domingo, 15 de junho de 2014

Cientistas descobrem bactéria que produz ouro


Divulgação Cientistas descobrem bactéria que produz ouro
nova espécie

Cientistas descobrem bactéria que produz ouro


Cientistas da Universidade de Michigan descobriram uma bactéria capaz de produzir ouro 24 quilates. A bactéria teve 99,9% de eficácia ao processar cloreto de ouro e gás natural em ouro puro.

Segundo os responsáveis pelo projeto, Kazem Kashefi e Adam Brown, o trabalho seria uma "alquimia microbiana". Foi preciso encubar a Cupriavidus metallidurans por aproximadamente uma semana para transformar o produto tóxico. A bactéria precisa ficar o tempo inteiro exposta ao cloreto de ouro para conseguir produzir o elemento.

Os cientistas também perceberam que a bactéria é cerca de 25 vezes mais resistente aos ambientes tóxicos do que se imaginava. O site Ubergizmo lembra que a Cupriavidus metallidurans foi descoberta em 1976 em uma fábrica de processamento de metal.

Os pesquisadores lembram que o cloreto de ouro é mais barato do que o ouro, mas os custos do processo de produção não resultariam em uma margem de lucro tão alta

E se você pudesse extrair ouro da água com uma planta?

E se você pudesse extrair ouro da água com uma planta? 


Quando se fala em dinheiro, uma coisa é certa: ninguém reclamaria se tivesse uma graninha extra para dar conta de comprar mimos para si mesmo, para a família e amigos, para reformar a casa, trocar o guarda-roupa… Por mais que todas essas coisas pareçam fúteis, a verdade é que a maioria das pessoas gostaria de ter mais dinheiro para gastar como bem entendesse no dia a dia sem ter que se preocupar com o saldo no final do mês. Já dizia o ditado popular: “O ouro é um metal precioso, alcunhado de vil pelos que não o possuem”.
Pois cientistas da Universidade Estadual de Moscou e do Instituto de Geoquímica e Química Analítica Vernadsky finalmente encontraram um novo jeito de extrair ouro da água. Ou, pelo menos, no estudo publicado na revista científica russa Doklady Biological Sciences, dizem ter encontrado. Para conseguir a artimanha, contaram com a ajuda fundamental da planta aquática Ceratophyllum demersum.
Segundo o estudo, essa macrófita – muito popular em aquários, por sinal – tem a capacidade de imobilizar nanopartículas de ouro após a adição de água. A descoberta pode ajudar no desenvolvimento de uma nova maneira de extrair ouro ou outros elementos químicos raros da água. Só que a ideia de extrair ouro da água a partir de plantas não é nova: desde 1934, quando foi publicado artigo na revista norte-americana Modern Mechanix, cientistas especulavam a possibilidade de filtrar com plantas a água do mar. Mas sabemos que o metal precioso mais maleável do mundo está espalhado pelos oceanos em concentração média ainda mais baixa do que está espalhado pela crosta terrestre.
Medalha de ouro para a pesquisa? Bom, se ela fosse feita de ouro mesmo, no auge de seus 400 gramas, valeria a bagatela de R$ 43 mil. Brincadeiras à parte, convenhamos: esse processo é bem melhor – e mais econômico – do que arriscar contaminar a água com mercúrio!


O povo não vê a cor do dinheiro dos diamantes do Zimbábue

O povo não vê a cor do dinheiro dos diamantes do Zimbábue


Padrões de vida nada mudam, apesar de faturamento milionário

A extração maciça de diamantes não tem se traduzido em melhoria do padrão de vida para o povo do Zimbábue, porque o dinheiro das vendas beneficia apenas indivíduos com ligações políticas e financia operações secretas de segurança, segundo analistas.
O Zimbábue produziu diamantes no valor de U$ 334 milhões no ano passado, e isto coloca o país como sétimo maior produtor, de acordo com a Kimberly Process. Mas a maioria dos cidadãos do país permanecem entre os mais pobres do mundo, com 80% deles sobrevivendo com menos de um dólar por dia, enquanto os serviços de eduçação e saúde se encontram em situação de penúria.
A descoberta dos diamantes na região de Marange foi vista como uma panacéia para os milhares de problemas econômicos do país, que também passa por uma série crise de liquidez e em suas exportações. Mas o otimismo desapareceu, porque há pouca receita que vai parar no Tesouro, e parte dela é desviada para financiar estruturas do partido Zanu PF dentro da frágil coalizão governamental.
O relatório da Kimberly Process diz que Botsuana é o maior produtor mundial, com U$ 2.5 bilhões, seguido da Rússia (U$ 2.38 bilhões) e Canadá (U$ 2.3 bilhões). Em seguida aparecem África do Sul, Angola e Namíbia.
“Eu não sei para quê estão usando o dinheiro dos diamantes,” disse Farai Maguwu, diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do país. “Mas o desenvolvimento nacional só pode ser feito através do governo central, e há razão suficiente para suspeitar que o dinheiro esteja sendo usado para financiar atividades paralelas do governo.”
A suspeita de Maguwu é confirmada por um relatório recente da Global Witness, uma organização contra a corrupção e abusos de direitos humanos, que pediu à comunidade internacional que impeça o financiamento de forças de segurança com a venda de diamantes feitas pelo Zanu PF, do presidente Robert Mugabe. O relatório expõe ligações entre a Anjin Investments, maior empresa de diamantes nos campos de Marange, e as forças de segurança do país.
“Dada a reputação de violência da organização central de inteligência do país e dos militares, tememos que este dinheiro vá financiar abusos de direitos humanos nas próximas eleicões..

Lixo recebe toneladas de ouro e prata por ano

Lixo recebe toneladas de ouro e prata por ano


O lixo eletrônico é um problema importante e também valioso. Segundo instituições ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 320 toneladas de ouro e 7,5 mil toneladas de prata são utilizadas anualmente para a produção de aparelhos eletrônicos como computadores, tablets e celulares.

O valor dos metais empregados soma cerca de US$ 21 bilhões - US$ 16 bilhões em ouro e US$ 4 bilhões em prata - a cada ano e, quando os aparelhos são descartados, menos de 15% do ouro e da prata são recuperados.

O resultado do acúmulo constante é que o lixo eletrônico mundial contém "depósitos" de metais preciosos de 40 a 50 vezes mais ricos do que os contidos no subsolo, de acordo com dados apresentados na semana passada em reunião organizada pela Universidade das Nações Unidas e pela Global e-Sustainability Initiative (GeSI) em Gana, África.

As quantidades de ouro e prata que vão parar no lixo aumentam à medida que crescem as vendas de aparelhos como os tabletes, cujas vendas em 2012 deverão chegar a 100 milhões de unidades em todo o mundo, número que deverá dobrar até 2014.

Produtos elétricos e eletrônicos consumiram 197 toneladas em 2001, equivalentes a 5,3% da oferta mundial do metal. Em 2011, foram 320 toneladas, com 7,7% do total disponível. Apesar do crescimento de cerca de 15% na oferta de ouro na última década, o preço do metal disparou, aumentando cinco vezes entre 2001 e 2011, segundo o levantamento.

"Em vez de olharmos para o lixo eletrônico como um fardo, precisamos encará-lo como uma oportunidade", disse Alexis Vandendaelen, representande da Umicore Precious Metals Refining, da Bélgica, durante o evento.

De acordo com os especialistas, além de melhores padrões de consumo sustentável, os sistemas de reciclagem precisam melhorar para lidar com o novo tipo de lixo, mais valioso, porém mais difícil de trabalhar do que plástico ou papel.

De acordo com o levantamento feito pela GeSI e pela iniciativa Solving the E-Waste Problem (StEP) - que envolve organizações da ONU, da sociedade civil e empresas -, cerca de 25% do ouro é perdido e não pode ser recuperado por conta dos processos de desmanche empregados nos países mais desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento, o total inviabilizado chega a 50%.

Para os especialistas presentes na reunião em Gana, o lixo eletrônico não deve ser encarado como lixo, mas como recurso, uma vez que representa uma importante fonte de renda e sua reciclagem é fundamental para a preservação do ambiente e para o desenvolvimento sustentável.

E isso não se aplica apenas ao ouro e à prata, mas a diversos outros metais, como cobre, paládio, platina, cobalto ou estanho, contidos nos produtos eletrônicos descartados.

"Precisamos recuperar elementos raros de modo a poder continuar a fabricar produtos de tecnologia da informação, baterias para carros elétricos, painéis solares, televisores de tela plana e uma infinidade de outros produtos populares", disse Ruediger Kuehr, secretário executivo da StEP.

"Um dia - espero que mais cedo do que tarde -, as pessoas vão olhar para trás e perguntar como foi que nós conseguimos ser tão cegos e desperdiçar tanto nossos recursos naturais", disse Kuehr.

A corrida do ouro

A corrida do ouro



Antigamente, o ouro servia apenas de adorno, decoração. Depois, virou o metal mais valorizado do planeta. É uma das nossas grandes riquezas, mas, em muitos garimpos, o homem ainda trabalha como se estivesse na Idade da Pedra: sem pesquisa, sem equipamento adequado, sem proteção. Em muitas regiões, a busca pelo ouro significa risco, trabalho perigoso. Garimpeiros que já desmontaram toda parte da frente de uma rocha agora avançam para baixo. É preciso descer em uma corda. Para escorregar, basta um pequeno vacilo. Incrível é ver que todo o buraco foi aberto só com a força das mãos.
“Estamos mais de dez metros de profundidade. E tudo é na mão. O ouro é fraco. Tiro o suficiente para a feira, menos de R$ 200 por semana. Às vezes, nem isso", conta o garimpeiro Natalício da Silva.
Embaixo do chão, a luta para sustentar a família é um labirinto de incertezas. É difícil até enxergar o ouro. Sem a luz do sol, a vela substitui a eletricidade.
"O ouro é visto nas fendas", diz Natalício.
O cascalho que sai dos buracos vai para um triturador. A engenhoca primitiva é a máquina mais sofisticada dos garimpeiros. O que é barro escorre com a água, e o que é metal fica em uma chapa de cobre. Alheios ao perigo, eles usam mercúrio para capturar o ouro. Ouro em pó, recolhido com uma lâmina de barbear. Em cada meia tonelada de cascalho triturado, uma pequena parte, quase invisível, é aproveitada.
"Por dia, fazemos de cinco a seis gramas", conta o garimpeiro Jorge Pinheiro.
Todo o metal recolhido durante um dia inteiro de trabalho cabe em uma colher. Em um fogão à lenha, o pó é aquecido para endurecer. Depois, só falta vender.
"Vendemos fácil. O grama custa R$ 30", revela Jorge.
No sertão da Bahia, sobreviver nessa aventura é resistir ao calor e acreditar na sorte. André Suzart e Margarida trocaram a roça pelo garimpo. Há três anos, quando trabalhavam na enxada, ganhavam R$ 40 por semana. Hoje, o que tiram da terra cabe na palma da mão, mas dá para encher o bolso e a barriga.
"Dependendo da sorte, faço 100, 200, 300, 400 pepitas. É melhor aqui”, afirma o garimpeiro.
Em vez de improviso, técnica A maior reserva de ouro da América do Sul fica na região de Jacobina, norte da Bahia. O metal mais cobiçado do mundo se espalha por uma cadeia de montanhas que tem 150 quilômetros de extensão.
Galerias imensas, largas, por onde circulam carros, tratores, caminhões gigantes. Um túnel de 30 quilômetros sai rasgando a serra por baixo. Quanto mais se avança pelas paredes molhadas mais escuro vai ficando o ambiente. Depois de duas horas rodando dentro do local, chega-se a uma das frentes de trabalho.
No local, é possível enxergar direito o alvo principal de uma extração industrial de ouro. Fica em uma faixa mais clara de pedras demarcada pelos geólogos. É o que se pode chamar de veio de ouro.
“Exatamente. Este é o alvo da operação", confirma o engenheiro de minas Kurt Menchen.
O que mais impressiona é o volume de pedras que sai das galerias: 120 mil toneladas por mês.
"No caso dessa mina, são dois gramas por tonelada de rocha. Isso significa, por exemplo, que em 1 milhão de grãos de arroz, dois representam o metal contido. O objeto da nossa extração são dois grãozinhos no conjunto de 1 milhão", comenta o engenheiro.
Tanto investimento, hoje, compensa. O ouro está em alta. Mas, em 1998, o preço despencou no mercado internacional, e a mina fechou. Há três meses voltou a produzir.