domingo, 15 de junho de 2014

Veja quais são as pedras preciosas mais valiosas do mundo

Veja quais são as pedras preciosas mais valiosas do mundo

Diamantes raríssimos, pérolas gigantescas, esmeraldas brasileiras e muitas outras pedras preciosas fazem dessa lista uma das mais caras do mundo.
  • Veja quais são as pedras preciosas mais valiosas do mundo
A Terra está recheada de pedras preciosas, estejam escondidas bem no fundo do oceano, nas correntes dos riachos ou nas entranhas dos terrenos mais inóspitos. Localizadas nos lugares mais improváveis, os homens já encontraram verdadeiras raridades, pedras tão preciosas que valem milhões e estão nas coroas e anéis de realezas. Veja quais são algumas dessas preciosidades brilhantes (a relação não está na ordem dos mais caros):

1 – Diamante Koh-i-Noor


Esse é simplesmente um dos diamantes mais famosos do mundo, pertencente à Coroa Britânica. Trata-se de um diamante especial, não somente pelo altíssimo valor, mas por estar envolto em lendas e mistérios ao longo dos séculos. Nos séculos passados, o Koh-i-Noor pertenceu aos indianos, considerado por muitos um dos maiores diamantes do planeta.
Alguns textos religiosos hindus indicam que o diamante pode ter sido encontrado há mais de 5 mil anos. Quando a Índia foi anexada ao Império Britânico, a Rainha Vitória foi declarada Rainha Imperatriz do país asiático, recebendo em mãos o Koh-i-Noor. Atualmente, esse precioso e raro item histórico pesa 108 quilates e é um dos diamantes mais brilhantes do mundo.

2 – Safira Millennium


A Safira Millennium, que é do tamanho aproximado de uma bola de futebol, é uma preciosidade esculpida com desenhos de figuras históricas famosas. Caso você se interesse, essa raridade está à venda por míseros US$ 180 milhões. Contudo, se você quiser comprar, é necessário colocar a peça em um local onde as pessoas possam contemplar a grandiosidade do objeto.
Essa peça valiosíssima foi esculpida pelo artista italiano Alessio Boschi, que concebeu a Safira Millennium como um tributo aos seres humanos mais geniais que já andaram entre nós. Entre as personalidades, é possível encontrar Shakespeare, Beethoven, Michelangelo, Einstein e muitos outros. A safira mede 28 centímetros e foi descoberta em Madagascar, em 1995.

3 – Aquamarine Dom Pedro


O maior pedaço de pedra aquamarine (ou água-marinha) encontrado no mundo foi aqui no Brasil. A preciosidade foi batizada com o nome do antigo imperador do Brasil, Dom Pedro, encontrada em 1980. Atualmente, ela está em exposição permanente em um museu em Washington, nos Estados Unidos.
Essa joia foi polida pelo alemão Bernd Munsteiner, que esculpiu o material no formato que ele possui hoje. A principal beleza da Aquamarine Dom Pedro está no brilho, por ser translúcida e de um azul-claro profundo.

4 – Maior pérola do mundo


Essa é a maior pérola do mundo, pesando seis toneladas e medindo 1.6 metros de diâmetro. Ela foi descoberta na China e vale, aproximadamente, US$ 300 milhões – na China as pérolas são mais valorizadas do que diamantes. A pedra é formada, basicamente, de minerais fluoritas, compostos de fluoretos de cálcio.
Apesar de o material em si não ser algo raro, a magnitude da formação é que chama a atenção do público. As pessoas que poliram essa raridade levaram mais de três anos para deixá-la nesse formato arredondado perfeito. Além disso, ela é capaz de brilhar no escuro quando é exposta por tempo demais a luz.

5 – Esmeralda Bahia


A Esmeralda Bahia é uma das preciosidades que também foi encontrada aqui no Brasil. Hoje, ela está nos Estados Unidos, e muitos clamam ser os donos reais da raridade. Trata-se de uma pedra que possui inúmeras esmeraldas dentro de si, pesando cerca de 360 quilos. O valor? Mais de R$ 700 milhões.
Cilindros verdes e brilhantes podem ser encontrados na rocha, em estado bruto, o que é muito raro de ocorrer com esmeraldas. Ela já passou por várias mãos até chegar aos Estados Unidos, muitos a vendarem sem saber o real valor da peça. Hoje ela está em disputa no Tribunal de Justiça de Los Angeles, sem um dono definido.

6 – Diamante Moussaieff


Esse é o maior diamante vermelho já encontrado no mundo – e também foi descoberto aqui no Brasil. Com quase um quilo, essa raridade possui um corte triangular característico, capaz de fazer com que ele emita mais brilhos e reflexos. Foi descoberto em 1990, nas Minas Gerais, na região de Alto Paranaíba.
O diamante vermelho foi comprado por William Goldberg, um famoso empresário no segmento de pedras preciosas. Originalmente, a preciosidade foi batizada de "Escudo Vermelho". Entretanto, a joia foi comprada em 2002 por Shlomo Moussaieff, que o rebatizou com o próprio nome.

7 – Turmalina Paraíba


Realmente o Brasil é uma terra de muitas preciosidades. A Etheral Carolina Divine também foi encontrada em nossas terras, classificada com uma turmalina Paraíba. As turmalinas Paraíba são nomeadas desse jeito por serem encontradas com maior facilidade nesse estado do Nordeste, apesar de serem extremamente raras. O principal diferencial dessa pedra é o tom de cor, levemente azulado, que não é encontrado em nenhum outro lugar do mundo.
A Etheral Carolina Divine vale aproximadamente US$ 100 milhões e já não se encontra no Brasil. Atualmente, o dono dela é o canadense milionário Vincent Boucher. Ela é a maior e mais preciosa turmalina Paraíba já encontrada no mundo.
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ALGUNS DOS MAIS FAMOSOS DIAMANTES

ALGUNS DOS MAIS FAMOSOS DIAMANTES
 
Em relação aos mais famosos diamantes, é necessário que se possam distinguir aqueles que conseguiram um nome importante pelos seus grandes tamanhos, daqueles que ganharam fama pelas histórias que os acompanharam. Neste último caso, as duas gemas individuais com histórias mais envolventes provavelmente são o Koh-i-Noor e o Hope. Entre os grandes diamantes já encontrados, devem ser destacados o Cullinan (com 3.106 quilates, sendo o maior de todos) e o Presidente Vargas (com 726,6 quilates), o maior dos diamantes brasileiros e atualmente o 7° de todo o mundo. Este último, por sua importância para o Brasil e para Minas Gerais, onde foi descoberto, terá a sua história relatada em detalhes, juntamente com o maior e mais famoso dos diamantes brasileiros lapidados, o Estrela do Sul.

O KOH-I-NOOR: Por centenas de anos, a Índia possuiu a fabulosa coroa denominada Peacock (Fig. 1.7 - p. 98).
Em 1739, o Xá Nadir, da Pérsia, invadiu aquele país e entrou em Delhi, matando 30.000 pessoas e capturando grande parte do tesouro da cidade. Dessa forma, a famosa coroa foi para a Pérsia e virou símbolo de sua família real. Junto com ela, mas de maneira diferente, chegou ainda um diamante enorme, que sem dúvida pertenceu a Aurangzeb, o Grande Mongol da Índia, que Jean Tavernier não conseguiu obter. Apesar do fato de a maior parte dos detalhes a respeito dessa pedra terem sido perdidos, provavelmente trata-se do diamante mais antigo conhecido na história.
o diamante foi encontrado há mais de 5.000 anos e era mencionado em papéis muito antigos. Em 1304, a pedra pertenceu ao sultão Alaad-Din. Em 1526, ela caiu nas mãos de Baber, o primeiro dos grandes invasores mongóis, depois de tomar a Índia. Baber relatou que a pedra era tão valiosa que "se podia pagar com ela a metade das despesas diárias do mundo inteiro".
Aurangzeb sabia apreciar a pedra, entretanto, o seu neto e herdeiro, Muhammed Shah, perdeu a pedra para o invasor persa. A seguinte história é contada: quando Nadir ouviu sobre a grande pedra, fez o possível para encontrá-la, mas a procura
foi em vão. Finalmente, uma mulher do seu próprio harém contou que Muhammed Shah a estava escondendo no turbante. Então, para melhorar a relação entre os dois países, um dos filhos de Nadir casou-se com a ftlha de Muhammed e matar o sogro do próprio ftlho não seria a melhor política. Durante um grande jantar, no qual Muhammed foi também convidado, ele sugeriu, como um gesto de boa vontade, na frente de todos os convidados, a troca dos turbantes. Desobedecer a esse ato era totalmente contrário à tradicão, assim a pedra chegou às mãos de Nadir, que a chamou de Koh-i-Noor (montanha de luz).
Nadir foi assassinado, e o Koh-i-Noor passou então pelas mãos de diversos sultãos e aventureiros. Em 1813, a gema voltou para a Índia. Contam que uma guerra foi declarada especialmente para recuperar a gema. Em 1849, autoridades britânicas a acharam na cidade perdida de Lahore, e mandaram o diamante para Londres como presente à rainha Vitória. A pedra tinha uma aparência feia, com poucas facetas e sem brilho. Em 1852, a família real decidiu relapidar a pedra. Voorsnger, mestre lapidador de Amsterdã demorou quase 40 dias, em 12 horas diárias, para reduzir seu tamanho de 187 para 108,9 quilates. A nova pedra não teve o brilho esperado, sendo exposta no castelo de Windsor por 59 anos, e a maioria dos visitantes achou-a feia. Em 1911, ela foi colocada na coroa da rainha Mary (esposa de George V) e depois passou para a coroa da rainha Elisabeth (esposa de George VI e também conhecida como rainha-mãe), acompanhando esta até seu pomposo funeral em 2002. Apesar de tudo, o Koh-i-Noor representa uma das gemas mais famosas do mundo, mostrando que no mundo das pedras preciosas, tamanho, perfeição e mesmo beleza às vezes são bem menos importantes que o glamour de sua história.
 
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O HOPE: O diamante Hope, caracterizado pela cor azul-violeta, é acompanhado de una história de superstição e azares. Sem a menor dúvida é um dos diamantes levados para a Europa por Tavernier, comprado em 1642 na Índia, pesando 12,5 quilates. Entretanto, como e onde a gema foi adquirida é um mistério.
De acordo com a lenda, esse diamante servia de olho a uma estátua do deus hindu Sita. O diamante foi roubado e o deus irado teria lançado uma maldição a todos que o utilizassem como jóia. Tavernier, em 1668, após a sua sexta e última viagem a Índia, vendeu 45 grandes diamantes e 1.122 menores ao rei Luís XIV. A pedra azul era a maior e foi denominada "o diamante azul da coroa". Tavernier, na sua última viagem à Rússia, então com 83 anos de idade, estranhamente foi devorado por lobos.
A gema foi relapidada para a forma de gota, passando a pesar 67,5 quilates. Luís XIV utilizou o diamante uma única vez, morrendo depois de varíola. Luís XV não admitiu utilizar a pedra, denominada por ele de French Blue, motivado por superstição. Em 1774, Luís XVI herdou a gema e Maria Antonieta foi vista diversas vezes com a pedra, porém, como sabemos, ambos foram decapitados durante a revolução francesa.
A partir de 1792, o French Blue permaneceu desaparecido por 38 anos. Provavelmente a pedra foi vendida para a Espanha e relapidada, resultando em três diamantes menores. A famosa pintura da rainha Maria Luisa da Espanha (feita por Goya, em 1799), mostra um diamante azul com forma e tamanho idênticos a uma outra pedra depois oferecida no mercado de Londres, em 1830. O diamante foi identificado como o French Blue, pesando agora 44,5 quilates e com forma redonda-oval. O banqueiro Henry Hope adquiriu a pedra por US$90.000, constituindo propriedade de sua família até o início do século XX, sendo designado simplesmente de Hope.
H. Hope morreu em 1839, por motivos naturais e, em 1890, a pedra foi herdada por Francis Hope, Duque de New Castel. A mulher do Lorde Hope fugiu com outro homem, levando também parte de sua fortuna, forçando-o a vender a pedra. A mulher morreu em 1940 em, Boston, por motivos desconhecidos. A gema mudou de dono diversas vezes, sempre acompanhada de azares: depois do Lord Hope, um príncipe da Europa Oriental deu a gema a sua amante, que tornou-se inflel e foi baleada.
Um comerciante grego que comprou a pedra pulou no mar, junto com a mulher e o filho. O sultão turco Abdul-Hamid possuiu o diamante por apenas dois meses, antes de ser vítima de seu próprio exército.
Em 1911, o diamante foi comprado por US$154.000 pela americana Evelyn Mclean. Apesar de utilizar a gema muitas vezes, ela morreu em 1947, com 61 anos, aparentemente de morte natural. Entretanto, antes disso, seu filho morreu de acidente de carro, e a filha de overdose de pílulas para dormir, além de ter o marido internado para sempre em uma instituição de tratamento mental.
O diamante Hope foi adquirido da Sra. Mclean por US$1.000.000, por um famoso joalheiro de Nova York, Harry Winston, da Quinta Avenida. Após possuir a gema por alguns anos, ela foi doada para a Smithsonian Institution, de Washington, onde permanece até hoje para ser apreciada.
 
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O ESTRELA DO SUL: Por muito tempo, os diamantes brasileiros foram desvalorizados no comércio europeu, por serem considerados, de modo injusto, de qualidade inferior. Provavelmente, tal depreciação fosse devida ao fato de os diamantes da região de Diamantina, de onde era proveniente a maior parte da produção no século XVIII, em geral possuíam pouco peso e coloração levemente amarelada. Essa consideração foi radicalmente mudada em um dia de julho de 1853, quando uma negra escrava, lavando roupas nas proximidades de um garimpo no rio Bagagem, encontrou por acaso, na margem direita do rio (onde hoje se situa a cidade de Estrêla do Sul, ex-Bagagem), um diamante que pesou impressionantes 52,276 gramas ou 254,5 quilates. Este último valor, em quilates "antigos", foi recentemente recalculado para 261,38 quilates métricos (Smith & Bosshart, 2002).
Esse grande diamante brasileiro ganhou notoriedade internacional por várias razões. Ele foi o primeiro diamante do país reconhecido por seu porte e boa qualidade gemológica. Além disso, ao contrário da maioria dos diamantes famosos antigos, ressalte-se o fato de que a história da descoberta e as características mineralógicas originais da pedra tenham sido bem documentadas, graças às descrições do mineralogista francês A. Dufrénoy (1856), professor do Museu de História Natural de Paris. A escrava anônima descobridora, como resultado de sua descoberta, e também como recompensa pela entrega da pedra ao dono dos serviços de mineração do local, ganhou sua liberdade e ainda uma pensão alimentícia para o resto da vida. Por mais de um século, o futuro Estrela do Sul teve a distinção de ser o maior diamante já encontrado por uma mulher, até quando, em 1967, o diamante Lesotho (pesando 601,26 quilates) foi descoberto por Ernestina Ramaboa.
O primeiro possuidor do diamante foi um certo Casirniro, dono do garimpo, que logo vendeu a pedra por, 3.000, aparentemente muito abaixo de sua cotação internacional. Nos dois anos seguintes, o diamante permaneceu em seu estado bruto, e novamente vendido na Europa, em 1855, por [,35.000, quando foi exibido ao público na Mostra Industrial de Paris. Nessa ocasião, ele foi examinado minuciosamente pelo professor Dufrénoy - que observou seu hábito dodecaédrico com acentuada "dissolução" e as simetria das faces. Os novos donos da pedra eram os messieurs Halfen (dois irmãos comerciantes de diamantes em Paris), que somente então o batizaram. de L'Etoile du Sud. Em 1856 (ou 1857), o diamante foi lapidado durante três meses em Amsterdã, por Voorzanger, da firma Coster.
Até o final da década de 1860, o Estrela do Sul permaneceu como o 6° maior diamante lapidado do mundo (depois disso, entraram em cena os diamantes da África do Sul, quando várias pedras de grande porte foram descobertas). Entre 1867 e 1870, a pedra foi comprada pelo potentado Khande Rao, na época o Gaekwan (governador supremo) do reino indiano de Baroda, pela cifra de [, 80.000 (equivalente a cerca de US$400.000). O diamante permaneceu na coleção dos gaekwans de Baroda por, pelo menos, 80 anos.
Em 1934, Sayaji Rao III (Gaekwan de Baroda, e sobrinho-neto de Khand Rao) informou a R. Shipley, do Gemological Institute of America, que o Estrela do Sul havia sido colocado em um colar junto com o diamante Dresden Inglês (curiosamente também encontrado no rio Bagagem, em 1857, pesando originalmente 119,5 quilates e lapidado para 78,53 quilates).
Depois dessa época, diversas estórias foram contadas a respeito do Estrela do Sul e do Dresden Inglês, incluindo as de que eles teriam sido vendidos ou mesmo roubados. Entretanto, Sita Levi (Maharani de Baroda), em 1948, foi fotografada usando o colar com as pedras brasileiras em seu aniversário de casamento. Interessante a história: o país que tradicionalmente mais havia produzido diamantes através dos tempos (dentre eles muitos vultuosos), tinha, em uma de suas jóias mais valiosas, dois diamantes brasileiros! Nos 50 anos seguintes, o destino das duas pedras permaneceu desconhecido, até que em 2001 o Estrela do Sul foi novamente comprado (o dono atual permanece incógnito) e submetido ao Gübelin Gem Lab (Lucerne, Suíça) para estudos gemológicos detalhados. Tais estudos revelaram seu peso agora de 128,48 quilates, e coloração fanry marrom-rosada clara (Smith & Bosshart, 2002).

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Estrela do Sul
 
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Lesotho


O PRESIDENTE VARGAS: No município de Coromandel (Minas Gerais), existe um curso d'água não muito caudaloso, chamado apropriadamente pelos garimpeiros da região de "rio das pedras encantadas". Esse rio, o Santo Antônio do Bonito, é um afluente de primeira ordem. do rio Paranaíba, possuindo na época chuvosa pouco mais de 10 m de largura, em média. Na seca, é possível atravessá-lo facilmente sem molhar os pés. O grande encanto de tal rio é o fato de que, misteriosa e inexplicavelmente, surgem de vez em quando em seus cascalhos diamantes que podem ser considerados gigantes pelo seu porte formidável.
Desta maneira, os três maiores diamantes brasileiros saíram de suas águas turvas.
Foi assim que no dia 13 de agosto de 1938 (um sábado), o garimpeiro Joaquim Venâncio Tiago penetrou em suas águas, na época muito frias. Após um longo dia de labuta, salta da peneira uma pedra enorme que, apesar de suja, teima em brilhar como luz. Ele nunca vira ou imaginara existir um diamante tão grande. Na cidade de Coromandel, a pedra foi pesada, revelando exatos 726,6 quilates, sendo o maior diamante do Brasil e então o terceiro maior do mundo.
Sua forma era achatada, medindo 5,6 x 5,0 x 2,4 cm, possuindo faces quebradas ainda "frescas" (Reis, 1959), o que permite considerar ter sido o cristal original substancialmente maior antes de ser quebrado no transporte fluvial.
Logo, os bajuladores de plantão designaram-no de "Presidente Vargas", em homenagem ao então governante do País. Jornais e rádios de todos os lugares anunciaram com ênfase a espetacular descoberta. Joaquim teve de fugir para o mato, tal era a cobiça por sua pedra. Mas o diamante é o único ganha-pão de um garimpeiro, sendo logo a pedra negociada ao Sr. Oswaldo Dantes dos Reis, do Rio de Janeiro. Comprada e levada para o exterior pelo Sr. Jonas Polak, o diamante foi vendido ao joalheiro norte-americano Harry Winston, valendo cerca de US$750.000. Este último mandou lapidá-la na cidade de Nova lorque, sendo obtidas 29 pedras - a maior pesando originalmente 48,26 quilates, que depois foi ainda relapidada para uma de 44,17 quilates, hoje conhecida como diamante Vargas (ou Vargas diamond, Smith & Bosshart, 2002).
Mais de 200 anos de mineração de diamantes haviam se passado no País até essa descoberta. Pelo valor recebido, a vida de Joaquim Venâncio mudou radicalmente, Ele logo comprou uma fazenda bem instalada, com 500 cabeças de gado, além de montar uma agência de peças de automóvel e uma loja na cidade. Foi um garimpeiro que venceu, ao contrário da grande maioria que amofina nos córregos e rios deste País imenso. Atualmente, o Presidente Vargas permanece como o maior diamante brasileiro, ocupando a notável sétima posição entre os muitos bilhões de diamantes já encontrados em todo mundo.
 
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DIAVIK – DIAMANTES NO GELO


 
 
DIAVIK – DIAMANTES NO GELO
 
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A mina Diavik escava as raízes de antigos vulcões, localizados embaixo das águas árticas do lago de Gras, a procura de diamantes.
A mina Diavik está localizada a 300 km da capital dos distantes Territórios  do Noroeste do Canadá, Yellowknife, uma região remota e desolada. A mina uma joint ventura entre a Diavik Diamond Corporation Mines Inc. e a Harry Winston Diamond Corporation, iniciou a produção de diamantes em janeiro de 2003 e, atualmente, emprega mais de 800 pessoas. Desde do seu início a Diavik produz milhões de quilates de diamantes. O que a diferencia das demais minas de diamante, é a abordagem inovadora utilizada para a sua mineração devido a sua peculiar localização. Uma tecnologia de barragem sem precedentes foi usada para expor o leito do lago (que está acima dos depósitos de diamantes) e represar de maneira segura as suas águas, permitindo a construção de uma mina a céu aberto. Em todas as sua operações, a Diavik tem como compromisso operar de forma segura, protegendo o meio ambiente e fazendo contribuições positivas para as comunidades da região. A mina opera seguindo o desenvolvimento sustentável, procurando maximizar os recursos minerados, buscando oportunidades para melhorar os benefícios sócio-econômicos e a natureza, e reduzindo efeitos adversos que possam resultar as sua operação.
 
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No mercado internacional, os diamantes Diavik oferecidos são pedras brutas com qualidade de gema, pesando 1ct ou mais, com boa cor, pureza e formato. Os diamantes possuem um bom conceito no mercado externo e muitos centros que trabalham com diamantes tem interesse em recebê-los. Os diamantes canadenses são bem vistos devido ao seu valor, distinção e por sua origem limpa (não são provenientes das zonas de conflitos). O Canadian Federal Government’s Competition Bureau definiu como diamante canadense o diamante minerado no Canadá. O governo dos Territórios do Noroeste do Canadá introduziu um programa para certificar diamantes selecionados, que são minerados, cortados e lapidados nesses locais. Assim, uma quantidade de gemas de excelente qualidade está disponível para os diamantários dessa área e de outras regiões canadenses.
 
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Diamantes de alta qualidade da mina Diavik
Em 2007 a mina produziu 119 milhões de quilates de diamantes brutos
 
Os diamantes da mina Diavik foram forjados sob intensas condições de calor e pressão nas profundezas da terra do ártico. Há 55 milhões de anos, atividades vulcânicas lançaram o magma do kimberlito para a superfície, trazendo consigo minérios carregadores de diamantes formando os pipes (condutos vulcânicos) de kimberlitos, os quais são hoje minerados. A mina está localizada em rochas pré-cambrianas da Província Geológica Slave. Esta rocha foi formada aproximadamente, 2,7 a 2,5 bilhões de anos e está entre as estruturas mais antigas do mundo. A Província Geológica de Slave é conhecida por hospedar depósitos de ouro, cobre, zinco e diamantes. Os kimberlitos são as raízes de pequenos e antigos vulcões através dos quais os diamantes são trazidos para a superfície da terra. Os pipes têm uma superfície de área de 0.9 a 1.6 hectares e se estendem 400m abaixo da superfície. Uma indicação da raridade de kimberlitos carregadores de diamantes é que somente 23 de 5 mil kimberlitos encontrados no mundo contêm diamantes suficientes para serem minerados.

DIAVIK: uma mina de diamantes no gelo.
 
 

Ira de Deus ou portões do inferno: veja fotos desses incríveis buracos gigantes


Ira de Deus ou portões do inferno: veja fotos desses incríveis buracos gigantes


Ira de Deus, ou portões do inferno, não importa como os chamem. Os intrigantes buracos gigantes encontrados em algumas partes do mundo têm
Campeões de Audiência
Campeões de Audiência
explicações na verdade  simples: muitos são resultados da intervenção humana, como escavações para mineração, outros de causas naturais, como movimentos de placas tectônicas.
Imensos, atraem legiões de turistas e aventureiros para locais como a gélida Sibéria, na Rússia, o Turcomenistão, a Guatemala, a África do Sul, o Canadá ou os Estados Unidos.
Vejam só:
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Darvaza, ou "portões do inferno", no Turcomenistão

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Outra visão dos "portões do inferno", no Turcomenistão



Darvaza – ou “portões do inferno”, Turcomenistão
Um enorme depósito subterrâneo de gás natural foi descoberto por geólogos em 1971 neste país da Ásia Central, na época parte da União Soviética. A precária tecnologia soviética de então levou a que a plataforma de perfuração desabasse.
Para que os gases venenosos não escapassem do buraco, atearam foro ao que jorrava do buraco — resultado que não poderia ser mais desastroso, pois os gases continuam queimando até hoje, quase 40 anos depois.

Kimberley Big Hole, África do Sul
É considerada a maior escavação feita por mãos humanas em todo o mundo. Para render mais de 3 toneladas de diamante até o encerramento das atividades extrativistas, em 1914, ficou com mais de 1 quilômetro  de profundidade – com cerca de 22,5 milhões de toneladas de terra removidas.
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Kimberley Big Hole, na África do Sul

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Visto mais do alto, de novo o Kimberley Big Hole, na África do Sul
Chuquicamata, Chile
Mina a céu aberto no norte do Chile, é detentora do título de maior produção total de cobre do mundo. Com mais de 850 metros de profundidade, está em segundo lugar em tamanho, atrás da Bingham Canyon Mine, no Estado de Utah, EUA.

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Mina de Chuquicamata, no Chile

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Vista mais de longe, a mesma mina de Chuquicamata, no Chile

Diavik, Canadá
Mina de diamantes localizada a 300 km de Yellowknife, no gelado extremo norte do Canadá, é tão grande que conta com um aeroporto próprio, capaz de comportar um Boeing 737. A água que rodeia a enorme mina vira gelo durante a maior parte do ano.

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Mina Diavik, no Canadá

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Mais à distância, a Mina Diavik, no Canadá

Udachnaya Pipe, Rússia
Esta antiga mina de diamantes situada no extremo norte da Rússia, perto do Círculo Polar Ártico, foi explorada entre 1955 e 2010 e tem mais de 600 metros de profundidade.

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Udachnaya Pipe, na Rússia

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Em foto tomada a mais distância, Udachnaya Pipe, na Rússia

Mirny, Sibéria, Rússia
Com 525 metros de diâmetro e 1200 de profundidade, esta é considerada a maior abertura/mina de diamantes em todo o mundo. Aviões e helicópteros não podem sobrevoar o local, pois algumas aeronaves já foram sugadas pelo buraco.

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A gigantesca mina de diamantes Mirny, na Sibéria, Rússia, faz o enorme caminhão parecer uma formiga na foto

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A mina Mirny fez nascer uma cidade, Udachny, a seu lado

Glory Hole, Monticello, Califórnia, EUA
O “buraco da glória” é uma espécie de ralo colossal que entra em ação quando a água da barragem de Monticello ultrapassa seu nível máximo de segurança e precisa ser drenada do reservatório. Tem capacidade de esvaziar o reservatório à razão de 408 mil litros por segundo.

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Glory Hole, em Monticello, Califórnia, EUA

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O Glory Hole em plena ação

Bingham Canyon,  Utah, EUA
A escavação deste buraco começou em 1863, e o poço continua aumentando de tamanho até hoje.  Atualmente as medidas do poço são de mais de 5,5 mil metros de profundidade e 4 mil metros de largura.

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Mina Bingham Canyon, Utah, EUA

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Vista de maior distância, e cercada pela neve, a Bingham Canyon, Utah, EUA

Great Blue Hole, Belize
A quase 100 quilômetros mar adentro da Cidade de Belize, em Belize, na América Central, está este incrível buraco azul – adorado por mergulhadores -, o maior e também tido como o mais bonito do mundo (sim, existem vários buracos-azuis nos oceanos).
Com forma de um círculo perfeito, tem pouco mais de dois quilômetros de largura e atinge 145 metros de profundidade.

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Great Blue Hole, Belize

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Great Blue Hole, Belize

Grande cratera da Guatemala
Este é o mais novo desta coleção de curiosos e gigantescos buracos: ele aconteceu em meio à Cidade da Guatemala, destruindo e engolindo casas, prédios e pessoas, em junho de 2010.
São cerca de 20 metros de diâmetro e 30 de profundidade. Segundo o Centro Geológico dos EUA, o problema ocorreu devido à área estar sobre terrenos calcários, rochas carbonáticas ou solos com muito sal que podem dissolver-se facilmente com a circulação de água nos lençóis freáticos.
A população acusou estar sentido e ouvindo movimentos e barulhos estranhos desde 2005.



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A grande cratera urbana na Cidade da Guatemala

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A cratera vista de cima: 20 metros de diâmetro, 30 de profundidade


Tempos de ouro -PARÁ

Tempos de ouro


A cidade foi chamada de último faroeste brasileiro, a capital dos garimpos. No auge da febre do ouro, Itaituba recebia hordas de gente vinda de todos os cantos do país. Vinte toneladas de ouro por ano chegaram a ser extraídos dos garimpos do Alto Tapajós no fim dos anos 80. Mesmo com a decadência da mineração no rio do ouro, eles não perderam a esperança. Dos mais de 700 garimpos, só 200 ainda estão em funcionamento. A produção não chega a três ou quatro toneladas por ano.
Zé Arara é o mais lendário garimpeiro do Tapajós. Na década de 60, foi o garimpeiro mais famoso da Amazônia. Ele formou um império, no município de Itaituba, de aviões, mansões, fazendas, muito dinheiro, tudo tirado do ouro. Aí veio a crise e ele teve que recomeçar tudo.
“Antes da crise fui o único brasileiro que vendeu na faixa de 40 toneladas de ouro ao governo brasileiro”, conta ele. Zé Arara perdeu muito, mas nunca foi um garimpeiro de alma livre, capaz de gastar em uma noite, com mulheres e bebida, tudo o que levou meses para ganhar.
Ao contrário, ele construiu um patrimônio. “Além de ter um jato, tinha 15 aviões pequenos e quatro bandeirantes”, ressalta. Um problema com o jato em Itaituba fez com que Zé Arara trasladasse o avião de volta para a fábrica, em Nova York. “O avião explodiu no ar. Morreram dois tripulantes, dois comandantes e dois mecânicos. Para eu desenrolar esse rolo e não ser preso nos Estados Unidos, tive que gastar 200 quilos de ouro”, conta o garimpeiro.
Desde então, ele está sem sair do garimpo. São onze anos pagando dívidas. “Não devo mais, agora estou lutando para reerguer nosso negócio”, conta. Zé Arara se diz dono de 23 mil hectares de terra, toda a área do garimpo de Patrocínio. Mesmo assim, os moradores criaram uma associação e querem transformar a região em uma comunidade.
Zé Arara se sente ameaçado. “Temo até pela minha segurança. Hoje, estou recomeçando aos 70 anos”, ele diz. O garimpo não é mais como antes. Das dez mil pessoas que buscavam ouro em Patrocínio só restam duas mil.