hoje FUNAI), depois de chefiar uma missão para construir a linha telegráfica entre Cuiabá e Vale do Araguiaia. Até então os índios eram abatidos a tiros. A partir da Comissão Rondon, a sobrevivência das tribos do Brasil Central e da Amazônia passou a ser questionada no Brasil. Merecidamente, o marechal Rondon é considerado o defensor dos índios.

Rio Tocantins, uma descoberta francesa

Em 07 de junho de 1494, acordo assinado na cidade espanhola de Tordesilhas (por isso mesmo chamado Tratado de Tordesilhas) traçou uma linha imaginária a 370 léguas das Ilhas de Cabo Verde, delimitando que as terras a oeste dessa linha pertenceriam a Espanha e a leste pertenceriam a Portugal, dividindo-se as terras do Novo Mundo recém-descoberta. Imediatamente os homens de negócios da França, Holanda e Inglaterra financiaram suas expedições para partilhar das novas terras. Há constantes tentativas para fundar colônias no Brasil. Enquanto as capitanias de Pernambuco e S. Vicente (S. Paulo) prosperavam com seus engenhos de açúcar, franceses, ingleses e holandeses conquistavam a região Norte brasileira, estabelecendo colônias que servissem de base para posterior exploração do interior do Brasil.

Garimpos do Tocantins

Depois de devidamente instalados no forte de São Luís, na costa maranhense, uma das primeiras providências para expansão da colônia francesa era explorar os sertões do rio do Tocantins. Assim fez Daniel de la Touche, senhor de La Ravardiêre: “Em 1610, Mr. De Bault, um dos quarenta soldados expedidos do Maranhão ao Pará por La Ravardiére, sob mando de Mr. De La Blanjartier, topara na Serra dos Pacajás”, nas proximidades de onde hoje se localiza a Usina de Tucuruí, no Rio Tocantins. Portanto, o Rio Tocantins foi descoberto pelo francês La Blanjartier pela foz, que por ele subiu à cachoeira de Itaboca (Tucuruí).

Os Tupinambás habitavam a região próxima à cachoeira de Santo Antônio das Três Barras (onde é hoje a cidade de Itaguatins). Assim, fica evidenciado que cabe aos franceses a honra de haver descoberto o Rio dos Tocantins pela embocadura. (Fonte: Lysias Rodrigues, in “O Rio dos Tocantins”.)

As missões da Companhia de Jesus

Quinze anos depois dos franceses, os portugueses iniciam a colonização do Tocantins pela decidida ação dos jesuítas. O historiador Basílio de Magalhães (“Expansão Geográfica do Brasil Colonial”) afirma: “É obra de Antônio Vieira e dos seus companheiros de batina irradiação das missões dos seus centros principais, que eram Belém e Gurupá, pelos rios Tocantins, Xingu e Tapajós acima”.

Conta-nos Bernardo de Berredo, governador e capitão general do Maranhão (“Annaes Históricos do Estado do Maranhão): “0 Pe. Frei Cristovão de Lisboa... Passou a dilatá-lo no descobrimento do celebrado rio dos Tocantins, para o qual partiu da aldeia de Una em 8 de agosto (de 1625)...” No ano de 1636 o padre Luís Figueira é mandado de Portugal com a missão de estudar as tribos indígenas do Tocantins e indicar os locais para aldeamentos da Companhia de Jesus, a fim de tirar os índios da influência “herática” deixada pelos colonos franceses.


Em 1653, com a chegada do padre Antônio Vieira no Baixo Tocantins, foi reiniciada a conquista do Rio dos Tocantins. No dia 13 de dezembro daquele ano, padre Vieira chefiou uma missão que subiu o Tocantins e manteve os primeiros contatos com os índios tacaiunas, onde é hoje a cidade de Marabá. Padre Vieira regressou ao Baixo Tocantins sem os nativos para organizar as primeiras aldeias missionárias em Cametá. No ano de 1655 (e novamente em 1658), o padre José Thomé chefiou uma missão religiosa do Tocantins ao Araguaia, sendo considerado o primeiro jesuíta que esteve em contato com os carajás, e conseguiu descer mais de mil índios para o BaixoTocantins.

Também em 1658 o padre Francisco Velloso subiu o rio e fez descer para o Baixo Tocantins mais de mil índios tupinambás para aculturá-los nas aldeias da Companhia de Jesus. No ano seguinte, o padre Manuel Nunes chefiou outra missão, indo até a ilha do Bananal, trazendo de volta mais 1 milheiro de indígenas pequiquaras e 250 Inheinguaras, “estes últimos como presa de guerra”. Já em 1668, uma tropa de brancos e índios tendo como missionário o padre Gaspar Misseh, atinge o alto Tocantins e localiza os índios poquizes, depois de caminhar oito dias da margem do rio. Partindo do Baixo Tocantins, a 16 de dezembro de 1674, o padre Antônio Tavares Raposo, com 35 homens brancos e 300 índios, subiu rio acima até a terra dos guarajus (Porto Nacional).

Com a subida da expedição do padre Antônio Raposo estava então todo o Rio Tocantins descoberto, com a maioria de sua população morando nos aldeamentos da Companhia de Jesus, no Baixo Tocantins.


O Povoamento do Tocantins

O processo de colonização do território do atual Estado do Tocantins é complexo e varia, segundo a historiografia (estudo histórico e crítico sobre a história) estudada. Há mesmo diferenças de interpretação de precedência histórica, entre as entradas e bandeiras dos paulistas, com o ciclo da criação de gado pelo homem do Nordeste brasileiro. Embora sejam responsáveis pelas primeiras expedições nas terras tocantinas, as bandeiras praticamente em nada contribuíram para a colonização do antigo Norte de Goiás. Isso porque a missão dos bandeirantes era aprisionar os nativos, usando-os como mão-de-obra nas lavouras de açúcar em São Paulo. Ou para citar Capistrano de Abreu, “bandeiras eram partidas de homens empregados em prender e escravizar o gentil indígena”.


Quando, na terceira década do século XVIII, acontecia a descoberta de ouro no Sul do Tocantins, a região já detinha um extenso corredor de picadas para os caminhos de gado entre Piauí, Maranhão e ribeiras do Rio São Francisco.

Portanto, desde o início do desbravamento e povoamento destas ribeiras, sempre existiram dois Goiás: o Sul, colonizado pelos paulistas e o Norte, colonizado pelo vaqueiro e dono de curral, vindos do Nordeste brasileiro. Para compreender a socialização do homem no antigo Norte de Goiás, hoje Estado do Tocantins, há de se consultar a vasta bibliografia sobre a colonização no Médio São Francisco (sendo comarca de Pernambuco), Bahia, Piauí, Maranhão e Pará.

Ciclos da Economia

- Criação de gado, através da picada da Bahia. Expansão das fazendas de criação dos sertões da Bahia, Pernambuco, Piauí, que começa no século XVII e se prolonga até a terceira década do século XVIII, quando se descobre as minas de ouro em Natividade, Arraias, Almas, etc.

- Mineração de ouro, que se estende até o final do século XVIII.

- Lavoura de algodão e fumo, a partir da Segunda metade do século XVIII. Devido a independência dos Estados Unidos, a indústria Têxtil da Inglaterra ficou sem mercado importador dessas matérias-primas.

- Borracha da mangabeira (caucho), no início deste século, que resultou na colonização do vale do Áraguaia.

- Mineração de cristal de rocha, antes da construção da rodovia Belém-Brasília.

- Agropecuária, após a construção da rodovia Belém-Brasília.

- Agroindustrialização, vocação econômica para colocar o Tocantins no mercado nacional e internacional.

As minas do Tocantins

No início do século 18, bandeirantes na caça ao índio descem o Araguaia e sobem o Rio das Mortes, descobrindo ouro em Cuiabá (Mato Grosso). Na mesma época os paulistas descobrem ouro no Alto São Francisco (Minas Gerais) e Alto Araguaia (Goiás).

No Alto Tocantins, vaqueiros descobrem ouro nas Terras novas (Natividade, Almas, Arraias, São Félix da Palma - hoje Minaçú, Goiás), nascendo aí os primeiros núcleos urbanos de garimpeiros, comerciantes, funcionários do Reino e escravos africanos. Os governadores do Pará A minas de Tocantins e Maranhão disputavam jurisdição sobre os garimpos. O governador do Maranhão nomeava autoridades suas para os arraiais de São Félix da Palma, Natividade, Chapada, Carmo e Pontal.

No ano de 1733, a Coroa ordena que as minas das Terras Novas (Alto Tocantins) fossem incorporadas à capitania de S. Paulo. Na mesma época, as autoridades do Reino ordenam que o capitão de S. Paulo convocasse uma junta para estudar e propor que as minas do Alto Araguaia (Goiás) e Alto Tocantins (Terra Novas) fossem elevadas ao grau de capitania, inclusive que transferisse a fundição de S. Paulo para a nova capitania.

O século do ouro

“A sede insaciável do ouro estimulou tantos a deixarem suas terras e meterem-se por caminhos tão ásperos, como são os das minas, que diflcultosamente se poderá contar o número de pessoas que atualmente lá estão...


Cada ano vêm nas frotas quantidades de portugueses e de estrangeiros, para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios de que os paulistas se servem. A mistura é de toda a condição de pessoa: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, religiosos de diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento nem casa”. (Antonil - Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Minas, 1711)

Os primeiros arraiais

Nesse período, a imigração nas minas de ouro vai fundando núcleos de povoação. De 1730 a 1734, o garimpeiro Amaro Leite começa a explorar as minas do Rio Maranhão, afluente do Tocantins. Entre 1732 a1737, o garimpeiro Manuel Rodrigues Tomar é expulso pelas autoridades da Meia Ponte e, acompanhado com crescido número de companheiros, fundou as povoações das minas de ouro de Crixás, Trairas, São José do Tocantins, Santa Rita e Agua Quente.

No ano da 1734, o garimpeiro Antônio Ferraz de Araújo fundara os arraiais da Natividade e Almas. Em 1736, pernambucanos e baianos descobrem ouro na Chapada dos Negros, origem do arraial de Arraias. No mesmo ano, o garimpeiro Carlos Marinhos lança os alicerces dos arraiais de São Félix e Chapada.

Em 1738, Antônio Sanches descobre ouro no Pontal. Em 1741, garimpeiros dão origem ao arraial da Conceição. No ano de 1746 o garimpeiro Manoel de Sousa Ferreira organiza a povoação das minas de ouro do Carmo. (Alencastre, Capistrano de Abreu, Enciclopédia dos municípios, do TBGE.)

Picada da Bahia

A descrição, a seguir é de Lysias Rodrigues. “Não se pode precisar com certeza a data da abertura da célebre picada da Bahia, por onde, mais tarde, vinham do litoral todos os abastecimentos necessários aos mineradores de ouro”. Somos levados a crer que ela tenha sido aberta pela bandeira de que nos fala o padre Manuel Rodrigues, que “de Pernambuco veio a descoberta do sertão de Parahupava e que foi aniquilada pelos ferozes índios tocantins que na língua Tupi-Guarani quer dizer “índio com nariz de tucano”, nariz comprido.

“Esta picada da Bahia cruzava o vale do São Francisco, e pelo planalto que dali ascende para oeste, vinha sair no Vão do Paranã, para ir passar depois pela margem norte da Lagoa Feia”, hoje, cidade de Formosa, em Goiás, segundo observação de Luiz dos Santos Vilhena. “É evidente que por esta picada da Bahia muitos foram os que passaram; alguns negros, escravos fugidos, vieram ter ao Vão do Paranã e talvez por terem achado o ouro, ali estabeleceram-se em um povoado, sob a invocação de SantoAntônio”, futura povoação de Couros, hoje, cidade de Formosa. Toda região oeste da Bahia, fronteira com o Tocantins e Goiás, antigamente pertencia à capitania de Pernambuco.

Theotônio Segurado

Quando Theotônio Segurado teve de jurisdicionar pela primeira vez nos sertões do Tocantins, é possível que ele tenha se surpreendido e se entusiasmado com o futuro da Bacia Araguaia-Tocantins, considerando sua infância e juventude de ribeirinho no Baixo Alentejo, em Portugal. Tido como inteligente, laboroso e benemérito homem público, Theotônio Segurado muito fez pelo desenvolvimento econômico da região, inclusive como defensor de nossa emancipação política.

Acatado entre as autoridades maiores de sua época, sendo considerado consultor de ministros nas questões mais importantes de Goiás, Theotônio Segurado pretendia mesmo era se envolver com as vastidões do Norte goiano, região onde demonstrou liderança política e antevia como celeiro do Brasil e integrada com o mercado internacional, mediante a produção de bens exportáveis pelo caudaloso Tocantins via Porto de Conde, em Belém do Pará.

Brasão da Família Segurado

Como ouvidor da extensa comarca de Palma, Theotônio Segurado teve oportunidade de se manifestar várias vezes em documentos, projetos e idéias para desenvolver a região, através de políticas de incentivos para aumento da população, lavoura e comércio, destacando-se a navegação mercantil, com botes e batelões descendo carregados de sola, açúcar, algodão em pluma, fumo em rolo, carne salgada, toucinho e outras riquezas locais para permutar gêneros de importação do mercado europeu.

Mesmo ainda. hoje destratado pelos “carreiristas” e “cronistas” de Goiás e Tocantins o pesquisador sério com a historiografia há de convir que “ausência do ouvidor Theotônio Segurado muito favoreceu a tarefa do padre Luís Gonzaga de Camargo Fleury” no derrotismo e acomodamento pela reunificação do Norte ao Sul goiano.

Felipe Cardoso

BRIGADEIRO FELIPE ANTÔNIO CARDOSO

(Nascido em Arraias em 1773 e morto em Vila Boa de Goiás no dia 24 de julho de 1868). Era filho do Capitão Domingos Antônio Cardoso que, tendo vindo de Portugal para as minas do Norte de Goiás, hoje área do Estado do Tocantins, prestou relevantes serviços à milícía de Segunda Linha nas últimas décadas do século XVIII.

Esse tocantinense dcArraias, aos 27 anos de idade, obteve praça no Segundo Regimento de Cavalaria de Goiás, com sede em Arraias, e teve a graduação de cabo de esquadra a 29 de janeiro de 1800. Sua propensão pela carreira das armas manifestou-se desde cedo. Pouco tempo depois era promovido a alferes do mesmo Regimento de Cavalaria. A l3 de maio de 1808 foi nomeado Primeiro-Tenente, agregado à milícia de Arraias.

Espírito empreendedor e amando a terra que fora seu berço, o moço militar, ao lado do Ouvidor da Palma, desembargador Joaquim Theotônio Segurado, pugnou pelo desenvolvimento comercial da Comarca da Palma, já concorrendo com extremo zelo para o ativo progresso da sonhada Província da Palma (1821-1824). Em 13 de maio de 1811 foi promovido ao posto de Capitão, ainda em Arraias.

No ano de 1825, a 12 de outubro, foi promovido a Coronel, em cuja patente foi governador interino das Armas de Exército, Felipe Antônio Cardoso continuou residindo em Goiás, onde veio a falecer na avaçada idade de 95 anos, deixando uma numerosa descendência, sobressaindo entre seus filhos diletos a figura impávida do Coronel Felipe Antônio Cardoso Santa Cruz, fundador do Jornal “0 Tocantins” (1-1-1855) e Deputado Geral pela Provincia de Góias.

O Revolucionáro

O pequeno círculo social do julgado de Arraias não oferecia horizontes para o militar Felipe Cardoso e assim ele pediu sua transferência para Vila Boa, vila capital de Goiás, local mais propício para o exercício da carreira das armas. Quando em 4 de outubro de 1820 o português Manoel Inácio Sampaio, último capitão general assumiu o Governo de Goiás, o capitão Felipe Antônio Cardoso residia na vila Capital. Refere-nos o passado que Felipe Cardoso liderava o pequeno cenáculo que a história respeitosamente hoje declina, como tributo de gratidão e que o despotismo dos capitães-generais (governadores) condenava.

Pregava-se abertamente contra Portugal. As proclamações e os jornais revolucionários sucediam-se. Em fins de julho daquele ano a atmosfera política era insustentávl em Goiás, A caldeira estava cheia de vapor. Ou vingaria a mão de ferro do governador Sampaio ou triunfariam os protagonistas das novas idéias. O Capitão Felipe Cardoso e outros militares brasileiros deviam agir nos quartéis, enquanto os padres pregavam ao povo os patrióticos ideais.

Estava marcada para o dia 14 de agosto de 1821 a explosão do patriotismo contra o governo português. Eis que na véspera uma hetera (prostituta elegante e distinta) denunciou o movimento. O capitão Felipe Cardoso e outros brasileiros são presos. Abre-se a devassa. O governador Sampaio proclama aos povos. A 20 de agosto de 1821 a devassa estava terminada e como consequência, era decretada a deportação dos implicados. O capitão Felipe Cardoso teve ordem de se retirar para o distrito de Arraias, sua terra natal. No Norte de Goiás, então Comarca da Palma, o capitão Felipe Cardoso volta a propagar as idéias nativistas junto às lideranças tocantinenses. Inclinado pelos movimentos revolucionários e contrário ao despostimos, o capitão Felipe Cardoso discute o abandono da região Norte de Goiás e consegue despertar o ideário separatista da Comarca da Palma para se criar a Provincia da Palma, com apoio do ouvidor Theotônio Segurado e líderes regionais.

Intocado deserto... chegamos ao Jalapão

Intocado deserto... chegamos ao Jalapão




Esta é a localização geográfica de um dos locais mais fascinantes de toda a viagem: o coração do deserto do Jalapão - TO, onde os estados da Piauí, Bahia, Tocantins e Maranhão se encontram. Ingressamos nessa aventura saindo de Palmas, numa quinta -feira a noite, ainda sentindo a falta da trilheira Liliana, que infelizmente não nos acompanhou nestes 13 dias devido à um acidente com a mão ocorrido dias antes.

Chegamos na pequena Novo Acordo de madrugada, e sem destino certo de repouso, um cabo da polícia gentilmente nos conduziu até o conhecido " Chapéu de Palha". Sem saber ao certo o que viria nos próximos dias, e na total escuridão, tratamos de arranchar lá mesmo. Apenas no dia seguinte conhecemos nosso mais novo anfitrião, Sr. Airton, que nos acordou na companhia do Trilha, carinhosamente apelidado de " Pelé ".

Há 26 anos no local, Sr. Airton ainda se lembra dos momentos em que sua família decidiu sair do Piauí numa caravana de 26 pessoas e 22 jegues em direção à Porto Franco, entrada da região do Jalapão. O objetivo ? Tentar uma nova vida nas antigas fazendas e garimpando diamantes. "Meu pai era garimpeiro. Já encheu 1 litro de diamantes no Rio do Sono, e criou eu e meus irmãos com isso". Mas a história de Airton não para por aí. Proprietário do sítio "Chapéu de Palha", único chapéu da região - garante ele - recebe inúmeras visitas no único, e belo, balneário da cidade.

Nas andanças pelo mato, convívio com sertanejos e índios da região, Airton ainda aprendeu a medicar com ervas e plantas medicinais. Nas horas vagas, gasta seu tempo em longas leituras a cerca do assunto, e cura os já desiludidos com a medicina convencional. "Eu acredito no que eu vejo. Mas a pessoa deve acreditar que será curada, senão não funciona". Curandeiro dos sertões ? Trata-se de uma pessoa que entende e respeita a natureza...

A convite do Prefeito da cidade, Sr. Lico (chará da ANA !!), seguimos para o Assentamento Primogênito, distante 29 km. Trata-se de uma agrovila muito bem estruturada, onde residem 64 famílias assentadas pelo INCRA. Ao contrário da experiência semelhante por nós registrada no Estado da Bahia, ficamos surpresos com a força que este povo está erguendo suas terras, agora independentemente do governo. "Quando viemos pra cá, tínhamos que dormir na cama do coelho (mato), mas foi rápido nós mesmos construir nossa própria casa. Agora somos todos donos do próprio terreno" - conta feliz Sr. Manoel do Bonfim Martins, relatando sobre as experiências na agrovila. Ficamos muito felizes de ver e acompanhar de perto mais uma "cidade" nascendo no coração do Brasil.

Seguimos trilha num caminho deserto e cheio de aventuras, com veados, raposas e araras azuis sobrevoando o carro no por do sol. No caminho, uma surpresa: a rodagem vira aeroporto de uma fazenda, e depois volta ao normal.... Aqui é assim mesmo, as grandes e antigas fazendas fazem parte dos caminhos e trilhas do local.

A beleza fascinante do Jalapão nos fez mudar mais uma vez o rumo, e decidimos dormir no meio do caminho, no local em que a família de Sr. Airton aportou pela primeira vez: Porto Franco.

Hoje a vila continua como nos tempos em que nos fora relatado; sem luz elétrica, sem água encanada, sem... Apenas seis casas habitam o local, que é banhado pelas limpidas águas do Rio do Sono. Pousamos na casa do balseiro Jânio Tavares Glória, que com a ajuda de mais 3 funcionários faz a travessia manual dos carros que seguem Jalapão adentro. "Nos tempos de nossos pais, a travessia para Novo Acordo era feita pelo Rio, em três dias, e no braço de Buriti" - relembra Jânio contando sobre os momento difíceis passados pelos adoecidos. Histórias a parte, tudo por aqui continua uma aventura: "Já teve mês que não passou nem um carro por aqui ... mas na época do rally tudo muda".

Da terra roxa, o chão transforma-se em areia. O Jalapão começa a mostrar sua verdadeira identidade e o porquê do apelido de deserto. O calor é infernal e as águas são mornas - mesmo à noite. Na companhia de Julião, 69 anos, um antigo morador de São Félix do Tocantins, subimos a Serra Negra, observando as pedras de formatos esculturais.

Julião nos "guiou" por São Félix, contando sobre a história e o crescimento da região. Em sua casa, que mais parece uma creche, distribuia pedaços de rapadura comprados na cidade para os netos enquanto almoçávamos um saboroso tatu. Na igreja da cidade, contou-nos sobre a padroeira do local - Nossa Sra. da Conceição, enquanto tocava o improvisado sino feito com a pá de uma enxada. Nossas manhãs aqui foram despertadas com um papagaio que acordava falando "Tô cum fomi, tô cum fomi.... Quero cumê, quero cumê ". Sim Sinhori - mais uma vez sentimos ao deixar a casa do historiador Julião.

Cachoeira da Formiga. Parada obrigatória para lavar a alma e os olhos. Absolutamente sozinhos, distantes pelo menos 50 km2 de qualquer ser humano, tratamos de acender um bom fogo para cozinhar algo, no rancho "emprestado" de José Simão.

Hoje entendemos as histórias de quem já ficou horas a fio perdidos no deserto do Jalapão...Tempo para os irmãos Salvatore banhar pelados, ver um céu estreladíssimo e prosear sobre a vida. A Formiga nos fez refletir sobre tudo o que estamos vivendo. Dormimos sonhando com a cachoeira azul e acordamos ouvindo uma araponga.

Da pequena Mateiros, seguimos para o Fervedouro, o Buraco Branco. "O Buraco Negro nos leva a outras galáxias, certo ? Então, o "Buraco Branco" nos leva ao centro da terra - filosofa a Lico. O certo é que ninguém sabe explicar o que é o fervedouro, nem mesmo a proprietária , Dona Glorinha, que contou- nos sobre as frustradas tentativas de verificar sua profundidade. Trata-se de um monte de areia fina que se mexe e sobe de um buraco d'água que não tem fundo. Você pula nele e não afunda. Mistérios do Jalapão...

Atrás da Serra do Espírito Santo, encontramos as dunas gigantescas deste deserto, margeadas por um oásis repleto de burutizais. Depois de uma noite cheia de rajadas de areia em nossas cabeças, vimos o forte sol raiar com ventos incessantes por detrás da Serra. Maravilhoso. Triste mesmo foi ver uma parte de nossos sleepings voar e pegar fogo no resto da fogueira que nos aqueceu durante a noite. Acidentes de percurso também acontecem...

Das dunas seguimos para Ponte Alta, de volta à civilização. Fomos recebidos pela família do Sr. Genilton Ribeiro, que nos acolheu e nos proporcionou dias tipicamente paulistas, com almoços e jantares em família. Ano de eleições, aproveitamos para dançar um forró no último comício que ocorreria na região, regado a muita cerveja e comida a vontade para a população do campo.

Pensam que deixamos o Jalapão ? Nos dias seguintes, voltamos dezenas de kilômetros para o deserto para conhecer a Cachoeira da Velha, numa antiga fazenda local. Na companhia de Ariston e Stanley nos maravilhamos posteriormente na lagoa "sem nome" e na fenda da Suçuapara.

Intocado Jalapão, que Deus o proteja do progresso.

Opal

Opal


Opal
Coober Pedy opal at the SAM 1.JPG
Precious opal replacing calcite of bivalve shells, from Coober Pedy; display specimen, South Australian Museum
General
Category Mineraloid
Formula
(repeating unit)
Hydrated silica. SiO2·nH2O
Identification
Color Colorless, white, yellow, red, orange, green, brown, black, blue
Crystal habit Irregular veins, in masses, in nodules
Crystal system Amorphous[1]
Cleavage None[1]
Fracture Conchoidal to uneven[1]
Mohs scale hardness 5.5–6[1]
Luster Subvitreous to waxy[1]
Streak White
Diaphaneity opaque, translucent, transparent
Specific gravity 2.15 (+.08, -.90)[1]
Density 2.09
Polish luster Vitreous to resinous[1]
Optical properties Single refractive, often anomalous double refractive due to strain[1]
Refractive index 1.450 (+.020, -.080) Mexican opal may read as low as 1.37, but typically reads 1.42–1.43[1]
Birefringence none[1]
Pleochroism None[1]
Ultraviolet fluorescence black or white body color: inert to white to moderate light blue, green, or yellow in long and short wave. May also phosphoresce; common opal: inert to strong green or yellowish green in long and short wave, may phosphoresce; fire opal: inert to moderate greenish brown in long and short wave, may phosphoresce.[1]
Absorption spectra green stones: 660nm, 470nm cutoff[1]
Diagnostic features darkening upon heating
Solubility hot saltwater, bases, methanol, humic acid, hydrofluoric acid
References [2][3]
Opal is a hydrated amorphous form of silica; its water content may range from 3% to 21% by weight, but is usually between 6% and 10%. Because of its amorphous character it is classed as a mineraloid, unlike the other crystalline forms of silica which are classed as minerals. It is deposited at a relatively low temperature and may occur in the fissures of almost any kind of rock, being most commonly found with limonite, sandstone, rhyolite, marl and basalt. Opal is the national gemstone of Australia, which produces 97% of the world's supply.[4] This includes the production of the state of South Australia, which accounts for approximately 80% of the world's supply.[5]
The internal structure of precious opal makes it diffract light; depending on the conditions in which it formed, it can take on many colors. Precious opal ranges from clear through white, gray, red, orange, yellow, green, blue, magenta, rose, pink, slate, olive, brown, and black. Of these hues, the reds against black are the most rare, whereas white and greens are the most common. It varies in optical density from opaque to semi-transparent.
Common opal, called "potch" by miners, does not show the display of color exhibited in precious opal.[6]


Precious opal

Precious opal consists of spheres of silicon dioxide molecules arranged in regular, closely packed planes. (Idealized diagram)
Multicolor Rough Crystal Opal from Coober Pedy, South Australia, expressing nearly every color of the visible spectrum.
Precious opal replacing Ichthyosaur backbone; display specimen, South Australian Museum
Brightness of the fire in Opal ranges on a scale of 1 to 5 (5 being the brightest)[7]
Australian Opal Doublet, a slice of precious opal with a backing of ironstone.
Precious opal shows a variable interplay of internal colors and even though it is a mineraloid, it has an internal structure. At micro scales precious opal is composed of silica spheres some 150 to 300 nm in diameter in a hexagonal or cubic close-packed lattice. These ordered silica spheres produce the internal colors by causing the interference and diffraction of light passing through the microstructure of the opal.[8] It is the regularity of the sizes and the packing of these spheres that determines the quality of precious opal. Where the distance between the regularly packed planes of spheres is approximately half the wavelength of a component of visible light, the light of that wavelength may be subject to diffraction from the grating created by the stacked planes. The spacing between the planes and the orientation of planes with respect to the incident light determines the colors observed. The process can be described by Bragg's Law of diffraction.
Visible light of diffracted wavelengths cannot pass through large thicknesses of the opal. This is the basis of the optical band gap in a photonic crystal, of which opal is the best known natural example. In addition, microfractures may be filled with secondary silica and form thin lamellae inside the opal during solidification. The term opalescence is commonly and erroneously used to describe this unique and beautiful phenomenon, which is correctly termed play of color. Contrarily, opalescence is correctly applied to the milky, turbid appearance of common or potch opal. Potch does not show a play of color.
For gemstone use, most opal is cut and polished to form a cabochon. "Solid" opal refers to polished stones consisting wholly of precious opal. Opals too thin to produce a "solid," may be combined with other materials to form attractive gems. An opal doublet consists of a relatively thin layer of precious opal, backed by a layer of dark-colored material, most commonly ironstone, dark or black common opal (potch), onyx or obsidian. The darker backing emphasizes the play of color, and results in a more attractive display than a lighter potch. An opal triplet is similar to a doublet, but has a third layer, a domed cap of clear quartz or plastic on the top. The cap takes a high polish and acts as a protective layer for the opal. The top layer also acts as a magnifier, to emphasize the play of color of the opal beneath, which is often of lower quality. Triplet opals therefore have a more artificial appearance, and are not classed as precious opal.
Combined with modern techniques of polishing, doublet opal produces similar effect of black or boulder opals at a mere fraction of the price. Doublet opal also has the added benefit of having genuine opal as the top visible and touchable layer, unlike triplet opals.

Common opal

A piece of milky raw opal from Andamooka South Australia
A cabochon cut from a piece of opalized wood
An opal "triplet" from Andamooka South Australia showing blue and green fire
A rock showing striations of opal throughout
A close-up view of striations within opal
Besides the gemstone varieties that show a play of color, there are other kinds of common opal such as the milk opal, milky bluish to greenish (which can sometimes be of gemstone quality); resin opal, which is honey-yellow with a resinous luster; wood opal, which is caused by the replacement of the organic material in wood with opal;[9] menilite, which is brown or grey; hyalite, a colorless glass-clear opal sometimes called Muller's Glass; geyserite, also called siliceous sinter, deposited around hot springs or geysers; and diatomite or diatomaceous earth, the accumulations of diatom shells or tests.

Other varieties of opal

Fire opal from Mexico
Fire opal is a transparent to translucent opal, with warm body colors of yellow, orange, orange-yellow or red. It does not usually show any play of color, although occasionally a stone will exhibit bright green flashes. The most famous source of fire opals is the state of Querétaro in Mexico; these opals are commonly called Mexican fire opals. Fire opals that do not show play of color are sometimes referred to as jelly opals. Mexican opals are sometimes cut in their ryholitic host material if it is hard enough to allow cutting and polishing. This type of Mexican opal is referred to as a Cantera Opal. There is also a type of opal from Mexico referred to as Mexican Water Opal, which is a colorless opal which exhibits either a bluish or golden internal sheen.[10]
Girasol opal is a term sometimes mistakenly and improperly used to refer to fire opals as well as a type of transparent to semi-transparent type milky quartz from Madagascar which displays an asterism, or star effect, when cut properly. However, there is a true girasol opal[10] that is a type of halite opal, that exhibits a bluish glow or sheen that follows the light source around. It is not a play of color as seen in precious opal but rather an effect from microscopic inclusions. It is also sometimes referred to as water opal as well when it is from Mexico. The two most notable locations of this type of opal are Oregon and Mexico.[citation needed]
Peruvian opal (also called blue opal) is a semi-opaque to opaque blue-green stone found in Peru which is often cut to include the matrix in the more opaque stones. It does not display pleochroism. Blue opal also comes from Oregon in the Owhyee region as well as from Nevada around Virgin Valley.[citation needed]

Sources of opal

Gem Opal from Brazil
Polished opal from Yowah (Yowah Nut[11]), Queensland, Australia
Multi-Colored solid black opal cabochon from Lightning Ridge, NSW
Australia produces around 97% of the world's opal. 90% is called 'light opal' or white and crystal opal. White makes up 60% of the opal productions but cannot be found in all of the opal fields. Crystal opal or pure hydrated silica makes up 30% of the opal produced, 8% is black and only 2% is boulder opal.[citation needed]
The town of Coober Pedy in South Australia is a major source of opal. The world's largest and most valuable gem opal "Olympic Australis" was found in August 1956 at the "Eight Mile" opal field in Coober Pedy. It weighs 17,000 carats (3450 grams) and is 11 inches (280 mm) long, with a height of 4 34 inches (120 mm) and a width of 4 12 inches (110 mm).[citation needed]
Boulder Opal, Carisbrooke Station near Winton, Queensland
The Mintabie Opal Field located approximately 250 km north west of Coober Pedy has also produced large quantities of crystal opal and also the rarer black opal. Over the years it has been sold overseas incorrectly as Coober Pedy Opal. The black opal is said to be some of the best examples found in Australia.
Andamooka in South Australia is also a major producer of matrix opal, crystal opal, and black opal. Another Australian town, Lightning Ridge in New South Wales, is the main source of black opal, opal containing a predominantly dark background (dark-gray to blue-black displaying the play of color). Boulder opal consists of concretions and fracture fillings in a dark siliceous ironstone matrix. It is found sporadically in western Queensland, from Kynuna in the north, to Yowah and Koroit in the south.[12] Its largest quantities are found around Jundah and Quilpie (known as the "home of the Boulder Opal"[13]) in South West Queensland. Australia also has opalised fossil remains, including dinosaur bones in New South Wales, and marine creatures in South Australia.[14] The rarest type of Australian opal is "pipe" opal, closely related to boulder opal, which forms in sandstone with some iron-oxide content, usually as fossilized tree roots.[citation needed]
Multi-colored rough opal specimen from Virgin Valley, Nevada, US
The Virgin Valley[15] opal fields of Humboldt County in northern Nevada produce a wide variety of precious black, crystal, white, fire, and lemon opal. The black fire opal is the official gemstone of Nevada. Most of the precious opal is partial wood replacement. The precious opal is hosted and found within a subsurface horizon or zone of bentonite in-place which is considered a "lode" deposit. Opals which have weathered out of the in-place deposits are alluvial and considered placer deposits. Miocene age opalised teeth, bones, fish, and a snake head have been found. Some of the opal has high water content and may desiccate and crack when dried. The largest producing mines of Virgin Valley have been the famous Rainbow Ridge,[16] Royal Peacock,[17] Bonanza,[18] Opal Queen,[19] and WRT Stonetree/Black Beauty[20] Mines. The largest unpolished Black Opal in the Smithsonian Institution, known as the "Roebling Opal,"[21] came out of the tunneled portion of the Rainbow Ridge Mine in 1917, and weighs 2,585 carats. The largest polished black opal in the Smithsonian Institution comes from the Royal Peacock opal mine in the Virgin Valley, weighing 160 carats, known as the "Black Peacock."[22]
Another source of white base opal or creamy opal in the United States is Spencer, Idaho.[citation needed] A high percentage of the opal found there occurs in thin layers.
Other significant deposits of precious opal around the world can be found in the Czech Republic, Slovakia, Hungary, Turkey, Indonesia, Brazil (in Pedro II, Piauí[23]), Honduras, Guatemala, Nicaragua and Ethiopia.
In late 2008, NASA announced that it had discovered opal deposits on Mars.[24]

Synthetic opal

As well as occurring naturally, opals of all varieties have been synthesized experimentally and commercially. The discovery of the ordered sphere structure of precious opal led to its synthesis by Pierre Gilson in 1974.[8] The resulting material is distinguishable from natural opal by its regularity; under magnification, the patches of color are seen to be arranged in a "lizard skin" or "chicken wire" pattern. Furthermore, synthetic opals do not fluoresce under UV light. Synthetics are also generally lower in density and are often highly porous.
Two notable producers of synthetic opal are the companies Kyocera and Inamori of Japan. Most so-called synthetics, however, are more correctly termed "imitation opal", as they contain substances not found in natural opal (e.g., plastic stabilizers). The imitation opals seen in vintage jewelry are often foiled glass, glass-based "Slocum stone", or later plastic materials.
Other research in macroporous structures have yielded highly ordered materials that have similar optical properties to opals and have been used in cosmetics.[25]

Local atomic structure of opals

The lattice of spheres of opal that cause the interference with light are several hundred times larger than the fundamental structure of crystalline silica. As a mineraloid, there is no unit cell that describes the structure of opal. Nevertheless, opals can be roughly divided into those that show no signs of crystalline order (amorphous opal) and those that show signs of the beginning of crystalline order, commonly termed cryptocrystalline or microcrystalline opal.[26] Dehydration experiments and infrared spectroscopy have shown that most of the H2O in the formula of SiO2·nH2O of opals is present in the familiar form of clusters of molecular water. Isolated water molecules, and silanols, structures such as Si-O-H, generally form a lesser proportion of the total and can reside near the surface or in defects inside the opal.
The structure of low-pressure polymorphs of anhydrous silica consist of frameworks of fully corner bonded tetrahedra of SiO4. The higher temperature polymorphs of silica cristobalite and tridymite are frequently the first to crystallize from amorphous anhydrous silica, and the local structures of microcrystalline opals also appear to be closer to that of cristobalite and tridymite than to quartz. The structures of tridymite and cristobalite are closely related and can be described as hexagonal and cubic close-packed layers. It is therefore possible to have intermediate structures in which the layers are not regularly stacked.
The crystal structure of crystalline α-cristobalite. Locally, the structures of some opals, opal-C, are similar to this.

Microcrystalline opal

Lussatite (Opale-Ct)
Opal-CT has been interpreted as consisting of clusters of stacking of cristobalite and tridymite over very short length scales. The spheres of opal in opal-CT are themselves made up of tiny microcrystalline blades of cristobalite and tridymite. Opal-CT has occasionally been further subdivided in the literature. Water content may be as high as 10 wt%. Lussatite is a synonym. Opal-C, also called Lussatine, is interpreted as consisting of localized order of \alpha-cristobalite with a lot of stacking disorder. Typical water content is about 1.5wt%.

Non-crystalline opal

Two broad categories of non-crystalline opals, sometimes just referred to as "opal-A", have been proposed. The first of these is opal-AG consisting of aggregated spheres of silica, with water filling the space in between. Precious opal and potch opal are generally varieties of this, the difference being in the regularity of the sizes of the spheres and their packing. The second "opal-A" is opal-AN or water-containing amorphous silica-glass. Hyalite is another name for this.
Non-crystalline silica in siliceous sediments is reported to gradually transform to opal-CT and then opal-C as a result of diagenesis, due to the increasing overburden pressure in sedimentary rocks, as some of the stacking disorder is removed.[27]

Naming

The word opal is adapted from the Roman term opalus, but the origin of this word is a matter of debate. However, most modern references suggest it is adapted from the Sanskrit word úpala.[28]
References to the gem are made by Pliny the Elder. It is suggested it was adapted it from Ops, the wife of Saturn and goddess of fertility. The portion of Saturnalia devoted to Ops was "Opalia", similar to opalus.
Another common claim that the term is adapted from the Greek word, opallios. This word has two meanings, one is related to "seeing" and forms the basis of the English words like "opaque", the other is "other" as in "alias" and "alter". It is claimed that opalus combined these uses, meaning "to see a change in color". However, historians have noted that the first appearances of opallios do not occur until after the Romans had taken over the Greek states in 180 BC, and they had previously used the term paederos.[28]
However, the argument for the Sanskrit origin is strong. The term first appears in Roman references around 250 BC, at a time when the opal was valued above all other gems. The opals were supplied by traders from the Bosporus, who claimed the gems were being supplied from India. Before this the stone was referred to by a variety of names, but these fell from use after 250 BC.

Historical superstitions

In the Middle Ages, opal was considered a stone that could provide great luck because it was believed to possess all the virtues of each gemstone whose color was represented in the color spectrum of the opal.[29] It was also said to confer the power of invisibility if wrapped in a fresh bay leaf and held in the hand.[29][30] Following the publication of Sir Walter Scott's Anne of Geierstein in 1829, however, opal acquired a less auspicious reputation. In Scott's novel, the Baroness of Arnheim wears an opal talisman with supernatural powers. When a drop of holy water falls on the talisman, the opal turns into a colorless stone and the Baroness dies soon thereafter. Due to the popularity of Scott's novel, people began to associate opals with bad luck and death.[29] Within a year of the publishing of Scott's novel in April 1829, the sale of opals in Europe dropped by 50%, and remained low for the next twenty years or so.[31]
Even as recently as the beginning of the 20th century, it was believed that when a Russian saw an opal among other goods offered for sale, he or she should not buy anything more since the opal was believed to embody the evil eye.[29]
Opal is considered the birthstone for people born in October or under the sign of Scorpio and Libra.

Famous opals

Ametrine

Ametrine


Ametrine
Ametrine, also known as trystine or by its trade name as bolivianite, is a naturally occurring variety of quartz. It is a mixture of amethyst and citrine with zones of purple and yellow or orange. Almost all commercially available ametrine is mined in Bolivia, although there are deposits being exploited in Brazil and India.
The colour of the zones visible within ametrine are due to differing oxidation states of iron within the crystal. The different oxidation states occur due to there being a temperature gradient across the crystal during its formation.
Artificial ametrine can be created by differential heat treatment of amethyst.
Legend has it that ametrine was first introduced to Europe by a conquistador's gifts to the Spanish Queen, after he received a mine in Bolivia as a dowry when he married a princess from the native Ayoreos tribe.[1]
Most ametrine in the low price segment can be assumed to stem from synthetic material. Since 1994 a Russian laboratory has perfected the industrial production of bicolored quartz crystals that are later irradiated to bring out the typical ametrine colors. Green-yellow or golden-blue ametrine does not exist naturally.

Estudo mostra que ouro em folha de árvore pode identificar reserva no solo

Estudo mostra que ouro em folha de árvore pode identificar reserva no solo

Cientistas anunciaram a descoberta de um surpreendente marcador que indica a localização de ouro no subsolo, depois que traços minúsculos do mineral foram encontrados nas folhas de eucaliptos que crescem sobre veios do valioso mineral.
A descoberta incomum representa uma ferramenta importante para exploradores em uma época de reservas auríferas escassas e preços nas alturas, com uma redução de 45% das novas descobertas na última década, segundo um estudo publicado no periódico “Nature Communications”.
“Este vínculo entre o crescimento vegetal e depósitos de ouro subterrâneo pode ser útil no desenvolvimento de novas tecnologias para a exploração mineral”, destacou um resumo do estudo divulgado para a imprensa.
Os eucaliptos são capazes de fincar suas raízes bem fundo no solo em busca de água em regiões secas, atingindo inclusive áreas ricas em ouro, absorvendo partículas microscópicas do metal enquanto sorvem água.
Uma equipe de cientistas australianos afirmou ter provado que o ouro pode ser absorvido pelas raízes e viajar pelo tronco da árvore até chegar às suas folhas, ainda que em concentrações muito pequenas.
Segundo o Conselho Mundial de Ouro, mais de 174 mil toneladas de ouro foram extraídas da Terra desde o início da civilização.
Em 2011, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (US Geological Survey) estimou em 51 mil toneladas as reservas auríferas ainda disponíveis no mundo.
O preço do metal disparou 482% entre dezembro de 2000 e março deste ano. Sessenta por cento do ouro é utilizado na fabricação de joias, mas ele também é um componente crucial de eletrônicos e é usado na tecnologia médica, inclusive no tratamento contra o câncer.
Em seu estudo, os cientistas pesquisaram árvores de eucalipto que crescem em duas regiões de prospecção, no sul e no oeste da Austrália, usando raios-X para buscar ouro em folhas, ramos, na casca da árvore e no solo.
Os eucaliptos, alguns dos quais chegam a mais de 10 metros de altura, têm um sistema de raízes incomumente profundo e extenso, podendo chegar a uma profundidade de 40 metros, segundo registros documentados.
Os cientistas descobriram que as concentrações de ouro detectadas são baixas, com alguns centésimos ou milionésimos de grama por tonelada, porém são mais elevadas nas folhas.
“O ouro provavelmente é tóxico para as plantas e é levado para suas extremidades (como as folhas)”, afirmaram.
Traços minúsculos de ouro já tinham sido encontrados algumas vezes em plantas, mas nunca ficou claro se estes tinham sido absorvidos ou foram transportados pelo vento.
A nova descoberta “promove a confiança em uma técnica emergente que possa levar a explorações bem sucedidas no futuro e manter a continuidade da oferta” de ouro, escreveram os autores do estudo.