quinta-feira, 19 de junho de 2014

Preço do minério de ferro volta a subir enquanto a produção chinesa bate recordes

Preço do minério de ferro volta a subir enquanto a produção chinesa bate recordes
O preço do minério de ferro subiu e ultrapassou, novamente, a barreira psicológica dos US$90/t depois de uma queda de 34% somente em 2014, quando atingiu o mínimo de US$89,30/t.

A queda afetou a estratégia de mineradoras que produzem minérios de baixo teor.

A Rio Tinto já está dando desconto entre 6 a 13% no seu minério de baixo teor (57% Fe) para entrega em julho. Este minério, o Robe River Fines está sendo negociado a US$73/t. Outra mineradora de grande porte a Fortescue  estará seguindo a estratégia da Rio e dará um desconto de 14% a partir de julho

Com esses descontos as mineradoras não irão gastar os seus produtos de alta qualidade enquanto “desovam” o minério de baixa qualidade cujo processo custa mais e polui mais.

Este não é um problema que a Vale deve enfrentar, já que o seu minério tipo Carajás é de altíssima qualidade.

Enquanto isso os chineses estão tendo uma produção de minério de ferro recorde em 2014. Eles esperam um crescimento da produção interna de seu minério de baixo teor, de 5,6% que totalizará 1,52 bilhões de toneladas em 2014. Esse minério de baixo teor não consegue competir com minérios de alta qualidade como os da Vale, acima de 64% de ferro, e só serão viabilizados se misturados aos minérios de alto teor.

A blendagem atual permite que 1 tonelada de minério importado viabilize quase quatro toneladas de minério ruim de baixo teor. É graças a esse artifício que os minérios ruins conseguem sobreviver.

Mesmo assim a maioria dos minérios chineses estão sendo produzidos com prejuízos, pois os custos operacionais superam os US$100/t.

As grandes minas chinesas, que são controladas pelas siderúrgicas, estão sendo forçadas a produzir para justificar os imensos CAPEX investidos nos últimos anos. Se os preços não voltarem a subir as minas chinesas começarão a ser fechadas.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Prefeitos de Minas Gerais ameaçam parar estradas e ferrovias se o novo Marco Regulatório da Mineração não for aprovado

Prefeitos de Minas Gerais ameaçam parar estradas e ferrovias se o novo Marco Regulatório da Mineração não for aprovado
Mais de 40 prefeitos das cidades onde a mineração é importante, cansaram de esperar por um Marco Regulatório da Mineração que nunca vem.

Agora eles resolveram radicalizar.

Os prefeitos ameaçam a Presidente Dilma com piquetes em estradas e ferrovias. Esses piquetes inviabilizarão a via por duas a três horas por dia até que o Governo aprove o novo Código da Mineração e a nova CFEM que deverá aumentar em até quatro vezes a arrecadação de impostos às prefeituras.

Eles acreditam que se o Código for aprovado como está a nova CFEM aumentará os impostos municipais em até R$1,2 bilhões por ano.

Os piquetes estão marcados para o início de agosto e afetarão trechos importantes das ferrovias em Itabira, Costa Lacerda e Santa Bárbara.

Eles aguardam uma resposta do Planalto sobre esse pleito.

É possível que recebam mais uma promessa vazia, afinal promessa é tudo o que o Governo fez nos últimos anos.

É pouco provável que o Governo Dilma queira brigar contra a sociedade, os prefeitos e mineradores tentando aprovar a sua versão impopular do novo Código da Mineração antes das eleições.

Decisões como esta, que podem causar mais efeitos negativos em uma campanha muito debilitada, serão “empurradas com a barriga” para depois das eleições.

Parece que ouviremos, cada vez mais, o infame coro “Ei Dilma vá....” cantado pelos torcedores na estreia do Brasil na Copa.

De carona com o ouro, prata chega ao varejo

De carona com o ouro, prata chega ao varejo

Resíduo do metal nobre, a prata tem oferta maior e estimula Reserva Metais a vender barras a pequenas e médias empresas; demanda, no entanto, não é garantida.

 
A democratização do acesso ao mercado de ouro como investimento, com a venda de menores quantidades tanto a pequenas e médias empresas quanto a pessoas físicas, pode ser seguida pela prata.
Na verdade, é justamente o aumento da demanda de um que vem elevando a oferta de outro, uma vez que a matéria-prima pode ser encontrada em minas, localizadas principalmente na América do Sul, quanto ser resultante do processo de fundição do ouro, no qual são retiradas as impurezas metálicas - entre elas a prata.
Assim, na esteira do aumento da demanda pelo ouro, como porto seguro em meio à crise financeira mundial, eleva-se o volume de prata disponível.
É de olho nessa sobra de mercado que a Reserva Metais estrutura a venda de barras de prata aos clientes de varejo, bem como de paládio e platina, a partir do ano que vem.
"Percebemos que há demanda no mercado brasileiro, já que essas commodities são difíceis de serem adquiridas em pequenas quantidades e de forma legal", afirma André Luiz Nunes, diretor da empresa.
Menos nobre, a prata ainda não é vista como investimento, embora seja mais acessível ao aplicador se comparada ao ouro: está avaliada em R$ 2,96 o grama, enquanto o ouro é cotado a R$ 103,1 o grama. "A prata tem as mesmas características de proteção em ocasiões de instabilidade econômica mundial", defende Nunes.
O executivo também lembra que o investidor que apostou na prata se deu bem. Entre fevereiro de 2009 e novembro deste ano (até sexta-feira), o ouro registrou valorização de 97,3%, enquanto a prata disparou 178,7% no mesmo período de comparação.
Vale lembrar que assim como o ouro, o preço da prata é cotado em dólares por onça troy (medida equivalente a 31,1 gramas). Neste caso, o preço do ouro era de US$ 1.690 a onça na última sexta-feira, enquanto a prata estava cotada a US$ 31,77 a onça.
A Reserva Metais já fornece a commodity à indústria joalheira, de bijuteria, componentes eletrônicos, tintas, entre outros, mas será pioneira na distribuição ao varejo - na Europa sua utilização é estendida às moedas de coleção, faqueiros, bandejas e baixelas.
"Estamos em fase de formatação econômica do projeto, uma vez que há diferenças entre o mercado de ouro e prata", pondera o executivo, referindo-se, entre outros pontos, à incidência de imposto - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). "Mas nada impede de apresentar o projeto de isenção do tributo à Receita Federal", completa.
A companhia importa a maior parte da commodity que já é ofertada às grandes indústrias, tendência confirmada por Mauriciano Cavalcante, operador da OM DTVM, distribuidora com atuação relevante no mercado de ouro.
"Aproximadamente 70% da prata utilizada no mercado doméstico é importada. O metal que vem da América do Sul é mais bonito e brilhante", explica.
No entanto, Cavalcante não acredita que o mercado de prata, para fins de investimento, decole.
"A prata não tem o mesmo apelo que o ouro. Para o investidor obter um retorno significativo seria necessário aplicar um montante significativo de recursos", completa.
Se a demanda por pequenos investidores é praticamente nula hoje, grandes investidores também não fazem movimentações significativas com a matéria-prima.
Segundo Nunes, da Reserva Metais, o mercado de prata é menor, menos líquido e mais volátil se comparado à negociação de ouro. "Qualquer movimentação atípica gera oscilações fortes."

Vale fecha acordo para vender ouro à empresa canadense

Vale fecha acordo para vender ouro à empresa canadense

Mineradora receberá inicialmente US$ 1,9 bilhão pelo acordo.

 
A SLW tem direito a um percentual do ouro produzido, e não a volumes específicos, assumindo o risco operacional
A Vale informou nesta terça-feira (5/2) que assinou acordo com a canadense Silver Wheaton Corp. (SLW), para vender 25% dos fluxos de ouro pagável produzidos como subproduto da mina de cobre do Salobo durante a vida da mina, e 70% dos fluxos de ouro pagável produzido como subproduto das minas de níquel de Sudbury - Coleman, Copper Cliff, Creighton, Garson, Stobie, Totten e Victor - por 20 anos.
A Vale receberá um pagamento inicial em dinheiro, no valor de US$ 1,9 bilhão, mais 10 milhões de warrants da SLW com preço de exercício de US$ 65 e prazo de 10 anos, com valor estimado em US$ 100 milhões.
Além disso, a quantia de US$ 1,33 bilhão será paga por 25% do ouro pagável produzido como subproduto do Salobo, enquanto US$ 570 milhões, mais os 10 milhões de warrants, serão recebidos em troca de 70% do ouro pagável das minas de Sudbury.
A Vale receberá ainda pagamentos em dinheiro por cada onça (oz) de ouro entregue a SLW.
Tais pagamentos serão iguais ao menor valor entre US$ 400 por onça (mais um ajuste anual para a inflação de 1% a partir de 2016 no caso do Salobo) e o preço de mercado.
A Vale poderá também receber outro pagamento em dinheiro, a depender de sua decisão de expandir a capacidade de processamento de minério de cobre do Salobo para mais de 28 Mtpa (milhões de toneladas por ano)  antes de 2031.
Esse valor pode variar de US$ 67 milhões a US$ 400 milhões, dependendo do momento e do tamanho da expansão.
A mineradora brasileira não tem comprometimento firme em relação às quantidades de ouro entregues - a SLW tem direito a um percentual do ouro produzido, e não a volumes específicos, assumindo o risco operacional.
A Vale está sujeita ao risco da variação do preço do ouro nas entregas à canadense apenas no caso do preço do metal cair abaixo de US$ 400/oz.

Vale fecha acordo para vender ouro à empresa canadense

Vale fecha acordo para vender ouro à empresa canadense

Mineradora receberá inicialmente US$ 1,9 bilhão pelo acordo.

 
A SLW tem direito a um percentual do ouro produzido, e não a volumes específicos, assumindo o risco operacional
A Vale informou nesta terça-feira (5/2) que assinou acordo com a canadense Silver Wheaton Corp. (SLW), para vender 25% dos fluxos de ouro pagável produzidos como subproduto da mina de cobre do Salobo durante a vida da mina, e 70% dos fluxos de ouro pagável produzido como subproduto das minas de níquel de Sudbury - Coleman, Copper Cliff, Creighton, Garson, Stobie, Totten e Victor - por 20 anos.
A Vale receberá um pagamento inicial em dinheiro, no valor de US$ 1,9 bilhão, mais 10 milhões de warrants da SLW com preço de exercício de US$ 65 e prazo de 10 anos, com valor estimado em US$ 100 milhões.
Além disso, a quantia de US$ 1,33 bilhão será paga por 25% do ouro pagável produzido como subproduto do Salobo, enquanto US$ 570 milhões, mais os 10 milhões de warrants, serão recebidos em troca de 70% do ouro pagável das minas de Sudbury.
A Vale receberá ainda pagamentos em dinheiro por cada onça (oz) de ouro entregue a SLW.
Tais pagamentos serão iguais ao menor valor entre US$ 400 por onça (mais um ajuste anual para a inflação de 1% a partir de 2016 no caso do Salobo) e o preço de mercado.
A Vale poderá também receber outro pagamento em dinheiro, a depender de sua decisão de expandir a capacidade de processamento de minério de cobre do Salobo para mais de 28 Mtpa (milhões de toneladas por ano)  antes de 2031.
Esse valor pode variar de US$ 67 milhões a US$ 400 milhões, dependendo do momento e do tamanho da expansão.
A mineradora brasileira não tem comprometimento firme em relação às quantidades de ouro entregues - a SLW tem direito a um percentual do ouro produzido, e não a volumes específicos, assumindo o risco operacional.
A Vale está sujeita ao risco da variação do preço do ouro nas entregas à canadense apenas no caso do preço do metal cair abaixo de US$ 400/oz.